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professor de direito
O professor de Direito da USP (Universidade de São Paulo), Alysson Mascaro, é acusado de atrair alunos e ex-alunos da instituição para o seu apartamento oferecendo conselhos acadêmicos com o objetivo de cometer abusos sexuais. Ele também é acusado de assédio moral.
A acusação está presente na investigação do caso conduzida pela direção da Universidade, que contém relatos de alunos. Parte dos estudantes retiraram suas acusações e todos pediram para não terem seus nomes divulgados.
Os estudantes disseram ter sentido medo de prejudicar sua jornada acadêmica e a carreira ao denunciar o professor, assim preferiram não fazer boletim de ocorrência contra Mascaro.
Para Fabiana Marques, advogada do professor, os relatos apresentam fragilidades e não se sustentam. Ela disse que confia na inocência de seu cliente.
DEPOIMENTO
Um aluno, que preferiu não ser identificado, disse ter conhecido Alysson Mascaro em 2022, na USP, na disciplina de filosofia do direito. A aproximação entre os dois teria acontecido logo na primeira aula, após um elogio ao discurso do professor.
Depois do contato inicial, a relação se aprofundou e o estudante diz que começou a se abrir com o professor. Deste modo, foi convidado para uma conversa de orientação acadêmica no apartamento do professor, na República, região central de São Paulo.
Nesse encontro, Mascaro abordou uma necessidade de o ser humano ter tesão na vida, citando a filosofia hedonista de Epicuro, sobre o prazer como finalidade da existência.
Na ocasião, o docente falou do gosto pela pornografia e pela masturbação e, para finalizar, teria passado a boca em seu pescoço e esfregado seu pênis nele.
Com o pretexto de debater assuntos acadêmicos, outros alunos relataram experiências parecidas. Um estudante disse ter sido coagido a ficar de cueca e abraçar o professor, que disse que era o modo como filósofos e seus discípulos se relacionavam na Grécia Antiga.
As vítimas conduzidas a residência de Mascaro declararam terem praticamente abandonado suas carreiras acadêmicas após os episódios.
Curtas do Poder
Pérolas do Dia
Hugo Motta
"Eu não vou fazer pré-julgamento. Não sei ainda a motivação nem qual foi a busca. Apenas recebi a ligação do diretor-geral da Polícia Federal. Pelo que me foi dito, parece ser uma investigação sobre questão de gabinete, mas não sei a fundo e, por isso, não quero fazer pré-julgamento".
Disse o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB) ao afirmar que o Judiciário “está cumprindo o seu papel” ao autorizar operações contra parlamentares. A declaração foi feita após a deflagração de uma ação da Polícia Federal que teve como alvos o líder do PL na Casa, Sóstenes Cavalcante (RJ), e o deputado Carlos Jordy (PL-RJ).