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O governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT), exonerou Jorge Magno Alves Pinto do cargo de diretor do Conjunto Penal de Eunápolis. A decisão foi publicada no Diário Oficial do Estado (DOE) nesta quinta-feira (28), onde consta a dispensa da função de direção, vinculada à Secretaria de Administração Penitenciária e Ressocialização.
A mesma edição do DOE trouxe a nomeação de Fabrizio Gama e Narici para o cargo de diretor e Sergio Vinicius Tanure dos Santos para o cargo de diretor-adjunto do presídio.
Jorge Magno assumiu a gestão do presídio após a fuga de 16 detentos, ocorrida em 2024, quando a então diretora Joneuma Neres deixou o cargo. De acordo com investigações da Delegacia Territorial de Eunápolis, ela teria facilitado a ação criminosa que resultou na invasão e fuga, além de manter ligação com uma facção.
Em maio deste ano, Jorge Magno foi alvo de um atentado. O carro em que o policial penal costumava circular foi atacado por cerca de 20 homens armados e encapuzados. No momento da emboscada, o diretor não estava no veículo, mas seu motorista foi atingido pelos disparos e socorrido para o Hospital de Eunápolis.
O Ministério Público da Bahia (MP-BA) revelou em denúncia que Joneuma Silva Neres, então diretora do Conjunto Penal de Eunápolis, teria ordenado o sequestro e assassinato de um jovem no ano passado. De acordo com o documento, obtido pelo Bahia Notícias, o crime estaria diretamente relacionado a publicações feitas pela vítima nas redes sociais, por meio de uma página de fofoca, onde ela chamava Joneuma de "miliciana" e denunciava supostos esquemas de corrupção dentro do presídio.
O Bahia Notícias segue destrinchando a denúncia do MP-BA contra Joneuma. A reportagem identificou que, segundo os autos do processo, um inquérito policial apurou que a ex-diretora teria solicitado pessoalmente ao seu companheiro, “Dadá”, líder da facção Primeiro Comando de Eunápolis, que "desse um jeito" no jovem. Os diálogos interceptados pela polícia mostram que a diretora ficou incomodada com as denúncias públicas feitas por Alan Queven dos Santos Barbosa, de 22 anos, que incluíam acusações de que ela facilitava a entrada de produtos ilícitos no presídio e trabalhava politicamente para certos candidatos.
“Joneuma ficou muito irritada com as publicações e, segundo informações obtidas, aquela teria solicitado ao seu amante Dada que ‘desse um jeito’ no autor daquelas postagens. O certo é que dias depois da identificação do proprietário da página no Instagram, ou seja, no dia 07 de junho de 2024, a vítima Alan Queven foi sequestrada no interior de sua residência”, detalha a denúncia.
O crime ocorreu em 7 de junho de 2024, quando Alan foi sequestrado em sua própria casa, no município de Eunápolis, por dois integrantes da facção, um deles identificado como Marcos Vinicius Tavares Ferreira Santos, vulgo "Gago". A vítima foi levada para um local conhecido como "desembolo", uma espécie de tribunal do crime mantido pela facção, onde as execuções eram comumente realizadas de forma brutal, geralmente a pauladas ou pedradas.
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- Joneuma e "Dadá" negociavam "votos cativos" por R$ 100 para beneficiar vereador de Eunápolis e Uldurico Jr.
- Ex-diretora do presídio de Eunápolis teria mantido relacionamento amoroso com detento líder de facção da região
- MP-BA detalha atuação de ex-diretora de presídio de Eunápolis para facilitar fuga de detentos
“O Ministério Público que a pena principal decidida nestas sessões criminosas denominadas de ‘desembolo’ é a de uma morte cruel para a vítima, normalmente executada a pauladas ou pedradas, como forma de mandar um aviso para os ‘desobedientes’”, diz a denúncia do MP-BA.
Alan Queven chegou a ser preso na manhã do dia 7 de junho de 2024, sob acusação de gerenciar um perfil no Instagram utilizado para divulgação de injúrias, difamações e notícias falsas na região. Ele foi abordado durante o cumprimento de um mandado de busca e apreensão em sua residência.
Ele chegou a ser retornar para sua moradia ainda pela manhã, mas, segundo o site Eunanews, conhecido na região de Eunápolis, o jovem Alan foi chamado à porta por volta do meio-dia, saiu de casa e nunca mais retornou.
Testemunhas ouvidas na investigação do MP-BA afirmam que o corpo de Alan nunca foi encontrado, caracterizando um caso de desaparecimento forçado.
A ex-diretora do presídio de Eunápolis, Joneuma Silva Neres, deu à luz enquanto está presa no Conjunto Penal de Itabuna, no sul da Bahia. Ela foi presa no dia 24 de janeiro de 2025, enquanto ainda estava grávida, após ser acusada de facilitar a fuga dos 16 detentos do presídio durante um ataque à unidade em dezembro do ano passado.
Segundo informações do BATV, a criança nasceu prematura e está com a mãe dentro da cela.
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O ex-deputado federal Uldurico Jr. (MDB) foi acusado pela ex-diretora de manter uma relação amorosa com ela. Em ação movida por Joneuma em abril deste ano, ela solicitou “alimentos gravídicos” após o ex-parlamentar, de acordo com o processo, ter parado de enviar auxílio financeiro.
No documento de acusação, foram juntados supostas fotografias de Uldurico com Joneuma, além de imagens do casamento de “alto padrão” entre os dois e um teste de DNA que, em tese, comprova a paternidade da criança. Vale lembrar que, no ano passado, o ex-deputado federal se casou com outra mulher, a advogada Renata Rebouças, em cerimônia realizada em Guarajuba, no município de Camaçari.
Para a reportagem do BATV, Uldurico afirmou que não responderá às acusações e que tem “pressa” para fazer o teste de DNA.
A denúncia do Ministério Público da Bahia (MP-BA) contra Joneuma Silva Neres, ex-diretora do Conjunto Penal de Eunápolis, expõe articulações políticas envolvendo seu relacionamento com o ex-deputado federal Uldurico Jr. (MDB) e o vereador Alberto Cley Santos Lima, conhecido como Cley da Autoescola (PSD). O documento, obtido pela reportagem do Bahia Notícias, revela um esquema de troca de favores com finalidade eleitoral, em que votos cativos de presos e seus familiares seriam negociados em troca de apoio político e manutenção de poder dentro do sistema prisional.
Conforme destrinchado pela reportagem do Bahia Notícias, a partir da relação amorosa entre Joneuma e o líder da facção do Primeiro Comando de Eunápolis, Dadá, ela começou a intermediar reuniões entre o criminoso e o então candidato à prefeitura de Teixeira de Freitas dentro do presídio. Segundo o documento, os encontros, que contavam com a presença de Cley da Autoescola, que era apoiado por Uldurico, ocorriam de forma clandestina e com o cuidado de não serem captadas por câmeras de segurança.
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O Ministério Público afirma que a intenção de Joneuma ao promover tais encontros era “acobertar politicamente” as atividades da facção dentro do presídio. Em troca, ela fornecia eleitores “cativos” a Uldurico, um grupo composto por presos provisórios com direito a voto, seus amigos e familiares. Cada voto captado era recompensado com R$ 100,00, em dinheiro vivo e era pago por intermediários da facção.
“A intenção da denunciada Joneuma, ao intermediar estes encontros entre membros da sua organização criminosa e o ex-deputado federal Uldurico era a de acobertar ‘politicamente’ as suas atividades criminosas, bem como favorecer as ações criminosas de seu bando, as quais se desenvolviam, escancaradamente, no interior do Conjunto Penal de Eunápolis. Entre os eleitores cativos se incluía tanto os presos provisórios faccionados do Primeiro Comando de Eunápolis, que podiam votar, bem como seus amigos e familiares, os quais seriam direcionados para este fim. O voto compromissado era comercializado e cada eleitor aliciado recebia a quantia de R$ 100,00”, diz o MP-BA.
O esquema visava garantir base eleitoral sólida e fidelizada ao ex-deputado e seus aliados políticos. A informação sobre a “recompensa” foi trazida após o MP-BA ouvir o depoimento de um interno do presídio de Eunápolis. No documento, as testemunhas ouvidas na investigação relatam que a diretora agia abertamente, deixando claro que quem realmente mandava no presídio era o líder do Primeiro Comando de Eunápolis.
A INFLUÊNCIA DE ULDURICO
Como padrinho político de Joneuma, Uldurico também era usado por ela para manter controle absoluto sobre o Conjunto Penal. A denúncia afirma que ela utilizava sua influência junto à Secretaria de Administração Penitenciária (Seap) e ao governo estadual para nomear e demitir servidores, direcionando contratações de aliados e exonerando funcionários que não concordavam com os desmandos no presídio.
Entre os exonerados estavam duas assistentes sociais, dois dentistas, uma psicóloga e dois advogados. Segundo o MP-BA, uma das substituições foi da própria irmã de Joneuma, Joceuma Silva Neres, nomeada como advogada para atuar em defesa dos interesses da facção criminosa.
“Para exercer o controle absoluto do Conjunto Penal de Eunápolis, e promover suas atividades ilícitas, em benefício de seu amante Dada, e da organização criminosa – organização a qual ela passou a integrar – a denunciada Joneuma começou a utilizar-se, sistematicamente, da influência política de seu ‘padrinho’ Uldurico, junto ao SEAP e ao governo estadual para direcionar as contratações e demissões dos servidores do Conjunto Penal de Eunápolis. Assim, os servidores que ‘não fechavam os olhos’ ou compactuavam com aqueles desmandos no Conjunto Penal de Eunápolis eram intimidados”, diz a denúncia.
O ROMANCE ULDURICO-JONEUMA
Além de ter apadrinhado politicamento Joneuma, Uldurico é acusado de manter uma relação amorosa com a ex-diretora. Em abril deste ano, o Bahia Notícias publicou que ela entrou com uma ação contra o ex-deputado solicitando “alimentos gravídicos”.
No processo, Joneuma, que estava grávida de 28 semanas, alega que Uldurico é pai da criança e alega que, após ser presa, o ex-parlamentar teria cessado a assistência financeira.
No documento de acusação, foram juntados supostas fotografias de Uldurico com Joneuma, além de imagens do casamento de “alto padrão” entre os dois e um teste de DNA que, em tese, comprova a paternidade da criança. Vale lembrar que, no ano passado, o ex-deputado federal se casou com outra mulher, a advogada Renata Rebouças, em cerimônia realizada em Guarajuba, no município de Camaçari.
Para a reportagem do BATV, Uldurico afirmou que não responderá às acusações e que tem “pressa” para fazer o teste de DNA.
O ESQUEMA DA FUGA
A denúncia do MP-BA detalha de forma minuciosa a atuação dela e de outros envolvidos na fuga de 16 detentos da cela 44, ocorrida em 12 de dezembro de 2024. O documento conta sobre o pagamento de R$ 1,5 milhão pela facilitação da fuga e o uso de uma furadeira a bateria como instrumento fundamental no plano.
De acordo com os autos, a intermediação de Joneuma nas atividades criminosas da facção Primeiro Comando de Eunápolis teria rendido a ela cerca de R$ 1,5 milhão. Esse valor teria sido pago pela organização criminosa como compensação pela facilitação da fuga, concessão de regalias e omissão deliberada frente a práticas ilegais dentro da unidade. O denunciado Vagno Oliveira Batista, o qual atuava como fornecedor de armas, e outras testemunhas afirmaram que ela era peça central na engrenagem do grupo, assumindo papel de confiança e comando ao lado de Dada.
A ex-diretora também teria planejado fugir para o Rio de Janeiro, com o líder do Primeiro Comando de Eunápolis. Conforme apuração do Ministério Público, por lá, ela e Dadá ficariam sob a proteção do Comando Vermelho (CV), facção aliada a organização criminosa baiana.
A FURADEIRA
A ferramenta utilizada pelos presos para abrir um buraco no teto da cela 44 foi uma furadeira a bateria. O som do equipamento foi percebido no dia 29 de novembro de 2024 por um supervisor do presídio. Ele tentou fazer a inspeção, mas foi impedido pelos próprios detentos. Ao acionar o coordenador de segurança, Wellington Oliveira Sousa, este adotou postura evasiva, alegando aguardar instruções de Joneuma. Ambos eram sabidamente aliados e, segundo a denúncia, estavam diretamente comprometidos com a execução do plano de fuga.
Apenas no dia 2 de dezembro, três dias após a constatação do uso da furadeira, Joneuma mandou recolher a ferramenta, já com a escavação praticamente concluída. Ela manteve a furadeira sob sua guarda na sala da diretoria e, depois da fuga, ordenou que Wellington levasse o objeto para o seu carro, a fim de entregá-lo pessoalmente. Além disso, ela o orientou a formalizar um comunicado falso, omitindo os detalhes da utilização da ferramenta e instruindo-o a apagar os registros do caso.
A denúncia aponta que Joneuma e Wellington elevaram o status de mais de 12 detentos da facção, transformando-os em “correrias” — internos com livre circulação e acesso privilegiado às áreas do presídio. Esses detentos foram concentrados nas celas 44 e 45, justamente para facilitar a organização da fuga.
Durante o planejamento e execução, os presos utilizaram a furadeira para abrir um buraco no teto, com conhecimento e autorização dos dois servidores. Além disso, os internos transportaram facas e outros instrumentos ilícitos em baldes durante uma mudança de pavilhão, tudo feito na presença da direção da unidade, sem qualquer interferência.
No dia da fuga, 12 de dezembro, nove homens fortemente armados invadiram o presídio, mataram um cão de guarda e atiraram contra os agentes penitenciários. Todos os 16 detentos escaparam. A ação contou com armamento pesado, incluindo fuzis AK-47, Parafal e AR-15.
Os denunciados, inclusive, no entendimento do MP-BA, devem responder solidariamente pela tentativa de homicídio de um dos vigilantes.
O Ministério Público da Bahia apresentou a denúncia contra Joneuma Silva Neres, ex-diretora do Conjunto Penal de Eunápolis, em que detalha de forma minuciosa a atuação dela e de outros envolvidos na fuga de 16 detentos da cela 44, ocorrida em 12 de dezembro de 2024. O documento, obtido pelo Bahia Notícias, conta sobre o pagamento de R$ 1,5 milhão pela facilitação da fuga e o uso de uma furadeira a bateria como instrumento fundamental no plano.
De acordo com os autos, a intermediação de Joneuma nas atividades criminosas da facção Primeiro Comando de Eunápolis teria rendido a ela cerca de R$ 1,5 milhão. Esse valor teria sido pago pela organização criminosa como compensação pela facilitação da fuga, concessão de regalias e omissão deliberada frente a práticas ilegais dentro da unidade. O denunciado Vagno Oliveira Batista, o qual atuava como fornecedor de armas, e outras testemunhas afirmaram que ela era peça central na engrenagem do grupo, assumindo papel de confiança e comando ao lado do líder Ednaldo “Dada” - de quem seria amante.
A ex-diretora também teria planejado fugir para o Rio de Janeiro, com o líder do Primeiro Comando de Eunápolis (PCE). Conforme apuração do Ministério Público, lá, ela e Dada ficariam sob a proteção do Comando Vermelho (CV), facção aliada a organização criminosa baiana.
LAVAGEM DE DINHEIRO
A denúncia aponta que Joneuma usava uma falsa identidade — Barbara Thais de Jesus Ramos — para atuar em esquemas de lavagem de dinheiro da facção. Em sua posse, foram encontrados documentos, anotações, telefones e até comprovantes de compras que conectam suas ações aos fluxos financeiros do grupo criminoso.
Em um caderno apreendido, foram identificados CPFs e anotações de datas de nascimentos de pessoas diversas, além de um comprovante da compra de um equipamento de informática Macbook, que estava no nome de Bárbara Thais de Jesus. O aparelho, inclusive, foi encontrado na residência de Joneuma.
A FURADEIRA
A ferramenta utilizada pelos presos para abrir um buraco no teto da cela 44 foi uma furadeira a bateria. O som do equipamento foi percebido no dia 29 de novembro de 2024 por um supervisor do presídio. Ele tentou fazer a inspeção, mas foi impedido pelos próprios detentos. Ao acionar o coordenador de segurança, Wellington Oliveira Sousa, este adotou postura evasiva, alegando aguardar instruções de Joneuma. Ambos eram sabidamente aliados e, segundo a denúncia, estavam diretamente comprometidos com a execução do plano de fuga.
Apenas no dia 2 de dezembro, três dias após a constatação do uso da furadeira, Joneuma mandou recolher a ferramenta, já com a escavação praticamente concluída. Ela manteve a furadeira sob sua guarda na sala da diretoria e, depois da fuga, ordenou que Wellington levasse o objeto para o seu carro, a fim de entregá-lo pessoalmente. Além disso, ela o orientou a formalizar um comunicado falso, omitindo os detalhes da utilização da ferramenta e instruindo-o a apagar os registros do caso.
A denúncia aponta que Joneuma e Wellington elevaram o status de mais de 12 detentos da facção, transformando-os em “correrias” — internos com livre circulação e acesso privilegiado às áreas do presídio. Esses detentos foram concentrados nas celas 44 e 45, justamente para facilitar a organização da fuga.
Durante o planejamento e execução, os presos utilizaram a furadeira para abrir um buraco no teto, com conhecimento e autorização dos dois servidores. Além disso, os internos transportaram facas e outros instrumentos ilícitos em baldes durante uma mudança de pavilhão, tudo feito na presença da direção da unidade, sem qualquer interferência.
No dia da fuga, 12 de dezembro, nove homens fortemente armados invadiram o presídio, mataram um cão de guarda e atiraram contra os agentes penitenciários. Todos os 16 detentos escaparam. A ação contou com armamento pesado, incluindo fuzis AK-47, Parafal e AR-15.
Os denunciados, inclusive, no entendimento do MP-BA, devem responder solidariamente pela tentativa de homicídio de um dos vigilantes.
A denúncia descreve um esquema complexo, com divisão de tarefas clara entre os detentos, a liderança da facção e servidores públicos corrompidos.
Os principais acusados e seus papéis:
Joneuma Silva Neres (ex-diretora do presídio)
- Acusada de se associar à facção após assumir o cargo em março de 2024.
- Manteve um relacionamento amoroso com o líder da facção, Ednaldo "Dada", e permitiu regalias absurdas aos presos, como:
- Refeições de luxo (moqueca de camarão, lasanha, Chester).
- Entrada de caixões para velórios dentro do presídio.
- Visitas íntimas nos pavilhões.
- Uso livre de celulares e facas pelos detentos.
- Facilitou encontros políticos dentro do presídio, incluindo reuniões com o ex-deputado Uldurico Alencar Pinto, candidato a prefeito de Teixeira de Freitas.
- Lavagem de dinheiro: Movimentou cerca de R$ 1,5 milhão em propinas e usou laranjas para comprar bens, como um MacBook em nome de uma falsa identidade.
Welington Oliveira Sousa (coordenador de segurança do presídio)
- Omissão deliberada durante a escavação do teto da cela 44, que permitiu a fuga.
- Alterava laudos criminológicos para beneficiar membros da facção.
- Ameaçava servidores que não colaboravam com o esquema.
Dada (líder da facção)
- Comandou a fuga de 16 integrantes da facção em 12 de dezembro de 2024.
- Armou os resgatistas com fuzis (AK-47, AR-15, Parafal).
- Ordenou o ataque a tiros contra vigilantes durante a fuga, resultando em tentativa de homicídio.
Vagno Oliveira Batista (fornecedor de armas)
- Responsável por entregar os fuzis usados na fuga.Revelou que os fugitivos estão escondidos no Rio de Janeiro, sob proteção do Comando Vermelho (CV).
A ex-diretora do Conjunto Penal de Eunápolis, Joneuma Silva Neres, teria recebido R$ 1,5 milhão para facilitar a fuga dos 16 detentos em dezembro do ano passado, segundo novas informações divulgadas. Além disso, ela também teria planejado fugir para o Rio de Janeiro, junto Ednaldo Pereira de Souza, o Dada, apontado como líder da facção Primeiro Comando de Eunápolis.
A fuga, que até hoje mantém 15 foragidos, foi detalhadamente articulada. Segundo o processo revelado pelo BATV na noite desta quinta-feira (3), os detentos abriram um buraco no teto da cela com o uso de uma furadeira, cujo barulho chegou a ser percebido por agentes penais. Apesar disso, a diretora só teria autorizado a revista na cela dois dias depois.
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A ferramenta foi encontrada e, segundo depoimento do ex-coordenador de segurança da unidade, Wellington Oliveira Sousa, foi mantida por dias sob posse de Joneuma, guardada em sua sala. Só pouco antes da fuga é que ela teria ordenado que ele levasse a furadeira para sua casa. A cela de número 44, onde os presos estavam, abrigava apenas aliados de o Dada, apontado como líder da facção responsável pela fuga.
A reportagem também mostrou que Joneuma teria facilitado a entrada irregular de alguns objetos no presídio, sob pedido dos criminosos. A ex-diretora autorizou o ingresso de roupas, ventiladores, freezers e até sanduicheiras.
O advogado criminal de Joneuma, Arthur Nunes Gomes, informou que as regalias foram concedidas fruto de negociações visando estabelecer “a ordem dentro do sistema prisional”. Segundo ele, a entrada dos objetos ajudaria a evitar que ocorrerem rebeliões dentro da penitenciária.
ROMANCE COM DADA
De acordo com a reportagem, Joneuma teria mantido um relacionamento amoroso com Dada enquanto ele esteve preso na unidade.
Testemunhas revelaram que a ex-diretora tinha um relacionamento com Dada ainda dentro do presídio de Eunápolis. Além disso, o ex-coordenador de segurança da penitenciária, Wellington Oliveira Souza, mencionou em depoimento que Joneuma e o criminoso tinham “encontros frequentes” e “sempre a sós”.
O romance entre a ex-diretora e Dada, a informação foi negada pela advogada e irmã da acusada, Joceuma. “A gente não sabe quem está articulando tudo isso, mas ela está sofrendo as consequências de um crime que ela não cometeu. Ela nunca teve nenhum relacionamento com essa pessoa”.
Novas informações sobre a fuga de detentos no presídio de Eunápolis apontam que a ex-diretora da penitenciária, Joneuma Silva Neres, seria “apadrinhada política” do ex-deputado federal Uldurico Jr. (MDB) e teria sido indicada para o cargo por ele. Além disso, conforme informações do processo, o ex-parlamentar seria um “visitante frequente” da unidade prisional.
De acordo com a reportagem do BATV na noite desta quinta-feira (3), um policial penal, sob condição de anonimato, prestou depoimento informando de que “políticos” entraram no presídio sem passar por nenhuma revista antes de visitar os detentos.
“Tenho conhecimento de que políticos ingressaram no conjunto penal, sem revista, inspeção ou cadastro prévio de visitantes. Sempre que Uldurico chegava ao presídio, eu me retirava da unidade por considerar o ambiente sensível e por não concordar com a ida do político nas condições descritas”, disse o policial em depoimento revelado pelo BATV.
Além disso, o oficial também contou que Uldurico mantinha contato com lideranças de facções criminosas durante suas visitas. Entre os visitados pelo ex-deputado está Ednaldo Pereira Souza, conhecido como Dada, que comanda a facção Primeiro Comando de Eunápolis.
Dada estava encarcerado no presídio de Eunápolis no momento da invasão armada que resultou na fuga dos detentos. A principal suspeita é de que o ataque foi realizado justamente para que criminoso realizasse a fuga. Ele continua foragido.
O ROMANCE COM JONEUMA
Além de ter apadrinhado politicamento Joneuma, Uldurico é acusado de manter uma relação amorosa com a ex-diretora. Em abril deste ano, o Bahia Notícias publicou que ela entrou com uma ação contra o ex-deputado solicitando “alimentos gravídicos”.
No processo, Joneuma, que estava grávida de 28 semanas, alega que Uldurico é pai da criança e alega que, após ser presa, o ex-parlamentar teria cessado a assistência financeira.
No documento de acusação, foram juntados supostas fotografias de Uldurico com Joneuma, além de imagens do casamento de “alto padrão” entre os dois e um teste de DNA que, em tese, comprova a paternidade da criança. Vale lembrar que, no ano passado, o ex-deputado federal se casou com outra mulher, a advogada Renata Rebouças, em cerimônia realizada em Guarajuba, no município de Camaçari.
À reportagem do BATV, Uldurico afirmou que não responderá as acusações e que tem “pressa” para fazer o teste de DNA.
A RELAÇÃO COM DADA
Mais cedo, foi revelado que, supostamente, Joneuma e Dada também teriam mantido um relacionamento amoroso dentro do presídio.
De acordo com a reportagem, testemunhas revelaram que a ex-diretora tinha um relacionamento com Dada ainda dentro do presídio de Eunápolis. Além disso, o ex-coordenador de segurança da penitenciária, Wellington Oliveira Souza, mencionou em depoimento que Joneuma e o criminoso tinham “encontros frequentes” e “sempre a sós”.
A ex-diretora do presídio de Eunápolis, Joneuma Silva Neres, teria mantido um relacionamento amoroso com Ednaldo Pereira Souza, conhecido como Dada e principal liderança da facção Primeiro Comando de Eunápolis. Ela está presa desde o início deste ano, suspeita de facilitar a fuga de 16 detentos durante ataque ao local em dezembro do ano passado.
Dada estava encarcerado no presídio de Eunápolis no momento da invasão armada que resultou na fuga dos detentos. A principal suspeita é de que o ataque foi realizado justamente para que criminoso realizasse a fuga. Ele continua foragido.
A informação do romance foi revelada pelo BATV na noite desta quinta-feira (3). De acordo com a reportagem, testemunhas revelaram que a ex-diretora tinha um relacionamento com Dada ainda dentro do presídio de Eunápolis. Além disso, o ex-coordenador de segurança da penitenciária, Wellington Oliveira Souza, mencionou em depoimento que Joneuma e o criminoso tinham “encontros frequentes” e “sempre a sós”.
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“Eles tinham encontros frequentes que ocorriam na sala de videoconferência, sempre a sós, com uma folha de papel ofício obstruindo a visibilidade da porta pela abertura do vidro. As reuniões eram sigilosas e causavam estranheza entre os funcionários devido a sua regularidade e longa duração” diz o depoimento revelado pelo BATV.
A reportagem também mostrou que Joneuma teria facilitado a entrada irregular de alguns objetos no presídio, sob pedido dos criminosos. A ex-diretora autorizou o ingresso de roupas, ventiladores, freezers e até sanduicheiras.
O advogado criminal de Joneuma, Arthur Nunes Gomes, informou que as regalias foram concedidas fruto de negociações visando estabelecer “a ordem dentro do sistema prisional”. Segundo ele, a entrada dos objetos ajudaria a evitar que ocorrerem rebeliões dentro da penitenciária.
Sobre o romance entre a ex-diretora e Dada, a informação foi negada pela advogada e irmã da acusada, Joceuma. “A gente não sabe quem está articulando tudo isso, mas ela está sofrendo as consequências de um crime que ela não cometeu. Ela nunca teve nenhum relacionamento com essa pessoa”.
A Força Penal Nacional (FPN) teve a atuação prorrogada por mais 30 dias no Conjunto Penal de Eunápolis, na Costa do Descobrimento. A continuidade das ações foi autorizada por meio de portaria assinada pelo ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski.
A vinda da FPN decorre das ações de resposta após uma emboscada que visava atingir o diretor do presídio Jorge Magno Alves Pinto, ocorrida na noite do dia 20 de maio. O diretor não estava no veículo. No entanto, o motorista do carro foi atingido e sobreviveu ao ataque feito por um grupo de 20 criminosos, ligados a uma facção.
Carro atingido durante emboscada / Foto: Reprodução / Radar News
O presídio também foi alvo de uma invasão em dezembro do ano passado em que 16 detentos conseguiram escapar. Quinze deles seguem ainda foragidos.
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— Bahia Notícias (@BahiaNoticias) December 18, 2024
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Segundo a Secretaria de Administração Penitenciária e Ressocialização (Seap), a atuação da FPN tem como objetivo intensificar os treinamentos voltados à coordenação de ações de segurança externa e à execução de rotinas administrativas para prevenir eventuais crises na unidade prisional.
Ainda segundo a pasta, essa segunda fase da missão prioriza o aperfeiçoamento da coordenação externa e a padronização de rotinas operacionais voltadas à prevenção de distúrbios internos.
Coordenada pela Polícia Penal Federal e vinculada à Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen), do Ministério da Justiça e Segurança Pública, a Força Penal Nacional iniciou as atividades no presídio de Eunápolis no último dia 11 de junho. Os treinamentos são direcionados tanto aos policiais penais quanto aos integrantes do Grupamento Especializado em Operações Prisionais (Geop).
A Força Penal Nacional é composta por policiais penais federais e estaduais de diferentes unidades da federação: Distrito Federal, Goiás, Tocantins, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Sergipe, Ceará, Paraíba, Amapá, Roraima e Bahia.
Na Bahia, a atuação da FPN ocorre em parceria com a Superintendência de Gestão Prisional (SGP), órgão da Seap, conforme determina o convênio em vigor.
Dos 16 detentos que fugiram do Conjunto Penal de Eunápolis, na Costa do Descobrimento, 15 ainda seguem foragidos após 168 dias da invasão à carceragem, ocorrida na noite do dia 12 de dezembro passado. Entre eles consta Edinaldo Pereira Souza, conhecido como Dadá, tido como líder de uma facção conhecida como Primeiro Comando de Eunápolis, ligada ao Comando Vermelho.
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Mais de um mês depois, um dos fugitivos morreu em confronto com policiais. Anailton Souza Santos, de 28 anos, conhecido como Nino, foi encontrado escondido em um imóvel no bairro Alecrim I, em Eunápolis, e foi a óbito após confronto com policiais da 23ª Coorpin.
No dia seguinte à invasão do presídio, as forças de segurança prenderam dois homens, nos bairros Pequi e Centauro, acusados de integrar o grupo que participou da libertação dos presos. Outros três envolvidos morreram em confronto, nos bairros Pequi e Stela Reis, dois dias depois da invasão.
Diante do caso, a Secretaria Administração Penitenciária e Ressocialização (Seap) afastou a diretora do presídio, Joneuma Neres; o diretor-adjunto, Elton Rocha; e o coordenador de segurança, Welington Oliveira Souza. A diretora e o coordenador de segurança acabaram sendo presos também em janeiro acusados de facilitar a fuga dos detentos.
Com o afastamento foi colocado na direção interina do presídio o policial penal Jorge Magno Alves Pinto. No último dia 20 de maio, um atentado, que pretendia atingir o diretor-interino, baleou um motorista do presídio. O funcionário foi levado em estado grave para uma unidade de saúde, passou por cirurgia e não corre mais risco de morte.
Devido ao novo fato, uma força-tarefa do estado passou a fazer diligências para capturar os suspeitos pelo atentado e no dia 21 de maio prendeu um dos executores do crime, identificado como José Rubens Alves de Assis Filho, conhecido como “Rubão”. A namorada, Letícia Rodrigues, também foi detida em um cerco em Itapebi.
Por conta do atentado, o presídio passou a ser gerido pelo Grupo Especializado em Operações Prisionais (Geop). Já nesta quarta-feira (28), o governo federal autorizou a cooperação da Força Penal Nacional no presídio pelo período de 30 dias.
O trabalho será em apoio logístico e na supervisão dos trabalhos administrativos do local. Até a última terça-feira (27), o Conjunto Penal de Eunápolis abrigava 601 presos, 144 a mais do que as 457 vagas do local, conforme informações da Seap. A Bahia ocupa a décima posição entre os estados com maior população carcerária.
São Paulo encabeça o ranking com 200,1 mil encarcerados, conforme dados de 2024 do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP). Em seguida vem Minas Gerais, com 65,5 mil; Rio de Janeiro, com 47,3 mil; Paraná, com 41,6 mil e Rio Grande do Sul, com 35,7 mil.
Os estados com o menor número de presos são: Amapá, com 2,8 mil; Roraima, com 3,1 mil; Tocantins, com 3,7 mil; Alagoas, com 5,1 mil e Amazonas, com 5 mil.
Uma nova operação foi deflagrada no âmbito da investigação do atentado contra o diretor do presídio de Eunápolis, na Costa do Descobrimento. Denominada de “Convergência”, a ação ocorre nesta sexta-feira (30) e tem como alvos dois custodiados do presídio, suspeitos de envolvimento no ataque, ocorrido na tarde do dia 20 de maio.
Na ocasião, um motorista da unidade prisional foi atingido. Ele foi levado em estado grave para um hospital e não corre mais risco de morte. Segundo a Polícia Civil, que lidera a ação, a Operação Convergência cumpre mandados também em municípios vizinhos a Eunápolis.
Também participam da ação agentes da Polícia Militar e do Ministério Público da Bahia (MP-BA), através de Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco).
Uma operação conjunta foi deflagrada nesta sexta-feira (23) no Conjunto Penal de Eunápolis, na Costa do Descobrimento. Denominada de Arrosto, a operação é uma resposta ao atentado sofrido por um monitor de ressocialização vinculado à Secretaria de Administração Penitenciária e Ressocialização (Seap).
Além da revista geral, a ação avalia a necessidade transferência de internos, suspensão de visitas e realização de estudo para realocação definitiva de internos ligados a facções criminosas, sobretudo do grupo envolvido no ataque à direção do conjunto penal.
Foto: Divulgação / Seap
O fato ocorreu na última terça-feira (20) e tinha como alvo o diretor da unidade prisional, que não estava no veículo quando ocorreu o atentado. O monitor, que dirigia o veículo, foi atingido e segue internado em uma unidade hospitalar.
Foto: Divulgação / Seap
Segundo a Seap, após o atentado, o presídio de Eunápolis passou a ser gerido, temporariamente, pelo Grupo Especializado em Operações Prisionais (Geop), visando o restabelecimento da ordem e segurança no presídio.
Além da Seap participaram da operação a Secretaria da Segurança Pública (SSP) e o Ministério Público da Bahia (MP-BA).
Após um ataque criminoso que tinha o diretor do Conjunto Penal de Eunápolis (CPE), o policial penal Jorge Magno Alves Pinto, como alvo, o governador Jerônimo Rodrigues (PT) indicou que sua gestão tem adotado "postura firme" para o enfrentamento do crime organizado na região.
"Nós temos tido uma postura muito firme, a todo momento que a gente recebe denúncia ela é averiguada. Fiquei muito sentido com a ameaça de um diretor, um quadro nosso, ter sido ameaçado dessa forma, em vias de fato. Sentido pelo que aconteceu com o motorista. Isso prova que as coisas tivessem sendo passadas a mão pela cabeça, isso talvez não acontecesse. Isso prova que estamos sendo rigorosos", disse na manhã desta quinta-feira (22) em entrevista na rádio BandNews FM.
"Tivemos o afastamento e um processo aberto para que a dirigente anterior pudesse responder. É uma área muito sensível, sabemos como o presídio pode contribuir para o malfeitor, o crime organizado, e ali tem sido a torneira onde a gente vai tentando fechar. Nós estamos fazendo as operações com as polícias, os serviços com a secretaria que cuida dos presídios. Eu espero que a gente possa dar conta dos outros, encontrar qual é a fonte. E não vamos dar trégua nesse aspecto do crime organizado", acrescentou.
Na última terça-feira (20), o carro de Jorge Magno foi alvo de uma emboscada por integrantes de uma facção criminosa. Um grupo de 20 criminosos, que estavam encapuzados, cercou o veículo e efetuou os disparos.
O diretor do conjunto penal não estava dentro do carro no momento do ataque. O seu motorista foi atingido pelos disparos e foi imediatamente socorrido para o Hospital de Eunápolis.
Jorge Magno Alves Pinto assumiu a diretoria após a fuga de 16 presos do complexo penal de Eunápolis. Ele entrou no lugar de Joneuma Neres. De acordo com as investigações conduzidas pela Delegacia Territorial de Eunápolis, Joneuma teria facilitado a ação de criminosos que promoveram a invasão e a fuga no presídio. Além disso, foi identificada a ligação da ex-diretora com uma organização criminosa.
O principal suspeito de atirar e deixar em estado grave o motorista do diretor do presídio de Eunápolis, na Costa do Descobrimento, foi preso na manhã desta quarta-feira (21). Segundo a Secretaria da Segurança Pública do Estado (SSP-BA), o acusado tentava fugir de um cerco policial quando foi alcançado na altura de Itapebi, na mesma região.
O homem, que portava uma pistola, além de um carregador e munições, tinha passagens pela polícia pelos crimes de homicídio, ocultação de cadáver e roubo. Uma mulher que o acompanhava também foi detida. A operação que resultou na prisão contou com ações de inteligência integradas. As autoridades informaram que o mandante do crime já foi identificado. O crime ocorreu nesta terça-feira (20) durante uma emboscada.
Ainda segundo a SSP-BA, informações sobre outros envolvidos no ataque podem ser repassadas, com garantia de sigilo, por meio do Disque Denúncia 181. “O anonimato é garantido, a ligação é gratuita e o serviço funciona 24 horas”, informou a SSP em nota.
A ex-diretora do Presídio de Eunápolis, Joneuma Silva Neres, de 33 anos, foi presa na noite desta quinta-feira (23), por volta das 21h, em decorrência de investigações relacionadas à fuga de 16 presos ocorrida em 12 de dezembro de 2024. A ação foi realizada pela Polícia Civil da Bahia, que solicitou a prisão preventiva da investigada. O mandado foi expedido pela Comarca de Eunápolis.
De acordo com as investigações conduzidas pela Delegacia Territorial de Eunápolis, Joneuma teria facilitado a ação de criminosos que promoveram a invasão e a fuga no presídio. Além disso, foi identificada a ligação da ex-diretora com uma organização criminosa.
A prisão ocorreu na Avenida Getúlio Vargas, nas proximidades de uma agência bancária. Durante a abordagem, a polícia apreendeu com a suspeita diversos itens, incluindo aparelhos celulares, chips telefônicos, um caderno de anotações e R$ 8 mil em espécie. Todo o material foi apresentado na delegacia.
Após ser conduzida à unidade policial, Joneuma foi submetida a exame pericial e será transferida ainda hoje para o Conjunto Penal de Teixeira de Freitas. A investigação segue em andamento.
Um detento do Conjunto Penal de Eunápolis, na Costa do Descobrimento, segue internado nesta segunda-feira (23) após passar por uma cirurgia depois de engolir um aparelho celular. Segundo o Radar News, parceiro do Bahia Notícias, o jovem, de 20 anos, teria sido obrigado a engolir o aparelho durante revista na unidade prisional. A inspeção nas celas ocorreu no dia 14 deste mês, dois dias depois da fuga de 16 detentos.
Ao se queixar de dores fortes, o detento foi socorrido e levado somente na última quinta-feira (19) ao Hospital Regional de Eunápolis. A mãe do preso, que não quis se identificar por temer represálias, disse ao site que o estado de saúde do filho é estável, e ele deve receber alta ainda nesta segunda.
Ainda segundo informações, a mulher disse que só soube no sábado (21) da operação. Ela também preferiu não se manifestar sobre quem teria obrigado o jovem a engolir o celular. A mulher declarou desde a fuga dos 16 detentos, os apenados têm sido submetidos a tratamento degradante.
A unidade está sob intervenção e teve a diretoria afastada pelo governo do estado. Até esta segunda, nenhum dos fugitivos foi localizado.
A fuga dos 16 detentos do Conjunto Penal de Eunápolis, na Costa do Descobrimento, completou uma semana. Desde então, o grupo segue foragido. A ação ocorreu no final da noite do dia 12 de dezembro quando oito homens armados invadiram o presídio com objetivo de soltar Edinaldo Pereira Souza, denominado de Dada, tido como chefe de uma facção criminosa local.
Além de Dada, os invasores tiraram outros 15 detentos que seriam ligados à mesma facção. Nesta quinta-feira, uma decisão do juiz Otaviano Andrade de Souza Sobrinho afastou a diretora, o diretor-adjunto e o coordenador de segurança do presídio de Eunápolis, Joneuma Silva Neres, Elton Deolino Rocha e Wellington Oliveira Sousa, respectivamente.
Os diretores já tinham sido afastados por 30 dias, com possível prorrogação de prazo, pela Secretaria de Secretaria Administração Penitenciária e Ressocialização (Seap) após intervenção na carceragem.
Para o especialista em segurança e cofundador da Iniciativa Negra, Dudu Ribeiro, a troca de direção de presídios não vai necessariamente a fundo na mitigação dos problemas.
“Infelizmente a intervenção do presídio e afastamento das autoridades, ele é um mero mecanismo de emergência que não muda o quadro de forma profunda e nós seguimos nesse modelo de segurança pública que está em crise, e a Bahia tem particularmente cumprido um papel de destaque nesse modelo”, disse Ribeiro em entrevista ao Bahia Notícias.
O especialista declarou ainda que há o risco de novos ataques a presídios se a questão não for discutida de forma urgente pela sociedade.
“Nós poderemos, sim, ter novos episódios como esse em outras unidades enquanto não fizermos um grande debate nacional de mudança de rota e de paradigmas e de modelo de segurança pública. As organizações ligadas ao tráfico de drogas e armas são transnacionais, e a gente tem tido pouquíssima capacidade de desarticulá-las, sobretudo porque não existe o crime organizado sem participação, conivência, incentivo e comando de poderosos grupos políticos e econômicos”, enfatizou.
Durantes as ações de recaptura, três dos oito invasores morreram em confronto com a polícia.
Imagens de câmeras de segurança revelaram detalhes da fuga de 16 detentos do presídio de Eunápolis, na Costa do Descobrimento, ocorrida na noite da última quinta-feira (12). A ação foi orquestrada por um grupo armado que invadiu a unidade para resgatar um líder de uma facção criminosa.
? Vídeo mostra ação que resultou em fuga de 16 detentos após invasão em presídio de Eunápolis
— Bahia Notícias (@BahiaNoticias) December 18, 2024
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No vídeo, é possível ver homens vestidos com roupas e armados com fuzis, posicionados atrás de uma construção dentro do presídio. Segundo o Radar News, parceiro do Bahia Notícias, eles dispararam contra agentes de segurança, como forma de garantir cobertura para o resgate dos detentos.
Durante o ataque, os presos foram retirados de duas celas. Eles subiram na torre de vigilância e desceram até a área externa com o auxílio de uma corda feita com lençóis. As imagens também mostram o grupo de internos se dirigindo em direção ao alambrado, onde foi feito um buraco que possibilitou a fuga.
De acordo com informações, os detentos pertencem a uma facção criminosa que, em meio a rivalidades, tem realizado diversas fugas e ataques. A frequência dessas ocorrências tem sido agravada pela estrutura, considerada precária, e pela escassez de efetivo no presídio.
Três homens suspeitos de atuar na fuga de 16 detentos do Conjunto Penal de Eunápolis, na Costa do Descobrimento, morreram em confronto com policiais. A fuga ocorreu na noite da última quinta-feira (12) e até a tarde deste sábado (14) nenhum dos fugitivos foi localizado. Os três que morreram nesta sexta foram identificados como Jaione Santos de Souza, 33 anos; David Silva Souza, 32, o David Cabeção; e Fernando Correia Santos, 35, o Neguinho Fernando.
Segundo o Radar News, parceiro do Bahia Notícias, o primeiro confronto ocorreu na manhã de sexta-feira (13) no bairro Juca Rosa. Jaione Santos de Souza e um comparsa teriam invadido uma casa ao perceber a aproximação dos policiais. O suspeito correu em direção aos fundos da residência e passou a disparar contra as equipes. No confronto, Jaione foi ferido e morreu a caminho do Hospital Regional de Eunápolis.
Com ele, foram apreendidos um revólver calibre 38, 15 munições de fuzil 762, duas munições de calibre 38 intactas e cinco deflagradas.
Os outros dois confrontos aconteceram na noite desta sexta e resultaram nas mortes de David Silva Souza, que teria invadido uma residência na Rua Belmonte e feito uma pessoa refém; e Fernando Correia Santos, o Neguinho Fernando. O último é um dos líderes da facção PCE e teria sido um dos mentores da fuga do presídio. Ele chegou a ser levado para o Hospital Regional de Eunápolis, mas não resistiu.
Um homem suspeito de participar da fuga de 16 detentos do Conjunto Penal de Eunápolis, na Costa do Descobrimento, foi preso pela Polícia Civil. A fuga ocorreu no final da noite desta quinta-feira (12) após oito homens armados invadirem a carceragem. A intenção era soltar Edinaldo Pereira Souza, o Dada, chefe de uma facção local.
Segundo a Polícia Civil, o homem preso nesta sexta disse que receberia R$ 5 mil pela atuação no crime. Ao ser avistado pela polícia, o homem correu para casa de uma moradora e depois se rendeu.
Conforme o Radar News, parceiro do Bahia Notícias, ele portava um fuzil 7.62, diversas munições do mesmo calibre, carregadores, uma granada, rádios de comunicação, colete à prova de balas, roupas camufladas, toucas ninja, drogas e uma balança de precisão. Um caderno com registros de tráfico e um Jeep Renegade, que pode ter sido usado na fuga, também foram recolhidos.
Equipes das polícias Civil e Militar estão em diligências para localizar e recapturar os presos foragidos. A Secretaria de Administração Penitenciária (SEAP) divulgou os nomes dos foragidos: Edinaldo Pereira Souza [Dada], Sirlon Riserio Dias Silva, William Ferreira Miranda, Idario Silva Dias, Isaac Silva Ferreira, Thiago Almeida Ribeiro, Romildo Pereira dos Santos, Altiere Amaral de Araújo, Anailton Souza Santos, Fernandes Pereira Queiroz, Giliard da Silva Moura, Rubens Lourenço dos Santos, Valtinei dos Santos Lima, Anderson de Oliveira Lima, Geifson de Jesus Souza e Mateus de Amaral Oliveira.
A Secretaria Administração Penitenciária e Ressocialização (Seap) informou a identidade dos 16 detentos que fugiram do Conjunto Penal de Eunápolis, na Costa do Descobrimento. A ação criminosa ocorreu no final da noite desta quinta-feira (12) após um grupo armado invadir a carceragem, acessar o bloco B da unidade e soltar 16 detentos.
O objetivo da ação seria tirar do local o líder da facção conhecida como Primeiro Comando de Eunápolis, Edinaldo Pereira Souza, denominado de Dada, que está entre os fugitivos.
Foto: Divulgação / Seap
Além de Ednaldo Pereira Souza, os detentos que fugiram foram identificados como Sirlon Risério Dias Silva, Mateus de Amaral Oliveira, Geifson de Jesus Souza, Anderson de Oliveira Lima, Altieri Amaral de Araújo, Anailton Souza Santos, Fernandes Pereira Queiroz, Giliard da Silva Moura, Rubens Lourenço dos Santos, Valtinei dos Santos Lima, Romildo Pereira dos Santos, Thiago Almeida Ribeiro, Idário Silva Dias, Isaac Silva Ferreira e William Ferreira Miranda.
Foto: Divulgação / Seap
Ainda segundo informações, o fato ocorreu por volta das 23h40. Para chegar até os detentos, o grupo, formado por oito membros, entrou pela parte lateral do presídio, matou um cão de guarda e usou cordas feitas de lençol [tereza] para invadir o Bloco B. Além de agentes da Seap, atuam nas buscas pelos fugitivos policiais militares da Rondesp, Cipe-Mata Atlântica e equipes da Polícia Civil.
A invasão do presídio de Eunápolis, na Costa do Descobrimento, teria como intenção libertar um líder da facção intitulada como Primeiro Comando de Eunápolis, denominado de Dada. Segundo a Secretaria Administração Penitenciária e Ressocialização (Seap), 16 detentos fugiram da carceragem após intensa troca de tiros com agentes de segurança do presídio.
Em torno de oito homens armados teriam participado da invasão do presídio, que ocorreu por volta das 23h40. Conforme a TV Santa Cruz, os acusados entraram pela parte lateral da carceragem, cortaram a parte metálica, depois acessaram o pavilhão B através de cordas feitas com lençóis [terezas].
No percurso, eles mataram ainda um cachorro da guarda do presídio. Ainda segundo informações, vestimentas dos detentos foram localizadas em uma fazenda próxima ao presídio e um dos veículos usados na fuga. O presídio de Eunápolis tem capacidade para 457 detentos. Policiais militares e civis fazem rondas na região para recapturar os detentos.
Dezesseis presos fugiram do Conjunto Penal de Eunápolis, na Costa do Descobrimento, na noite desta quinta-feira (12). Segundo informações preliminares da Secretaria de Administração Penitenciária e Ressocialização (Seap), o fato ocorreu por volta das 23h após um grupo de homens fortemente armados invadirem a carceragem. Houve troca de tiros com os agentes de segurança do presídio.
Na ação criminosa, os acusados conseguiram abrir duas celas, provocando a fuga de 16 internos. Ainda segundo a Seap, a Reviver, empresa que atua na cogestão da unidade e é também responsável pela segurança do acesso ao local, informou que acionou a polícia, mas não houve tempo hábil para intervenção.
A Seap disse ainda que segue trabalhando com a Polícia Civil para recapturar os detentos e apurar as circunstâncias da fuga.
Um homem foi morto a tiros na noite desta quinta-feira (21) em Eunápolis, na Costa do Descobrimento. Edson Vander Pereira, de 27 anos, foi assassinado no bairro Alecrim I momentos depois de ser beneficiado por um alvará de soltura expedido pela 1ª Vara de Execuções Penais.
Segundo o Radar News, parceiro do Bahia Notícias, o homem estava preso desde abril passado após ser condenado a seis anos de prisão por tráfico de drogas. Ele cumpriria o restante da pena em regime semiaberto.
Conforme a polícia, Edson Vander estava em um veículo que foi interceptado por outro carro na Avenida Alcides Lacerda. Ele ainda conseguiu sair do carro, mas foi perseguido e morto a tiros. As outras pessoas que estavam no veículo não foram atingidas. No local do crime, havia mais de 30 cápsulas de pistola 9mm.
Ainda segundo o site, outro caso de morte após saída do presídio de Eunápolis ocorreu há cerca de dois meses. Jéferson de Jesus, de 34 anos, foi assassinado a tiros próximo à unidade prisional.
Ele havia deixado o local a pé após ser beneficiado por um alvará de soltura, que permitia cumprir o restante da pena em regime semiaberto. O homem era apontado como líder de uma chacina que deixou quatro mortos e um ferido.
Uma mulher grávida, de cinco meses, foi presa em flagrante com 114 gramas de maconha ao tentar entrar no presídio de Eunápolis, na Costa do Descobrimento. A droga estava escondida em preservativos e foi descoberta durante uma abordagem policial, na tarde da última terça-feira (12).
Segundo o Radar News, parceiro do Bahia Notícias, a polícia suspeita que a mulher aproveitaria a condição de gestante para driblar a revista pessoal e o scanner corporal.
A polícia também prendeu outra mulher, de 20 anos, irmã do detento que receberia a droga. Ela teria contratado a gestante para realizar a entrega do entorpecente nos próximos dias.
Ao site, o delegado Mateus Paladini informou que as duas foram autuadas em flagrante por tráfico de drogas e associação para o tráfico.
Um fugitivo do presídio de Eunápolis, na Costa do Descobrimento, foi recapturado nesta quinta-feira (2). Orlando Cruz Souza, de 45 anos, foi localizado por policiais militares em um bar no povoado de Itaporanga, na zona rural de Porto Seguro, na mesma região.
Segundo o Radar News, parceiro do Bahia Notícias, o detento fugiu do Conjunto Penal de Eunápolis na madrugada do último domingo (29). Ela escalou o muro do local do presídio com uma corda improvisada de lençóis. Em seguida, ele cortou os arames de um alambrado com um alicate.
O homem, conhecido pelo nome de padeiro, cumpria pena desde 2015, após ser condenado por assaltos em Eunápolis.
Um interno do Conjunto Penal de Eunápolis, na Costa do Descobrimento, foi encontrado morto na madrugada desta segunda-feira (10). Segundo o Radar News, parceiro do Bahia Notícias, o homem foi identificado como Jaílton Santos da Silva, de 42 anos.
Ele estava na cela onde estava detido, pendurado por uma corda feita de um lençol trançado, conhecida como “tereza”. Havia outros cinco internos no momento em que o corpo foi encontrado. Jaílton era oriundo do presídio de Teixeira de Freitas e havia sido sentenciado a 22 anos de prisão em regime inicialmente fechado pelo crime de assalto.
As circunstâncias da morte do detendo ainda não desconhecidas.
Curtas do Poder
Pérolas do Dia
Cláudio Villas Boas
"Iniciou esse contrato com a celebração do aditivo em 4 de junho de 25 agora, e a previsão contratual é que precisamos iniciar a construção da ponte em um ano após a assinatura desse contrato. Portanto, em junho de 26 iniciaríamos a construção. Logicamente, para isso, algumas etapas precisam ser desenvolvidas antes".
Disse o CEO do consórcio responsável pela ponte Salvador-Itaparica, Cláudio Villas Boas ao indicar que a data para o início da construção está marcada para junho de 2026.