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presidente do corinthians
O presidente do Corinthians, Augusto Melo, admitiu nesta segunda-feira (26) que seu mandato está próximo do fim. Em entrevista coletiva no Parque São Jorge, ele negou ter renunciado, mas reconheceu que a votação de impeachment deve ser aprovada em breve, em meio às denúncias envolvendo o caso VaideBet.
“Missão cumprida. Não é renúncia, ao contrário. Não vou participar dessa palhaçada. Não estou renunciando, vou brigar para continuar aqui. Vai ter a votação, eles são a maioria, não tenho dúvida de que a votação vai passar, tem 60 dias para a assembleia geral e vamos brigar pelo Corinthians. Tudo o que fiz foi pelo Corinthians”, declarou.
Com o pronunciamento, a tendência é que Augusto Melo deixe o cargo após a conclusão do processo de cassação. O 1º vice-presidente, Osmar Stábile, deve assumir interinamente a presidência até a realização da assembleia geral, que será convocada por Romeu Tuma Jr., presidente do Conselho Deliberativo do clube.
O advogado Ricardo Cury, representante do presidente do Corinthians, Augusto Melo, afirmou que não haverá tentativa judicial para impedir a reunião marcada para a próxima segunda-feira (26), que decidirá sobre o processo de impeachment relacionado ao caso VaideBet.
“Nós não pretendemos entrar com nenhuma ação no nome do presidente Augusto, já antecipo para vocês aqui, já que falo em nome da defesa. Mas nós precisamos verificar como que a reunião ocorrerá, o transcorrer da reunião. Porque tem uma série de questionamentos que a defesa pretende fazer, que inicia em um tempo de defesa, a apresentação toda. A defesa não vai aceitar nenhum abuso, excesso ou desvio de poder de quem esteja comandando a reunião ali”, declarou Cury.
Em ocasiões anteriores, a defesa de Melo recorreu à Justiça para tentar impedir a votação. Em dezembro de 2024, uma liminar suspendeu a reunião. Em janeiro deste ano, nova tentativa foi feita, mas o pedido foi negado.
A votação está agendada para às 18h de segunda-feira. Se a maioria simples dos conselheiros for favorável à destituição, Augusto Melo será automaticamente afastado, até que a decisão seja referendada ou rejeitada em assembleia geral dos sócios. Caso contrário, o processo será arquivado.
O QUE ACONTECEU
Na última quinta-feira (22), o presidente do Corinthians, Augusto Melo, foi indiciado pela Polícia Civil de São Paulo pelos crimes de associação criminosa, furto qualificado e lavagem de dinheiro. A investigação envolve irregularidades no contrato com a VaideBet, antiga patrocinadora máster do clube.
Além de Melo, também foram indiciados o ex-superintendente de marketing, Sérgio Moura, o ex-diretor administrativo, Marcelo Mariano, e Alex Fernando André, conhecido como Alex Cassundé, apontado como intermediário no acordo entre o clube e a casa de apostas.
De acordo com o inquérito, concluído na última quinta-feira (22), Cassundé transferiu R$ 580 mil para a empresa Neoway Soluções Integradas, classificada como "empresa fantasma" pela investigação. A transação ocorreu em 25 de março de 2024, mesma data em que, segundo dados telemáticos obtidos pela Polícia, ele esteve presente no Parque São Jorge.
O presidente do Corinthians, Augusto Melo, enfrenta um terceiro pedido de impeachment desde o início de sua gestão. A solicitação foi protocolada nesta segunda-feira (5) pelo conselheiro Paulo Roberto Bastos Pedro, integrante do Conselho de Orientação (CORI), após a reprovação das contas referentes ao exercício de 2024.
O pedido, entregue ao Conselho Deliberativo, cita como base o parecer contrário do Conselho Fiscal e do próprio CORI às finanças do clube. As entidades apontaram um déficit de R$ 181,8 milhões e crescimento da dívida, que alcançou R$ 828 milhões. Segundo a diretoria, desse montante, R$ 407 milhões se referem à dívida bruta, já considerando receitas a receber.
O documento lista uma série de irregularidades, entre elas o descumprimento de prazos legais na entrega de balancetes, a ausência de revisão orçamentária e de relatório da auditoria independente Ernst & Young, além de falta de transparência sobre atividades do clube junto ao CORI.
Também são citados problemas na contratação de empresas de segurança sem o devido processo estatutário, ausência de apuração sobre investimentos do departamento de futebol e gestão inadequada do programa Fiel Torcedor e da venda de ingressos, em desacordo com normas do Profut e da Lei Geral do Esporte.
A petição foi redigida no domingo (4) e protocolada na manhã desta segunda-feira (5). A diretoria do Corinthians foi informada da movimentação, mas ainda não se manifestou oficialmente.
Este é o terceiro pedido de afastamento contra Augusto Melo. Em janeiro, um processo com mais de 90 assinaturas chegou a ser pautado, mas a votação foi suspensa por falta de tempo para análise. No fim de 2023, o CORI também recomendou a abertura de processo semelhante. Em uma das votações, a admissibilidade do impeachment foi aprovada por margem estreita: 126 votos a favor e 114 contrários.
Curtas do Poder
Pérolas do Dia
Capitão Alden
"Estamos preparados, estamos em guerra. Toda e qualquer eventual postura mais enérgica, estaremos prontos para estar revidando".
Disse o deputado federal Capitão Alden (PL) sobre possível retirada à força da obstrução dos apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no Congresso Nacional.