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Nesta quarta-feira (12), Ronaldo Nazário decidiu desistir da sua pré-candidatura a presidência da Confederação Brasileira de Futebol (CBF). O ex-jogador alegou não ter apoio das federações estaduais. Segundo ele, 23 das 27 filiações se recusaram a recebê-lo para discutir suas propostas. Ednaldo Rodrigues, presidente da CBF, se pronunciou sobre o caso e disse que qualquer candidatura é legítima, desde que os requisitos sejam respeitados.
"Eu não tive nenhuma reação, da mesma forma quando ele falou que tinha proposta de ser candidato. É legítimo a candidatura de qualquer um, desde que cumpra os pré-requisitos estatutários da CBF, que é o mesmo estatuto da Fifa, o mesmo da Conmebol, onde tem seus pré-requisitos para ser candidato"
O presidente da entidade destacou o respeito que tem pelo ex-atleta e por seus feitos enquanto jogador da Seleção Canarinho em momentos importantes na história, como na conquista do pentacampeonato na Copa do Mundo de 2002. Ednaldo não deixou de ressaltar que a diminuíção da clausúla de barreira tem justamente o intuito de garantir a possibilidade de mais propostas disputarem o cargo da presidência da CBF.
"Por isso, recebo da mesma forma, tenho o maior respeito pela pessoa, pelo atleta que foi, que inclusive ajudou bastante a Seleção Brasileira, principalmente no título mundial de 2002. Então, da minha parte, eu não vejo assim, na nossa gestão, que diminuímos mais da metade a clásula de barreira, era necessário o apoio de oito federações, agora são quatro. Quem faz isso é porque quer que se tenham mais propostas, porque é importante discutir o futebol brasileiro", completou o mandatário.
Ronaldo não será candidato à presidência da CBF. O ex-jogador anunciou sua desistência nesta quarta-feira (12), alegando falta de apoio das federações estaduais. Segundo ele, 23 das 27 filiadas se recusaram a recebê-lo para discutir sua proposta.
"No meu primeiro contato com as 27 filiadas, encontrei 23 portas fechadas. As federações se recusaram a me receber em suas casas, sob o argumento de satisfação com a atual gestão e apoio à reeleição. Não pude apresentar meu projeto, levar minhas ideias e ouvi-las como gostaria. Não houve qualquer abertura para o diálogo", escreveu Ronaldo em suas redes sociais.
Para oficializar sua candidatura, era necessário o apoio de pelo menos quatro federações e quatro clubes. No entanto, a estrutura eleitoral da CBF favorece as federações, que possuem peso três no pleito, podendo decidir a eleição sem depender dos votos dos clubes das Séries A e B. Em todo o seu processo de articulação, Ronaldo não conseguiu reunir as assinaturas
Ronaldo havia manifestado interesse na disputa em dezembro do ano passado, mas enfrentou dificuldades desde o início para viabilizar seu nome.
Confira o comunicado de Ronaldo na íntegra:
"Depois de declarar publicamente o meu desejo de me candidatar à presidência da CBF no próximo pleito, retiro aqui, oficialmente, a minha intenção. Se a maioria com o poder de decisão entende que o futebol brasileiro está em boas mãos, pouco importa a minha opinião.
Conforme já havia dito, os meus primeiros passos seriam na direção de dar voz e espaço aos clubes, bem como escutar as federações em prol de melhorias nas competições e desenvolvimento do esporte em seus estados. A mudança necessária viria desse alinhamento estratégico, com a força da visão compartilhada
.
No entanto, no meu primeiro contato com as 27 filiadas, encontrei 23 portas fechadas. As federações se recusaram a me receber em suas casas, sob o argumento de satisfação com a atual gestão e apoio à reeleição. Não pude apresentar meu projeto, levar minhas ideias e ouvi-las como gostaria. Não houve qualquer abertura para o diálogo.
O estatuto concede às federações o voto de maior peso e, portanto, fica claro que não há como concorrer. A maior parte das lideranças estaduais apoia o presidente em exercício, é direito"
O ex-jogador Ronaldo Fenômeno tem encontrado dificuldades para consolidar sua candidatura à presidência da Confederação Brasileira de Futebol (CBF). Dois meses após manifestar interesse no cargo, o cenário político segue desfavorável para o ex-atleta, que ainda não conseguiu se articular para conseguir apoio e assim registrar uma chapa quando o processo eleitoral for iniciado.
Em carta divulgada na última segunda-feira (24), Ronaldo criticou o modelo eleitoral da entidade e afirmou que a estrutura vigente "dificulta (quiçá, impede) o surgimento de candidaturas alternativas", assumindo o favoritismo do atual presidente, Ednaldo Rodrigues.
Para oficializar sua participação na eleição, um candidato precisa do apoio mínimo de quatro federações estaduais e quatro clubes. Até o momento, Ronaldo não conseguiu reunir essas assinaturas.
Explicando a funcionabilidade dos votos das federações estaduais: cada uma delas possui peso três no pleito, o que significa que, juntas, podem decidir a eleição sem a necessidade de apoio dos clubes das Séries A e B. Mesmo que os 40 clubes da elite e da segunda divisão se unissem para lançar um nome alternativo, a estrutura atual ainda favoreceria a manutenção da gestão de Ednaldo Rodrigues.
O atual mandatário da CBF conta com o apoio de lideranças influentes no futebol brasileiro, incluindo de alguns ex-jogadores. Outras federações, como a do Pará e a do Rio de Janeiro, também não abriram espaço para Ronaldo.
O estatuto da CBF permite que as eleições sejam marcadas a partir de 23 de março, mas ainda não há uma data definida. Ronaldo solicitou que o pleito seja agendado com pelo menos um mês de antecedência.
Apesar da falta de apoio no meio político do futebol, o ex-jogador recebeu manifestações públicas de ex-atletas. No entanto, seu peso na eleição é limitado, uma vez que apenas federações e clubes têm poder de voto no processo.
FRACASSO EM OUTRAS GESTÕES
Desde 2018 sendo o sócio majoritário do Real Valladolid, Ronaldo acumula duas manchas em sua gestão. O rebaixamento na temporada 2020/21 e outro descenso posterior em 2022/23. Nas duas ocasiões, o time conquistou o acesso nos anos seguintes, sendo 2021/22 e 2023/24, respectivamente.
No último fim de semana, torcida do Real Valladolid demonstrou mais insatisfação com a gestão de Ronaldo. Após uma sonora goleada por 7 a 1 sofrida contra o Athletic Bilbao, torcedores do clube do noroeste espanhol chegaram a pedir para o mandatário “voltar para casa”.
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Já no Cruzeiro, a passagem do Fenômeno pelo comando da SAF do Cruzeiro chegou ao fim em maio de 2024. Após liderar o clube de volta à Série A do Campeonato Brasileiro, o ex-jogador vendeu sua participação para o empresário Pedro Lourenço, alegando ter cumprido seu papel, mas classificando sua entrada no negócio como uma “irresponsabilidade”.
Apesar do acesso à primeira divisão no primeiro ano de gestão, o Cruzeiro não conseguiu se firmar como protagonista no cenário nacional. O time ficou sem títulos expressivos e viu seu maior rival, Atlético-MG, consolidar uma hegemonia estadual. Com isso, a cobrança sobre Ronaldo por resultados aumentou.
O momento mais simbólico da insatisfação da torcida aconteceu ainda em maio, quando um bandeirão com a imagem de Ronaldo foi queimado. A bandeira havia sido lançada em celebração ao retorno do clube à elite do futebol brasileiro, mas acabou sendo alvo da revolta cruzeirense.
Pouco tempo depois, o ex-atacante decidiu negociar a SAF e anunciou sua saída do controle do clube. Em sua despedida, garantiu ter feito um trabalho responsável, mas reconheceu que assumir o Cruzeiro foi um risco: "Foi uma irresponsabilidade", declarou.
No final de 2024, Ronaldo Nazário, ex-jogador e agora empresário, revelou que iria se candidatar à presidência da CBF (Confederação Brasileira de Futebol). Em um cenário onde Ronaldo possa ser eleito, o mesmo enfrentará desafios relacionados aos seus múltiplos negócios no futebol, que podem gerar potenciais conflitos de interesse com a entidade.
Para entender melhor, é válido lembrar que após sua aposentadoria, em 2011, Ronaldo construiu um império empresarial voltado ao futebol. Confira abaixo:
- ODZZ Network: Agência que engloba a Octagon Latam (gestão de carreiras), Wayz Travel (viagens corporativas) e Beyond Films (produção audiovisual); a Octagon Latam tem como clientes atletas como Rodrygo (Real Madrid) e Tamires (Corinthians). A agência organizou eventos como finais da Libertadores em parceria com a Conmebol, da qual a CBF é filiada;
- R9 Family Office Assessoria: Empresa de gestão financeira, que fundou o Galaticos Capital em parceria com a Galapagos Capital. O fundo gerido pela Galapagos foi usado para pagar dívidas do São Paulo FC.
- Ronaldo Academy: Rede de escolinhas de futebol em sociedade com Carlos Wizard.
- Tara Sports Brasil: Controlava a SAF do Cruzeiro até abril de 2024, quando Ronaldo vendeu sua participação ao empresário Pedro Lourenço. Ele ainda possui garantias financeiras vinculadas às ações do clube.
Ronaldo é embaixador de grandes marcas como Nike, Itaú e Betfair. As duas primeiras são patrocinadoras da Seleção Brasileira, o que cria mais uma condição de conflito de interesse em negociações caso Ronaldo assuma a CBF.
No caso específico da Betfair, o conflito é ampliado pela relação direta com a Betano, patrocinadora da Copa do Brasil e do Campeonato Brasileiro.
O artigo 11º do código de ética da CBF proíbe dirigentes de atuarem em situações de conflito de interesse com negócios pessoais. O artigo 13º exemplifica situações como a posse de direitos sobre clubes, atletas ou empresas que possam se valorizar em decorrência de decisões da entidade.
No passado, Ronaldo enfrentou controvérsias no Comitê Organizador Local da Copa 2014. Sua empresa de publicidade, Nine, recebeu comissão ao intermediar um contrato de R$ 8 milhões para fornecimento de assentos na Casa de Apostas Arena Fonte Nova, apesar de alegar inicialmente que não participava do negócio. O caso levanta questões sobre a transparência e governança de Ronaldo no comando da CBF, enquanto torcedores e stakeholders aguardam seus próximos passos
Presente no Leilão Galácticos da Fundação Fenômenos, realizado na noite da última quinta-feira (21), em São Paulo, Ronaldo comentou sobre a possibilidade de se candidatar à presidência da Confederação Brasileira de Futebol (CBF). Em entrevista ao Estadão, o Fenômeno afirmou que sempre teve o desejo de assumir essa responsabilidade, mas ressaltou que ainda não há planos concretos para uma candidatura.
'ESTOU EXTREMAMENTE PREPARADO'
— Estadão Esportes (@EstadaoEsporte) November 22, 2024
Ronaldo Fenômeno confirma desejo de ser presidente da CBF e defende mudança no futebol brasileiro#EstadãoEsporte pic.twitter.com/ys8lDOZ0wM
“Há muitos anos já falo da minha ideia de um dia ser presidente da CBF. Isso não mudou. Vamos aguardar o momento certo de fazer isso acontecer. Estou extremamente preparado para esse momento e obviamente o futebol brasileiro precisa de grandes mudanças, mas não quer dizer absolutamente nada. Não sou candidato, não há eleições à vista, então é só a minha vontade que não mudou de muito tempo para cá”, destacou.
O evento organizado por Ronaldo Fenômeno foi realizado em sua primeira edição com o objetivo de arrecadar fundos para apoiar a missão da Fundação Fenômenos. Entre os presentes na última noite, estavam nomes do esporte, como Milene Domingues, primeira esposa do ex-atacante, Galvão Bueno, Alexandre Pato, Kaká e Neymar. Já entre as celebridades, estiveram presentes nomes como Ana Maria Braga, Luciano Huck e Angélica, Claudia Leitte, Faustão, Luciana Gimenez, Nicollas Prattes e Sabrina Sato.
FUNDAÇÃO FENÔMENOS
Criada em 2012, a instituição tem como missão desenvolver iniciativas e programas sociais que visam melhorar a qualidade de vida das comunidades brasileiras. A fundação, idealizada NA trajetória de vida de Ronaldo, foca em captar e apoiar lideranças comunitárias que contribuem para a transformação social.
Em Assembleia Geral Extraordinária realizada nesta sexta-feira (8) na sede da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), no Rio de Janeiro, 27 federações estaduais aprovaram uma mudança no estatuto da entidade. A partir de agora, o presidente da CBF poderá ter até três mandatos consecutivos, possibilitando duas reeleições.
Antes dessa alteração, o estatuto permitia apenas uma reeleição, limitando o presidente a dois mandatos. A nova regra foi aprovada por unanimidade (26 estados e o Distrito Federal).
O atual presidente, Ednaldo Rodrigues, está no cargo desde março de 2022, com mandato vigente até março de 2026. Ednaldo assumiu como presidente interino em agosto de 2021, após o afastamento de Rogério Caboclo devido a denúncias de assédio sexual e moral.
Se o “mandato-tampão” entre 2021 e 2022 não for considerado, Ednaldo poderá disputar duas reeleições. Caso vença ambos os pleitos, ele poderá ficar no cargo até 2034.
“O presidente Ednaldo terá direito a três mandatos. Existia uma comissão de reforma estatutária que foi instaurada no ano passado e que começou a formatar um texto que culminou com a aprovação. O presidente participou disso, mas na verdade foi um pool de pessoas, juristas. Com relação à quantidade, são três eleições. Uma eleição e duas reeleições. Isso na CBF. Nas federações, cada presidente juntará sua assembleia e definirá”, explicou Ednaílson Rozenha, presidente da Federação Amazonense de Futebol.
Curtas do Poder
Pérolas do Dia
Capitão Alden
"Estamos preparados, estamos em guerra. Toda e qualquer eventual postura mais enérgica, estaremos prontos para estar revidando".
Disse o deputado federal Capitão Alden (PL) sobre possível retirada à força da obstrução dos apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no Congresso Nacional.