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Artigos

Robson Wagner
A Política Brasileira: um Espelho Bíblico da Vaidade
Foto: Divulgação

A Política Brasileira: um Espelho Bíblico da Vaidade

Em busca de alguma explicação para o cenário político atual no Brasil, fui encontrar ecos não nos palanques, mas nas Escrituras.

Multimídia

Marcelle Moraes defende a criação de uma casa para protetores de animais como prioridade para Salvador

Marcelle Moraes defende a criação de uma casa para protetores de animais como prioridade para Salvador
A vereadora Marcelle Moraes (União Brasil) afirmou que considera prioridade para Salvador a criação de uma casa de acolhimento voltada para protetores de animais. Segundo ela, em entrevista ao Projeto Prisma, Podcast do Bahia Notícias, o equipamento é necessário para garantir o suporte a quem cuida dos bichos e enfrenta dificuldades por conta da atividade.

Entrevistas

Léo Prates define “desgaste” de Lula e do PT como trunfos e projeta chapa da campanha de oposição em 2026

Léo Prates define “desgaste” de Lula e do PT como trunfos e projeta chapa da campanha de oposição em 2026
Foto: Igor Barreto / Bahia Notícias
O parlamentar afirmou, em entrevista ao Bahia Notícias, que “as condições atuais são melhores do que há quatro anos”, quando o grupo foi derrotado pela chapa do Partido dos Trabalhadores, em 2022. 

pib

Tarifas dos EUA podem custar R$ 1,8 bilhão à Bahia, alerta SEI
Foto Ilustrativa: Divulgação / SEI

Um estudo da Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI) aponta que a nova tarifa de 50% sobre os produtos brasileiros exportados para os Estados Unidos, anunciada por Donald Trump e com previsão de início de agosto, pode gerar um prejuízo de até R$ 1,8 bilhão para o nosso estado, os dados foram divulgados nesta segunda-feira (14).

 

Economistas da SEI, confirmam que essa medida tornará os produtos baianos muito mais caros e menos atraentes para os compradores americanos. Isso significa que venderemos menos para os EUA, o que pode diminuir a produção em diversas áreas e, consequentemente, reduzir a geração de empregos e renda em nossos municípios.

 

O estudo estima uma queda de US$ 643,5 milhões (cerca de 5,4%) no total das exportações da Bahia. Para se ter uma ideia, em 2024, a Bahia exportou US$ 11,9 bilhões. Se essa perda não for compensada por vendas para outros países, o impacto pode ser grande: uma redução de R$ 1,8 bilhão no Produto Interno Bruto (PIB) do estado, o que representa 0,38% do nosso PIB.

 

"A decisão do governo norte-americano, justificada por uma suposta relação comercial injusta, ocorre em um momento em que o Brasil registrava recordes de exportações para os Estados Unidos, tornando o impacto ainda mais relevante", explica Armando Castro, diretor de Indicadores e Estatística da SEI.

 

Ele ressalta que "a Bahia possui uma pauta comercial diversificada com os Estados Unidos, que figura como um dos principais destinos de suas exportações, atingindo 8,3% do total comercializado internacionalmente pelo estado no primeiro semestre de 2025".

 

Apesar de a China ser o principal parceiro comercial da Bahia desde 2012, os Estados Unidos ocupam a importante terceira posição. Em 2024, os EUA foram destino de 7,4% das exportações baianas, e no primeiro semestre de 2025, esse percentual subiu para 8,3%.

 

E OS EMPREGOS?

Embora o estudo não precise a quantidade exata de empregos que podem ser perdidos, ele destaca o risco para os trabalhadores formais nos setores que produzem esses bens exportados. Cerca de 210 mil pessoas trabalham nesses setores na Bahia, o que representa 7,8% do total de empregos formais no estado. A petroquímica, por exemplo, que é um dos principais setores afetados, emprega cerca de 81 mil pessoas.

 

SETORES ATINGIDOS?

Os setores que mais vendem para os Estados Unidos e, portanto, podem sofrer mais com as novas tarifas são:

  • Papel e Celulose: 25,3% das exportações para os EUA. As perdas podem chegar a US$ 191 milhões.

  • Químicos e Petroquímicos: 23,5% das exportações. Perdas estimadas em US$ 177 milhões.

  • Borracha e suas Obras (inclui pneus): 11,8% das exportações. Perdas de US$ 89,3 milhões.

  • Metalúrgicos: 8,2% das exportações.

  • Frutas: 8,1% das exportações.

  • Cacau e derivados: 7,1% das exportações.

  • Petróleo: 5% das exportações.

 

Juntos, esses segmentos representam 89% de tudo que a Bahia exporta para os EUA. A expectativa é que o aumento dos preços causado pela tarifa reduza, em média, 13,2% as exportações de produtos básicos e impressionantes 85,7% as exportações de produtos industrializados.

Agronegócio representa mais de 14% da economia baiana durante o 1º trimestre de 2025
Foto: Joá Souza / GovBA

O Produto Interno Bruto (PIB) do agronegócio baiano totalizou R$ 19,8 bilhões no primeiro trimestre de 2025, representando 14,3% de toda a economia do estado no período. A participação é menor do que o registrado no mesmo intervalo do ano passado, que foi equivalente a 15,2% do PIB baiano. O levantamento foi realizado pela Superintendência de Estudos Econômicos (SEI).

 

Segundo a SEI, a menor participação do agronegócio neste ano se deve ao fato do conjunto da economia baiana ter experimentado crescimento de 3,2%, ao passo que o agronegócio cresceu 1,4%. Conforme a superintendência, quando se analiso o crescimento nominal, foi que houve expansão de 16,5% do agronegócio baiano na comparação com o primeiro trimestre de 2024.

 

A estimativa do PIB do agronegócio baiano é feita a partir da análise e cálculo de quatro grandes agregados: agregado I (insumos agropecuários); agregado II (setor agropecuário, também conhecido como da “da porteira para dentro”); agregado III (indústrias de base agrícola – consomem produtos do agregado II) e agregado IV (distribuição e comercialização dos produtos do agronegócio – agregados II e III.

 

Os preços dos produtos agropecuários (agregado II), registraram incremento de 20% no trimestre, comparando com o primeiro trimestre de 2024, com destaque para a soja, laranja, café, bovinos e lavoura permanente. Além da elevação nos preços da agropecuária, os insumos do setor primário (agregado I) subiram 11%, enquanto nos serviços (agregado IV), a variação de preços foi de 15%. Por sua a vez, a agroindústria (agregado III) registrou a menor variação de preço, fechando em 9%. 

Puxado principalmente pelo desempenho do agro, PIB brasileiro cresce 1,4% no primeiro trimestre de 2025
Foto: Divulgação

Graças ao forte desempenho da agropecuária e pelo mercado de trabalho aquecido, que impulsiona a demanda por serviços, o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro teve alta de 1,4% no primeiro trimestre de 2025, na comparação com o último trimestre do ano passado.

 

O percentual apresentado nesta sexta-feira (30) pelo IBGE está acima das expectativas projetadas no início do ano pelo mercado financeiro, que apostava em um crescimento em torno de 0,8% a 1% para o período. Os dados são do Sistema de Contas Nacionais Trimestrais do IBGE.

 

O índice apurado também ficou acima da prévia do PIB apresentada pelo Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), que projetava uma alta de 1,3% no comparativo do primeiro trimestre deste ano com o último do ano passado.

 

De acordo com o IBGE, na comparação com o primeiro trimestre de 2024, o PIB do período janeiro-fevereiro-março de 2025 teve crescimento de 2,9%, enquanto no acumulado dos últimos quatro trimestres, o PIB registrou elevação de 3,5%. O PIB atual marcou a 17ª taxa positiva consecutiva (o último resultado negativo foi no segundo trimestre de 2021, quando o PIB ficou em -0,7%). 

 

Na composição do resultado do PIB nos três primeiros meses do ano, o peso maior foi do setor agropecuário, que registrou aumento de 12,2%. 

 

Conforme o Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA/IBGE), divulgado no mês de maio, condições climáticas favoráveis impactaram o desempenho de algumas culturas. Entre os produtos com safra no 1º trimestre que apresentaram crescimento na estimativa de produção anual e ganho de produtividade, destacam-se: soja (13,3%), milho (11,8%), arroz (12,2%) e fumo (25,2%).

 

“A agropecuária está sendo favorecida pelas condições climáticas favoráveis e conta com uma baixa base de comparação do ano passado. É esperada uma safra recorde de soja, nosso produto agrícola mais importante”, afirmou a coordenadora do Sistema de Contas Nacionais do IBGE, Rebeca Palis.

 

O setor de serviços, com alta de 0,3%, também teve boa contribuição. Já a Indústria apresentou pequena variação negativa (-0,1%), considerada estabilidade. 

 

Em valores correntes, forem gerados R$ 3,0 trilhões, sendo R$ 2,6 trilhões referentes ao Valor Adicionado (VA) a preços básicos e R$ 431,1 bilhões aos Impostos sobre Produtos líquidos de Subsídios. 

 

Entre as atividades de Serviços, que têm peso de aproximadamente 70% da economia do país, segundo o IBGE, houve crescimento em Informação e comunicação (3,0%), Outras atividades de serviços (0,8%), Atividades imobiliárias (0,8%), Administração, defesa, saúde e educação públicas e seguridade social (0,6%) e Comércio (0,3%).

 

Pela ótica da demanda, destaque para a expansão da Despesa de Consumo das Famílias (1,0%) e a Formação Bruta de Capital Fixo (3,1%), enquanto a Despesa de Consumo do Governo (0,1%) registrou estabilidade.

 

Em relação ao setor externo, as Exportações de Bens e Serviços tiveram variação positiva de 2,9% ao passo que as Importações de Bens e Serviços cresceram 5,9% em relação ao quarto trimestre de 2024.
 

Copom eleva juros em 1%, Selic chega a 14,25% e alcança mesmo patamar do pior momento da economia na era Dilma
Foto: Raphael Ribeiro / Banco Central

Na segunda reunião sob o comando do novo presidente, Gabriel Galípolo, o Comitê de Política Monetária do Banco Central decidiu nesta quarta-feira (19), de forma unânime, elevar em mais um ponto percentual a taxa básica de juros. A medida já era aguardada pelo mercado financeiro, e agora a Selic passou de 13,25% ao ano para 14,25% ao ano. 

 

O comunicado do Copom afirma que o cenário mais recente é marcado por desancoragem adicional das expectativas de inflação, projeções de inflação elevadas, resiliência na atividade econômica e pressões no mercado de trabalho, o que exige uma política monetária mais contracionista. O documento é assinado por todos os membros do Comitê: Gabriel Muricca Galípolo (presidente), Ailton de Aquino Santos, Diogo Abry Guillen, Gilneu Francisco Astolfi Vivan, Izabela Moreira Correa, Nilton José Schneider David, Paulo Picchetti, Renato Dias de Brito Gomes e Rodrigo Alves Teixeira. 

 

"O Copom então decidiu elevar a taxa básica de juros em 1,00 ponto percentual, para 14,25% a.a., e entende que essa decisão é compatível com a estratégia de convergência da inflação para o redor da meta ao longo do horizonte relevante. Sem prejuízo de seu objetivo fundamental de assegurar a estabilidade de preços, essa decisão também implica suavização das flutuações do nível de atividade econômica e fomento do pleno emprego", afirmam os membros do Comitê.

 

"Diante da continuidade do cenário adverso para a convergência da inflação, da elevada incerteza e das defasagens inerentes ao ciclo de aperto monetário em curso, o Comitê antevê, em se confirmando o cenário esperado, um ajuste de menor magnitude na próxima reunião. Para além da próxima reunião, o Comitê reforça que a magnitude total do ciclo de aperto monetário será ditada pelo firme compromisso de convergência da inflação à meta e dependerá da evolução da dinâmica da inflação, em especial dos componentes mais sensíveis à atividade econômica e à política monetária, das projeções de inflação, das expectativas de inflação, do hiato do produto e do balanço de riscos", diz ainda o comunicado do Banco Central.

 

A nova elevação na taxa coloca a Selic no maior patamar desde o ano de 2015, durante o governo Dilma Rousseff. Naquele ano, no mês de julho, o BC, presidido por Alexandre Tombini, aumentou a taxa básica de 13,75% para 14,25%, patamar mantido em diversas reuniões subsequentes até começar a cair para 14%, em outubro de 2016, já no governo Michel Temer.

 

Em julho de 2015, a então presidente Dilma enfrentava forte resistência no Congresso Nacional, com sua avaliação popular minada por uma economia brasileira em forte recessão e com inflação alta. Em 2015, o Produto Interno Bruto (PIB) nacional caiu 3,5%, e o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) chegou a 10,7%. A combinação de crise econômica e forte queda nas pesquisas ajudou a desencadear o processo de impeachment de Dilma, que se concretizou em 31 de agosto de 2016. 

 

Agora, a taxa Selic chega aos mesmos 14,25% daquele período conturbado da economia e da vida política nacional, mas ao contrário daquele momento, os indicadores econômicos atuais estão longe de indicar um cenário de recessão. O PIB brasileiro cresce desde 2021. Só em 2023 e 2024, a alta foi de 3,2% e 3,4%, respectivamente.

 

Já a inflação, apesar de ter registrado em fevereiro a maior taxa para o período dos últimos 22 anos (1,31%), apresenta um resultado de 5,06% no acumulado dos últimos 12 meses. Em janeiro, esse acumulado anual estava em 4,56%.

 

Apesar de estar registrando alta, a inflação não apresenta o mesmo cenário de descontrole verificado em 2015, quando atingiu os mesmos 14,25% anuais de agora. Entretanto, a alta já era aguardada desde o ano passado e foi sinalizada ainda durante a gestão de Roberto Campos Neto à frente do Banco Central. 

 

Na reunião de dezembro de 2024, a Ata do Copom apresentou a previsão de mais duas elevações na taxa Selic, como aconteceu nesses dois primeiros encontros de 2025 com a administração Galípolo, indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para o posto. Analistas de mercado enxergam nesses reajustes quase programados uma estratégia pensada por Campos Neto para suavizar a transição de comando no BC e blindar o novo presidente Gabriel Galípolo.

 

Quando Lula tomou posse como presidente da República, em 1º de janeiro de 2023, a taxa básica de juros estava em 13,75%. Em setembro daquele ano o Copom iniciou uma trajetória de queda na taxa, e os juros chegaram a 10,5% em maio do ano passado. 

 

Diante de um quadro de aumento maior da inflação em setembro de 2024, os membros do Copom iniciaram desta vez uma trajetória de alta, e com apenas cinco reuniões do colegiado, a taxa subiu 3,75%, chegando aos 14,25% de hoje, o maior patamar no governo Lula. Em resumo, o BC levou nove meses e meio para reduzir a taxa em 3,25%, mas apenas seis meses e meio para elevá-la em 3,75%. 

 

De acordo com avaliações de consultorias do mercado financeiro, com a decisão tomada nesta noite, o Brasil passou a ter a quarta maior taxa real de juros do mundo. A taxa real brasileira chegou a 8,79%. A Turquia lidera o ranking com 11,9%, seguida por Argentina, com 9,35%, e Rússia, com 8,91%.

 

Para calcular o índice real, leva-se em conta a taxa de juros "a mercado", ou seja, um referencial do que seriam juros tomados em uma operação real, e a inflação projetada para os 12 meses consecutivos.

PIB da Bahia registra crescimento de 2.5% no 4º trimestre e acumula alta de 2,8% em 2024
Foto: Divulgação/SEI-BA

Os dados divulgados pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI) mostram que a atividade econômica do estado, medida pelo Produto Interno Bruto (PIB), expandiu 2,5% no quarto trimestre de 2024 em relação ao mesmo período de 2023. 

 

Os números, ajustados sazonalmente, que comparam a variação entre o terceiro e o quarto trimestre de 2024, revelam um avanço de 0,3% na economia baiana. No acumulado do ano – de janeiro a dezembro –, o crescimento do PIB em comparação a 2023 foi de 2,8%.

 

“Este crescimento consistente do PIB baiano em 2024 se deve ao desempenho da construção civil, da indústria da transformação e especialmente do comércio, que respondeu à política de alívio de dívidas que incentivou o consumo, com aumento da participação de gastos das famílias em todo o Brasil”, explica o economista Amando de Castro, diretor de Estatística da SEI.

 

No quarto trimestre de 2024, o PIB da Bahia atingiu R$ 115,9 bilhões, dos quais R$ 99,9 bilhões correspondem ao Valor Adicionado (VA) e R$ 16,0 bilhões são provenientes de impostos. Entre os principais setores da economia, a agropecuária registrou um Valor Adicionado de R$ 5,6 bilhões, a indústria alcançou R$ 25,8 bilhões e o setor de serviços totalizou R$ 68,5 bilhões.

 

No acumulado de 2024, o PIB nominal foi de R$ 482,8 bilhões, sendo R$ 425,5 bilhões referentes ao Valor Adicionado (VA) e R$ 57,3 bilhões provenientes de impostos. Quanto aos setores econômicos, os valores consolidados no ano foram: Agropecuária (R$ 44,7 bilhões), Indústria (R$ 107,1 bilhões) e Serviços (R$ 273,7 bilhões).

 

Em comparação com o mesmo período do ano anterior, o PIB da Bahia registrou um avanço de 2,5% no quarto trimestre de 2024, com o Valor Adicionado total aumentando 2,8% e os impostos subindo 1,2%. Dois setores apresentaram crescimento: a Indústria, com alta de 2,2%, e os Serviços, que avançaram 3,4%.

 

No setor industrial, três das quatro atividades registraram resultados positivos em relação ao quarto trimestre de 2023: a Indústria de Transformação cresceu 2,2%, a Construção Civil teve alta de 7,3% e o segmento de Eletricidade e Água avançou 6,9%. A única retração foi observada na Indústria Extrativa, que encolheu 24,7%, impactada pela queda na produção de gás natural.

 

Já no setor de serviços, as principais atividades apresentaram crescimento no período. O maior destaque foi a Administração Pública – setor de maior relevância na economia baiana –, com expansão de 2,1%. Também impulsionaram o desempenho positivo a elevação no volume das atividades de Transportes (3,4%), Comércio (3,3%) e Atividades Imobiliárias (2,4%). Além disso, o segmento de Outros Serviços registrou um crescimento de 5,0%.

 

Por outro lado, o setor agropecuário registrou uma queda de 2,4%. Esse desempenho negativo foi impulsionado pela retração na Agricultura e na Produção florestal. Em contraste, a Pecuária apresentou resultados positivos, contribuindo para amenizar a desaceleração do setor.

 

ACUMULADO

 O PIB da Bahia acumulado de janeiro a dezembro de 2024 apresentou um crescimento de 2,8% em comparação ao mesmo período de 2023. O Valor Adicionado teve alta de 2,8%, enquanto os impostos avançaram 3,4%.

 

Entre os setores, a agropecuária registrou uma queda de 3,2%, enquanto a indústria expandiu 3,5%, impulsionada pelo crescimento da Indústria de Transformação (4,1%) e da Construção Civil (4,5%). Já o setor de serviços teve alta de 3,5%, beneficiado pelo desempenho positivo do Comércio (4,1%) e da Administração Pública (2,7%).

Brasil é o sétimo em ranking internacional de crescimento econômico
Foto: Marcelo Camargo / Agência Brasil

O Brasil ocupa a sétima posição no ranking de 40 países que apresentaram dados de crescimento econômico referente a 2024. O resultado foi divulgado, nesta sexta-feira (7), pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), conhecida como clube dos países ricos, por reunir nações com as economias mais avançadas do mundo.

 

Seguindo os índices divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a economia brasileira cresceu 3,4% em 2024. Na lista da OCDE, a Índia, que é o país mais populoso do mundo, com mais de 1,4 bilhão de habitantes, lidera o ranking de crescimento com taxa anual de 6,7%.

 

Em seguida aparecem China e Indonésia, ambos com expansão de 5%. Segundo informações da Agência Brasil, O primeiro país das Américas a figurar no ranking é a Costa Rica, que cresceu 4,3% em 2024. Os Estados Unidos, maior economia do mundo, têm a 11ª maior alta (2,8%).

 

Já entre os primeiros países a formarem o Brics (grupo de nações emergentes: Brasil, Rússia, China, Índia e África do Sul), o Brasil fica na frente apenas da África do Sul. O salto do PIB do Brasil foi superior à média dos países da OCDE, da União Europeia e do Grupo dos 7 (G7, países mais industrializados do mundo: Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão, Reino Unido).

 

A OCDE tem 38 países, e o Brasil não está entre os membros efetivos, mas iniciou processo de adesão. A organização lista informações sobre o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB – conjunto de bens e serviços produzidos no país) de 39 países, entre eles os não membros Brasil, China, Índia, Indonésia, Arábia Saudita e África do Sul. A Agência Brasil acrescentou o dado da Rússia, que cresceu 4,1% em 2024.

 

Chile, Grécia, Luxemburgo e Nova Zelândia fazem parte da OCDE, mas não foram listados, pois ainda não terem divulgado dados relativos a 2024.

 

Confira o ranking:
1) Índia: 6,7% 
2) Indonésia: 5% 
3) China: 5% 
4) Costa Rica: 4,3% 
5) Rússia: 4,1% 
6) Dinamarca: 3,6% 
7) Brasil: 3,4% 
8) Espanha: 3,2% 
9) Turquia: 3,2% 
10) Polônia: 2,9% 
11) Estados Unidos: 2,8% 
12) Lituânia: 2,7% 
13) Noruega: 2,1% 
14) Eslováquia: 2% 
15) Coreia: 2% 
16) Portugal: 1,9% 
17) Colômbia: 1,7% 
18) Eslovênia: 1,6% 
19) Canadá: 1,5% 
20) México: 1,5% 

 

A lista inclui ainda países como Suíça, França, Alemanha e Japão, que terminaram o ano de 2024 com um crescimento menor que 1,3%, alguns até mesmo contabilizaram um déficit. Em comparação com os grupos de países, o Brasil despontou a frente do G7, OCDE e União Europeia. Confira: 

 

Brasil: 3,4%
G7: 1,7%
OCDE: 1,7%
União Europeia (27 países): 1%
Zona do Euro (20 países): 0,9%

 

As informações são da Agência Brasil. 

Economia brasileira cresce 3,4% em 2024, maior alta desde 2021
Foto: Divulgação / Porto de Santos

A economia brasileira cresceu 3,4% em 2024, a maior expansão desde 2021. O resultado do Produto Interno Bruto (PIB, conjunto de bens e serviços produzidos no país) foi divulgado na manhã desta sexta-feira (7) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
 

O resultado representa o quarto ano seguido de crescimento. De acordo com o IBGE, o PIB brasileiro chega a R$ 11,7 trilhões. As informações são da Agência Brasil.

 

Os setores de serviços e indústria empurraram o PIB para cima, com altas de 3,7% e 3,3%, respectivamente, na comparação com 2023. Por outro lado, a agropecuária apresentou recuo de 3,2%.

 

Crescimento do nos últimos anos:

 

2020 (início da pandemia): -3,3%
2021: 4,8%
2022: 3%
2023: 3,2%
2024: 3,4%

 

O PIB pode ser calculado pela ótica da produção (análise do desempenho das atividades econômicas) ou do consumo (gastos e investimentos).

 

Pelo lado da produção, o IBGE destaca que três segmentos foram responsáveis por cerca da metade do crescimento do PIB em 2024:

 

- Outras atividades de serviços (5,3%)
- Indústria de transformação (3,8%)
- Comércio (3,8%)

Faturamento em alta: Vendas da indústria de alimentos crescem 10% em 2024
Foto: Tânia Rêgo / Agência Brasil

O faturamento da indústria brasileira de alimentos atingiu R$ 1,277 trilhão em 2024, registrando um crescimento de 9,98% em comparação ao ano anterior. O setor representou 10,8% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional, de acordo com dados divulgados nesta quinta-feira (20) pela Associação Brasileira da Indústria de Alimentos (Abia).

 

Segundo o levantamento, 72% da receita do setor, equivalente a R$ 918 bilhões, foi gerada pelo mercado interno, enquanto os 28% restantes vieram do comércio exterior, que movimentou US$ 66,3 bilhões. No período, as vendas cresceram 6,1%, e a produção teve alta de 3,2%, totalizando 283 milhões de toneladas de alimentos.


A Abia também destacou que a indústria investiu aproximadamente R$ 40 bilhões em 2024. Desse montante, R$ 24,9 bilhões foram destinados a inovações, e R$ 13,8 bilhões, a fusões e aquisições.

 

“A Abia reafirma o compromisso anunciado pela indústria de investir R$ 120 bilhões no período de 2023 a 2026. Só em 2023 e 2024, a indústria investiu R$ 74,7 bilhões, mais de 62% do projetado para o período. Com esses investimentos, o setor demonstra a força e a consistência desse movimento, essencial para garantir competitividade e abastecimento nos mercados interno e externo”, afirmou o presidente executivo da entidade, João Dornellas, em nota.

 

LIDERANÇAS NAS EXPORTAÇÕES

Desde 2022, o Brasil ocupa a posição de maior exportador mundial de alimentos industrializados em volume. Em 2024, as exportações somaram 80,3 milhões de toneladas, um aumento de 10,4% em relação a 2023. A receita gerada com as vendas internacionais atingiu um recorde de US$ 66,3 bilhões, representando um crescimento de 6,6% frente ao ano anterior, quando o faturamento foi de US$ 62,2 bilhões.

 

Os principais destinos dos produtos brasileiros no último ano foram a Ásia, que respondeu por 38,7% das exportações – com destaque para a China, que deteve 14,9% da participação –, seguida pela Liga Árabe (18,9%) e pela União Europeia (12,6%).

 

Entre os produtos mais exportados em 2024, lideram a lista as carnes (US$ 26,2 bilhões), seguidas por produtos derivados do açúcar (US$ 18,9 bilhões), produtos de soja (US$ 10,7 bilhões), óleos e gorduras (US$ 2,3 bilhões) e sucos e preparações vegetais (US$ 3,7 bilhões).

Comissão de Orçamento aprova projeto da LDO com meta fiscal de déficit zero para o ano que vem
Foto: Mário Agra/Câmara dos Deputados

Em mais um avanço da pauta prioritária elencada pelo governo federal para esta última semana de trabalhos antes do recesso parlamentar, deputados e senadores da Comissão Mista de Orçamento aprovaram, na noite desta terça-feira (17), o relatório final da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para 2025. O relatório, elaborado pelo senador Confúcio Moura (MDB-RO), será agora analisado em sessão conjunta do Congresso, marcada para as 10h desta quarta (18).

 

O texto da LDO estabelece as prioridades e a meta fiscal da União para o ano seguinte, além de orientar a elaboração do próprio Orçamento, cujo texto ainda precisará passar pela Comissão de Orçamento. Havia uma forte preocupação do Palácio do Planalto e da equipe econômica do governo com a possibilidade de não aprovação da LDO ainda este ano, algo que jamais aconteceu. 

 

O projeto acabou sendo aprovado com previsão de salário mínimo de R$ 1.502 para 2025. O valor é o mesmo previsto pelo Ministério da Fazenda quando o governo enviou o texto ao Congresso, em abril deste ano, e segue as regras atuais de valorização do salário mínimo, já que o projeto que muda a sistemática ainda não foi aprovado nas duas casas do Congresso.

 

Segundo o relator, Confúcio Moura, o valor previsto para o salário mínimo ainda pode vir a ser alterado, caso o pacote de cortes de gastos do governo seja mesmo aprovado esta semana.

 

A proposta aprovada na CMO manteve a meta de resultado primário para 2025 em zero, com margem de tolerância de 0,25% do Produto Interno Bruto (PIB) para mais ou para menos. Em valores absolutos, a LDO prevê que o resultado primário brasileiro poderá variar entre déficit de R$ 31 bilhões e superávit primário de R$ 31 bilhões em 2025, considerando a margem de tolerância.

 

Anteriormente, o senador Confúncio Moura havia incluído no seu relatório a obrigação do governo federal de mirar apenas o centro da meta fiscal de déficit zero ao longo do ano, sem levar em conta a banda inferior. No entanto, o senador voltou atrás e retirou este trecho do parecer. Segundo ele, foram acolhidas 694 emendas ao texto, que possui cerca de mil páginas.

 

A LDO já contempla um déficit de R$ 30,9 bilhões que fica fora da meta de resultado primário. Também foram mantidos os resultados de estados e municípios, o déficit de R$ 6,2 bilhões das estatais e despesas do PAC de até R$ 5 bilhões.

 

O projeto da LDO também recebeu a inclusão de uma lista de despesas que não ficarão sujeitas a contingenciamento. Estão na relação despesas como as de universidades federais, programas de proteção a populações indígenas, a defensores de direitos humanos, ao Fundo Nacional para a Criança e o Adolescente, o Fundo Nacional do Idoso e despesas com prevenção e mitigação de desastres naturais.

 

Outros três tipos de gastos relacionados ao setor agrícola foram incluídos na lista de despesas que são obrigações constitucionais ou legais da União. São subvenções econômicas para a formação de estoques reguladores, para comercialização de produtos agropecuários e para comercialização de produtos da agricultura familiar.

 

Também foi acrescentado no texto da LDO pelo senador Confúcio Moura um anexo de metas e prioridades a partir de sugestões de deputados e senadores. Esse anexo, juntamente com os programas previstos no Plano Plurianual (PPA) 2024-2027, poderão orientar a elaboração de emendas de bancadas estaduais ao Orçamento, por exemplo.

 

O relatório da LDO prevê ainda mudanças nas seguintes áreas:

 

  • Bloqueio de emendas

As emendas individuais e de bancadas estaduais, que são impositivas, poderão sofrer bloqueios para evitar o descumprimento do limite de gastos do Executivo. O bloqueio será proporcional ao aplicado às demais despesas não obrigatórias.

  • Fundo Partidário

O relator incorporou duas mensagens do Executivo para modificar o texto. Uma que reajusta o Fundo Partidário na mesma proporção que as demais despesas da Justiça Eleitoral, e outra que propõe novos critérios para transição de empresas estatais do orçamento geral para o orçamento de investimento.

  • Transferências

Nas transferências para municípios, não serão vedados repasses para municípios com população inferior a 65 mil habitantes que estejam inadimplentes.

  • Saúde

Foi ampliada a possibilidade de atendimento de entidades sem fins lucrativos prestadoras de serviços de saúde para permitir a realização de obras físicas.

  • Emendas de transferência especial (Pix)

São emendas parlamentares individuais ao Orçamento. O relatório determina que seja informado previamente o plano de trabalho, com objeto e valor do repasse. A falta do plano pode implicar na suspensão da execução da emenda.

  • Prioridade

Os autores das emendas parlamentares devem indicar a ordem de prioridade para a sua execução.

  • Compensação

Dispensa a apresentação de medidas de compensação para as proposições legislativas que aumentem a despesa ou criem renúncia de receita em valor inferior a um milésimo por cento da Receita Corrente Líquida realizada em 2024. Isso deve corresponder a cerca de R$ 13 milhões.

  • Sustentabilidade

A política de aplicação dos recursos da Finep deverá privilegiar projetos de redução do impacto ambiental nos biomas amazônico, Cerrado e Pantanal; resiliência climática das cidades e das atividades econômicas; descarbonização e transição energética. O Banco da Amazônia deverá apoiar projetos de adaptação às mudanças climáticas em qualquer área econômica.

  • Ensino superior

Cria programação específica para incluir as transferências de recursos para Instituições Comunitárias de Educação.

  • Altas Habilidades

Cria categorias de programação específicas para despesas com centros especializados no atendimento integral de pessoas com transtorno do espectro autista e com apoio à educação de pessoas com altas habilidades.

  • Rodovias municipais

Abre a possibilidade de destinar recursos federais para a construção e a manutenção de rodovias estaduais e municipais destinadas à integração de modais de transporte ou ao escoamento produtivo; e para a malha hidroviária brasileira, utilizada para o transporte de carga e pessoas.

  • Moradia

Permite que recursos do programa Moradia Digna sejam alocados para operações conjuntas com Parcerias Público-Privadas (PPP) na área de habitação.

  • Fundo Nacional de Aviação

Os financiamentos do BNDES com recursos do Fundo Nacional de Aviação Civil destinarão 10% dos empréstimos a empresas aéreas para investimentos em melhorias no rastreamento de bagagens e animais.

 

Com informações da Agência Câmara de Notícias
 

Boletim da SEI eleva previsão para o PIB da Bahia 2024 em 3,2%
Foto: Fernando Frazão / Agência Brasil

A Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia divulgou, nesta quinta-feira (12), uma análise sobre o desempenho da economia baiana no terceiro trimestre de 2024, em que prevê a uma elevação em torno de 2,8% a 3,2% para o PIB do último trimestre de 2024, em comparação ao trimestre anterior. A análise em questão foi publicada no Boletim de Conjuntura da Bahia.

 

O boletim evidencia que os resultados positivos para comércio varejista, serviços, indústria geral, exportações e geração de emprego formal impactaram positivamente no PIB da Bahia, porém a agropecuária contribuiu negativamente para que o resultado do PIB não fosse mais elevado.

 

O documento registra que, no terceiro trimestre deste ano, o PIB da Bahia cresceu 3,6%, na comparação com mesmo período de 2023, enquanto em relação ao segundo trimestre de 2024, a taxa foi de 0,8%. Nos nove primeiros meses a alta foi de 3,1%.

 

ENTENDA O CENÁRIO 

Para o quarto trimestre do ano, a manutenção dos efeitos do incremento das transferências de renda e a continuidade da geração de empregos podem ainda sustentar a demanda, principalmente, o consumo das famílias, que se encontra resiliente, embora a elevação da taxa de juros e a restrição do crédito possam levar o crescimento para taxas mais moderadas nos próximos trimestres. 

 

Contribuíram para a expansão do PIB, os setores de comércio e serviços, a geração de empregos, o aumento da oferta de crédito para as famílias, o reajuste no Bolsa Família e a queda dos juros.

 

O comércio varejista manteve crescimento nas vendas no terceiro trimestre de 2024, mas em ritmo moderado. Nesse período, a taxa de expansão nos negócios foi de 5,1%. A Agropecuária, por sua vez, caiu 3,4%, devido à quebra das safras de soja, milho e algodão. Após a produção recorde de grãos em 2023, a Bahia deve registrar queda na safra de 2024, influenciada, principalmente, pelas condições climáticas adversas. 

 

A conjuntura externa, ainda pouco favorável, devido à política monetária restritiva e à incerteza sobre os rumos das economias americana, europeia e chinesa, afetaram negativamente as exportações, principalmente de commodities. Ainda assim, elas cresceram 12% no trimestre, com o volume embarcado respondendo em quase sua totalidade por esse aumento nas receitas, ao registrar elevação de 11,8% no período, reflexo de uma demanda externa mais robusta que nos trimestres anteriores.

Com mais de R$ 114 bilhões, PIB baiano cresce 3,6% no 3º trimestre; em 2024, a evolução é de 3,1%
Foto: Reprodução/SEI-BA

Resultados divulgados pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI) mostram que o nível de atividade econômica do estado, medido pelo Produto Interno Bruto (PIB), cresceu 3,6% no terceiro trimestre de 2024 em comparação ao mesmo período de 2023.

 

Os dados ajustados sazonalmente comparam a evolução entre o segundo e terceiro trimestre de 2024 e sinalizam que a economia baiana cresceu 0,8%. Em 2024, considerando os resultados acumulado de janeiro a setembro, em relação ao mesmo período de 2023, o crescimento é de 3,1%.

 

PIB EM VALOR CORRENTE

No 3º trimestre de 2024, o PIB baiano totalizou R$ 114,4 bilhões, sendo R$ 99,6 bilhões referentes ao Valor Adicionado (VA) e R$ 14,8 bilhões aos impostos. Com relação aos grandes setores econômicos, a agropecuária apresentou Valor Adicionado de R$ 10,9 bilhões, a indústria R$ 23,5 bilhões e os serviços R$ 65,2 bilhões.

 

No ano, até o terceiro trimestre de 2024, os resultados acumulados mostram PIB corrente equivalente a R$ 349 bilhões, sendo R$ 307,7 bilhões de Valor Adicionado e R$ 41,3 bilhões de impostos. Já os grandes setores econômicos registram os seguintes resultados acumulados no Valor Adicionado: agropecuária (R$ 38,9 bilhões), indústria (R$ 62,7 bilhões) e serviços (R$ 206,1 bilhões).

 

3º TRIMESTRE 2024 / 3º TRIMESTRE 2023

Quando comparado a igual período do ano anterior, o PIB da Bahia apresentou resultado positivo de 3,6% no terceiro trimestre de 2024, sendo que o Valor Adicionado total cresceu 3,4% e os impostos 4,4%. Dois setores registraram variação positiva: Indústria 5,7% e serviços 3,5%.

 

No setor industrial, três das quatro atividades tiveram resultados positivo em comparação ao mesmo trimestre do ano anterior: Indústria de transformação 6,5%; Construção civil 5,7%; e Eletricidade e água 8,3%. A retração identificada no setor ficou por conta da Indústria extrativa (-11,6%), com queda na produção de petróleo e gás e minerais metálicos e não-metálicos.

 

No setor de serviços, todas as atividades exibiram crescimento no terceiro trimestre, com destaque para a Administração pública – atividade mais importante dentro da economia baiana, com taxa de 2,9%. Também contribuíram para o crescimento as altas nos volumes das atividades de Transportes (3,8%), de Comércio (2,0%) e das Atividades imobiliárias (2,3%). O segmento Outros serviços registrou crescimento de 6,0% (engloba serviços de alojamento e alimentação, de informação e comunicação, atividades financeiras, de seguro, educação, saúde, artes, cultura, esporte e outras).

 

Já o setor agropecuário apresentou retração de 3,4%. O desempenho negativo da agropecuária foi determinado pelas retrações na produção de laranja, lavouras temporárias e permanentes. Por outro lado, a atividade pecuária (bovinos, suínos e aves) contribuiu positivamente para no indicador do setor.

 

ACUMULADO EM 2024 (JANEIRO A SETEMBRO)

 

O PIB baiano acumulado de janeiro a setembro de 2024 registrou crescimento de 3,1% (diante do registrado no mesmo período de 2023). O Valor Adicionado cresceu 3,0% e os impostos 3,8%. Entre os setores, a agropecuária caiu 3,6%, a indústria cresceu 3,8%, impulsionada pelas Indústrias de Transformação (4,7%) e da Construção Civil (3,7%), e os serviços cresceram 3,9%, favorecidos pela expansão dos segmentos do Comércio (4,4%) e da Administração pública (2,9%).

PIB registra crescimento de 0,9% no terceiro trimestre e fica entre 3 maiores do G20
Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil

A economia brasileira cresceu 0,9% no terceiro trimestre de 2024 em comparação ao segundo trimestre, de acordo com dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta terça-feira (3).

 

O crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro se iguala ao da China no mesmo período e, entre os países do G20, grupo com as maiores economias do mundo, fica atrás apenas da Indonésia e do México, com crescimentos de 1,5% e 1,1% respectivamente.

 

O período analisado abarca os meses de julho, agosto e setembro deste ano. Em relação ao mesmo período do ano passado, a economia brasileira registrou um crescimento de 4,0%.

 

Os setores que mais contribuíram para o crescimento do trimestre foram os de serviço e de indústria, com altas de 0,9% e 0,6%. Ao mesmo tempo, o setor agropecuário apresentou um recuo de 0,9%.

 

Números do IBGE mostram atlas em outras áreas, como os setores de Informação e Comunicação (2,1%), atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados (1,5%) e atividades imobiliárias (1,0%).

 

No setor de indústria, o IBGE destacou o crescimento de 1,3% nas indústrias de transformação, ao passo que outras áreas tiveram quedas consideráveis: Construção (1,7%), eletricidade e gás, água, esgotos, atividades de gestão de resíduos (1,4%).

 

Em comparação ao ano passado, houve uma queda de 3,5% na agropecuária, enquanto nas áreas de indústria e de serviços houve crescimentos de 3,5% e 3,8%, respectivamente.

 

Os resultados estão dentro ou ligeiramente acima do que era projetado por economistas e instituições de pesquisa. No entanto, há uma preocupação com o aumento de preços no país, já que, nos últimos 12 meses, a inflação atingiu o patamar de 4,77% puxada pelo aumento nos alimentos e de tarifas de energia elétrica.

Puxado por serviços e indústria, PIB registra 0,9% no 3º trimestre e resultado pode ajudar a frear alta do dólar
Fonte: Agência de Notícias CNI

Puxado principalmente por altas maiores nos setores de serviços e na indústria, o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro cresceu 0,9% na passagem do segundo para o terceiro trimestre deste ano. O resultado ficou abaixo da alta de 1,4% no segundo trimestre e também do índice de 1,1% do primeiro trimestre, e a queda nos números do setor agropecuário influenciaram nessa redução recente do PIB.

 

Os dados constam do Sistema de Contas Nacionais Trimestrais, divulgado nesta terça-feira (3) pelo IBGE. Segundo o relatório, apesar da queda em relação aos dois trimestres anteriores, o PIB do país acumulou alta de 3,3% entre os meses de janeiro a setembro de 2024, enquanto nos últimos quatro trimestres, a alta foi de 3,1%. Frente ao 3º trimestre de 2023, o indicador cresceu 4,0%. 

 

A divulgação dos números do PIB causaram uma pequena mudança no humor do mercado de câmbio. A partir das 9h30, o dólar começou a verificar uma leve baixa frente ao real nas primeiras negociações desta terça. Os investidores passaram a analisar os números do PIB brasileiro para o terceiro trimestre e ainda aguardam dados de emprego dos Estados Unidos.

 

Às 9h40, o dólar à vista caía 0,08%, a R$ 6,0531 na venda. Nesta segunda (02), o dólar à vista fechou o dia com alta de 1,07%, cotado a R$ 6,0652. Este foi o maior valor nominal de fechamento da história no Brasil.

 

Os números do IBGE mostraram que no terceiro trimestre de 2024 em relação aos três meses anteriores (abril-maio-junho), dois dos três grandes setores econômicos avançaram: Serviços (0,9%) e Indústria (0,6%). Já a Agropecuária registrou queda de 0,9% no período.

 

Em relação aos Serviços, eles cresceram principalmente os setores de Informação e comunicação (2,1%), outras atividades de serviços (1,7%); atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados (1,5%), atividades imobiliárias (1,0%) e comércio (0,8%). Houve pequeno crescimento ainda nos setores de transporte, armazenagem e correio (0,6%) e administração, defesa, saúde e educação públicas e seguridade social (0,5%).

 

Na Indústria, o IBGE apurou uma alta de 1,3% nas Indústrias de transformação. Por outro lado, caíram: Construção (-1,7%); Eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos (-1,4%) e Indústrias extrativas (-0,3%).

 

Neste relatório mais recente do IBGE, houve uma revisão dos números referentes a 2023, por conta das modificações nos dados primários apurados pelo órgão. Com isso, o resultado do PIB para o ano de 2023, anteriormente um crescimento de 2,9%, foi revisto para 3,2%. Esse aumento foi ocasionado com as revisões, sob a ótica da produção, em Serviços (de 2,4% para 2,8%), na Indústria (de 1,6% para 1,7%) e na Agropecuária (de 15,1% para 16,3%).

 

Na comparação com o mesmo trimestre de 2023, o PIB cresceu 4%, o que representou a 15ª alta consecutiva nesta base de comparação. A última vez que um trimestre teve resultado negativo para o PIB foi no período de abril-maio-junho de 2021, quando houve um resultado de -0,6%.

 

Para o setor da Indústria, a alta foi de 3,6% frente ao terceiro trimestre do ano passado, com destaque para Construção (5,7%). Já a Agropecuária registrou queda de 0,8% frente a igual período em 2023. 
 

Com 4,0% do PIB nacional em 2022, Bahia aumenta participação na atividade econômica
Foto: Divulgação/SEI-BA

Os dados do Produto Interno Bruto (PIB) 2022 mostram que a atividade econômica baiana totalizou R$ 402,6 bilhões naquele ano. Com esses resultados, a Bahia aumentou a participação no PIB brasileiro, saindo de 3,9% em 2021 para 4,0% em 2022.

 

Do total, R$ 353,6 bilhões correspondem ao Valor Adicionado, e R$ 49,0 bilhões são de Imposto sobre Produto Líquido de Subsídios. Os valores são calculados pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI) em parceria com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e demais órgãos oficiais de estatística do país.

 

A participação da Bahia na Região Nordeste também teve variação positiva entre 2021 e 2022, elevando-se de 28,4% para 29,0%. Ainda conforme os resultados consolidados de 2022, o PIB baiano teve crescimento de 4,2%, posicionando-se como a 11ª maior taxa de crescimento (o maior crescimento foi registrado em Roraima, com taxa de 11,3%). 


Observou-se, também, movimento positivo na renda per capita da Bahia, que, em 2022, totalizou R$ 28.483,00. Se comparada à brasileira, houve melhora entre 2021 e 2022, visto que a relação entre a renda da Bahia e a do Brasil passou de 55,7% para 57,4%, ou seja, diferença entre a renda per capita do Brasil e da Bahia reduziu-se em 1,7 ponto percentual (p.p.).  

 

Entre os grandes setores econômicos, o setor de serviços correspondeu a 62,7% do Valor adicionado; a indústria respondeu por 25,9%; e a agropecuária por 11,3%. Em termos de variação da produção, a indústria se destacou com a maior taxa de expansão (6,2%) – dentro do setor industrial, a produção e distribuição de eletricidade, água e esgoto registrou o maior crescimento (18,4%). 

 

"Os dados consolidados de 2022 mostram que, mesmo após a perda da Ford com seus impactos negativos sobre a cadeia automobilística, a economia baiana conseguiu manter uma trajetória de expansão produtiva, a qual contribuiu não apenas para o crescimento da participação no PIB do Brasil e do Nordeste, mas, particularmente, para a expansão da renda per capita”, analisou o economista e coordenador de Contas Regionais da SEI, João Paulo Caetano.

 

O economista demonstrou otimismo ao projetar o cenário econômico no estado. “Apesar de ainda existir um longo caminho a percorrer nessa questão da renda per capita, quando comparamos Bahia e Brasil, a tendência dos últimos três anos é positiva e tende a se fortalecer nos próximos anos a partir dos investimentos públicos em infraestrutura - os quais garantirão uma inserção mais qualificada da economia baiana no Brasil -, bem como da chegada de investimentos privados, os quais se beneficiam dessa infraestrutura mais qualificada e disseminada por todas as regiões do estado",completou.

Mercado financeiro estima inflação de 4,62% em 2024; PIB e Selic permanecem estáveis
Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil

O Boletim Focus divulgado nesta segunda-feira (11) pelo Banco Central revelou que as expectativas do mercado financeiro relacionadas a inflação e câmbio estão em alta, enquanto as relativas ao Produto Interno Bruto (PIB) e a taxa básica de juros (Selic) ficam estagnadas.

 

No caso do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (IPCA), considerado a inflação oficial do país, o boletim apresenta expectativas de alta há seis semanas, chegando a 4,62% para o fechamento de 2024. Há uma semana, a expectativa era de que o ano fecharia com uma inflação de 4,59%. Há quatro semanas, a previsão era 4,39%.

 

Para 2025, as expectativas apresentadas no boletim semanal é de que o ano feche com uma inflação de 4,1%, acima das projeções apresentadas nas últimas quatro semanas, que variaram de 3,96% a 4,03%. O mercado projeta, para 2026, que o ano fechará com um IPCA de 3,65%. É a segunda semana seguida de alta.

 

A estimativa para 2024 mantém-se acima do teto da meta de inflação a ser perseguida pela autoridade monetária, de 3% para este ano, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é 1,5% e o superior 4,5%.

 

A partir de 2025, entrará em vigor o sistema de meta contínua fixado em 3%, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.

 

O mercado financeiro mantém em 3,10% as expectativas de crescimento do PIB, que é a soma de todas as riquezas produzidas no país. Para 2025 e 2026, as expectativas são de crescimento de 1,94% e 2%, respectivamente.

 

Também se mantém estável as expectativas do mercado financeiro para a taxa básica de juros (Selic) ao final do ano, em 11,75%. Este percentual tem se mantido estável há seis semanas consecutivas. Para 2025, é esperado que o ano feche com uma Selic de 11,5%; e para 2026, em 10%.

Haddad indica que PIB pode sofrer nova revisão pelo governo
Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, revelou nesta segunda feira(14), em São Paulo, durante o evento Itaú BBA Macrovision, que o governo pode rever, mais uma vez neste ano, a projeção para o Produto Interno Bruto (PIB) de 2024. “Talvez aconteça uma revisão, ainda não, mas talvez a gente tenha que rever mais uma vez o PIB”, disse.

 

Para Haddad, o Brasil não deve crescer abaixo da média mundial neste ano. Ele também afirmou que é possível que o país mantenha um crescimento médio de 2,5% a longo prazo - e sem riscos.

 

“Do meu ponto de vista, não tem por que não mirar uma taxa de crescimento, no mínimo, equivalente à média mundial. Nós ficamos muito abaixo da média mundial por muitos anos. E eu penso que o Brasil pode mirar uma taxa de crescimento média acima de 2,5%, sem nenhum risco, na minha opinião, de desequilíbrios importantes,” avalia o ministro.

 

No evento, ele também afirmou que a inflação deste ano deve ficar dentro da banda de tolerância da meta. “A inflação - mesmo com o choque de oferta importante, por falta d'água, que impacta a produção de alimentos e energia elétrica; e pelo desastre que aconteceu no Rio Grande do Sul, que foi enfrentado, na minha opinião, com muita proficiência - mesmo com esses choques todos, nós estamos discutindo se a inflação vai ficar dentro do teto da banda ou não. Ou seja, temos alguma perspectiva de ficar ainda dentro do teto, ou seja, uma inflação menor do que a do ano passado”, falou.

 

Durante o evento na capital paulista, ele também projetou que o Brasil pode alcançar o grau de investimento pela Moody’s, agência de classificação de crédito norte-americana, em 2026. No início de outubro, a Moody’s elevou o rating do Brasil de Ba2 para Ba1. 

 

“Eu penso que nós estamos numa rota que pode nos dar o grau de investimento até 2026. Se acertar a mão, vai conseguir. Nós estávamos três degraus abaixo do grau de investimento quando nós tomamos posse. O que foi feito até aqui nos deu dois degraus, que não estão garantidos, diga-se de passagem. Porque, se você errar, você vai perder. Então, para manter e garantir o viés positivo, que é uma espécie de meio degrau, então são dois e meio, eu acredito que a receita está estabelecida,” analisou Haddad.

Documento do CVM revela que gestão ambiental e social pode elevar PIB em R$ 2,8 trilhões até 2030
Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil

A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) divulga nesta quarta (9/10), a atualização do Volume 2 da Série Finanças Sustentáveis, e tem como tema a Relação entre Investimentos, Meio Ambiente?e Impacto.

 

Na publicação, a CVM aponta que a adoção de critérios efetivos - e não apenas ações de marketing - pode gerar 2 milhões de novos empregos no Brasil e ampliar o PIB do País em até R$ 2, 8 trilhões até 2030. A cartilha da CVM apresenta uma seleção de novas legislações e conceitos adotados no Brasil e no mundo que podem servir de orientação.

 

Na nova edição, é apresentada a importância de integrar aspectos ambientais e sociais às decisões de investimento, com abordagem de avanços regulatórios e de políticas públicas no eixo das finanças sustentáveis, reforçando a tendência de crescimento desse mercado.

 

"Ainda em relação ao Brasil, acredita-se que uma economia voltada para uma transição sustentável, em harmonia com o alcance dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, possa gerar um incremento na qualidade de vida das pessoas, com redução da poluição, maior segurança alimentar, promoção da diversidade e inclusão e aumento da atração de investimentos, apenas para citar alguns benefícios. Até 2030, em comparação com o modelo econômico atual, mais de 2 milhões de empregos podem ser gerados nesse caminho mais sustentável, com potenciais ganhos no Produto Interno Bruto (PIB) da ordem de R$ 2,8 trilhões, bem como na produção agrícola (R$19 bilhões)", diz um trecho do relatório.

 

No entanto, a CVM alerta para a necessidade de real envolvimento das empresas na busca pela transição energética. Não bastam ações de comunicação, destaca. "A definição de produtos financeiros rotulados como verdes, sociais, climáticos ou sustentáveis ainda é objeto de debate, pois não existem padrões universais para estas denominações. Este debate é crucial para evitar o chamado "greenwashing", uma prática mais relacionada a estratégias de marketing do que a genuína sustentabilidade. Por isso, tem sido discutida a criação de taxonomias "verdes" que possam padronizar a linguagem e identificar os fluxos financeiros destinados ao meio ambiente de forma mais consistente", diz a publicação.

 

No Brasil, prossegue a CVM, há um esforço governamental e legislativo para a definição da chamada taxonomia. "Conforme definida pelo Climate and Environmental Risks Taxonomies (FSIConnect), a taxonomia é um sistema de classificação que estabelece critérios para identificar ativos, projetos e atividades com impactos ambientais positivos ou negativos. Ela fornece uma base para avaliar até que ponto uma atividade subjacente a um ativo financeiro contribui ou prejudica um objetivo ambiental", define.

 

A CVM aponta que o Governo Lula tem adotado um rumo correto na busca pela transição climática, como neste trecho: "Há ações, portanto, que buscam compatibilizar crescimento econômico, geração de emprego e bem-estar social com as finanças sustentáveis. Nesse contexto, o Brasil anunciou, em agosto de 2023, o Plano de Transformação Ecológica Brasileiro, tendo como um dos seus seis eixos, o financiamento sustentável. Os demais eixos são os seguintes: adensamento tecnológico do setor produtivo; bioeconomia; transição energética; economia circular; e nova infraestrutura e serviços públicos para adaptação ao clima". 

Em ascensão, PIB do turismo na Bahia registra R$ 3,99 bilhões; confira dados
Foto: Max Haack/Bahia Notícias

Após a pandemia, o turismo no estado está em recuperação. As atividades no setor somaram R$ 3,99 bilhões ao Produto Interno Bruto (PIB) na Bahia no ano passado, conforme dados da Nota Técnica (NT) ‘O panorama do turismo na Bahia’, elaborada pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI).

 

O estudo da SEI aponta que, entre 2019 a 2023, a soma do ICMS do turismo foi de R$ 25,9 bilhões. Esse viés de alta tem influência das Zonas Turísticas Costa do Descobrimento, Baía de Todo-os-Santos e Costa dos Coqueiros.

 

Apesar da recuperação da economia turística, a movimentação ainda está longe dos números do período anterior a pandemia, quando o PIB ficou em R$ 6,4 bilhões em 2019. No primeiro ano pós-pandemia, a economia turística gerou R$ 3,19 bilhões.

 

Já os números de 2024 são animadores. No primeiro semestre, a arrecadação do ICMS referente às atividades turísticas foi de aproximadamente R$ 2,4 bilhões, um crescimento de 27,3% sobre o ano passado, consequência direta do crescimento em mais de 80% dos ramos do setor.

 

Em relação ao Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), as receitas das atividades turísticas, no ano passado, tiveram crescimento de 25% sobre 2022, o que gerou um total de R$ 4 bilhões arrecadados.

 

Como reflexo do alavancamento do turismo no estado, a SEI indicou que foram admitidos formalmente 31.427 trabalhadores para o setor na Bahia, de acordo com dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).

Agronegócio representa 28,4% da economia baiana no 2º trimestre de 2024
Foto: Agência Brasil

O Produto Interno Bruto (PIB) do agronegócio baiano totalizou R$ 35,0 bilhões no segundo trimestre de 2024, representando 28,4% do PIB estadual do período. Segundo dados calculados e divulgados pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), a participação foi superior à verificada no mesmo trimestre de 2023, quando correspondeu a 27,7% do PIB baiano. 

 

A SEI aponta ainda que o crescimento da participação do agronegócio no PIB do estado entre o segundo trimestre de 2023 e 2024 foi decorrente, sobretudo, da recuperação nos preços de algumas das commodities do agronegócio e do recuo nos preços dos insumos agropecuários importados. Esses movimentos contribuíram para que o valor adicionado registrasse variação nominal positiva. No período, houve incremento de 13,1% no valor do PIB do agronegócio, equivalente a R$ 4,1 bilhões a mais na comparação entre os dois trimestres.  

 

Na análise, o trabalho de Contas Regionais da SEI considera a decomposição do PIB do agronegócio em quatro agregados: agregado I (Insumos para a Agropecuária); agregado II (Agropecuária, incluindo agricultura, pecuária, silvicultura, extrativismo vegetal e pesca); agregado III (indústrias de base agrícola, que consomem produtos do agregado II) e agregado IV (transporte, comércio e serviços referentes à distribuição final dos produtos dos agregados II e III). 

 

Observou-se que o agregado II foi o que mais contribuiu para a expansão do segmento na economia baiana, respondendo por 59,6% de todo valor do agronegócio – o segundo trimestre concentra a maior parte da produção agrícola da Bahia, com destaque para culturas de soja, café e outros. Cabe mencionar ainda que, a despeito de ter ocorrido retração no volume de produção agropecuária (-3,1%), a variação média positiva de 21,3% nos preços das commodities agrícolas foi suficiente para que o valor corrente desse agregado em 2024 superasse o valor de 2023. 

 

Na sequência da importância de contribuição aparece o agregado IV, com 26,7% – destacando-se neste caso o valor produzido na atividade de transporte –, seguido pelo agregado III (8,1%) e, por fim, o agregado I (5,6%).

PIB baiano tem aumento de 2,2% no segundo trimestre de 2024
Foto: CAR / GOVBA

O Produto Interno Bruto (PIB) baiano cresceu em 2,2% no segundo trimestre de 2024, em comparação ao mesmo período do ano anterior. De acordo com dados divulgados pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), em comparação com o 1º trimestre deste ano, sendo desconsideradas as influências sazonais, houve o aumento de 0,6%.

 

A taxa anualizada – acumulado de 12 meses -, mostra que o PIB da Bahia registra expansão de 1,8%. "Com crescimento acumulado de 2,4% entre janeiro e junho, a Bahia caminha para um bom ano de resultados econômicos, com crescimento das exportações, do emprego e da confiança do empresariado. Destaco o resultado do comércio, que está com crescimento acumulado de 4,9% no ano, já com efeitos da política de renegociação de dívidas que recolocou milhões de pessoas no mercado consumidor", avalia o diretor de Indicadores e Estatística da SEI, Armando Castro.

 

No 2º trimestre de 2024, o PIB baiano totalizou R$123,4 bilhões em valores correntes. Sendo que R$111,5 bilhões são referentes ao Valor Adicionado (VA) a preços básicos e R$11,8 bilhões aos impostos sobre produtos líquidos de subsídios

 

A Agropecuária apresentou Valor Adicionado de R$22,6 bilhões, a Indústria R$21,5 bilhões e os Serviços R$67,5 bilhões.

 

Quando analisados os resultados acumulados no 1º semestre de 2024, o PIB baiano totalizou R$239,6 bilhões, sendo que R$213 bilhões são referentes ao Valor Adicionado (VA) e R$26,2 bilhões aos impostos. Com relação aos grandes setores, a Agropecuária apresentou Valor Adicionado de R$26,8 bilhões, a Indústria R$48,6 bilhões e os Serviços R$138,1 bilhões.

Brasil registra um aumento de 4,9% no consumo familiar nos últimos doze meses
Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil

O consumo familiar no Brasil registrou um aumento de 1,3% entre o primeiro e o segundo trimestres de 2024. Com este aumento, o valor total nesta área chega a 1,8 trilhão de reais no trimestre. Os dados são de um estudo publicado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta terça-feira (3).


O estudo ainda trouxe que, em comparação ao mesmo período de 2023, o aumento na área foi de 4,9%. A pesquisa também trouxe outras estatísticas, como a variação em relação ao consumo do governo, bem como do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro.

 

Entre o primeiro e segundo trimestres de 2024, o consumo do Governo apresentou um aumento de 1,3%. Em relação ao mesmo período de 2023, o aumento foi de 3,1% nesta área. O total gasto nesta área chegou a 532 bilhões de reais no trimestre.

 

Em relação ao PIB brasileiro, o IBGE divulgou que, no segundo trimestre de 2024, houve um avanço de 1,4% em relação ao primeiro trimestre do ano. Em comparação ao mesmo período no ano passado, o aumento foi de 3,3%. Com isso, o Produto Interno Bruto brasileiro alcança a marca de 2,9 trilhões de reais no trimestre.

 

O Brasil é atualmente a oitava maior economia do mundo, de acordo com o Fundo Monetário Internacional (FMI), ficando atrás apenas de três países europeus: Reino Unido, França e Alemanha, três asiáticos: Índia, Japão e China, e dos Estados Unidos, o maior PIB do mundo.

PIB surpreende e cresce 1,4% no segundo trimestre, puxado pela alta na atividade da indústria e serviços
Foto: Agência CNI de Notícias

Em um resultado que ficou acima das expectativas mais otimistas do mercado, o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro cresceu 1,4% no segundo trimestre (abril-maio-junho) de 2024 frente ao trimestre anterior. Os números do PIB foram divulgados na manhã desta terça-feira (3) pelo IBGE. 

 

A expectativa mediana do mercado financeiro era de um crescimento de 0,9% neste segundo trimestre. O máximo que os analistas econômicos previam seria de um crescimento de 1,2% em relação ao primeiro trimestre do ano. 

 

O bom resultado do segundo trimestre, segundo o IBGE, foi puxado pelas altas nos Serviços (1,0%) e na Indústria (1,8%). Já a Agropecuária, que vinha puxando o PIB para o alto, recuou 2,3% no período. Em valores correntes, o PIB totalizou R$ 2,9 trilhões no trimestre.

 

 

No ano passado, o segundo trimestre havia registrado um aumento de 0,9% no PIB em relação ao primeiro trimestre. O resultado atual verificado nos meses de abril, maio e junho é o maior desde o quarto trimestre de 2020, quando o PIB ficou em 3,7%. 

 

O resultado mostra que as enchentes no Rio Grande do Sul não impactaram diretamente os números da atividade econômica brasileira. Além de toda a ajuda federal ao estado, o trabalho de recuperação dos estragos também contribuiu para o aquecimento da economia nacional maior do que o esperado. 

 

O resultado do primeiro trimestre já havia surpreendido o mercado. No primeiro trimestre de 2024, o Produto Interno Bruto do país teve alta de 0,8% frente ao último trimestre de 2023. Em relação ao segundo trimestre do ano passado, o PIB cresceu 3,3% e foi acompanhado, mais uma vez, pelos Serviços (3,5%) e pela Indústria (3,9%), enquanto a Agropecuária mostrou recuo de 2,9%.

 

Assim como no ano passado, o aumento do PIB vem surpreendendo os analistas econômicos e desmentindo as previsões iniciais do crescimento do país. No mês de janeiro, os primeiros boletins Focus do Banco Central, que concentra as expectativas dos agentes econômicos, apresentavam uma perspectiva para o PIB de 1,59% até o final de 2024. 

 

Desde o começo do ano, entretanto, assim como aconteceu em 2023, o mercado vem revisando para cima as suas estimativas para o PIB brasileiro. O Boletim Focus desta segunda-feira (2), por exemplo, já mostrou o mercado avaliando que o Produto Interno Bruto, que é a soma de tudo que é produzido no país, deve crescer 2,46% neste ano.

 

De acordo com os números do IBGE, todos os setores dos Serviços tiveram taxas positivas nessa comparação, com destaque para Informação e comunicação (6,1%), Outras atividades de serviços (4,5%), Atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados (4,0%), Comércio (4,0%) e Atividades imobiliárias (3,7%).

 

A alta de 3,9% na Indústria foi impulsionada pelo setor de Eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos, que subiu 8,5% ante o mesmo trimestre de 2023. Segundo o IBGE, o maior consumo de eletricidade, principalmente nas residências, e a manutenção da bandeira tarifária verde ajudaram o setor. 

 

O PIB acumulado nos quatro trimestres terminados em março de 2024, comparado ao mesmo período de 2023, cresceu 2,5%. Nessa comparação, houve altas na Indústria (2,6%) e nos Serviços (2,6%) e estabilidade na Agropecuária (0%).
 

Semana tem decisão do STF sobre bloqueio do X, anúncio do PIB e votação de projeto que altera lei da Ficha Limpa
Foto: Gustavo Moreno/SCO/STF

Em um clima de aprofundamento da seca e de muito calor na capital federal, a semana começa em Brasília ainda sob o impacto do bloqueio da rede X (antigo Twitter) e os desdobramentos das ações do ministro Alexandre de Moraes. Até as 9h40 desta segunda (2), a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal já tinha dois votos para confirmar a decisão do ministro de suspender o X.

 

Do seu lado, o empresário Elon Musk vem publicando em seu perfil na rede X informações segundo ele sigilosas e que revelariam ilegalidades cometidas por Moraes na eleição de 2022. Essas informações estão sendo utilizadas pelos partidos de oposição para convocar pessoas a participar dos atos que serão realizados no dia 7 de setembro, quando os organizadores pretendem pedir o impeachment do ministro Alexandre de Moraes. 

 

De sua parte, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva inicia a semana com diversas reuniões com ministros das áreas política e econômica. O Palácio do Planalto aguarda com ansiedade o anúncio do PIB do segundo trimestre do ano, que acontecerá nesta terça (3). Depois dos bons números do desemprego na semana passada, o governo tem a expectativa de que o IBGE vai confirmar a tendência da aceleração da economia. 

 

No Congresso Nacional, a Câmara deve ter uma semana esvaziada, já não há previsão de votações no Plenário e nas comissões, e o presidente Arthur Lira (PP-AL) ainda não definiu se anunciará pelos próximos dias o candidato à sua sucessão em 2025. Já no Senado, existem votações importantes no Plenário, como o projeto que muda regras da lei da Ficha Limpa e que podem vir a beneficiar o ex-presidente Jair Bolsonaro. 

 

Leia a seguir um resumo da primeira semana de setembro nos três poderes em Brasília. 

 

PODER EXECUTIVO

O presidente Lula iniciou a semana com uma grande reunião logo cedo no Palácio do Planalto. O encontro contou com a participação dos ministros da Casa Civil, Rui Costa; da Fazenda, Fernando Haddad; da Secretaria-Geral, Márcio Macêdo; da Secretaria de Relações Institucionais, Alexandre Padilha; o ministro interino da Secretaria de Comunicação Social, Laércio Portela; além dos líderes do governo no Congresso, senador Randolfe Rodrigues (PT-AP); e no Senado, senador Jaques Wagner (PT-BA).

 

Às 11h, Lula recebe a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva. Na parte da tarde, o presidente terá reunião com o secretário Especial para Assuntos Jurídicos da Casa Civil, Marcos Rogerio de Souza. 

 

Já às 15h, o presidente Lula terá uma reunião no Palácio com os ministros da Casa Civil, Rui Costa; da Educação, Camilo Santana; da Cultura, Margareth Menezes; com a secretária-executiva da Casa Civil, Miriam Belchior; e o Secretário de Formação, Livro e Leitura do MinC, Fabiano Piúba. 

 

Às 17h30, o presidente fecha o dia recebendo o ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias.

 

A agenda do presidente para o restante da semana ainda não foi divulgada pelo Palácio do Planalto. Depois de Lula ter participado de dois comícios ao lado do deputado Guilherme Boulos (Psol-SP), candidato a prefeito de São Paulo, não estão previstas ainda novas viagens do presidente para eventos ao lado de outros candidatos. Na semana passada, em entrevista, Lula disse que terá “pouco envolvimento” nas campanhas de eleições municipais em todas as regiões do Brasil.

 

Nesta semana, o Palácio do Planalto acompanha com expectativa a divulgação, pelo IBGE, do PIB do segundo trimestre do ano. O anúncio será nesta terça (3), com estimativas do mercado de aceleração a partir de um crescimento de 0,7% a 1,2% em relação ao 1º trimestre.

 

Além do PIB, o IBGE divulgará na quarta (4) a Produção Industrial Mensal no Brasil. E na quinta (5), será a vez da divulgação dos números do agro, com a Pesquisa Trimestral do Abate de Animais, do Leite, do Couro e da Produção de Ovos de Galinha. 

 

PODER LEGISLATIVO

Enquanto a Câmara deve ter uma semana quase parada, à espera de um novo período de esforço concentrado entre os dias 9 e 12 de setembro, o Senado terá dias movimentados. No Plenário da casa, por exemplo, deve ser votado, nesta terça (3), o PLP nº 192/2023, que altera a Lei da Ficha Limpa (Lei 134/2010) e flexibiliza as regras de inelegibilidade. Se aprovado, o projeto seguirá para sanção presidencial.

 

O relatório do senador Weverton Rocha (PDT-MA) unifica em oito anos o prazo em que os candidatos ficam impedidos de disputar eleições por condenação judicial, cassação ou renúncia de mandato. O projeto estabelece que esse prazo passa a contar a partir da condenação em segunda instância. Hoje, os oitos anos contam somente a partir do final da pena. 

 

Ou seja, o projeto tornará menor o tempo de inelegibilidade. Se aprovado, o texto passa a valer para casos de inelegibilidade já definidos, e não apenas para as próximas condenações. 

 

Especula-se no Congresso que a aprovação da medida garante que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), condenado a oito anos de inelegibilidade pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), possa concorrer às eleições presidenciais de 2026. Isso porque o texto determina que os réus ficam inelegíveis se a ação tiver aptidão para cassação de mandatos, o que não foi o caso de Bolsonaro, já que ele não foi reeleito. 

 

Além do Plenário, a semana será movimentada também nas comissões do Senado. Nesta terça (3), os parlamentares da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) de Manipulação de Jogos e Apostas Esportivas receberão o secretário de Prêmios e Apostas do Ministério da Fazenda, Regis Dudena, e o presidente da Associação Brasileira de Apostas Esportivas (Abaesp), Rodrigo Alves. 

 

O secretário prestará esclarecimentos sobre as transações de pagamentos que tenham por finalidade a realização de apostas de quota fixa. E o presidente da Abaesp detalhará como se dá a atuação das empresas de apostas para evitar a manipulação de resultados. 

 

Também na terça (3), a Comissão de Infraestrutura analisa, a partir das 9h, o projeto de lei que cria programas nacionais de diesel verde, de combustível sustentável para aviação e de biometano, conhecidos como “combustíveis do futuro”.

 

Já a Comissão de Assuntos Econômicos deve tentar mais uma vez votar o projeto que trata da regulamentação do cigarro eletrônico. A reunião, que acontecerá de forma semipresencial, está marcada para as 10h.

 

Na quarta (4), seguem as discussões do Grupo de Trabalho que avalia o primeiro projeto (PLP 68/2024) de regulamentação da reforma tributária. A Comissão de Assuntos Econômicas (CAE) também discute o tema, com a realização de uma nova audiência pública para debater os impactos do projeto nos setores de comércio e serviços. 

 

E em meio às queimadas registradas na Amazônia, Cerrado e Pantanal, a Comissão de Meio Ambiente (CMA) do Senado realizará uma audiência pública, na manhã de quarta (4), com a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva. A ministra foi convocada para prestar esclarecimentos sobre as ações do governo federal para evitar as queimadas, e o foco do encontro deve ser os incêndios criminosos verificados principalmente em São Paulo. 

 

PODER JUDICIÁRIO

O Supremo Tribunal Federal iniciou a semana, nesta segunda (2), com a Primeira Turma analisando a determinação do ministro Alexandre de Moraes de suspender o X (antigo Twitter) no Brasil. O colegiado da Turma vai decidir se confirma ou não a decisão do ministro e se mantém o X bloqueado em todo o País.

 

A decisão do ministro Alexandre de Moraes que fundamentou a suspensão do X no Brasil não tem previsão até o momento de ser analisada pelos demais magistrados do STF. No despacho, o ministro não indicou se levará o caso para referendo do plenário.

 

Já na Segunda Turma do STF, o destaque é um recurso da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra decisão do ministro Dias Toffoli que anulou atos judiciais e procedimentos da operação Lava-Jato relacionados ao empresário Marcelo Odebrecht.

 

Na quarta (4), no Plenário, está prevista sessão do STF para analisar ações relacionadas a tributos na área de energia elétrica e de produção de bens exportados.

 

Há a possibilidade de o STF julgar ainda nesta semana recursos que discutem se, por razões de convicção religiosa, testemunhas de Jeová podem receber tratamento médico e fazer cirurgias sem transfusão de sangue. Além disso, o STF deve concluir o julgamento que definiu que o governo deve tomar medidas para garantir o atendimento em saúde de pessoas transexuais e travestis de acordo com o gênero com o qual se identificam.
 

PIB brasileiro deve crescer mais de 2% até o final do ano
Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil

O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro deve crescer mais do que o esperado para 2024, de acordo com uma avaliação da Instituição Fiscal Independente (IFI) divulgada na última quinta-feira (1). De acordo com a IFI, o aumento do PIB ficará em 2,3% este ano se o bom resultado econômico do primeiro semestre se repetir no restante do ano.

 

Segundo o documento, os últimos dados do Banco Central e da Fundação Getúlio Vargas (FGC) confirmam que a atividade econômica nacional cresceu no segundo semestre e a trajetória deve continuar sua tendência positiva até o final do ano.

 

Mesmo com os altos prejuízos econômicos da tragédia do Rio Grande do Sul, o consumo de bens e serviços teve bons resultados no restante do país em 2024. De acordo com a IFI, o aumento também é projetado pela FGV (2,2%), pelo FMI (2,1%) e pelo Ministério da Fazenda (2,5%). 

 

Em 2023, o PIB brasileiro registrou um crescimento de 2,9%. O Produto Interno Bruto é o principal indicador da atividade econômica de um país e reflete o valor de todos os bens e serviços finais produzidos dentro do território de um país no mercado formal.

Agronegócio representa 13,7% da economia baiana no 1º trimestre de 2024
Foto: Feijão Almeida / GOVBA

O agronegócio baiano acumulou um Produto Interno Bruto (PIB) de R$ 16,9 bilhões no primeiro trimestre de 2024, representando 13,76% do PIB estadual no mesmo período. É o que aponta o estudo realizado pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI). 

 

Ainda segundo o cálculo da SEI, a participação do agronegócio, apesar de expressiva, é inferior à verificada no mesmo trimestre de 2023, quando era equivalente a 16,4% do PIB total baiano. A redução foi ocasionada, sobretudo, por uma retração significativa nos preços dos produtos da agropecuária e da agroindústria.

 

A estimativa do PIB do agronegócio baiano é calculada pela equipe de Contas Regionais da SEI a partir da análise e cálculo de quatro grandes agregados: Agregado I (insumos para a agropecuária); Agregado II (agropecuária, conforme consta nas Contas Regionais, incluindo agricultura, pecuária, silvicultura, extrativismo vegetal e pesca); Agregado III (indústrias de base agrícola – consomem produtos do agregado II); e Agregado IV (transporte, comércio e serviços referentes à distribuição final dos produtos dos agregados II e III).

 

Quando são comparados os valores correntes do 1º trimestre de 2024 com o 1º trimestre de 2023, observa-se que houve retração de 8,2%, o que equivale a R$ 1,5 bilhão a menos entre os trimestres.  Neste período, o Agregado IV foi o que mais contribuiu para a definição da taxa final (47,2%); na sequência vem o Agregado II (23,4%), Agregado III (17,4%) e agregado I (12,0%).

 

Ao se comparar o 1º trimestre de 2024 com o 1º trimestre de 2023, percebe-se todos agregados contribuíram menos na formação do PIB estadual. João Paulo Caetano, coordenador de Contas Regionais da SEI, explica porque o Agronegócio perdeu participação: “Quando analisamos a participação de um segmento no PIB, estamos considerando, além das variações em termos reais, também as variações de preços. Nesse sentido, podemos ter, por exemplo, aumento nas quantidades produzidas (variação real) e ao mesmo tempo queda no valor corrente; essa queda se dá quando as variações negativas nos preços são superiores à variação real. No primeiro trimestre de 2024 tivemos essa combinação onde, apesar de se ter crescimento real de 1,3%, houve retração média de 9% nos preços do agronegócio, o que determinou menor participação da atividade na economia baiana”.

 

Ainda segundo os estudos, espera-se que no segundo trimestre se verifique um desempenho mais favorável para o segmento do agronegócio baiano com elevação da participação no PIB total da Bahia; entretanto, é possível que o aumento de participação não seja tão significativo como nos anos anteriores em função dos movimentos descendentes nos preços da maior parte dos produtos agropecuários.

Com alta no setor de serviços e consumo de famílias, PIB cresceu 0,8% no primeiro trimestre de 2024
Foto: Agência de Notícias IBGE

Puxado principalmente pelo setor de serviços e o aumento no consumo das famílias, o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro teve alta de 0,8% no primeiro trimestre de 2024 na comparação com os últimos três meses do ano passado. Os dados foram divulgados na manhã desta terça-feira (4) pelo IBGE. 

 

O resultado foi superior ao que era esperado por diversas instituições financeiras do mercado. O monitor de mercado da Fundação Getúlio Vargas (FGV), por exemplo, apostava em um crescimento do PIB de 0,7% no primeiro trimestre de 2024. Há algumas semanas, as instituições financeiras cravavam um crescimento de apenas 0,2% no período. 

 

Segundo o IBGE, o resultado dos meses analisados (janeiro, fevereiro e março de 2024) revela a continuidade do crescimento do consumo das famílias brasileiras. No relatório divulgado nesta terça, a coordenadora de Contas Nacionais do IBGE, Rebeca Palis, avalia que o consumo das famílias foi beneficiado pela melhoria do mercado de trabalho no país e às taxas de juros e de inflação mais baixas, além da continuidade dos programas governamentais de auxílio às famílias.

 

“O comércio varejista e os serviços pessoais, ligados ao crescimento do consumo das famílias, a atividade internet e desenvolvimento de sistemas, devido ao aumento dos investimentos e os serviços profissionais, que transpassam à economia como um todo”, afirmou Rebeca Palis.

 

A coordenadora da pesquisa disse ainda que outro destaque positivo que propiciou o resultado do primeiro trimestre do PIB foi o aumento dos investimentos no país. Segundo Rebeca Palis, esses investimentos foram alavancados pelo aumento na importação de bens de capital, no desenvolvimento de softwares e no setor da construção. 

 

Segundo o IBGE, o PIB totalizou R$ 2,7 trilhões no primeiro trimestre de 2024, sendo R$ 2,4 trilhões referentes ao Valor Adicionado a preços básicos e R$ 361,1 bilhões aos Impostos sobre Produtos líquidos de Subsídios. No mesmo período, a taxa de investimento foi de 16,9% do PIB, abaixo dos 17,1% registrados no primeiro trimestre de 2023. Já a taxa de poupança foi de 16,2%, ante 17,5% no mesmo trimestre de 2023.

 

Na formação do crescimento de 0,8% do PIB no primeiro trimestre de 2024, o setor de serviços foi um dos principais responsáveis, com alta de 1,4%, principalmente devido às contribuições do Comércio (3,0%), de Informação e Comunicação (2,1%) e de “Outras atividades de serviços” (1,6%). A Agropecuária cresceu 11,3% E a indústria registrou uma pequena variação negativa (-0,1%), que é considerada estabilidade.

 

O PIB acumulado nos quatro trimestres terminados em março de 2024, comparado ao mesmo período de 2023, cresceu 2,5%. Nessa comparação, houve altas na Agropecuária (6,4%), na Indústria (1,9%) e nos Serviços (2,3%).

 

Para a coordenadora da pesquisa, Rebeca Palis, os destaques para a formação do crescimento em relação a 2023 foram os mesmos, com o setor de serviços puxando a alta de 2,5% frente ao mesmo trimestre de 2023. Entretanto, a analista destaca que houve mudança na contribuição do setor externo para o crescimento da economia. 

 

“Em 2022 e 2023, o setor externo havia contribuído positivamente, com as exportações crescendo mais do que as importações. Nesse primeiro trimestre essa contribuição virou negativa. Estamos importando muitas máquinas e equipamentos e bens intermediários e o Real se valorizou”, explicou Rebeca.

 

A coordenadora do IBGE lembrou ainda que o setor do agronegócio não está com um desempenho favorável como em anos anteriores. “Nesse primeiro trimestre tivemos um crescimento da economia totalmente baseado na demanda interna”, disse Rebeca Palis.
 

Com alta de 4,2%, agronegócio fecha 2023 com participação de 21,1% na economia baiana, aponta SEI
Foto: Raylton Alves / Agência Ana

O Produto Interno Bruto (PIB) do agronegócio baiano somou R$ 88,66 bilhões em 2023 e fechou o ano com crescimento de 4,2% e participação de 21,1% na economia baiana. No último trimestre de 2023, o crescimento bateu 3,0%, de acordo com a Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI).

 

Os dados do órgão apontam que, quando comparamos a participação do agronegócio na economia baiana em 2023 contra 2022, é possível notar uma retração de 2,0 pontos percentuais – recuo de 23,1% para 21,1%. Essa queda de participação foi decorrente da redução nos preços dos principais produtos agrícolas do estado, a exemplo da soja, milho, algodão e boi gordo.

 

Ou seja, a apesar de se ter verificado variação positiva no volume do segmento (4,2%), essa variação não foi suficiente para manter a mesma participação na economia baiana em virtude da queda nos preços ter se dado em maior nível (-7,5%), resultando, portanto, num valor corrente menor que no ano anterior. 

 

Por conta da queda nos preços dos produtos agrícolas, o agregado II, que corresponde exatamente à produção agropecuária, foi o que mais contribui negativamente para a perda de participação do agronegócio, recuando a participação no PIB total de 8,6% em 2022 para 7,5% em 2023.

 

Esse movimento também ocorreu no agregado IV – comercialização e distribuição – que registrou recuo de 9,9% para 9,1%. Por outro lado, os agregados I e II – insumos agropecuários e indústria de base agrícola, respectivamente – registraram ligeiros ganhos de participação.

PIB ficou em 2,9% no ano de 2023, puxado principalmente por recorde de crescimento da agropecuária
Foto: Wenderson Araújo / Confederação Nacional da Agricultura

Com forte influência da atividade agropecuária e das atividades extrativas, o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro encerrou o ano de 2023 com crescimento de 2,9%, totalizando R$ 10,9 trilhões. O resultado foi divulgado na manhã desta sexta-feira (1º) pelo IBGE, por meio do seu Sistema de Contas Nacionais Trimestrais.

 

O indicador ficou dentro do que era aguardado pelos analistas de mercado, que projetavam um crescimento entre 2,9% e 3,1%. O Monitor do PIB do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV), por exemplo, apontava que a economia brasileira teria um crescimento de 3% em 2023. 

 

Os números apresentados pelo IBGE mostram que a agropecuária, com crescimento de 15,1% de 2022 para 2023, foi o principal motor do crescimento do PIB do país. Houve crescimento também na Indústria (1,6%) e em Serviços (2,4%). Já o PIB per capita alcançou R$ 50.194, um avanço, em termos reais, de 2,2% em relação a 2022.

 

Outra influência positiva no resultado do PIB de 2023 foi o desempenho das Indústrias Extrativas. A atividade teve alta de 8,7% devido ao aumento da extração de petróleo e gás natural e de minério de ferro.

 

Rebeca Palis, coordenadora de Contas Nacionais do IBGE, afirmou, ao divulgar o resultado, que o recorde obtido pela Agropecuária, superando a queda apresentada em 2022, foi influenciado principalmente pelo crescimento da produção e do ganho de produtividade da Agricultura. 

 

“Esse comportamento foi puxado muito pelo crescimento de soja e milho, duas das mais importantes lavouras do Brasil, que tiveram produções recorde registradas pelo Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA)”, disse Rebeca.

 

O PIB apresentou estabilidade (0,0%) na comparação do 4º contra o 3º trimestre de 2023. Entre os setores, a Indústria cresceu 1,3%, enquanto os Serviços tiveram variação de 0,3%. Com importantes safras concentradas no primeiro semestre, a Agropecuária recuou 5,3%.

 

Nas atividades industriais, destaque para a alta nas Indústrias Extrativas (4,7%), na Construção (4,2%) e na atividade Eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos (2,8%). Já as Indústrias de Transformação apresentaram variação negativa de 0,2%.

 

Assim como nas avaliações sobre a inflação de 2023, também em relação ao crescimento do PIB o mercado errou todas as suas projeções no começo do ano passado. Os primeiros boletins Focus do Banco Central em janeiro de 2023, com a média das estimativas de mais de 100 analistas e agentes do mercado, projetavam um crescimento do Produto Interno Bruto de 0,77% ao final do ano. 

 

Em relação à inflação, o mercado, no começo de 2023, projetava que o ano fecharia com o IPCA na casa de 5,39%. Em janeiro, o IBGE anunciou que a inflação brasileira foi de 4,62% no ano de 2023. 

 

Durante ao ano, os analistas do mercado foram progressivamente revisando suas estimativas e elevando as previsões para o PIB, assim como rebaixaram a sua expectativa em relação à inflação. O último boletim Focus de 2023, em 26 dezembro, apontava um PIB de 2,92% para o ano passado, número que, afinal, se mostrou correto. 

 

Já em relação à inflação, o Boletim Focus de 26/12 indicava que o IPCA fecharia o ano em 4,46%. Com uma aceleração da alta de preços principalmente em dezembro, a inflação oficia acabou em 4,62%, ainda dentro do teto da meta estipulada pelo Conselho Monetário Nacional (4,75%). 
 

 

Mercado reduz estimativa para a inflação em 2024 e mantém perspectivas sobre PIB, taxa de juros e dólar
Foto: Marcello Casal/Agência Brasil

O primeiro Boletim Focus do Banco Central no ano de 2024, com as projeções de mais de 100 analistas do mercado sobre os rumos da economia brasileira, revelou estabilidade nas estimativas para os principais indicadores da economia. Excepcionalmente, o Boletim Focus foi apresentado nesta terça-feira (2) devido ao feriado de Ano Novo.

 

De acordo com o documento, os economistas de dezenas de instituições financeiras e do mercado mantiveram a inflação oficial de 2023 medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) na casa dos 4,46%. Em relação a 2024, os analistas reduziram suas projeções de 3,91% para 3,90%. A meta de inflação perseguida pelo Banco Central é de 3% em 2024 e 2025, sempre com margem de 1,5% para cima ou para baixo.

 

Em relação ao Produto Interno Bruto (PIB), a previsão média para o crescimento da economia brasileira permaneceu em 2,92% no fechamento de 2023. Para 2024, a projeção seguiu a mesma da semana passada, em 1,52%, assim como para 2025, que continuou em 2%.

 

Já sobre a Selic, a taxa básica de juros, a expectativa mediana dos analistas do mercado seguiu em 9% ao fim de 2024, após cair na semana passada. Esse patamar representa um corte total de 2,75% na Selic durante o ano. Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central de 2023, a Selic foi reduzida de 12,25% para 11,75%.

 

A mediana das estimativas do mercado para o dólar no fim deste ano de 2024 seguiu em R$ 5, assim como na última semana. Para 2025, a projeção caiu de R$ 5,05 para R$ 5,03. E para 2026 as expectativas ficaram em R$ 5,05.

 

Sobre a balança comercial brasileira, houve uma redução nas expectativas para 2023, com o superávit estimado saindo de US$ 81,40 bilhões para um saldo positivo de US$ 81,30 bilhões. A estimativa para 2024 também recuou, de US$ 71 bilhões para US$ 70,50 bilhões, enquanto a de 2025 continuou em US$ 66,59 bilhões. A estimativa para 2026 encolheu de US$ 70,00 bilhões para US$ 68,50 bilhões.

 

Na avaliação em relação à dívida líquida do setor público, os analistas do mercado reduziram suas projeções de 61,20% do PIB para 61,05% do PIB. A perspectiva para 2024 também passou por correção, caindo de 64,50% do PIB para 64,45% do PIB. A de 2025 também recuou, de 66,40% do PIB para 66,20% do Produto Interno Bruto. 
 

Salário mínimo de R$ 1.412 entra em vigor nesta segunda-feira
Foto: Marcello Casal Jr / Agência Brasil

 

A partir desta segunda-feira (1º), o salário mínimo oficial será de R$ 1.412. O valor será pago a partir de fevereiro referente à folha de janeiro, que é 6,97% maior que o salário de R$1.320, que vigorou de maio a dezembro de 2023.

 

Aprovado no Orçamento Geral da União de 2024, o valor de R$ 1.412 corresponde à inflação pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) acumulado nos 12 meses terminados em novembro, que totalizou 3,85%, mais o crescimento de 3% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2022, de acordo com a Agência Brasil. Enviada pelo governo em maio, a medida provisória com a nova política de valorização do salário mínimo foi aprovada pela Câmara dos Deputados e pelo Senado em agosto.

 

Segundo o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), o reajuste do salário mínimo beneficiará 59,3 milhões de trabalhadores e resultará em um incremento da renda anual no montante de R$ 69,9 bilhões. A entidade estima que o governo – União, estados e municípios – arrecadará R$ 37,7 bilhões a mais por causa do aumento do consumo atrelado ao salário mínimo maior.

Analistas do mercado reduzem previsão de inflação ao final do ano e projetam corte maior nos juros em 2024
Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil

O último boletim Focus do Banco Central em 2023, com as estimativas de dezenas de economistas de instituições financeiras, apresentou redução nas expectativas de inflação e para o dólar, e estabilidade em relação ao PIB. Excepcionalmente nesta semana, o Boletim Focus foi apresentado terça-feira (26) e não na segunda, devido ao feriado de Natal.

 

De acordo com o Focus, as expectativas do mercado financeiro para a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo diminuíram de 4,49% para 4,46% ao final do ano. Um mês antes, a mediana das previsões dos economistas era de uma inflação de 4,53% no fechamento de 2023.

 

A projeção do mercado para a inflação no ano de 2024 também recuou, de 3,93% para 3,91%, após estabilidade na semana anterior. Para 2025, as previsões continuam em 3,50%. A meta de inflação perseguida pelo Banco Central é de 3,25% em 2023 e de 3% em 2024 e 2025, sempre com margem de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.

 

No último Boletim Focus de 2022, divulgado também no dia 26 de dezembro, as mediana para a inflação oficial ao final do ano de 2023 estava em 5,23%. Durante todo o ano, houve uma queda de 0,77% nas estimativas desse indicador, chegando à previsão atual de 4,46%.

 

Em relação à taxa básica de juros, a Selic, a última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central neste ano confirmou as expectativas do mercado, com a redução de 12,25% para 11,75%. Para 2024, a média das estimativas caiu de 9,25% para 9% ao fim ano, e ficou em 8,50% para 2025.

 

Sobre o PIB, a previsão média para o crescimento da economia brasileira em 2023 permaneceu em 2,92%. No final de 2022, os analistas do mercado apresentavam uma estimativa para a expansão do PIB no fechamento de 2023 na casa de 0,79%. A previsão do mercado para o PIB subiu 2,13% durante o ano.

 

Para 2024, a projeção do PIB brasileiro aumentou de 1,51% para 1,52%. Para 2025, seguiu em 2,00%. mediana das estimativas para o dólar no fim deste ano caiu de R$ 4,93 para R$ 4,90. Para 2024, a mediana das expectativas continuou em R$ 5,00. Para 2025, foi de R$ 5,08 para R$ 5,05.

 

Nas avaliações em relação ao dólar, as projeções fecham 2023 com um novo recuo, de R$ 4,93 na semana anterior para R$ 4,90, enquanto a projeção para 2024 se manteve em R$ 5,00. A de 2025, por sua vez, caiu de R$ 5,08 para R$ 5,05 e a aposta para 2026 passou de R$ 5,11 para R$ 5,10.

 

Já a projeção para o resultado primário da economia piorou para 2023. A estimativa para este ano subiu de um déficit de 1,30% do PIB para -1,40%. A de 2024 manteve-se em -0,80% do PIB. Para 2025, continuou em -0,60% do PIB, enquanto a projeção para 2026 ficou nos mesmos -0,50% do PIB.
 

Mesmo com queda nos preços da soja, algodão e café, PIB do agronegócio baiano soma R$ 18,4 bilhões no terceiro trimestre
Foto: Wenderson Araújo / Trilux

O Produto Interno Bruto (PIB) do agronegócio baiano totalizou R$ 18,4 bilhões no terceiro trimestre de 2023, representando 19,0% da economia baiana. Os dados foram calculados e divulgados pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI).

 

O terceiro trimestre do agronegócio baiano foi caracterizado pelo crescimento real de 8,1% na comparação com o mesmo trimestre de 2022 e pela retração de 11,5% nos preços dos bens e serviços do segmento. “Um exemplo claro dessa queda é o preço da arroba do boi gordo que custava R$ 285,00 em setembro de 2022 e em setembro de 2023 estava a R$ 200,00”, afirmou o comunicado da SEI.

 

Em linhas gerais, o movimento de queda nos preços do agronegócio tem ocorrido desde o primeiro trimestre de 2023 e é determinado pela retração na cotação dos principais produtos agropecuários, a exemplo da soja, algodão, café etc. O resultado final do aumento da produção e queda nos preços foi um PIB corrente R$ 826 milhões menor que no terceiro trimestre de 2022.  

 

De acordo com a SEI, no terceiro trimestre deste ano, dentre os segmentos do agronegócio, o Agregado IV, relativo à distribuição e comercialização, foi o que mais contribuiu na formação da economia baiana (9,1% de participação) e registrou crescimento em volume de 7,4%. “Essa contribuição é decorrente da maior movimentação de bens, que tradicionalmente ocorre nesse período, onde produtos do agronegócio são transacionados tanto para abastecimento interno quanto externo”, apontou a Superintendência.

 

O desempenho do agregado III, que corresponde à produção industrial de base agropecuária,também foi destacado pela SEI, uma vez que o agregado registrou crescimento em volume de 8,6%, com contribuição de 3,2% na economia baiana. 

PIB baiano cresce 0,2% no 3º trimestre de 2023; indústria tem baixa de 4% em período
Foto: Reprodução / SEI

O Produto Interno Bruto (PIB) da Bahia registrou crescimento de 0,2% no terceiro trimestre deste ano ante mesmo período de 2022. Já de janeiro a setembro de 2023, o crescimento do PIB foi de 0,5%, comparado ao período do ano passado. A indústria baiana, porém apresentou queda de 4% no período. O PIB brasileiro no mesmo período cresceu 0,1%.

 

Os dados foram divulgados nesta terça-feira (12) pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI). O órgão aponta que, na análise da série com ajuste sazonal, ou seja, 3º trimestre de 2023 contra o 2º trimestre de 2023, houve ligeira retração do PIB (-0,1%). Em valor corrente, o terceiro trimestre deste ano totalizou R$ 96,8 bilhões, sendo que R$ 83,8 bilhões são referentes ao Valor Adicionado (VA) e R$ 13 bilhões, aos impostos sobre produtos líquidos de subsídios. Com relação aos grandes setores econômicos, a Agropecuária apresentou Valor Adicionado de R$ 5,3 bilhões, a Indústria R$ 19,2 bilhões e os Serviços R$ 59,4 bilhões.

 

Para o ano de 2023, o PIB corrente equivale a R$ 322,4 bilhões, sendo R$ 287,1 bilhões de Valor Adicionado (VA) e R$ 35,3 bilhões de impostos. Para os setores econômicos, os valores acumulados em 2023 são: Agropecuária (R$ 30,1 bilhões), Indústria (R$ 74 bilhões), e Serviços (R$ 183 bilhões). O setor de agricultura registrou mais expansão, com taxa de 5%. Foram determinantes o aumento da produção de algodão, mandioca, milho e soja. A pecuária (bovinos) também influenciou na expansão do setor. 

 

INDÚSTRIA

Em relação à indústria, a Bahia registrou queda de 4% no período, com todas as atividades apresentando resultados negativos ante mesmo trimestre do ano anterior. A baixa na indústria de transformação foi de -4,1%. O motivo seria a retração na produção dos segmentos de refino de petróleo, produtos químicos, celulose, borracha e plástico, minerais não-metálicos e metalurgia).

 

A queda na indústria extrativa foi de -17,2%; na construção civil, de -0,4%; na geração, distribuição e consumo de energia elétrica, gás e água, de -1,1%, em função da retração na produção de energia nas fontes hidrelétricas. 

 

De janeiro a setembro, o setor industrial baiano acumulou retração de 3,2%. Os desempenhos negativos da indústria de transformação (-4,3%); da indústria extrativa mineral (-12,3%) e da construção civil (-0,8%). A única atividade do setor a registrar crescimento foi a geração, distribuição e consumo de energia elétrica, gás e água (+3,1%).

PIB revela desaceleração da atividade econômica no país, mas resultado foi melhor do que previa o mercado
Foto: Agência Petrobras

Apesar de apontar o esfriamento da atividade econômica brasileira, o resultado do Produto Interno Bruto (PIB) do terceiro trimestre de 2023 surpreendeu e ficou acima das expectativas dos analistas do mercado. Divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na manhã desta terça-feira (5), o PIB variou 0,1% em relação ao segundo trimestre deste ano. No segundo trimestre, o PIB havia subido 0,9% em relação ao período anterior.

 

Os dados divulgados pelo IBGE se colocaram acima das previsões médias dos analistas. A menor projeção apontava que haveria queda de 0,2% na comparação com o segundo trimestre do ano. Trimestral. Havia inclusive estimativas que apontavam uma queda do PIB de até 0,6% neste trimestre de julho a setembro. 

 

De acordo com o IBGE, no acumulado dos últimos quatro trimestres, terminados em setembro de 2023, o PIB cresceu 3,1%, frente aos quatro trimestres imediatamente anteriores. O acumulado do ano foi de 3,2% frente ao mesmo período de 2022. Frente ao mesmo trimestre de 2022, o PIB cresceu 2,0%. 

 

Em valores correntes, o PIB no terceiro trimestre de 2023 totalizou R$ 2,741 trilhões, sendo R$ 2,387 trilhões referentes ao Valor Adicionado (VA) a preços básicos e R$ 353,8 bilhões aos Impostos sobre Produtos líquidos de Subsídios. 

 

Na composição do resultado atual de 0,1% neste trimestre em relação ao anterior, tanto o setor de Serviços quanto a Indústria avançaram 0,6% na mesma comparação, enquanto a Agropecuária recuou 3,3%. Nas atividades industriais, houve variações positivas das Indústrias extrativas (0,1%) e das Indústrias de transformação (0,1%). Já a atividade de Eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos cresceu 3,6% e a Construção recuou 3,8%.

 

No acumulado do ano até o terceiro trimestre de 2023, o PIB cresceu 3,2% em relação a igual período de 2022. Nessa comparação, a Agropecuária (18,1%), a Indústria (1,2%) e os Serviços (2,6%) ficaram no campo positivo. 

 

No setor de Serviços, houve alta em: Atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados (7,0%), Informação e comunicação (3,8%), Transporte, armazenagem e correio (3,5%), Atividades imobiliárias (3,1%), Outras atividades de serviços (2,9%), Administração, defesa, saúde e educação públicas e seguridade (0,9%) e Comércio (0,9%).
 

Analistas do mercado reduzem previsão de inflação e mantém estimativas para PIB, dólar e juros ao final de 2023
Foto: José Cruz / Agência Brasil

Embalados pelo bom resultado divulgado na semana passada para o índice oficial de inflação – 0,24% em outubro, abaixo dos 0,26% de setembro –, os analistas do mercado financeiro consultados pelo Banco Central reduziram suas estimativas para o IPCA ao final do ano. Segundo Boletim Focus divulgado nesta segunda-feira (13) pelo BC, o mercado baixou de 4,63% para 4,59% a sua previsão para a inflação oficial do País. 

 

Os números da inflação apresentados na última sexta (10) pelo IBGE mostram que o IPCA também desacelerou para 4,82% no acumulado de 12 meses até outubro. No mês de janeiro, com o início do governo Lula, o mercado projetava uma inflação maior ao final de 2023. O boletim Focus de 16 de janeiro, por exemplo, revelava uma estimativa de 5,39% para o IPCA. 

 

A meta oficial de inflação perseguida pela autoridade monetária é de 3,25% em 2023 neste ano, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para baixo ou para cima. A previsão dos agentes financeiras de um IPCA de 4,59% ao final do ano, portanto, revela que o indicador estaria dentro da margem de tolerância da meta prevista pelo BC.

 

O mesmo boletim Focus do mês de janeiro apresentava uma expectativa do mercado financeiro de que a taxa básica de juros, a Selic, fecharia o ano em 12,25%. Depois do início do ciclo de corte de juros pelo Comitê de Política Monetária, a Selic chegou agora em novembro aos 12,25% projetados no começo do ano, mas ainda haverá um novo corte na reunião de dezembro.

 

De acordo com a ata do Copom, divulgada semana passada, o órgão decidirá por mais uma nova redução de 0,5% na última reunião do ano, em dezembro, levando a taxa de juros brasileira a fechar 2023 em 11,75%. Desde que o BC iniciou o ciclo de cortes na Selic, o mercado reduziu de 12,25% para 11,75% a sua estimativa da taxa de juros ao final do ano. 

 

A expectativa mediana para a taxa Selic ao fim de 2024, de acordo com o Boletim Focus desta segunda, continuou em 9,25%, assim como na semana passada. Esse percentual indica que o mercado aguarda que o Copom corte a Selic em 2% no ano que vem. Já para 2025, os analistas financeiros aumentaram sua estimativa de 8,50% para 8,75%.

 

Em relação ao dólar, a estimativa para a moeda ao fim de 2023 foi mantida em R$ 5, assim como nos boletins das últimas semanas. Já as projeções para o final de 2024 e de 2025 subiram, diferente do que aconteceu na última semana. A previsão para 2024 saiu de R$ 5,05 para R$ 5,08 e a de 2025 saiu de R$ 5,10 para R$ 5,11.

 

Para o Produto Interno Bruto (PIB) de 2023, a projeção das instituições financeiras neste ano permaneceu em 2,89%. No começo do ano, no boletim de 16 de janeiro, as estimativas das mais de 100 instituições financeiras consultadas semanalmente pelo BC era de que o PIB de 2023 ficaria em 0,77%.

 

Em relação a 2024, a expectativa para o PIB é de haja crescimento de 1,5%. Para 2025 e 2026, o mercado financeiro projeta expansão do PIB em 1,93% e 2%, respectivamente.

 

A projeção de superávit para a balança comercial para 2023 voltou a subir no Boletim Focus, de US$ 56,61 bilhões para US$ 57,20 bilhões, enquanto a dos próximos anos foi mantida: US$ 52,40 bilhões em 2024, US$ 55,0 bilhões em 2025 e US$ 54,0 bilhões em 2026.
 

Economia cresce 2,7% no trimestre encerrado em julho, diz FGV
Foto: Divulgação / Volkswagen

O Produto Interno Bruto (PIB) - a soma de todos os bens e serviços produzidos no país - cresceu 2,7% no trimestre encerrado em julho deste ano, ou seja, de maio a julho, na comparação com o mesmo período do ano passado. O dado é do Monitor do PIB, da Fundação Getulio Vargas (FGV), divulgado nesta quarta-feira (20). As informações são da Agência Brasil.

 

Considerando-se apenas o mês de julho, a atividade econômica do país recuou 0,3% em relação a junho deste ano, mas avançou 1,8% na comparação com julho do ano passado. 

 

Segundo a FGV, o crescimento de 2,7% na comparação do trimestre móvel encerrado em julho com o mesmo período de 2022 foi puxado pelo consumo das famílias, que avançou 2,6%, e pelas exportações, que cresceram 15,1% no período. A queda de 0,9% das importações também contribuiu para o desempenho positivo do PIB nacional. 

 

Por outro lado, a formação bruta de capital fixo - isto é, os investimentos - recuou 3,2%, principalmente devido à queda de 9,4% no segmento de máquinas e equipamentos. De acordo com a FGV, o PIB acumulado do país nos sete primeiros meses deste ano é de R$ 6,11 trilhões. 

PIB do Brasil cresce 0,9% no segundo trimestre de 2023 com alta impulsionada pela indústria
Foto: Agência Brasil

O Produto Interno Bruto (PIB) cresceu 0,9% no segundo trimestre de 2023, ante o trimestre anterior. O resultado, divulgado na manhã desta sexta-feira (1º) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), surpreendeu positivamente o mercado financeiro, que aguardava uma taxa em torno de 0,3% ou 0,4%. 

 

O número anunciado pelo IBGE, entretanto, representa uma desaceleração em relação ao crescimento registrado nos três primeiros meses do ano, quando o resultado foi puxado por um desempenho do agronegócio acima do esperado. Este foi o oitavo resultado positivo consecutivo do indicador nessa comparação. O resultado, porém, é menor do que o registrado no primeiro trimestre (dado revisado de 1,9% para 1,8%).

 

De acordo com o IBGE, em relação ao mesmo trimestre de 2022, o PIB cresceu 3,4%. No acumulado dos quatro trimestres terminados em junho de 2023, o PIB cresceu 3,2%, ante os quatro trimestres imediatamente anteriores. No semestre, a alta acumulada foi de 3,7%. Em valores correntes, o PIB no segundo trimestre de 2023 totalizou R$ 2,651 trilhões. 

 

O resultado divulgado nesta sexta mostra que o resultado do segundo trimestre foi puxado principalmente pelo crescimento da Indústria (0,9%), seguida pelos Serviços (0,6%). Já a Agropecuária recuou 0,9%.

 

Em relação aos Serviços, os resultados positivos foram de: Atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados (1,3%), Outras atividades de serviços (1,3%), Transporte, armazenagem e correio (0,9%), Informação e comunicação (0,7%), Atividades imobiliárias (0,5%), Administração, defesa, saúde e educação públicas e seguridade social (0,4%) e Comércio (0,1%).

 

"O que puxou esse resultado dentro do setor de serviços foram os serviços financeiros, especialmente os seguros, como os de vida, de automóveis, de patrimônio e de risco financeiro. Também se destacaram dentro dos outros serviços aqueles voltados às empresas, como os jurídicos e os de contabilidade, por exemplo", diz a coordenadora de Contas Nacionais do IBGE, Rebeca Palis.

 

Pela ótica da demanda, o consumo das famílias avançou 0,9% no segundo trimestre. O consumo do governo cresceu 0,7%. Os investimentos (Formação Bruta de Capital Fixo), avançaram 0,1%. A taxa de investimento foi de 17,2% do PIB, inferior à do mesmo período de 2022 (18,3%).

 

Segundo a pesquisa Focus do Banco Central, elaborada a partir de consultas com dezenas de economistas e especialista de instituições financeiras, o PIB deve crescer cerca de 2,3% neste ano de 2023. O resultado projetado pelo mercado ficaria ligeiramente abaixo dos 2,9% registrados no ano passado e bem acima dos cerca de 1% projetados para 2023 no começo deste ano.
 

Mercado financeiro projeta crescimento do PIB e do dólar em 2023, segundo Boletim Focus do BC 
Foto: Divulgação BC

Na semana em que a principal expectativa do mercado financeiro é o anúncio na próxima sexta-feira (1º), pelo IBGE, do resultado do Produto Interno Bruto no segundo trimestre de 2023, a pesquisa Focus do Banco Central mostra que os analistas econômicos estão otimistas com o crescimento da economia. A pesquisa divulgada nesta segunda (28) revelou que o mercado financeiro elevou de 2,29% para 2,31% a previsão para o PIB deste ano. 

 

No primeiro trimestre do ano o PIB cresceu 1,9% na comparação com os três meses imediatamente anteriores. Depois deste desempenho melhor do que o esperado, para este segundo trimestre a expectativa é de que haja uma desaceleração acentuada no crescimento da econômica. 

 

Segundo a pesquisa divulgada semanalmente pelo Banco Central com a projeção para os principais indicadores econômicos, para o próximo ano, a expectativa em relação ao PIB é de crescimento de 1,33%. Em 2025 e 2026, o mercado financeiro projeta expansão do PIB em 1,9% e 2%, respectivamente.

 

Já a previsão do mercado para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) - considerada a inflação oficial do país - foi mantida em 4,9% neste ano, a mesma da semana passada. Para 2024, a estimativa de inflação ficou em 3,87%. Para 2025 e 2026, as previsões são de 3,5% para os dois anos.

 

A estimativa para este ano está acima do teto da meta de inflação que deve ser perseguida pelo BC. Definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), a meta é de 3,25% para 2023, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é 1,75% e o superior 4,75%.

 

Segundo o BC, no último Relatório de Inflação, a chance de a inflação oficial superar o teto da meta em 2023 é de 61%. As previsões ainda preocupam o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto. Na semana passada, ele voltou a dizer que a “batalha da inflação no País ainda não está ganha”, com uma parte ainda bastante acima da meta, o que, segundo ele, ainda demanda um quadro restritivo de juros em meio ao processo de afrouxamento monetário.

 

Nessa direção, Campos Neto afirmou que há consenso no Comitê de Política Monetária (Copom) do BC para a continuidade de cortes de 0,50% na taxa Selic. Para o mercado financeiro, a expectativa é de que a Selic encerre 2023 em 11,75% ao ano. Para o fim de 2024, a estimativa é que a taxa básica caia para 9% ao ano. Já para o fim de 2025 e de 2026, a previsão é de Selic em 8,5% ao ano para os dois anos.

 

Em relação ao dólar, a expectativa para a moeda norte-americana no fim de 2023 aumentou de R$ 4,95 para R$ 4,98, assim como nas duas últimas semanas. Já para o final de 2024, a previsão para o dólar continuou em R$ 5 pela quarta semana seguida. Para o fim 2025, a projeção também subiu, desta vez de R$ 5,09 para R$ 5,10.
 

Economista-chefe da XP prevê “reequilíbrio” da economia brasileira em 2024: “Freio de arrumação”
Foto: André Carvalho/ BN Hall

O economista-chefe da XP Investimentos, Caio Megale, realizou uma previsão do cenário econômico do Brasil em 2024. Segundo o especialista, o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro deve desacelerar durante o primeiro semestre do ano que vem, mas, durante os últimos seis meses, deve ocorrer um “reequilíbrio” seguido de um crescimento do PIB.

 

“A nossa previsão é de que o PIB continue desacelerando agora no segundo semestre. O mundo inteiro está um pouco nessa toada, trazer a inflação para baixo, é o que a gente tem chamado de um certo freio de arrumação ali no pós-pandemia. Ao longo do ano que vem, a gente espera uma desaceleração no início do ano, mas no segundo semestre a economia vai se reequilibrando e voltando a crescer”, disse Megale.

 

“A gente está em um momento muito importante do ciclo econômico. Estamos saindo da pandemia, se reequilibrando. O mundo olha pro Brasil com muito bons olhos, o Brasil é um país emergente que tem muitas opções, oportunidades de investimento. É um país com instituições mais organizadas e mais equilibradas do que muitos dos nossos competidores”, completou.

 

O economista da XP também fez uma avaliação em relação ao trabalho de Roberto Campos Neto à frente do Banco Central (BC). Megale destacou a autarquia no sentido de conter o avanço da inflação, mantendo a taxa de juros em patamares mais altos para conter a evolução do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).

 

O banco central fez um trabalho muito importante de controlar as expectativas de inflação. No ano passado nós vimos a inflação subindo o mundo inteiro e os bancos centrais com esse desafio de trazer a inflação para baixo. Ele segurou de forma importante as condições monetárias para que a inflação virasse e agora que a inflação está caindo. Ele vai gradativamente reduzindo as taxas de juros”, afirmou o economista.

 

“A nossa impressão é que é pelo menos até uns 10,5% 10%, talvez um pouco mais um pouco menos. O importante é que essa queda de juros seja feita de forma sustentável, que é como parece que vai acontecer”, completou Megale.

Boletim Focus revela que mercado projeta inflação menor e aguarda corte modesto na taxa de juros
Foto: Marcello Casal/Agência Brasil

Nesta semana em que o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central se reúne para definir a nova taxa de juros do País, a expectativa da maioria das instituições financeiras do mercado é de que haverá corte na Selic, mas que ele será modesto. 

 

Segundo o Boletim Focus do BC, divulgado nesta segunda-feira (31), 70% (62 de 88) das instituições consultadas esperam queda de 0,25% na taxa, que cairia de 13,5% para 13,25%. Os 30% restantes projetam uma redução de 0,5% na Selic, que levaria a taxa para 13% ao ano. 

 

Os economistas sondados pelo Banco Central mantiveram nesta semana a projeção da taxa básica de juros em 12% ao final do ano. As projeções para 2024 foram reduzidas de 9,5% para 9,25% e as de 2025 de 9% para 8,75%.

 

Na reunião que começa nesta terça (1º) e vai até o final da tarde de quarta (2), os membros do Copom têm em mãos um Boletim Focus que mostra o mercado com expectativas inflacionárias ainda mais baixas para 2023 e 2024 do que nas semanas anteriores. A projeção das instituições para a inflação oficial (IPCA) em 2023 voltou a recuar ante a semana anterior, de 4,90% para 4,84%, ou seja, apenas 0,09% acima do teto da meta deste ano (4,75%). Um mês antes, o Focus mostrava uma estimativa média para a inflação oficial de 4,98%.

 

As estimativas do mercado para 2024, horizonte da política monetária do Banco Central, foram reduzidas de 3,90% para 3,89%. Para 2025, as perspectivas foram mantidas em 3,50%.

 

Os economistas consultados pelo Banco Central mantiveram as expectativas da semana passada para o crescimento da economia brasileira em 2023, com o PIB em 2,24%. Para 2024, as projeções do PIB ficaram iguais, em 1,30%, enquanto para 2025 registraram ficaram ainda em 1,90%.

 

Em relação ao dólar, as apostas para 2023 caíram de R$4,97 para R$4,91 ao final do ano. Para 2024, a projeção diminuiu de R$ 5,05 para R$ 5. Em 2025, a projeção foi reduzida de R$ 5,12 para R$ 5,08.

 

O Relatório Focus resume as estatísticas calculadas considerando as expectativas de mercado coletadas até a sexta-feira anterior à sua divulgação. Ele é divulgado toda segunda-feira. O relatório traz a evolução gráfica e o comportamento semanal das projeções para índices de preços, atividade econômica, câmbio, taxa Selic, entre outros indicadores. As projeções são do mercado, não do Banco Central. 
 

Governo Lula aumenta sua previsão para o crescimento da economia e reduz estimativa da inflação
Foto: José Cruz / Agência Brasil

O Ministério da Fazenda divulgou nesta quarta-feira (19) as suas novas projeções para o Produto Interno Bruto (PIB) e a inflação no ano de 2023. De acordo com as informações do Boletim Macrofiscal da Secretaria de Política Econômica (SPE), o governo Lula elevou de 1,9% para 2,5% a projeção de crescimento do PIB neste ano. Já a estimativa de crescimento para 2024 foi mantida em 2,3%.

 

Ao contrário do PIB, a projeção da SPE em relação à inflação caiu, de 5,58% para 4,85% no ano. Segundo a Secretaria, a revisão para baixo nas estimativas do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) foi influenciada pela forte desaceleração dos índices inflacionários em abril e maio. Também contribuíram para a queda na projeção o reajuste autorizado para plano de saúde levemente inferior ao projetado; a redução nos preços da gasolina, diesel e gás de botijão nas refinarias; e as revisões nas tarifas de energia elétrica residencial e de ônibus urbano.

 

Em relação ao Produto Interno Bruto, o otimismo do Ministério da Fazenda foi motivado pelo aumento de 1,9% do PIB no primeiro trimestre e pela expectativa de queda dos juros já na próxima reunião do Copom, no início de agosto. A melhora nas estimativas do PIB foi acompanhada de aumento nas projeções de crescimento em todos os setores. Para o agro, por exemplo, a projeção de crescimento do governo passou de 11% para 13,2%. Já no setor industrial, a estimativa avançou de 0,5% para 0,8%, enquanto a projeção para a área de serviços passou de 1,3% para 1,7%.

 

As novas projeções do governo Lula estão mais otimistas do que as análises feitas pelo mercado financeiro para os principais indicadores da economia em 2023. De acordo com o Boletim Focus do Banco Central divulgado na última segunda (17), os analistas do mercado aumentaram a sua previsão para o neste ano, de 2,19% na semana passada para 2,24%. 

 

Em relação à inflação, os economistas e analistas consultados pelo Banco Central estimam que o IPCA ficará em 4,95% neste ano de 2023. O índice estaria próximo do que avalia a equipe econômica do governo, que agora projeta inflação de 4,85% no ano. De qualquer forma, tanto a previsão do mercado como a do governo estão acima da meta de 3,25% estabelecida para 2023. Para a meta ser considerado cumprida, a inflação precisa estar entre 1,75% e 4,75%.

Mais um indicador confirma a forte retração da atividade econômica brasileira no mês de maio
Foto: Marcello Casal/Agência Brasil

Depois de o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), considerado a prévia do PIB, ter registrado, na última segunda-feira (17), queda de 2% em maio na comparação com o mês anterior, um outro indicador mostra retração ainda maior na atividade econômica brasileira. O Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (Ibre/FGV) divulgou nesta quarta (19) o seu Monitor do PIB, e o resultado foi uma retração de 3% no mês de maio em comparação com abril. 

 

A coordenadora da pesquisa, Juliana Trece, afirma que a queda de 3% do PIB se deve principalmente ao fim dos principais meses de colheita da safra de soja. A pesquisadora explica que o expressivo crescimento do PIB verificado no primeiro trimestre foi influenciado pelo desempenho da colheita, e com o fim da safra, a atividade econômica se retraiu. 

 

“Apesar da queda do PIB ser majoritariamente explicada pelas particularidades da agropecuária, cabe ressaltar que também foram registradas retrações na indústria e nos serviços em maio, embora em magnitudes distintas da agropecuária (-0,1%, em ambas as atividades). Os juros elevados contribuíram para as pequenas quedas nestas atividades, o que ajuda a explicar a dificuldade da economia crescer de forma mais robusta e menos dependente da agropecuária”, afirma a economista Juliana Trece.

 

De acordo com os dados da pesquisa da FGV, na comparação com o mês de maio de 2022, a atividade econômica teve alta de 1,8% agora em maio de 2023. O Monitor do PIB da FGV também revela que o consumo das famílias cresceu 2,9% no trimestre móvel finalizado em maio. Entetanto, apesar desse crescimento, a FGV afirma que há uma tendência de redução desta taxa de consumo desde o final de 2022. 

 

“O consumo de serviços é o principal componente a explicar essa tendência declinante; enquanto em 2022 apresentou crescimento médio trimestral em torno de 7,0%, no trimestre móvel encerrado em maio de 2023 cresceu apenas 3,2%”, explica o comunicado da instituição.

 

O Monitor do PIB da Fundação Getúlio Vargas estima mensalmente o PIB brasileiro em volume, em valor corrente e em valor constante a preços. O indicador, segundo a FGV, tem o objetivo de prover a sociedade de um sinalizador mensal sobre a situação do PIB do país, tendo como base a mesma metodologia das Contas Nacionais Trimestrais (CNT) do IBGE.

 

Após a publicação do IBC-Br do Banco Central, na última segunda (17), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que a queda na atividade econômica no mês de maio já era aguardada pelo governo. Para Haddad, o resultado negativo é reflexo da manutenção dos juros altos no país.

 

“A pretendida desaceleração da economia pelo Banco Central chegou forte. Precisamos ter muita cautela com o que pode acontecer se as taxas forem mantidas na casa de 10% o juro real ao ano. É muito pesado para a economia”, afirmou o ministro.
 

PIB pode avançar até 2,39% com reforma tributária, indica Ipea
Foto: Marcello Casal jr/Agência Brasil

A proposta da reforma tributária em votação na Câmara dos Deputados pode proporcionar 2,39% de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB, soma dos bens e dos serviços produzidos no país), até 2032, em relação ao cenário sem nenhuma reforma, indicou o estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), divulgado nesta quinta-feira (6).

 

Segundo a análise, durante o período de transição, quando gradativamente se substitui o sistema antigo pelo novo, as simulações em todos os cenários evidenciam o crescimento do PIB.

 

A nota intitulada "Propostas de reforma tributária e seus impactos: uma avaliação comparativa", do pesquisador do Ipea João Maria de Oliveira, traz um levantamento com 68 setores de atividade econômica, para as 27 unidades da Federação e compara com dez países com os quais o Brasil tem relação comercial.

 

As simulações revelam que as mudanças na estrutura tributária geram crescimento econômico. “As propostas de reforma promovem mudança estrutural em favor de setores com cadeia produtiva mais longa, com maior efeito multiplicador e, consequentemente, com maior produtividade. Assim, além de promover crescimento econômico, a reforma alinha a economia brasileira para crescer ainda mais”, disse o pesquisador, em nota.

 

Outro ponto abordado diz respeito ao resultado positivo para o saldo do emprego. “Ainda que os ganhos sejam pequenos, há aumento de emprego mais qualificado e de maior rendimento. Mas, com a mudança nos tributos, há ganhos reais na produtividade do trabalho, o que se configura como mais uma evidência de que a reforma tributária trará ganhos de alocação produtiva, pois estimula o aumento da oferta de emprego”, avalia o Ipea.

 

O pesquisador vê de maneira otimista o atual cenário. “Temos uma oportunidade agora com esse consenso criado entre estrutura produtiva, diversos setores, os três entes federativos e, principalmente, estados e municípios que são afetados de formas diferentes, dependendo da região. Acho que o consenso é possível, parece estar próximo e vai oportunizar que o Brasil esteja num estágio avançado de crescimento econômico”, concluiu.

PIB brasileiro pode crescer em até 5% com mercado de carbono regulado, afirma Alckmin
Foto: Cadu Gomes/ VPR

O presidente em exercício Geraldo Alckmin afirmou nesta terça-feira (20), que a regulação do mercado de carbono no Brasil pode estabelecer um ganho de 5% do Produto Interno Bruto (PIB),  o equivalente a 12 bilhões de dólares. O anúncio de Alckmin aconteceu durante evento conjunto da Confederação Nacional da Indústria (CNI) e do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC). 

 

Na ocasião, o vice-presidente defendeu a regulação como um dos caminhos para o objetivo global de redução e neutralização de emissões de gases estufa e para o combate às mudanças climáticas. 

 

"Essa é uma realidade que tem pressa. O governo está empenhado no desenvolvimento sustentável e um dos caminhos mais importantes é o mercado regulado de carbono. Aí, nós vamos estimular as pessoas a descarbonizar, as empresas a descarbonizar, criar um mercado, oportunidade de negócios, renda e comércio exterior, que é fundamental", afirmou o vice-presidente, que representou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva na abertura do evento. 


Alckmin ressaltou também sobre o potencial brasileiro, que tem a maior floresta tropical do mundo e grande parte da matriz energética limpa.   

 

"As possibilidades do Brasil são impressionantes. A pergunta sempre foi onde produzo bem e barato. Agora é onde produzo bem, barato e compenso as emissões de carbono. Aí o Brasil tem oportunidade única".

 

O mercado de carbono foi criado em 1992, durante a Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima. O segmento se estabeleceu em 1997, a partir do Protocolo de Kyoto, para que os países se comprometessem a reduzir as emissões de gases do efeito estufa. 

 

“O presidente Lula em 2009 fez a lei sobre as mudanças climáticas e é signatário do Protocolo de Kyoto. Vamos trabalhar para reduzir a emissão de carbono e ajudar no combate às mudanças climáticas”, finalizou Alckmin.

Prévia do PIB divulgada pelo BC tem aumento acima do esperado e reforça críticas aos juros altos
Foto: Marcello Casal/Agência Brasil

O Banco Central divulgou nesta sexta-feira o seu Índice de Atividade Econômica (IBC-BR), considerado uma prévia do Produto Interno Bruto (PIB) do país, e o resultado confirma as projeções e estimavas de reação da economia brasileira. Segundo BC, o índice registrou aumento de 0,56% em abril na comparação com o mês de março, acima da aposta do mercado de que o IBC-BR marcaria 0,20%, após uma queda de 0,15% no mês passado. 

 

No acumulado de 12 meses, o índice de atividade econômica do BC registrou alta de 3,43%. Já na comparação com o mês de abril do ao passado, o crescimento registrado foi de 3,88%. No trimestre encerrado em abril, o indicador subiu 3,47% ante o trimestre anterior. Em relação ao mesmo trimestre de 2022, houve alta de 4,06%.

 

Os números do IBC-BR se somam às boas notícias em relação à economia do país, com melhora da atividade econômica, redução da inflação, recuo do dólar e maior volume de negócio no Ibovespa. Os bons números do PIB já haviam sido identificados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Na semana passada, o IBGE divulgou o resultado do primeiro trimestre de 2023, que registrou crescimento de 1,9% em comparação com o último trimestre de 2022, impulsionado principalmente pela força do agro.

 

A divulgação da chamada prévia do PIB vem junto com uma nova subida de tom nas críticas de membros do governo Lula e lideranças petistas ao presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, por conta da alta taxa de juros do País. O ministro do Trabalho, Luiz Marinho, por exemplo, chegou a dizer que se Campos Neto estivesse trabalhando na iniciativa privada, já teria sido demitido “por errar tanto”. Marinho participa, em Genebra, na Suíça, da 111ª Conferência Internacional do Trabalho, promovida pela Organização Internacional do Trabalho (OIT). 

 

“Se fosse em qualquer empresa privada, ele teria sido demitido, porque não está cuidando da abrangência de suas funções. A empresa já teria colocado outra pessoa mais competente no lugar dele”, afirmou Luiz Marinho.

 

A presidente do PT, deputada Gleisi Hoffman, uma das mais contundentes críticas do presidente do BC entre aliados do governo, afirma que Campos Neto “sabota o país”. A deputada destacou que sindicatos e movimentos sociais farão protestos nas ruas nesta sexta contra os altos juros. 

 

“Brasil está voltando aos trilhos, governo Lula atuando forte, mas Campos Neto não ajuda. Na verdade, Roberto Campos Neto pertence ao mercado financeiro, e infelizmente, na economia, quem está ditando regras é o mercado financeiro. Ele já fazia isso antes, está fazendo isso agora, obviamente que ele deve ter também compromisso político com Bolsonaro, e ele só quer que o mercado financeiro dê certo. Ele não está nem aí para o País”, disse Gleisi.

 

Na próxima semana, o Comitê de Política Monetária do Banco Central se reúne para decidir se mantém a taxa básica de juros no patamar atual de 13,75% ao ano.
 

Lula diz que Brasil vai crescer mais de 2,5% este ano
Foto: Joédson Alves/Agência Brasil

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) declarou, nesta quinta-feira (15), que a economia brasileira pode avançar mais de 2,5% este ano e que está convencido de que o Produto Interno Bruto (PIB) deve superar as estimativas do Fundo Monetário Internacional (FMI), de crescimento de 0,9%. Segundo o petista, as razões são as políticas do governo para que o dinheiro volte a circular na mão da população. As informações são da Agência Brasil.

 

“Nós vamos crescer acima de 2%, de 2,5%, e se acontecer o que eu estou pensando, podemos até crescer um pouco mais, porque a primeira coisa que nós fizemos foi retomar todas as políticas sociais que estavam funcionando corretamente. Ou seja, políticas sociais que vão irrigando dinheiro na base deste país, para o pequeno produtor, para o pequeno empreendedor, para as pessoas do Bolsa Família, para as pessoas que estão na Previdência Social esperando na fila para se aposentar. Ou seja, esse dinheiro começou a voltar, inclusive voltar o dinheiro para a cultura”, declarou o presidente em entrevista a rádios de Goiás.

 

Em abril, o FMI reduziu a previsão de crescimento da economia brasileira para 0,9% este ano, abaixo da média mundial e da média dos países da América Latina e Caribe. No relatório anterior, de janeiro, a previsão era maior, de 1,2%.

 

Lula criticou mais uma vez o patamar da taxa básica de juros, a Selic. Em março de 2021, o Banco Central (BC) iniciou um ciclo de aperto monetário, em meio à alta dos preços de alimentos, de energia e de combustíveis, elevando a taxa básica ao seu maior nível desde janeiro de 2017, quando também estava em 13,75% ao ano. A decisão de manutenção da Selic nesse patamar vem sendo criticada pelo governo federal, que cobra uma redução para impulsionar o crescimento da economia.

 

“Não tem explicação, nesse país, uma taxa de juros a 13,75% [ao ano] com inflação a 4,5%. Nós não temos inflação de demanda, o povo não está comprando, nós temos 72% da população brasileira endividada”, disse, ao se referir ao programa Desenrola, lançado pelo governo para a renegociação de pequenas dívidas da população.

 

“Para as pessoas que estão endividadas voltarem ao mundo do comércio, de poder comprar outra vez. Elas estão endividadas no cartão de crédito porque comparam comida, então nós temos que tentar ajudar essa gente”, acrescentou Lula.

 

Para o presidente, é preciso recuperar a capacidade de geração de emprego porque as pessoas querem viver do seu trabalho. “Ninguém gosta de ficar vivendo de Bolsa Família, ninguém gosta de ficar vivendo de favor”, disse. “Nós já fizemos uma vez e nós vamos repetir. Esse país vai voltar a crescer, vai voltar a gerar empregos, vai voltar a aumentar o salário mínimo, vai aumentar todo ano acima da inflação. Isso vai acontecer porque é pra isso que eu voltei e foi pra isso que o povo me elegeu”, disse.

Depois da surpresa positiva com o PIB, IBGE divulga resultado negativo na produção industrial do país
Foto: Rafael Martins / Arquivo Sistema FIEB

Um dia depois da boa notícia dada pelo IBGE com o surpreendente PIB de 1,9% no primeiro trimestre deste ano, puxado principalmente pela força do agronegócio, foi divulgada uma má notícia no setor industrial. O IBGE divulgou nesta sexta-feira (2) os números da produção industrial, que caiu 0,6% em abril em relação ao mês de março. Em relação a abril de 2022, a queda foi de 2,7%, sem ajuste sazonal. 

 

Os números do Produto Interno Bruto do primeiro trimestre divulgados nesta quinta (1º) já anteciparam as dificuldades no setor industrial. Enquanto o agronegócio cresceu 21,6% em relação ao último trimestre de 2022, houve queda nas atividades industriais, como na área de construção (-0,8%) e das indústrias de transformação (-0,6%).

 

O resultado do setor industrial divulgado hoje pelo IBGE acontece após um avanço de 1% verificado no mês de março em relação a fevereiro, quando houve interrupção de dois meses consecutivos de retração. No ano de 2023, segundo o IBGE, a indústria brasileira acumula queda total de 1%, e nos últimos 12 meses, houve variação negativa de 0,2%.

 

De acordo com o IBGE, o resultado negativo de abril foi influenciado principalmente pelas quedas verificadas em máquinas e equipamentos (-9,9%), produção de veículos automotores, reboques e carrocerias (-4,6%), e produtos alimentícios (-3,2%). Também tiveram contribuição decisiva para a queda do setor a produção de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-9,4%), a indústria extrativa (-1,1%), a área de bebidas (-3,6%), de produtos de metal (-3,3%), de outros equipamentos de transporte (-5,2%) e de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-2,9%).

 

Na avaliação dos últimos 12 meses, o índice de -1% foi puxado por resultados negativos em duas das quatro grandes categorias econômicas, 15 dos 25 ramos industriais pesquisas, além de 46 dos 80 grupos e 53,5% dos 789 produtos que entram na análise do IBGE. Entre as atividades, as principais influências negativas no total da indústria foram registradas por produtos químicos (-8,1%), produtos de minerais não metálicos (-9,6%), metalurgia (-4,8%) e máquinas e equipamentos (-6,4%).

 

Segundo observou André Macedo, gerente da Pesquisa Industrial Mensal (PIM) do IBGE, diferentemente dos últimos três meses do ano passado, quando houve saldo positivo acumulado de 1,5%, neste início de 2023 há uma presença maior de resultados negativos. “Em abril, observamos uma maior disseminação de quedas na produção industrial, alcançando 16 dos 25 ramos industriais investigados. Esse maior espalhamento de resultados negativos não era visto desde outubro de 2022”, ressaltou, em texto publicado pelo IBGE. “Os números mostram redução nesse saldo positivo frente ao patamar pré-pandemia. Em agosto de 2022, esse saldo positivo era de dois dígitos, 16,7%. O saldo positivo vem perdendo fôlego nos últimos meses”, completou.

PIB cresce 1,9% no primeiro trimestre impulsionado pela Agropecuária, aponta IBGE
Foto: Jaelson Lucas / AEN-PR

O Produto Interno Bruto (PIB) cresceu 1,9% no primeiro trimestre deste ano, em comparação com o último trimestre do ano passado. O resultado foi puxado, principalmente, pelo crescimento de 21,6% da Agropecuária, maior alta para o setor desde o quarto trimestre de 1996. O PIB, que é a soma dos bens e serviços finais produzidos no Brasil, chegou a R$ 2,6 trilhões em valores correntes. As informações são da Agência de Notícias IBGE.

 

Na comparação com o primeiro trimestre de 2022, o PIB cresceu 4,0%. No acumulado dos quatro trimestres terminados em março de 2023, o PIB registrou elevação de 3,3% em relação aos quatro trimestres imediatamente anteriores. Os dados são do Sistema de Contas Nacionais Trimestrais, divulgado hoje (1) pelo IBGE.

 

O crescimento do PIB foi puxado pela alta na Agropecuária (21,6%), que tem peso de aproximadamente 8% da economia do país. "Problemas climáticos impactaram negativamente a Agropecuária ano passado e esse ano estamos com previsão de safra recorde de soja, que representa aproximadamente 70% da lavoura no trimestre, com crescimento de mais de 24% de produção. A safra da soja é concentrada no primeiro semestre do ano. Ao compararmos o quarto trimestre de um ano ruim com um primeiro trimestre bom, observamos esse crescimento expressivo da Agropecuária", analisa a coordenadora de Contas Nacionais do IBGE, Rebeca Palis.

 

Ainda no campo positivo, o setor de serviços, que tem o maior peso no indicador, cresceu 0,6% no período. O resultado foi puxado, principalmente, pelas altas nos setores de Transportes e Atividades Financeiras, ambos com crescimento de 1,2%. 

 

“A alta no setor dos Transportes foi influenciada tanto pelo transporte de carga quanto o de passageiros e nas Atividades Financeiras, foi puxada pela parte de seguros, pois o valor dos prêmios cresceu, mas o dos sinistros caiu, e o setor tem um ganho quando acontece isso”, pontua Palis.

 

Por outro lado, o setor de Informação e comunicação (-1,4%) apresentou a maior queda do primeiro trimestre para os serviços. “A queda dessa atividade pode ser explicada, em grande parte, por uma base de comparação alta. Foi a atividade que mais cresceu depois da pandemia, se encontra 22,3% acima do patamar do quarto trimestre de 2019.”, explica a coordenadora.

 

A Indústria apresentou estabilidade (-0,1%) no primeiro trimestre de 2023. “A queda na Indústria de Transformação foi influenciada pelas quedas de bens de capital e bens intermediários, enquanto a Atividade de Eletricidade e água, gás, esgoto, atividades de gestão de resíduos subiu 6,4%, visto que estamos em um momento de boas condições hídricas, sem escassez”, pontua Palis.

PIB avançou 1,6% no primeiro trimestre, indica FGV
Foto: Marcello Casal JrAgência Brasil

O Produto Interno Bruto (PIB) cresceu 1,6% ante o último trimestre de 2022. Na comparação ao mesmo período do ano passado foi registrado um avanço de 4,5%, segundo dados do Monitor do PIB, divulgados pela Fundação Getulio Vargas (FGV).

 

Os valores não são oficiais, o cálculo do PIB é feito pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e divulgado trimestralmente.

 

De acordo com a FGV, só em março, a economia brasileira cresceu 1,8% em relação a fevereiro. Na comparação com março do ano passado, expansão chegou a 4,5%.

 

Na comparação do primeiro trimestre deste ano com o mesmo período do ano passado, o consumo das famílias cresceu 4,7%, principalmente pelos consumos de serviços e de bens não duráveis.

 

Os investimentos (formação bruta de capital fixo) avançaram apenas 0,2%. O desempenho do segmento foi prejudicado pela queda de 3,4% na parte de máquinas e equipamentos.

 

As exportações tiveram alta de 5,7%, puxadas pelos produtos da indústria extrativa mineral e pelos serviços, enquanto as importações recuaram 2,1%, devido aos recuos nas compras de produtos agropecuários, da extrativa e de bens intermediários.

 

Metodologia

 

O Monitor do PIB/FGV estima mensalmente o Produto Interno Bruto brasileiro, com base a mesma metodologia das Contas Nacionais Trimestrais do IBGE.
 

“A decisão é dele”, afirma Haddad sobre novo arcabouço fiscal entregue a Lula
Foto: Fábio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, se reúne nesta sexta-feira (17) com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para discutir os detalhes da proposta de uma nova regra fiscal que substituirá o teto de gastos vigente.

 

Segundo Haddad, cabe a Lula decidir quando a proposta será apresentada ao público. "“A partir de agora, ele que decide. Tá na mão dele, e a decisão é dele. A Fazenda cumpriu seu cronograma”, declarou Haddad nesta sexta-feira (17) momentos antes de reunir com o presidente no Palácio do Planalto.

 

A reunião contará com a presença do vice-presidente e ministro de Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, e dos ministros do Planejamento, Simone Tebet, de Gestão e Inovação em Serviços, Esther Dweck, e da Casa Civil, Rui Costa.

 

A proposta, chamada pelo governo de "arcabouço fiscal", é a maior aposta da equipe econômica para reduzir o déficit das contas públicas, estimado em R$ 231,5 bilhões. Caso seja aprovada pelos congressistas, a proposta substituirá o teto de gastos.

 

O presidente Lula deve concluir as discussões sobre a nova regra na reunião desta sexta-feira e definir o formato final do texto antes de sua viagem à China, prevista para 26 de março. A proposta já havia sido entregue a integrantes do Executivo na quarta-feira (15), mas Lula disse na ocasião que ainda não havia lido o texto. O esboço do programa já foi apresentado ao vice-presidente Geraldo Alckmin e à ministra Simone Tebet.

Curtas do Poder

Ilustração de uma cobra verde vestindo um elegante terno azul, gravata escura e língua para fora
Afinal, quantos ovos você come? O Cacique parece estar bastante interessado no assunto. Mais do que isso: mostrou que sabe tudo de conta! Enquanto isso, tem gente economizando ao invés de comprar um guarda-roupa novo. Mas sem salvação mesmo está nosso Cunha, que decidiu entrar numa briga de gigantes. Outro clima bom é pros lados de Camaçari. Acho que o único no paraíso por enquanto em solo baiano é Ronaldo do Buzu. Saiba mais!

Pérolas do Dia

Capitão Alden

Capitão Alden

"Estamos preparados, estamos em guerra. Toda e qualquer eventual postura mais enérgica, estaremos prontos para estar revidando".

 

Disse o deputado federal Capitão Alden (PL) sobre possível retirada à força da obstrução dos apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no Congresso Nacional.

Podcast

Projeto Prisma entrevista Ivanilson Gomes, presidente do PV na Bahia

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O presidente do Partido Verde (PV) na Bahia, Ivanilson Gomes, é o entrevistado do Projeto Prisma na próxima segunda-feira (4). O programa é exibido no YouTube do Bahia Notícias a partir das 16h, com apresentação de Fernando Duarte.

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