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Todos os anos, após seu aniversário, o cantor Márcio Victor promove um “arrastão da paz” pela rua principal do bairro da Liberdade. No entanto, dessa vez, o evento precisou ser adiado para quase um mês após sua festa devido a uma turnê internacional, que acabou cancelada.
Presente na gravação do audiovisual do cantor Oh Polêmico, na última quarta-feira (15), o artista explicou ao Bahia Notícias o atraso nas comemorações. “Já se tornou calendário de festas culturais aqui, e o povo pede, a gente faz totalmente aberto pra todo mundo. Esse ano teve o atraso porque a gente ia fazer uma turnê nos Estados Unidos, acabou cancelando. O visto não foi liberado a tempo”, contou.
Márcio, nascido e criado no Engenho Velho de Brotas, aproveitou ainda para celebrar sua conexão com o bairro da Liberdade. “Eu vim de todas as periferias, eu vim de Itapuã, eu vim de Mussurunga, eu vim da Liberdade, eu vim do Engenho Velho de Brotas, que é meu bairro, mas eu sou abraçado em todas as periferias de Salvador”, declarou.
“Eu acho que é um grande negócio pra mim, porque eu ficava muito incomodado com ser conhecido fora, mas não ser reconhecido dentro da cidade. Acho que pra um artista é muito ruim isso. Me perguntam assim, quem eu sou? Aí eu digo: ‘eu sou esse cara que o meu bairro me reconheceu, que as periferias me reconheceram’”, completou.
Aprovada no mestrado em Performance Musical na Universidade do Novo México, nos Estados Unidos, com bolsa parcial, a violinista baiana Karen Silva lançou uma campanha virtual para angariar fundos e cobrir os custos com os estudos, a viagem e a permanência no exterior durante dois meses.
Na vaquinha virtual lançada pela artista, ela conta sua longa história com a música, com os primeiros passos ainda na infância. “Comecei na música aos 5 anos, no Instituto de Educação Musical (IEM), com iniciação musical, e aos sete, no violino. Escolhi violino porque cabia no ônibus! hahaha! A música aconteceu na minha vida por vontade de minha mãe, pois ela acreditava que estudar música possibilitaria um futuro melhor para mim. E ela estava certa!”, conta Karen, lembrando que permaneceu no IEM até 2007, quando entrou na Universidade Federal da Bahia (Ufba) para cursar licenciatura em Música.
“Ainda em 2007 aconteceu o NEOJIBA - Núcleos Estaduais de Orquestras Juvenis e Infantis da Bahia. Fiz a primeira audição, passei, e fiz parte da Orquestra Juvenil da Bahia como integrante ativa até 2016, tocando e dando aulas no programa. Nesse ano, consegui uma vaga como aluna internacional por um ano na University of Stavanger, na Noruega. Voltei desse intercâmbio em junho de 2017, quando re-integrei o NEOJIBA até dezembro de 2017”, lembra a violinista, que foi membro-fundadora e depois passou a lecionar na instituição.
Karen Silva conta que durante a licenciatura percebeu que essa formação isolada não correspondia com sua trajetória profissional até o momento, por isso, em 2015, migrou para o bacharelado em Instrumento, concluído em 2018.
Naquele mesmo ano, a baiana participou de um curso de verão da Universidade do Novo México, depois de participar de uma masterclass com um professor da instituição em Salvador. “Em 2020, apliquei para uma vaga no mestrado em Performance da UNM, e adivinha só: passei!”, conta a musicista, que teve o sonho adiado em um ano por causa da pandemia, que travou a emissão de vistos estudantis nos Estados Unidos.
Agora, com a retomada das entrevistas para a concessão dos vistos, Karen se apresentará ao consulado no fim de junho, mas para viabilizar a viagem e os gastos de manutenção, ela lançou a campanha virtual. “Estou na reta final para juntar tudo o que preciso para fazer isso acontecer, e agora com o real tão desvalorizado internacionalmente, eu preciso da sua ajuda. Me ajudem a representar a periferia baiana nos Estados Unidos!”, apela a artista. “Mais uma vez, me vejo diante de uma oportunidade de aprender com grandes professores. Mas meu maior desejo é devolver para a minha comunidade, minha cidade e meu país não só todo este conhecimento, mas a possibilidade de uma transformação da realidade por meio da música. Sou uma mulher preta, baiana, periférica, fui aluna de um projeto social no qual hoje eu ensino, o NEOJIBA. Quero que assim como eu, mais jovens da periferia tenham a chance de um futuro brilhante. Além de abrir estas portas, pretendo mostrar no exterior a nossa musicalidade única, a nossa maneira de sentir e interpretar. Não serei a primeira brasileira a cursar este mestrado, mas certamente serei a primeira violinista baiana!” conclui.
Com a meta de R$ 20,5 mil, a vaquinha visa cobrir custos de passagem aérea, no valor de R$4.824; acomodação, R$8.600; transporte, R$1,146.74 e alimentação, R$1,032.07. Até então, com a participação de 87 doadores, a campanha arrecadou cerca de R$ 9.600. Os interessados podem doar através da plataforma Abacashi (clique aqui).
Veja vídeo da campanha:
Oportunidade. Esta palavra transformou o sonho do diretor e ator feirense Tiago Rocha em fato concreto e inclusão. Filho de pedreiro e empregada doméstica, ele buscou apoio em 2015 e, após grande mobilização na internet, conseguiu sensibilizar um benfeitor americano que custeou um curso de Direção, na New York Film Academy (Academia de Cinema de Nova Iorque), nos Estados Unidos (saiba mais). Hoje, aos 30 anos e mais maduro, ele multiplica no Brasil os conhecimentos adquiridos em uma segunda experiência na instituição, desta vez com apoio de políticas culturais.
Já experimentado e com um currículo mais robusto, em 2019 Tiago se inscreveu e foi aprovado no programa Pró Cultura, da prefeitura de Feira de Santana, e no edital de Mobilidade Artística, da Secretaria Estadual de Cultura da Bahia. “O fato de já ter feito dois longas que já saíram nos cinemas, já ter ganhado alguns prêmios internacionais em cinema, ter atuado em filmes internacionais e ter dirigido também curtas-metragens, isso tudo melhorou meu portfólio para que fosse aprovado. Porque da primeira vez eu me inscrevi no Mobilidade Artística, só que eu não passei”, avalia o cineasta, que atualmente também é professor de inglês e atua como apresentador e diretor de audiovisual na Afro.TV.
Desta vez, com os apoios das chamadas públicas, o baiano pôde participar de um curso de Atuação em Nova Iorque. “Eu não tinha condição de pagar. Eu venho de uma família simples, sou um homem negro, periférico, então realmente não faz parte do nosso entorno familiar ter essa possibilidade”, conta o cineasta sobre a formação, que custou cerca de R$ 17 mil, sem contar com os custos de alimentação, hospedagem e transporte no país estrangeiro, de dezembro de 2019 a fevereiro de 2020.
“Foi incrível o curso, é uma escola de muito renome, com professores que já trabalham na indústria cinematográfica, professores indicados ao Oscar, ao Emmy, que trabalham diretamente com Hollywood… Fora equipamentos que a gente tem acesso, os estúdios. Foi realmente muito rica a experiência”, lembra o artista feirense, que de volta ao Brasil, como contrapartida, atualmente ministra uma oficina virtual e gratuita voltada para atores interessados em aprender técnicas para atuar em TV e cinema. A atividade estava programada para acontecer presencialmente, já no ano passado, mas a pandemia acabou atrasando o cronograma do projeto.

Tiago Rocha durante aulas, em Nova Iorque, no ano de 2015 | Foto: Reprodução / Facebook
“Ia ser um curso para alunos de escolas públicas do estado, um curso presencial, a gente ia gravar produção de cenas de um curta-metragem. Mas isso tudo teve que sair porque as escolas estão fechadas. Na semana que eu ia começar a contrapartida o governo declarou o 'lockdown'. No sábado começava a oficina presencial, já estava com os alunos inscritos, aí na sexta-feira anunciou que ia virar quarentena”, lembra o diretor, que diz ter passado 2020 aguardando o momento propício para dar continuidade ao projeto da forma como foi pensado, mas teve seus planos frustrados em parte. “Não melhorou, e eu resolvi fazer o curso de maneira virtual. Não é o melhor cenário para dar dicas de atuação, mas está sendo bem legal, os alunos estão bem engajados. A gente segue para a segunda semana de curso agora”, conta Tiago Rocha.
Também nessa linha de adaptação para o virtual, o curso de quatro semanas diminuiu pela metade a carga horário, que passou de 4h para 2h por encontro. “Cada semana a gente vai abordar um tema relacionado à atuação. A primeira semana foi aula de improvisação, a segunda estudo de cena, a próxima vai ser aula de audição e, logo em seguida, uma disciplina que a gente chama de acting for film, que é técnica de atuação em set de filmagem”, detalha o artista, revelando que no terceiro dia do curso ele receberá um convidado especial, o ator baiano Wesley Guimarães, que integra o elenco da série “Cidades Invisíveis”. “Ele nem sabe, é uma surpresa, mas na aula de audição ele vai entrar na sala e os alunos vão poder fazer perguntas como sobre como ele conseguiu entrar em duas séries da Netflix, e ele vai dar dicas para os atores de como fazer testes”, revela.
Diferente do que era previsto, ao final da atividade formativa os alunos não poderão produzir um filme, diante da impossibilidade de realizar gravações deste tipo durante a pandemia. Por outro lado, foram pensadas alternativas. “A gente vai ter um portfólio sim, que vai servir de material para eles. Tem umas cenas que eles vão gravar em casa com as orientações que a gente vai dar, e vão ter uma espécie de teaser do que foi feito no curso, em formato de vídeo”, explica o professor, que destaca a importância de dividir com a comunidade o que aprendeu. “Eu sempre fui uma pessoa muito apoiadora dos sonhos. Eu comecei a fazer filmes independentes antes de ter a experiência de estudar fora, e eu sempre era um caça-talentos, quando via alguém que tinha potencial eu ia lá atrás, chamava, dava oportunidade”, lembra Rocha, segundo o qual tem como uma de suas missões compartilhar os conhecimentos e “fazer aquela ponte pra que outros consigam construir seus sonhos”.
Lembrando os caminhos tortuosos pelos quais teve que percorrer para ter seu lugar, ele defende que o apoio do poder público é fundamental para democratizar a educação e a cultura. “Pra mim, homem preto, periférico, que teve muita dificuldade na vida, de escola pública, ter acesso a esse tipo de educação de altíssima qualidade é realmente muito enriquecedor”, diz o cineasta, morador do bairro de Santo Antônio dos Prazeres, um dos mais violentos de Feira de Santana. “Pra você ter uma ideia, na primeira vez que fui fazer o curso eu estava estudando com a filha de um dos diretores da Globo. Quando eu contei pra ela que eu era da favela e o quanto eu tive que lutar para chegar ali, ela até chorou. Eu aprendi inglês estudando sozinho, com livros que as pessoas jogavam no lixo. Eu ia no lixo e pegava muitos livros, porque eu tinha o sonho de estudar nos Estados Unidos e minha família não tinha condição de pagar, então não se esperava muito que Tiago conseguisse realizar esse sonho”, recorda o baiano que ultrapassou barreiras, contrariando as estatísticas e o determinismo geográfico e social.
Ele salienta ainda que é grato pela oportunidade e mais ainda por saber que se destacou durante sua passagem pela Academia de Cinema de Nova Iorque. “Não foi só um dinheiro que o governo investiu em mim, mas também teve retorno. Eu fui convidado pela escola, que me deu uma bolsa para eu retornar e fazer outro curso, os professores escreveram cartas para o diretor falando do meu desempenho, e o próprio diretor da escola - eu estava aplicando para fazer mestrado nos Estados Unidos -, se ofereceu para escrever minha carta de recomendação”, revela Tiago Rocha, que agora, com os planos abortados pela pandemia, aguarda um melhor cenário para retomar o sonho de dar continuidade aos estudos fora do país e construir uma carreira internacional.
Estão abertas até o dia 30 de abril as inscrições para os projetos que desejam participar da próxima edição do Laboratório de Inovação Cidadã (Labic). Nesta edição especial, com o tema Territórios, serão selecionados 40 projetos que já atuam em comunidades, favelas e territórios periféricos em todo o Brasil.
Os proponentes dos projetos selecionados participarão de oficinas e mentorias para o desenvolvimento, elaboração de ações, prototipagem do projeto com uso de tecnologias e ferramentas que vão fazer a iniciativa decolar.
Podem participar iniciativas, projetos, redes, coletivos, empreendimentos sociais que já sejam atuantes em seus territórios e que tenham como horizonte a inovação social, o bem comum, a cidadania e a ampliação de direitos. Os eixos desta edição são, dentr outros temas: Ações de enfrentamento à Covid-19; Tecnologias, Redes, Dados e Plataformas; Mídias e Diversidade; Formação Livre; e Economia e Cidadania.
Serão aceitos projetos já existentes, que tenham realizado pelo menos uma atividade em seus territórios. Os proponentes terão que dispor de meios de conexão, computador ou celular com acesso à internet.
Os encontros semanais serão realizados todas as sextas-feira das 14h às 18h entre os dias 14 de maio e 30 de julho de 2021 através da plataforma Zoom. Todas as atividades serão realizadas virtualmente atendendo às recomendações sanitárias para evitar a propagação do coronavírus e estimular o isolamento social.
Os proponentes dos projetos selecionados que finalizarem o Laboratório com êxito vão receber uma ajuda de custo de R$ 1.000 para continuarem desenvolvendo as ações em seus territórios.
Duas casas no São João do Cabrito abrigam o único museu do território do Subúrbio Ferroviário, o Acervo da Laje. Apesar de ser o único equipamento museal, esse não é o único espaço de memória, e isso José (Zé) Eduardo Ferreira Santos tem muito a falar. A partir de uma provocação na banca de doutorado e com o apoio da sua companheira, a professora Vilma Santos, ele montou, em 2009, o que seria o início do que define ser um "museu-casa-escola".
Nele, placas, conchas, esculturas, carrancas, bibliotecas (Geral, Coleções, Livros Raros, Futebol, Bahiana, Poesia, Autografados, Arte) e outros objetos que materializem a memória sobre o lugar estão à disposição do público, seja ele local ou de extra-local.
A valorização do território e a proposição de um imaginário sobre o Subúrbio são algumas das pautas da iniciativa do casal. De um almoço com vista para a Baía de Todos-os-Santos ou o contato direto com as obras expostas, tudo pode para quem chega ao Acervo da Laje. Ou pelo menos podia antes da pandemia, que afastou as pessoas por conta das medidas de isolamento necessárias neste momento, mas levou o espaço para um outro ambiente de aproximação: o digital.

Foto: Moisés A. Neuma/Agência Mural
Durante a entrevista com o Bahia Notícias, Zé Eduardo fala sobre a rede de projetos semelhantes que se formam no território, comenta sobre o surgimento do Acervo, mas também questiona. "Por que não tem museu no Subúrbio? Por que as grandes exposições de arte estão sempre do Corredor da Vitória para a Barra ou no Palourinho? Por que as intervenções artísticas estão no Comércio?". Clique aqui e confira a entrevista completa na coluna Cultura.
O Globoplay lançou a série documental "42m²", que expõe a realidade da pandemia da Covid-19 e do isolamento social nas periferias da capital paulista. São quatro episódios produzidos.
A série documental é composta por curtas-metragens produzidos por duas centenas de pessoas de localidades periferias de São Paulo. Ao todo, foram somados 62 documentários, 71 ficções, 51 obras de gênero híbrido, experimental ou videoarte, 9 animações e 6 videoclipes.
As roteiristas e montadoras Tatiana Lohmann, Jéssica Queiroz e Samya Carvalho foram as responsáveis pelo compilado de obras audiovisuais. "Costurar curtas absolutamente diversos entre si, em termos de escolhas estéticas, de gênero cinematográfico, de textura, de apuro técnico, de narrativa e linguagem foi o maior desafio", contou Tatiana ao UOL Splash.
"Mas, ao mesmo tempo, foi a riqueza desse projeto: abrir espaço para que essa multiplicidade criativa toda se apresente, com seus contrastes e pontos em comum", explicou.
Reunindo obras produzidas por 170 jovens de bairros periféricos de Salvador, a mostra “Conexões de Quebrada” fica em cartaz entre 30 de outubro e 1º de novembro, das 14h às 18h, no Museu de Arte da Bahia (MAB), em Salvador, com entrada gratuita. A exposição, que marca o encerramento de projeto de 15 meses realizado pela Cipó – Comunicação Interativa, aborda temas como identidade, gênero, raça e cultura, através de fotografias, vídeos, produtos de design e áudio produzidos por jovens dos bairros de Fazenda Coutos, Plataforma, Boqueirão (Nordeste de Amaralina) e Beiru-Tancredo Neves. "São garotas/os criminalizadas/os pela pobreza, vítimas de racismo e que, por consequência, possuem baixa escolaridade e estão fora do mundo do trabalho”, explica o coordenador de projetos da Cipó, Leandro Vilas.
SERVIÇO
O QUÊ: Mostra "Conexões de Quebrada"
QUANDO: Terça a quinta-feira, 30 de outubro a 1º de novembro, das 14h às 18h
ONDE: Museu de Arte da Bahia – MAB - Salvador (BA)
VALOR: Entrada gratuita
Jovens moradores dos bairros de Plataforma, Fazenda Coutos, Boqueirão e Beiru-Tancredo Neves promovem mostras de comunicação abertas ao público nesta terça (9) e quarta-feira (10), em Salvador. Temas como direitos da infância, adolescência e juventude são abordados em forma de vídeo, fotos, produções de áudio e fanzines como resultado do processo formativo feito pela empresa CIPÓ - Comunicação Interativa.
A primeira mostra acontece amanhã com a exposição fotográfica "Olhar Jovem", das 14h às 17h, na Associação de Moradores de Plataforma (Ampla). As garotas e os garotos vão utilizar a técnica do lambe para expor suas fotografias, fruto de uma investigação fotográfica feita pela turma sobre temas ligados ao Estatuto da Juventude e ao Estatuto da Criança e do Adolescente.
Também na terça, a comunidade do Boqueirão, no Nordeste de Amaralina, vai poder conferir o vídeo "O Tempo Não Para". A sessão será realizada às 18h, na quadra em frente à Associação Nova República. Produzido pelos jovens do local, o curta-metragem conta a história de Jackson, personagem que recorda e sente saudades do tempo em que era criança.
Já na quarta-feira (10), será realizada a mostra de design "Os Jovens, a Comunicação e seus Direitos". Os participantes vão apresentar seus fanzines que abordam artigos do Estatuto da Juventude com uma linguagem simples e acessível, das 14h às 17h no final de linha de Fazenda Coutos.
Neste mesmo horário, acontece a mostra "Política Jovem", na Biblioteca Zeferina Beiru. Assuntos como uso de álcool e outras drogas, planejamento familiar, aborto e evasão escolar serão levados à comunidade por meio de áudios. "A ideia é propor ao público o exercício da participação política, mostrando que a democracia vai muito além do direito ao voto", explica Paulo Copioba, educador da CIPÓ. Além de ouvir as gravações, os visitantes poderão interagir com a mostra, apontando soluções para os problemas narrados.
SERVIÇO
O QUÊ: Mostra fotográfica “Olhar Jovem”
QUANDO: 09 de outubro de 2018, das 14h às 17h
ONDE: Associação de Moradores de Plataforma – AMPLA (Praça São Braz, 14, Plataforma)
O QUÊ: Mostra de vídeo “O Tempo Não Para”
QUANDO: 09 de outubro de 2018, às 18h
ONDE: Quadra em frente à Associação Nova República (Av. Nova República, s/n, ao lado da Cooperativa Canore)
O QUÊ: Mostra de design “Os Jovens, a Comunicação e seus Direitos”
QUANDO: 10 de outubro de 2018 (quarta-feira), das 14h às 17h
ONDE: Final de linha de Fazenda Coutos
O QUÊ: Mostra de áudio “Política Jovem”
QUANDO: 10 de outubro de 2018 (quarta-feira), das 14h às 17h
ONDE: Biblioteca Zeferina Beiru (Rua Gilberto Bastos, s/n, Arenoso, Beiru – próximo ao Colégio Estadual Norma Ribeiro)
Com direção do ator e ativista Jorge Whashington, o Recital Vozes Negras faz três apresentações gratuitas em comunidades periféricas de Salvador, a partir desta quinta-feira (16), começando às 16h, na Escola Municipal Eugênia Anna dos Santos, situada no Ilê Axé Opô Afonjá, no bairro de São Gonçalo do Retiro. Em seguida, na sexta-feira (17), às 19h, a montagem chega ao Cine Teatro Alagados, no Uruguai. Já a última apresentação acontece na Associação Cultural É Ao Quadrado, no Alto do Cabrito, no dia 26 de novembro, às 17h.
Com o objetivo de estimular a leitura entre os jovens e contribuir para a transformação da realidade social, o espetáculo utiliza poesia e outros gêneros literários para dialogar sobre temas, como amor, resistência, afirmação, autonomia feminina e discriminação racial. Dentre os autores que integram o repertório, textos de poetas e poetisas negras de diferentes gerações, a exemplo de Conceição Evaristo, Akins Kintê, Miriam Alves, Mel Adún, Lívia Natália, Urânia Munzanzu, Josélia Fonseca, Cidinha da Silva, Esmeralda Ribeiro, Rita Santana, Aline França, Alzira Rufin, Vanda Machado, Lita Passos, Carolina Maria de Jesus. A interpretação fica por conta de Luciana Souza, Jamile Alves, Dão e Denise Correia, que serão acompanhadas, ao vivo, pelo ator e percussionista Fábio Santana e o violonista Maurício Lourenço. Ao final de cada apresentação, o público poderá conferir ainda um pocket show de Michaela Harrison.
Nascido e criado em Novos Alagados, na Cidade Baixa, o pesquisador sempre conviveu com o estigma da periferia enquanto centro de violência e a partir de uma pesquisa sobre violência, Ferreira Santos constatou que crianças e adolescentes ligados à marginalidade não tinham acesso à arte. "A ideia é trabalhar com símbolos novos porque quando você pensa em periferia, você não associa à cultura, a beleza, a elaboração estética. Então, a ideia é começar a dizer o contrario e o impacto que isso tem é que aquela criança que nasce já com um sentimento de negação encontra um espaço que possibilita outra narrativa de território e começa a ter uma percepção diferente de si".

Além de curador do projeto, Ferreira Santos mediará as palestras | Foto: Daniele Rodrigues
No sábado, o #OcupaLajes estreia com uma visita guiada pelo acervo e em seguida, os visitantes assistem para uma palestra sobre Introdução à História da Arte, mediada pelo próprio pesquisador. A palestra será ministrada na nova casa do acervo, também localizada no São João do Cabrito. Já no domingo (14), a programação segue com as oficinas de Grafite, ministrada por Gutemberg Solis, e de Máscaras, pelo cenógrafo Zaca Oliveira. "Não é a busca de estética e perfeição que a gente vai buscar nesse processo de construção, mas na integração dos meninos, de estar com eles fazendo uma coisa manual, não só despertando essa capacidade artística deles, mas também de socialização”, comenta Oliveira.
Para o cenógrafo, o mote do projeto não está na conclusão das peças, mas sim, no processo e convívio. "As oficinas são 100% práticas, mas a gente conversa, fala de escola, de futuro, de perspectivas, então eles saem muito melhores nesse processo e, sem dúvida, a arte educa. Às vezes aparecem talentos que a gente não está esperando, comentários que surpreendem", acrescentou. Oliveira também vai ministrar a oficina de mosaico, realizada em março.Até maio serão realizadas oito oficinas intercaladas com intervenções artísticas. Com o fim dessa fase do projeto, três lajes serão selecionadas para receber uma exposição itinerante. "A gente vai abrir um concurso aonde as pessoas vão dizer por que as lajes delas devem receber uma exposição artística e aí vai começar um processo de curadoria com essas famílias", explica Ferreira Santos. As lajes não necessariamente precisarão ser em bairros da periferia, mas aliar a beleza da cidade à riqueza de conteúdos artísticos. “Das lajes de Salvador, você tem as vistas mais bonitas”, exalta o curador.
Confira a agenda do projeto:
13 de fevereiro - Visita guiada ao Acervo da Laje e palestra sobre Introdução à História da Arte, mediada por José Eduardo Ferreira
14, 20, 21 e 27 de fevereiro - Oficinas de Grafite (Gutemberg Solis) e Máscaras (Zaca Oliveira)
28 de fevereiro - 1ª Intervenção Visual (Local: Acervo da Laje)
5 de março - Visita guiada ao Acervo da Laje e palestra sobre Introdução à História da Arte, mediada por José Eduardo Ferreira
12, 13, 19, 20 e 26 de março - Oficina de Mosaico (Zaca Oliveira) e Pintura em Tela (Natureza França)
27 de março - 2ª Intervenção Visual (Local: laje a definir)
2 de abril - Visita guiada ao Acervo da Laje e palestra sobre Introdução à História da Arte,
mediada por José Eduardo Ferreira
9, 10, 16, 17 e 23 de abril - Oficinas de Arte em Metais (Ray Bahia) e Arte em Madeira (Índio)
24 de abril - 3ª Intervenção Visual (Local: laje a definir)
7 de maio - Visita guiada ao Acervo da Laje e palestra sobre Introdução à História da Arte,
mediada por José Eduardo Ferreira
14 e 15 de maio - Oficina de Potinhoterapia (Ivana Magalhães)
21, 22 e 28 de maio - Oficina de Pinhole (Camila Souza)
29 de maio - 4ª Intervenção Visual (Local: laje a definir)
4 a 21 de junho - Exposição Itinerante (Locais: três lajes a serem definidas)
Visita guiada ao Acervo da Laje e palestra sobre Introdução à História da Arte
Fazendo shows com os repertórios de "Nó na Orelha" (2011) e "Ainda Há Tempo" (2006), Criolo segue compondo e já tem um bom número de inéditas – uma delas, inclusive, estará no disco de Tom Zé. Sem pressa de lançar o próximo álbum, Criolo atualmente trabalha num texto que apresentará no Festival de Poesia de Berlim, em junho. "Às vezes, fico até me questionando: existe a necessidade de fazer outro álbum se ele já me deu tudo isso? Vou fazer outro álbum, sim, porque é uma inquietação minha, não por uma necessidade de manter uma agonia ou um pódio que o outro criou", questionou.
Curtas do Poder
Pérolas do Dia
Jerônimo Rodrigues
"É uma indicação condicionada, inclusive judicial. Nós fizemos tudo o que a justiça pediu. Encaminhamos o projeto de lei para abrir a vaga no TCE e Dialogamos com o TCE. A combinação toda cumprida no campo da política. Então, eu espero que Josias esteja aí dialogando com a Assembleia. É a vez da Assembleia fazer o papel dela. Meu papel enquanto indicador da vaga foi feito".
Disse o governador Jerônimo Rodrigues ao comentar sobre a indicação do deputado federal Josias Gomes (PT) para o cargo de conselheiro do Tribunal de Contas do Estado da Bahia (TCE-BA). O pronunciamento chega após o gestor enviar à Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA), a indicação do parlamentar à cadeira do TCE, na última sexta-feira (12).