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A população feminina encarcerada na Bahia tem cor. Atualmente, 92% das presas são negras – 81% se autodeclaram pardas e 11% pretas –, apenas 8% são brancas. As informações são da pesquisa “Quem são as mulheres encarceradas da Bahia?”, realizada pela Defensoria Pública do Estado (DP-BA) com 286 mulheres que estão em situação de prisão nos sete estabelecimentos prisionais femininos que integram o sistema penitenciário do estado.
Sobre idade, 52% possuem de 18 a 29 anos; 32% têm entre 30 e 40 anos; 12%, de 41 a 50 anos; 4% com idade entre 51 e 60 anos. Somente uma mulher com idade superior a 60 anos foi identificada pelo levantamento.
Quando se fala em grau de escolaridade, 50% possuem ensino fundamental incompleto e 11% completo; 15% têm ensino médio incompleto e 10% completo; 1% tem ensino superior incompleto e 3% completo. Além disso, 3% das mulheres presas não foram alfabetizadas ou estão em processo de alfabetização, e 8% são alfabetizadas.
No quesito religião, 52% são católicas, 18% são protestantes, 4% possuem outra religião e 26% se declararam ateias.
O perfil também detalhou outros dois pontos: gênero e sexualidade. Das 286 mulheres pesquisadas, 99,6% são cisgênero (que se identificam com o sexo biológico com o qual nasceram), 97% se declararam heterossexuais e 3% lésbicas.
A pesquisa da DP-BA identificou somente uma mulher trans. A Defensoria sinaliza que tem conhecimento sobre a existência de outras mulheres trans que estão no sistema prisional. Porém, “percebe que essas informações não chegam aos autos processuais, como se não fossem relevantes para o cumprimento da pena ou para a definição da situação prisional delas”.
Sobre o estado civil, 82% das mulheres são solteiras, 3% estão casadas, 0,5% divorciadas, 1,5% são viúvas e 13% têm união estável. Quando se fala de filhos, a pesquisa aponta que 44% têm um filho, 21% possuem dois filhos, 20% têm três filhos e 15%, quatro ou mais filhos.
De acordo com o levantamento, em 75% dos casos as mulheres encarceradas não recebem qualquer visita.
No cenário antes da prisão, as informações da DP-BA indicam que 71% não possuíam qualquer fonte de renda, 20% afirmaram que recebiam de R$ 500 a um salário mínimo, e 9% informaram que recebiam de um a dois salários mínimos.
METODOLOGIA
A Defensoria Pública da Bahia fez o levantamento com base no acesso aos dados dos processos das mulheres, sem entrevistas ou mediações. “Assim, os dados ou/e ausência deles demonstram que existem lacunas no acolhimento e registro das encarceradas e de políticas direcionadas para a garantia de direitos dessas mulheres”, alerta a DP-BA.
Das 286 mulheres analisadas, 34% estão no Conjunto Penal Feminino de Salvador; 17% no de Feira de Santana; 11% no de Itabuna; 11% no de Vitória da Conquista; 10% em Paulo Afonso; 9% no de Juazeiro e 8% no de Teixeira de Freitas.
MUNDO x BRASIL
Segundo relatório Global Prison Trends de 2021, mais de 740 mil mulheres estão presas em todo o mundo. Esse alto índice está relacionado a uma política de encarceramento, como leis que criminalizam posse de pequenas quantidades de drogas ou, ainda, países que punem mulheres que cometem transgressões em contextos de violência, pobreza ou discriminação. Os dados mostram que a desigualdade de gênero faz com que as mulheres sejam menos beneficiadas por absolvições ou liberações do que os homens, mesmo que muitas delas sejam consideradas de baixo risco.
A última edição do INFOPEN Mulheres – mostra que, entre os países que mais encarceram mulheres, o Brasil teve um aumento de 455% na taxa de aprisionamento entre 2000 e 2016. Em 2018, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, por maioria de votos, conceder habeas corpus (HC 143641) coletivo para determinar a substituição da prisão preventiva por domiciliar de mulheres presas, em todo o território nacional, que sejam gestantes ou mães de crianças de até 12 anos ou de pessoas com deficiência.
O perfil do Museu de Arte de São Paulo (MASP) foi o centro de uma polêmica nas redes sociais após ter publicado, no último domingo (22), a foto de uma obra de arte intitulada "Palhaço e Soldado PM Carvalho".
De autoria do artista guatemalteco, naturalizado americano, Alex Donis, a obra mostra um policial com a farda da Polícia Militar de São Paulo dançando com um homem armado com um fuzil.
Segundo o site Catraca Livre, a pintura foi comissionada para o projeto "Histo?rias da danc?a" e faz parte de uma se?rie intitulada "Pas de Deux", que reúne inimigos declarados em abraços e cenas imaginadas de fantasia e conexão.
O autor vive em Los Angeles e costuma focar seu trabalho em representar o desejo queer, especialmente entre homens não brancos. Na obra publicada pelo MASP, Alex Donis retrata uma cena do bale? Dom Quixote, de Marius Petipa, de 1869, danc?ada por um membro do PCC (Primeiro Comando da Capital) chamado "Palhac?o" e um PM.
A publicação do MASP afirma que o artista fez uma pesquisa cuidadosa ao representar cada figura, com uma atenção aos detalhes específicos. "Tatuagens de grupos locais, equipamento anti-motim e insi?gnias militares sa?o indi?cios da guerra das drogas em curso em Sa?o Paulo. Em um momento global atual, onde o protesto e a viole?ncia nas ruas se tornaram sino?nimos de brutalidade policial, Donis imagina outro desfecho para essa crise em termos de paz, amor e unidade atrave?s da danc?a", diz a publicação.
Internautas acusaram o MASP de desrespeitar a corporação paulista com a postagem. Uma página de simpatizantes e policiais divulgou uma nota de repúdio no Facebook.
"Milhares de homens e mulheres morreram e arriscam suas vidas, todos os dias, honrando a farda da polícia e defendendo a sociedade. Não aceitamos que o MASP venha enaltecer como 'obra de arte' um policial militar dançando com um criminoso, água e óleo não se mistura", diz a publicação.
Fotografias que remetem ao mar do passado e não entregam de imediato o que esteve na frente da lente, deixam para o observador completar com o que há dentro de si. Essa é a proposta do fotolivro “Mar de Memórias” do artista visual baiano Caíque Costa, que será lançado no próximo dia 6 de novembro pela editora Artisan Raw Books.
O fotolivro possui 23 imagens e uma poesia que versam sobre o mar, criado para contemplar e sentir. Com um estilo mais abstrato, as obras do artista são fruto da pesquisa por uma fotografia mais sensorial, livre das amarras técnicas do dispositivo.
“É importante conhecer as regras para propor, provocar novas sensações. As imagens do livro representam memórias da minha infância, onde o mar era uma companhia constante. Esse sentido é dado através da estética que remete à pintura impressionista, como as imagens borradas da nossa memória”, explica Caíque Costa.
Para que haja uma troca de sentidos entre a obra e o observador, a poética das imagens é aberta, sem induzir o olhar. “Cada imagem leva a outras imagens internas. Nossas relações com o mar passam pela vida e o livro busca ativar essas memórias e sentimentos”, completa o artista.
O lançamento vai acontecer em uma live no perfil do artista no Instagram (@caiquecostaphoto). Participa como convidado especial da live o artista visual e curador Edgard Oliva.
Em formato de bate-papo, o encontro passará também por outros temas relacionados à arte e fotografia no contexto contemporâneo, respondendo e interagindo com perguntas e comentários dos participantes.
O diretor brasileiro Maurício Eça está produzindo o filme “Apneia” e procura no Facebook um perfil para compor uma das personagens da trama. A ideia é encontrar uma jovem descontraída e que conte tudo sobre a vida pessoal no perfil online. No elenco, atrizes como Marisol Ribeiro, Marjorie Estiano e Thaila Ayala – que estreia no cinema. A história se passa com Chris (Marisol Ribeiro), uma jovem rica e linda, mas entediada e que tenta buscar, ao lado das amigas Julia (Thaila Ayala) e Giovanna (Marjorie Estiano), algum sentido na vida. Assim elas começam a perceber que seus atos podem mudar seus destinos e também dos que estão a sua volta, se envolvendo com bebidas e drogas. Confira o trailer:
Curtas do Poder
Pérolas do Dia
Luiz Inácio Lula da Silva
"O meu time não tem medo de brigar. Se for preciso brigar, a gente vai brigar. Mas antes de brigar, a gente quer negociar".
Disse o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobre as negociações com Donald Trump para o fim do tarifaço.