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penalidade maxima
O zagueiro Vitor Mendes, do Fluminense, foi afastado das atividades do clube carioca por conta de suspeita de manipulação de situações de jogo para favorecer um grupo de apostadores. Ele estaria na partida da equipe contra o Cruzeiro na noite desta quarta-feira (10), às 21h30, contra o Cruzeiro no Mineirão.
Ele foi mais um dos citados em prints da investigação do Ministério Público de Goiás (MP-GO), na Operação Penalidade Máxima II, que investiga o esquema. O jogador teria recebido uma quantia financeira para receber um cartão amarelo quando atuava pelo Juventude, no jogo contra o Fortaleza, pela 27ª rodada do Campeonato Brasileiro de 2022.
"O Fluminense FC informa que o atleta Vitor Mendes está afastado preventivamente das atividades do clube", disse a agremiação em uma breve nota.
Foto: Reprodução / WhatsApp
EX-VITÓRIA TERIA ALICIADO BAUERMANN
O volante Fernando Neto, ex-Vitória e atualmente no São Bernardo, teria procurado o zagueiro Eduardo Bauermann, do Santos, para forçar um cartão amarelo nas últimas rodadas do Campeonato Brasileiro. A oferta para o defensor foi de R$ 60 mil. Na conversa, o atleta chegou a dizer que levar a advertência seria fácil e deu o exemplo próprio de ter feito uma falta dura no atacante Luciano Juba, do Sport.
Foto: Reprodução / WhatsApp
JOGADORES DO JUVENTUDE FIZERAM CHAMADA COM APOSTADOR
O meia Gabriel Tota e o zagueiro Paulo Miranda, que jogavam no Juventude em 2022, fizeram uma chamada de vídeo com o apostador Bruno Lopez. A ligação ocorreu pouco antes do jogo contra o Atlético Goianiense, pelo Brasileirão do ano passado. Após a ligação, Lopez mandou um áudio para um grupo de Whatsapp.
"Tota, ele foi até lá no vídeo lá, e mano, mostrou o Paulo Miranda, falou: 'Paulo Miranda, oh aí ó', Paulo Miranda eu conheço também, falou 'oh, o homem que dá dinheiro pra nós tá aqui'. Os cara deu risada e tal [...] mano, no vestiário, os cara maluco, o vestiário no vídeo", disse.
Em nota, o Juventude, que acabou sendo rebaixado na última temporada, repudiou o ocorrido.
"O Esporte Clube Juventude, em respeito à sua história, aos seus associados, atletas, funcionários e milhares de torcedores, vem a público reiterar o seu compromisso ético e a sua absoluta intransigência em relação a qualquer comportamento que fira a lisura e a transparência que devem nortear a prática e as competições esportivas em todos os níveis. Em quaisquer circunstâncias, repudiamos veementemente qualquer tentativa ou atos que visem manipular resultados no esporte.
É inadmissível, e por todas as formas condenável, condutas ilícitas, antiéticas, imorais e antidesportivas, inaceitáveis em qualquer nível. Com essa convicção, O Esporte Clube Juventude, em face das recentes publicações divulgadas na imprensa relacionadas à “Operação Penalidade Máxima”, citando nominalmente três atletas que atuaram pelo Clube em 2022, e que atualmente estão vinculados a outras agremiações, como investigados na referida operação, reitera o seu firme posicionamento de colaborar com as autoridades responsáveis pelas investigações, para que os fatos sejam regularmente apurados e os responsáveis identificados e responsabilizados na forma e no rigor da lei", publicou.
Foto: Reprodução / MP
VICTOR RAMOS ACEITOU R$ 100 MIL PARA COMETER PÊNALTI
Revelado pelo Vitória e com passagens por Palmeiras, Vasco e demais clubes, o zagueiro Victor Ramos é um dos investigados. De acordo com o Ministério Público de Goiás, ele "aceitou a promessa de vantagem patrimonial indevida com o fim de alterar o resultado ou evento do jogo entre Guarani e Portuguesa-SP".
Foi prometido ao jogador o pagamento de R$ 100 mil para que ele cometesse um pênalti na partida. Apesar do sinal positivo, não cometeu e nem recebeu o valor combinado.
"Irmão, são R$ 100 mil. É grana, pô, fora o que você for fazer ainda com o Neto. Aí, você dando o OK, ele já me entrega amanhã a metade. E já te entrego", disse Pedro Gama, amigo do jogador, empresário e parte do esquema.
Foto: Reprodução / MP-GO
DEFESA DE IGOR CARIÚS DIZ QUE R$ 5 MIL PODE SER PATROCÍNIO
O lateral-esquerdo Igor Cariús, que hoje está no Sport e atuava no Cuiabá em 2022, é um dos investigados na operação. Na denúncia, o atleta foi citado por receber R$ 5 mil para tomar um amarelo na partida entre Ceará em Cuiabá, pelo Brasileirão do ano passado. A defesa do jogador contesta e afirma que o valor pode se tratar de um patrocínio.
"Esses R$ 5 mil podem estar dentro de um contexto completamente diferente do que está se colocando. Pode ser patrocínio, utilização de material esportivo, pode ser em virtude de uma propaganda, de uma mídia", disse o advogado André Rigueira, em entrevista ao ge.globo.
"No print que foi juntado na denúncia se fala da loja. Não tem nem o nome da pessoa, tem o nome da loja. Essa pessoa entrou em contato com a assessoria de Cariús para fazer uma divulgação de material esportivo, então ele presume que tenha sido dessa divulgação. Até isso a gente está estudando", completou.
A Operação Penalidade Máxima analisa 20 partidas das Séries A e B, além de jogos pelos estaduais. A nova denúncia foi feita a partir da busca e apreensão de equipamentos em fases anteriores da Operação Penalidade Máxima e já foi acatada pela Justiça. Os clubes envolvidos e as casas de aposta são tratados como vítimas.
JOGADORES DENUNCIADOS E RESPECTIVOS CLUBES EM QUE ESTAVAM ATUANDO EM 2022:
Eduardo Bauermann (Santos)
Gabriel Tota (Juventude)
Victor Ramos (Guarani)
Igor Cariús (Cuiabá)
Paulo Miranda (Juventude)
Fernando Neto (Operário)
Matheus Gomes (Sergipe)
APOSTADORES, ALICIADORES E MEMBROS OPERACIONAIS DO ESQUEMA
Bruno Lopez, conhecido como "BL" e líder do esquema
Ícaro Fernando Calixto
Luís Felipe Rodrigues de Castro
Victor Yamasaki Fernandes
Zildo Peixoto Neto
Thiago Chambó Andrade
Romário Hugo dos Santos, conhecido como "Romarinho"
William de Oliveira Souza, vulgo "Mclaren"
Pedro Gama dos Santos Júnior
O Ministério Público de Goiás anunciou, nesta terça-feira (18), que a Série A do Campeonato Brasileiro de 2022 tem seis jogos sob suspeita de manipulação. O órgão cumpriu, mais cedo, mandados de busca e apreensão na Operação Penalidade Máxima.
A 36ª rodada teve quatro dos seis jogos. De acordo com os promotores, ainda não é possível afirmar que se os jogadores receberam dinheiro para adulterar os resultados, mas ficou confirmado o fato de que os apostadores fizeram ofertas.
Confira os jogos sob suspeita:
Santos 1 x 1 Avaí - 36ª rodada
- Um atleta do Santos foi assediado para tomar cartão amarelo. Na partida, Luiz Felipe, Rodrigo Fernandez e Vinicius Zanocelo receberam a punição.
Red Bull Bragantino 1 x 4 América-MG - 36ª rodada
- Um atleta do Red Bull Bragantino foi assediado para tomar cartão amarelo. Na partida, Lomonaco, Aderlan, Luan Cândido, Raul, Artur e Popó receberam a punição.
Goiás 1 x 0 Juventude - 36ª rodada
- Dois atletas do Juventude foram assediados para serem punidos com o cartão amarelo. Na partida, Cesar, Paulo Miranda, Moraes, Jean Irmer, Felipe Pires e Vitor Gabriel receberam a punição.
Cuiabá 1 x 1 Palmeiras - 36ª rodada
- Um atleta do Cuiabá foi assediado para tomar cartão amarelo. Na partida, Marllon e And?e Luis receberam a punição.
Botafogo 3 x 0 Santos - 37ª rodada
- Um atleta do Santos foi assediado para tomar cartão vermelho. Após o apito final, Eduardo Bauermann foi expulso.
Palmeiras 2 x 1 Juventude - 26ª rodada
- Um atleta do Juventude foi assediado para tomar cartão amarelo. Na partida, Jadson, Moraes e Vitor Gabriel receberam a punição.
A operação Penalidade Máxima começou em fevereiro deste ano e investiga o esquema de manipulação de resultados no futebol brasileiro que viabiliza apostas em valores elevados. Alguns atletas teriam recebido parte dos ganhos, em caso de êxito, e a estimativa é que cada suspeito tenha embolsado cerca de R$ 150 mil por aposta. Dentre as práticas, está a aposta em pênaltis cometidos no primeiro tempo dos jogos. O grupo teria interferido em, no mínimo, três jogos da Série B de 2022, que seriam Tombense x Criciúma, Vila Nova x Sport e Sampaio Corrêa x Londrina, movimentando mais de R$ 600 mil.
Curtas do Poder
Pérolas do Dia
Capitão Alden
"Estamos preparados, estamos em guerra. Toda e qualquer eventual postura mais enérgica, estaremos prontos para estar revidando".
Disse o deputado federal Capitão Alden (PL) sobre possível retirada à força da obstrução dos apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no Congresso Nacional.