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paulo miranda
A defesa do zagueiro Paulo Miranda, ex-Bahia, pediu ao ministro Gilmar Mendes que aplique ao jogador a decisão do STF que beneficiou o lateral Igor Cariús. Na última terça-feira (2), o Supremo entendeu que forçar um cartão a pedido de apostadores não se enquadra, por si só, como manipulação de resultado esportivo.
Os advogados alegam que as acusações contra Paulo Miranda são equivalentes às de Cariús. Ambos foram denunciados pelo Ministério Público de Goiás no âmbito da Operação Penalidade Máxima, que apura a atuação de apostadores na combinação de eventos em jogos do futebol brasileiro.
Segundo a denúncia, o zagueiro teria aceitado pagamentos para receber cartões amarelos em duas partidas do Juventude no Brasileiro de 2022, contra Fortaleza e Goiás. O MP também afirma que o atleta participou de uma chamada de vídeo com um apostador dentro do vestiário após um dos confrontos.
O pedido ainda está sob análise de Gilmar Mendes. Paulo Miranda é o primeiro a solicitar o trancamento do processo após o julgamento que favoreceu Cariús. Além deles, outros 15 jogadores foram denunciados por suposta atuação para beneficiar apostadores por meio de cartões forçados.
Na decisão de terça-feira, o STF concedeu habeas corpus a Igor Cariús, denunciado pelo artigo 198 da Lei Geral do Esporte, que estabelece:
“Solicitar ou aceitar, para si ou para outrem, vantagem ou promessa de vantagem patrimonial ou não patrimonial para qualquer ato ou omissão destinado a alterar ou falsear o resultado de competição esportiva ou evento a ela associado.”
No âmbito desportivo, Cariús foi punido. Ele recebeu suspensão de um ano após o MP apontar que teria recebido R$30 mil de apostadores para provocar um cartão amarelo em partida entre Cuiabá e Atlético-MG, em 2022.
O Mixto tem conversas avançadas para contratar o zagueiro Paulo Miranda com o objetivo de reforçar o elenco na disputa da Série D do Campeonato Brasileiro. O jogador está sem clube desde que cumpriu suspensão de 720 dias imposta pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) por participação em esquema de manipulação de resultados. A informação foi veiculada inicialmente pelo site MixtoNet.
A possível chegada do defensor ocorreu após a saída de Michel Custódio, que transferiu-se para o futebol albanês. O acordo foi considerado irrecusável pela diretoria alvinegra, que busca agora repor a posição com um atleta experiente.
PAULO MIRANDA E A OPERAÇÃO PENALIDADE MÁXIMA
Paulo Miranda foi denunciado em 2023 pelo Ministério Público de Goiás durante a Operação Penalidade Máxima, que investigou fraudes em apostas esportivas. A punição foi reconhecida também pela Fifa, impedindo o atleta de atuar em competições oficiais nacionais e internacionais até o início de junho deste ano. O zagueiro cumpriu integralmente a suspensão, assim como outros atletas envolvidos, como Ygor Catatau, Matheus Gomes e Gabriel Tota.
Durante o período fora dos gramados, o defensor de 36 anos manteve rotina de treinos físicos com acompanhamento profissional e participou de jogos amadores em sua cidade natal, Piraí do Sul (PR), para manter o condicionamento físico. Sua última partida oficial foi em abril de 2023, pelo Náutico, na Copa do Brasil, diante do Cruzeiro.
Com passagens por São Paulo, Grêmio, Juventude e pelo Red Bull Salzburg, da Áustria, o defensor pode trazer liderança e experiência a um elenco jovem que tenta avançar à próxima fase da Série D. A diretoria do Mixto confirmou que o jogador vê com bons olhos a oportunidade de atuar no clube.
Em publicação recente nas redes sociais, Paulo Miranda comentou o retorno aos gramados após a suspensão.
"Posso voltar a sorrir e fazer o que eu mais gosto. Foram dias, meses e anos difíceis, mas tive o suporte da minha família e dos amigos verdadeiros que fiz no momento de dificuldade. Enfim, posso voltar a jogar futebol. Ansioso por isso. Deus é bom o tempo todo", comentou.
Curtas do Poder
Pérolas do Dia
Luiz Inácio Lula da Silva
"Grave erro histórico".
Disse o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao criticar o mecanismo das emendas impositivas, um dos tipos de transferências de verbas federais feitas por parlamentares aos estados e municípios. Em declaração dada nesta quinta-feira (4), o petista definiu o modelo como uma "grave erro histórico", mas negou que o governo tenha um "problema" com o Congresso Nacional".