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patrimonio imaterial da bahia
A festa de São João já faz parte da identidade baiana. Quando chega o mês de junho, a Bahia, principalmente no interior, já aspira forró, espigas de milho assadas e amendoim cozido (fora os bolos). Agora, o festejo junino pode se tornar oficialmente Patrimônio Religioso, Cultural e Imaterial da Bahia por meio de um Projeto de Lei apresentado pelo deputado estadual Alex da Piatã (PSD) na Assembleia Legislativa (AL-BA).
“Os festejos se espalham pelo estado, com atrações nos seus 417 municípios. As pessoas esperam ansiosamente por essa época... a fogueira, as comidas e o forró são comemorados com muita alegria e tradição. Do forró pé-de-serra aos grandes shows, qualquer um pode entrar na dança e viver o clima do São João”, escreveu Alex da Piatã.
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O parlamentar também listou as cidades que possuem uma festa de São João de destaque, movimentando a economia dos municípios e fomentando a cultura. Foram citadas as festas de Amargosa, Cachoeira, Cruz das Almas, Ibicuí, Irecê, Santo Antônio de Jesus, Seabra e Salvador.
O SÃO JOÃO
O dia de São João é comemorado em 24 de junho para lembrar o dia em que nasceu João Batista. Conhecido como o “Santo Festeiro”, ele foi o profeta que previu o nascimento de Jesus Cristo e faz parte do calendário da Igreja Católica.
A festa foi trazida ao Brasil pelos portugueses no século XVI, onde se misturou com elementos religiosos e culturais locais, como danças, músicas e comidas típicas. Desde então, a celebração se transformou em uma festa popular com forte influência regional, especialmente no Nordeste.
No ano passado, o São João movimentou uma receita histórica de R$ 2 bilhões, de acordo com a Secretaria de Turismo do Estado (Setur-BA). Conforme a pasta, foram 1,7 milhão de visitantes nos festejos do ano passado, em toda a Bahia. O número indicou um crescimento no setor, já que em 2023 o número foi de 1,5 milhão de turistas.
Reconhecida como Patrimônio Imaterial da Bahia pelo Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural (IPAC) em 2010, a Festa da Boa Morte realiza mais uma edição desta terça (13) a quinta-feira (15), na cidade de Cachoeira, no Recôncavo baiano.
O evento tem início com um cortejo saindo da Igreja de Nossa Senhora D’Ajuda em direção à capela de Nossa Senhora da Boa Morte, onde acontece a missa pelas irmãs falecidas. Formada por mulheres negras descendentes de escravas africanas, a celebração da Irmandade de Boa Morte é um acontecimento litúrgico da fé católica que acontece há mais de dois séculos, preservando tradições religiosas e culturais de seus ancestrais.
PROGRAMAÇÃO
13 de agosto (terça-feira)
Cortejo saindo da Igreja de Nossa Senhora D’Ajuda para a capela de Nossa Senhora da Boa Morte, onde acontece a missa pelas irmãs falecidas. Logo após, é servida a ceia composta de pão, vinho e peixe
Dia 14 de agosto (quarta-feira)
19h - As irmãs participam da missa de corpo presente, quando saem em procissão pelas ruas da cidade, finalizando na capela de Nossa Senhora da Boa Morte
Dia 15 de agosto (quinta-feira)
Em homenagem ao Dia da Assunção de Nossa Senhora, uma procissão sai da capela de Nossa Senhora da Boa Morte, percorrendo as ruas da cidade. Depois, as irmãs voltam para a sede da irmandade para servir a famosa feijoada
17h – Início do samba de roda
Dia 16 de agosto (sexta-feira)
As irmãs fazem cozido para o público com samba de roda
Dia 17 de agosto (sábado)
À noite, será servido mungunzá e o caruru para o público em geral. Ao final, ocorrerá o samba de roda dando encerramento à festa
A Zambiapunga, manifestação cultural do Baixo Sul baiano, herdada dos negros bantos escravizados na região do Congo-Angola, foi declarada Patrimônio Imaterial da Bahia. O decreto que promove o registro especial foi publicado nesta sexta-feira (30), no Diário Oficial do Estado, e entra imediatamente em vigor. A partir de agora, este bem de valor cultural fica registrado no Livro de Registro Especial de Expressões Lúdicas e Artísticas, ficando a cargo do Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia (Ipac) a atribuição de adotar as providências legais para o cumprimento do decreto assinado pelo governador Rui Costa e pelos secretários de Cultura e da Casa Civil, Arany Santana e Bruno Dauster. O pedido de registro como Patrimônio Imaterial foi realizado em 2016 (clique aqui e saiba mais).
E Zambiapunga consiste em um cortejo de homens mascarados, trajados com roupas coloridas e retalhos, que percorrem as ruas na madrugada de 1º de novembro, véspera do Dia de Finados. Durante o ato, eles dançam e tocam instrumentos de percussão, cuícas e búzios, para acordar a população da cidade.
A Festa de Santa Bárbara, que acontece desde 1641, sempre no dia 4 de dezembro, no Centro Antigo de Salvador, teve seu título de Patrimônio Imaterial da Bahia revalidado. Isto se dá em consonância com as leis, que determinam que os bens culturais sejam revalidados a cada cinco anos, passando por nova análise e atualizando sua documentação. Este procedimento foi conduzido pelo Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia (IPAC), entidade vinculada à Secretaria de Cultura do Estado da Bahia (SecultBA). “Ao contrário dos bens materiais, como edificações e obras de arte, o bem imaterial é dinâmico, vivo e está em constante transformação”, explicou o diretor geral do IPAC, João Carlos Oliveira, lembrando que as manifestações populares se enquadram como bens imateriais. “Além de atendermos a lei, observamos se ocorrem interferências externas que possam alterar a tradição”, acrescentou.
O diretor de Preservação do Patrimônio do IPAC, Roberto Pellegrino, contou que antropólogos, sociólogos, historiadores e fotógrafos vinham trabalhando com extenso conteúdo captado durantes as festas de 2015 e 2016. “O percurso da fé continua o mesmo, com mesmas características que mantêm viva a tradição e a devoção, iguais ao ano de 2008, quando o Instituto construiu o dossiê que permitiu o título de bem cultural intangível”, concluiu. Nesta análise, além de entrevistas e visitas à festa, foram ouvidos integrantes da Irmandade do Rosário dos Pretos e do Centro de Culturas Populares e Identitárias (CCPI), unidade da SecultBA que atualmente responde pelo apoio à festa.
Foi publicada no Diário Oficial do Estado, nesta sexta-feira (5), a determinação do governador Rui Costa para o registro da Festa de Nossa Senhora D`Ajuda, de Cachoeira, como Patrimônio Imaterial da Bahia. De acordo com a publicação, o decreto se dá “considerando os elementos constantes do Processo nº 0607110007860, especialmente as propostas formuladas em dossiê e devidamente aprovadas pelo Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia - IPAC e pelo Conselho Estadual de Cultura”. De acordo com o documento datado em 4 de maio de 2017, a partir de então, a manifestação cultural da Cidade de Cachoeira constará no Livro de Registro Espacial dos Eventos e Celebrações, como Patrimônio Imaterial. As providências legais necessárias para o cumprimento ficarão à cargo do Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia (Ipac), autarquia vinculada à Secretaria de Cultura da Bahia.
Curtas do Poder
Pérolas do Dia
Capitão Alden
"Estamos preparados, estamos em guerra. Toda e qualquer eventual postura mais enérgica, estaremos prontos para estar revidando".
Disse o deputado federal Capitão Alden (PL) sobre possível retirada à força da obstrução dos apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no Congresso Nacional.