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O Cerrado e a Caatinga são os dois dos principais biomas baianos e, juntos, abrigam a maior parte dos municípios da Bahia. Acontece que ambos estão entre os mais ameaçados em meio as queimadas e violações ambientais pelo estado. O reflexo desses e outros fatores só vieram a tona a partir de estudos científicos que identificaram, na Bahia, a primeira microrregião árida em todo o país.
Um estudo desenvolvido pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e pelo Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), divulgado em novembro de 2023, identificou características de clima árido na região norte da Bahia, especialmente o território de Itaparica, incluindo as cidades de Abaré, Chorrochó, Glória, Macururé, Paulo Afonso e Rodelas.
Nesta reportagem, o Bahia Notícias relembra a descoberta e busca entender de que forma as iniciativas sociais e do poder público podem contribuir para a resiliência climática. Ainda em 2023, a nota técnica do Inpe e Cemaden identificou um crescimento histórico nacional das zonas semiáridas e alertou para o favorecimento de queimadas e os impactos severos nas atividades econômicas, como a agricultura e a pecuária, devido a falta de água nessas regiões.
Mais recentemente, ainda neste ano, a Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI) disponibilizou o Mapa de Áreas Susceptíveis à Desertificação (ASD) do estado. Utilizando o mesmo método de cálculo do índice de aridez, a metodologia de Thornthwaite (1948), o mapeamento estadual considera que quanto menor o IA [Índice de Aridez], maior a aridez e, consequentemente, a suscetibilidade à desertificação. Confira o mapa:
Reprodução do mapa disponibilizado pela SEI
“Ao analisar o mapa, observa-se uma área na cor laranja na parte central do estado, no sentido do percurso do Rio São Francisco, e que se espalha na parte norte, onde o índice de aridez (entre 0,13 e 0,50) demonstra alta suscetibilidade à desertificação e retrata as áreas áridas e semiáridas do estado. Nas bordas, em cores mais suaves, aparecem os trechos com média susceptibilidade. Já a região litorânea e o oeste do estado, em azul no mapa, apresentam baixa (IA entre 0,66 e 1,0) ou muito baixa (IA acima de 1,0) suscetibilidade”, apontou a nota oficial da Superintendência.
A AÇÃO PÚBLICA
O Bahia Notícias conversou com o Diretor de Políticas e Planejamento Ambiental da Sema, Tiago Porto, sobre as iniciativas públicas relacionadas a estratégias de resiliência e sustentabilidade em meio a desertificação.
“A gente tem boa parte da Bahia, cerca de 85% do nosso estado, inserido numa área que a gente chama de semiárido. Toda essa região semiárida do estado, ela tem condições naturalmente desafiadoras. Tem muita insolação, pouca chuva, pouca disponibilidade hídrica para usos econômicos. Toda a região do bioma Caatinga, que é o centro da Bahia, e praticamente todo o oeste do estado, que é o bioma Cerrado, fazem parte dessa área que chamamos de semiárido.”
“A convivência com o semiárido traz vários desafios para a vida, então a gente tem, no Estado, uma série de políticas públicas que buscam tornar a vida no semiárido mais confortável, mais digna, mais para que as pessoas possam prosperar lá.”
Neste caso, o gestor fala sobre a Plano Estadual de Convivência com o Semiárido, oficializado em 2020 e em vigor até 2029. O plano contextualiza todas as especifidades técnicas e sociais das regiões incluídas no semiárido baiano, além de determinar as diretrizes de atuação nessas regiões.
Ao total, mais de 100 ações foram definidas para alcançar 20 diretrizes. Entre as ações estão “efetivar a regularização fundiária dos Povos e Comunidades Tradicionais” e “implementar Banco de dados sobre inovações, conhecimento e tecnologias adaptadas à convivência com o semiárido”. O diferencial da iniciativa é a inclusão e cooperação de todas as áreas do governo estadual.
Foto: Marcello Casal Jr. / Agência Brasil
Porto destaca que o plano foi elaborado antes mesmo da descoberta científica, e por isso se aplica a toda a região. No que diz respeito às especificidades sentidas nas regiões áridas, o biólogo afirma que “as pessoas que a gente tem contato, elas não sentiram que de um dia para o outro a coisa mudou". "Aquilo [o processo de desertificação] já era uma tendência, já estávamos caminhando para uma aridização daquela região e esse caminhar foi acelerado pela forma como a gente explora os recursos naturais”.
“Especialmente naquela região, a vegetação é muito sensível a mudanças. Então, quando eu tiro ali um pedaço de Caatinga para implantar, por exemplo, uma plantação de coco, a Caatinga é incapaz de retornar a sua condição original, sem muita intervenção humana. Então, a gente precisaria investir muito para resgatar aquele ambiente. É diferente da Mata Atlântica, por exemplo, a gente vê um terreno baldio, passado 2 meses volta a ter vegetação ali naquele terreno. A Mata Atlântica é um bioma que tem muito mais resiliência”, explica.
“Então, o Estado já vem implementando ações, por exemplo, de implantação de sistemas de abastecimento de água, fornecimento de carro-pipa, tem uma série de ações”, ressalta. “A gente fez um esforço direcionado para essa região, o território de Itaparica, porque a gente entende que a gente não poderia agir da mesma forma que a gente age para o semiárido como um todo, para essa região. A gente precisava ter um investimento maior de recurso público, porque a região tava mais vulnerável do que as outras nesse momento.”
Questionado sobre a possibilidade de atuação para “refrear”, Tiago garante que é possível, ainda que complexo. “É que a gente precisa mudar em todas as áreas. A infraestrutura, como a gente constrói, como a gente se alimenta, as profissões que a gente vai formar, como a gente se desloca. A gente precisa buscar transformações em todas as áreas, porque essa forma como a gente vive hoje, na sociedade, é muito emissora dos gases de efeito estufa”, reflete.
“Esse diagnóstico a gente já elaborou que é o Inventário da Emissão de Gases de Efeito Estufa e tem uma fotografia do estado da Bahia, de quais são os principais emissores”, afirma. O Inventário de Gases de Efeito Estufa (GEE) do Estado da Bahia (2020-2022) foi oficialmente divulgado em 2024. Segundo o documento, em 2022, a Bahia foi 9º estado brasileiro em termos de emissões brutas de gases de efeito estufa (GEE), totalizando 91,37 MtCO2e dos 2.331,5 megatoneladas de CO2 equivalente emitidas por todo o Brasil.
Sobre o tema, Porto define que “a gente precisa buscar uma transformação dessa das atividades econômicas". "A gente sabe que isso não é de um dia para o outro, a gente precisa ir fazendo para que essa transformação aconteça e porque assim, essa é a solução mais definitiva”. Ele afirma que “é a gente mudar as nossas formas de viver nesse planeta para que a gente emita menos gases de efeito estufa, e vá arrefecendo os efeitos das mudanças climáticas”, conclui.
A RESILIÊNCIA VERDE
Mas não apenas a mobilização do Poder Executivo é suficiente para garantir a manutenção dos modos de vida da população do semiárido e árido baiano. As iniciativas que surgem da sociedade civil são parte intrínseca da resiliência climática ao redor do mundo. E são essas iniciativas que a Fundação Verde – Herbert Daniel, vinculada ao Partido Verde, vem buscando incentivar por meio do “A Tenda Verde”, com seminários com a participação de lideranças comunitárias ao redor do estado.
O presidente do Partido Verde na Bahia, Ivanilson Gomes, e a coordenadora do projeto da Fundação, Vânia Almeida, conversaram com o Bahia Notícias sobre a ação e revelaram que um novo projeto, totalmente voltado para os debates sobre a desertificação do semiárido baiano.
“Nós temos um projeto que se chama ‘A Tenda o Verde’, que é uma tenda onde nós montamos em cada município e a gente leva pessoas que tem conhecimento sobre a questão ambiental e sobretudo de arborização. Além, claro, desse projeto que está agora sendo elaborado que é sobre a questão do semiárido baiano”, afirma Ivanilson.
O líder partidário contextualiza que “que nós temos uma área territorial bastante extensa de semiárido e a gente entendeu que era importante, nesse momento, trazer um pouco essa discussão, envolvendo sobretudo as pessoas, os moradores da localidade, a sociedade, até porque parte significativa do que acontece hoje é fruto de uma ação antrópica”, aponta.
Foto: Divulgação
Vânia Almeida, coordenadora deste projeto da Fundação e ativista ambiental, conta que o impulso dos projetos é a realizada da COP30 no Brasil, em Belém, ao final deste ano.
“A fundação está desenvolvendo uma série de ações, não só na Bahia, mas no Brasil todo, com o foco de levar mensagens ‘dos verdes’ para a COP 30 e na Bahia nós entendemos que o nosso foco deveria ser justamente na Caatinga, nessa região do semiárido, sobretudo nessa nova área árida”, explica a gestora, que é cientista social de formação, com especializações em educação ambiental.
“E assim, a gente percebeu pelas nossas vivências, experiências, inclusive junto da Secretaria Estadual de Meio Ambiente, que existem muitas soluções locais da comunidade, que eles estão então desenvolvendo para conviver com essa realidade das mudanças climáticas e são metodologias sociais bastante interessantes e que, na verdade, a gente precisa dar visibilidade”, ressalta Vânia.
Corroborando com o pensamento de Tiago Porto, com relação à mudança dos modelos socioeconômicos frente às mudanças climáticas, Ivanilson destaca que o modelo econômico do Brasil é similar ao de outros países considerados subdesenvolvidos e surge a partir de uma divisão sociogeográfica do trabalho ao redor do mundo.
“A gente não conseguiu avançar muito [no combate as mudanças climáticas] em função exatamente de todo um processo histórico onde os países subdesenvolvidos acabavam por aquecer sua economia da manufatura, ou seja, do envio de produtos agrícolas e para isso acelerar houve uma ação antrópica [humana], sem uma tecnologia adequada e sem o manejo adequado [dos biomas]”, contextualiza.
O líder “dos verdes” delimita ainda que “da mesma forma, quando a gente fala da Caatinga, um bioma essencialmente brasileiro e muito importante para nossa cultura, para nossa história, já chegou um ponto de desertificação". "É um caso basicamente irreversível. O que a gente precisa e tenta fazer agora é que esse processo não avance”.
E completa: “Então a gente precisa ter ações que possam despertar a sociedade de que a gente tá vai enfrentar um problema muito difícil aí na frente, se a gente não começar a ter iniciativas que possam diminuir esse tipo de efeito climático no nosso estado”.
A coordenadora da Fundação ressalta ainda que, atualmente, “289 municípios que são suscetíveis à condição de desertificação". "Por isso a importância da gente ter sensibilizado e ainda, aonde ainda não chegou nesse nível, a gente tentar barrar e segurar”. Ela afirma que “a ideia é justamente chamar atenção, porque as comunidades tradicionais de quilombolas, indígenas, fundo e fecho de pasto, são justamente as mais atingidas. E quando a gente pensa em justiça climática, a gente tem que pensar em financiamento. Não pode ser só boa vontade, é preciso ter financiamento porque eles [as comunidades tradicionais] não geram [as mudanças climáticas], mas sofrem as consequências”, reforça.
Por fim, a educadora ambiental destaca a importância unir a sociedade civil e os poderes Executivo e Legislativo em torno da pauta. “Questão ambiental, ela não é uma questão de uma de um único órgão, de um o único setor, é uma questão que tem que ser tratada por todos. É a sociedade civil, são as organizações, é o governo, são os partidos, todo mundo precisa estar envolvido e colaborando para que a gente possa ter sucesso, porque não é uma única ação que vai resolver o problema, mas ela contribui”, resume.
A expectativa da Fundação Verde é de reunir um grupo de lideranças comunitárias, ambientais e políticas para tratar das mudanças climáticas, especialmente a desertificação, na Bahia na COP, que ocorre em novembro deste ano.
O Partido Verde (PV) acionou o Supremo Tribunal Federal (STF) para contestar um trecho da Lei Anticorrupção que, segundo a legenda, permite punições duplicadas de empresas envolvidas em atos considerados contrários ao interesse público. A Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 7846 foi distribuída ao ministro Luiz Fux.
Na ação, o PV sustenta que o artigo 29 da Lei 12.846/2013 permite que diferentes órgãos do governo, como a Controladoria-Geral da União (CGU), o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), o Ministério da Justiça e o Ministério da Fazenda, apliquem punições separadas a uma mesma empresa pelos mesmos fatos. Para o partido, essa sobreposição de sanções viola a Constituição.
De acordo com o partido, diferentes órgãos do governo com competência para processar, negociar e julgar não podem agir de forma isolada e sem coordenação. A legenda defende que essa falta de articulação entre as instituições revela uma falha do sistema jurídico porque fere o princípio que proíbe sanções múltiplas pelo mesmo motivo.
O partido pede que o STF interprete a lei de forma a evitar mais de uma sanção e deixe claro que, caso um órgão já tenha analisado e punido determinada conduta, os demais não possam aplicar novas punições pelos mesmos fatos. Como medida cautelar, solicita a suspensão imediata, em todo o país, de processos administrativos redundantes em trâmite no Cade, até que o STF decida sobre o tema.
Um dos quatro suspeitos presos, nesta segunda-feira (17), por suposto envolvimento no sequestro do presidente estadual do Partido Verde (PV), Ivanilson Gomes, foi solto após provas sua inocência. O homem, que não teve a identidade revelada, foi encontrado na Ilha de Itaparica, depois de ter suas digitais encontradas no veículo utilizado pelos criminosos durante a fuga do sequestro.
O homem, que acabou sendo preso durante a investigação, era filho do dono do veículo, um Fiat Argo roubado no início deste ano, em Brotas. Segundo informações divulgadas pelo Jornal Correio, o homem e sua esposa tiveram o imóvel foi arrombado por policiais civis durante a sua prisão.
Na ocorrência de apresentação do acusado, a Polícia Civil fez uma observação reconhecendo o erro e ele foi liberado após exames de lesão corporal. O registro foi feito na Delegacia de Repressão à Extorsão Mediante Sequestro.
O presidente estadual do Partido Verde, Ivanilson Gomes, foi liberado por suspeitos, no último neste sábado (15), em Salvador, após mais de 36 horas de sequestro. Conforme informações preliminares, o sequestro ocorreu após um grupo criminoso invadir a sede do PV, no bairro do Rio Vermelho, e realizar um roubo entre os funcionários.
Em meio a fuga dos suspeitos, Ivanilson foi forçado a entrar em um veículo na localidade, ao lado de uma unidade de saúde e foi levado até o bairro de Pituaçu, onde o veículo foi encontrado. No local, o grupo colocou a vítima em outro veículo antes de seguir em direção ao Complexo do Nordeste de Amaralina.
Informações obtidas pelo Bahia Notícias apontam que um dos secretários estaduais do Partido Verde seria um dos organizadores do sequestro. O homem foi preso durante as investigações
Um dos secretários estaduais do Partido Verde foi acusado de orquestrar o roubo e sequestro do presidente estadual da sigla, Ivanilson Gomes, na última sexta-feira (14) na sede do Partido Verde em Salvador, no Rio Vermelho. Informações obtidas pelo Bahia Notícias apontam que o suspeito, identificado como Gabriel Luís, foi encaminhado para a 7° Delegacia Territorial de Polícia do Rio Vermelho, por agentes policiais após confessar a participação no crime.
Conforme noticiado anteriormente pelo BN, o secretário do partido teria negociado o sequestro de Ivanilson Gomes com suspeitos ligados a uma facção criminosa do bairro do Nordeste de Amaralina, que executaram o plano. Aponta-se que Gabriel Luís seria o responsável por planejar a data e o horário da invasão.
O sequestro teria ocorrido na sede do partido, após o grupo criminoso invadir o prédio e roubar cerca seis funcionários no local. Informações obtidas pelo BN apontam que o secretário teria facilitado o acesso dos suspeitos e depois fingido ser uma das vítimas.
Após a ação, Ivanilson foi forçado a entrar em um veículo na localidade, ao lado de uma unidade de saúde e foi levado até o bairro de Pituaçu, onde o veículo foi encontrado. No local, o grupo colocou a vítima em outro veículo antes de seguir em direção ao Complexo do Nordeste de Amaralina.
HISTÓRICO DO ACUSADO
Filiado ao Partido Verde há cerca de 4 anos, Gabriel Luís é secretário estadual do partido, vinculado a Juventude Verde, organização de militância juvenil do PV. Segundo informações obtidas pelo BN, Gabriel ainda atuava como servidor do Departamento Estadual de Trânsito (Detran) da Bahia, tendo sido exonerado nesta segunda-feira (14).
Luís estaria com a posição ameaçada no Partido Verde, após ter protagonizado “várias besteiras” em sua atuação. Ainda não há informações concretas sobre o que teria motivado a participação do jovem na ação criminosa.
Após quase 36h de sequestro, o presidente estadual do Partido Verde, Ivanilson Gomes, foi liberado por suspeitos no bairro de Nordeste de Amaralina, nesta neste sábado (15), em Salvador. Conforme informações preliminares, o sequestro ocorreu por volta das 12h30 da última sexta-feira (14), após um grupo criminoso invadir a sede do PV, no bairro do Rio Vermelho, e realizar um roubo entre os funcionários.
O líder do PV na Bahia já está com a família, em sua residência. Agora, a Polícia segue em busca dos sequestradores, segundo informações obtidas pelo Bahia Noticias.
Em meio a fuga dos suspeitos, Ivanilson foi forçado a entrar em um veículo na localidade, ao lado de uma unidade de saúde e foi levado até o bairro de Pituaçu, onde o veículo foi encontrado. No local, o grupo colocou a vítima em outro veículo antes de seguir em direção ao Complexo do Nordeste de Amaralina.
Informações obtidas pelo Bahia Notícias apontam que um dos secretários estaduais do Partido Verde seria um dos organizadores do sequestro. O integrante da sigla teria negociado o sequestro de Ivanilson Gomes com suspeitos ligados a uma facção criminosa do bairro do Nordeste de Amaralina, que executaram o plano. Logo após o anúncio do sequestro, criminosos entraram em contato com a esposa de Ivanilson, na tentativa de negociar a liberação da vítima.
VEÍCULO MONITORADO
Ao Bahia Notícias, fontes policiais no local confirmam que o veículo utilizado pelos criminosos durante a ação estava sendo monitorado pelas forças de seguranças desde as 10h da manhã, quando foi visto no bairro da Federação, com uma restrição de roubo.
O monitoramento do veículo só pode ser reativado novamente durante passagem pela Avenida Garibaldi, no bairro do Rio Vermelho, em meio a fuga dos suspeitos. Fontes sugerem que o sequestro do líder partidário e o roubo da sede do Partido Verde não foi evitado devido aos “pontos cegos” do trajeto utilizado pelo grupo criminoso.
Informações apontam que o histórico de roubo do carro permitiu que os agentes de segurança monitorassem o grupo até o bairro de Pituaçu, onde o veículo foi encontrado.
A sede do Partido Verde foi roubada por um grupo criminoso, nesta sexta-feira (14), no bairro do Rio Vermelho, em Salvador. Segundo informações divulgadas pelo deputado federal João Carlos Bacelar (PV), os suspeitos invadiram o local e levaram objetos de valor antes de darem seguimento ao sequestro do presidente estadual da sigla, Ivanilson Gomes.
Os funcionários do local também teriam sido roubados. Não há informações sobre o valor dos objetos levados pelo grupo. A declaração de João Carlos Bacelar foi dada à rádio Sociedade. Os suspeitos fugiram após o ocorrido. Informações preliminares apontam que o grupo criminoso teria ligação com o Complexo do Nordeste de Amaralina.
Em meio a fuga, Ivanilson Gomes teria sido forçado a entrar em um veículo que foi posteriormente encontrado nas vias da comunidade do Nordeste de Amaralina. Pouco tempo após a divulgação do ocorrido, o grupo chegou a entrar em contato com a família da vítima.
Os suspeitos que realizaram o sequestro do presidente estadual do Partido Verde, Ivanilson Gomes, nesta sexta-feira (14), realizaram ligações para a esposa da vítima, Vânia Almeida, na tentativa de negociar o resgate do líder partidário. Não há informações sobre o valor solicitado pelo grupo criminoso.
Informações preliminares apontam que o sequestro ocorreu na sede do Partido Verde em Salvador, no Rio Vermelho, e Ivanilson foi forçado a entrar em um veículo na localidade, ao lado de uma unidade de saúde.
Conforme informações obtidas pelo Bahia Notícias no local, apontam que o carro utilizado foi encontrado em uma das vias do Complexo do Nordeste de Amaralina. A Polícia Militar e o Centro de Operações Especiais da Polícia Civil já atuam dentro da sede do Partido Verde. (A reportagem foi atualizada às 16h42)
Em entrevista ao Projeto Prisma, nesta segunda-feira (17), o vereador André Fraga (PV) comentou sobre os desdobramentos do debate sobre a PEC nº 03/2022, conhecida popularmente como PEC das Praias. Segundo o ambientalista, o debate popular, apesar de justo, foi enviesado e cercado de desinformação.
“De fato, não tem no texto que vai privatizar as praias. O que tem no texto é, em tese, a regularização dos terrenos de marinha. Existe alguma possibilidade de privatizar o acesso à praia? Isso já acontece. É preciso evitar? Precisa, e eu sou contra completamente a qualquer tipo de privatização”, define.
Ainda segundo o legislador, a principal questão acerca da PEC seria a gestão dos terrenos e recursos da costa brasileira. “O Governo Federal arrecada mais de R$ 1 bilhão com as taxas, a sociedade está disposta a abrir mão deste recurso? Por que esse recurso não é revestido para a gestão costeira do Brasil? A gente tem aqui na Baía de Todos-Os-Santos pesca com bomba, limpeza de barco na beira da praia, píeres irregulares e esse dinheiro vai para onde?”, afirma.
Fraga detalha ainda que a polarização do debate impede que os desdobramentos sejam apontados de forma clara. “Ainda me botam aquele cidadão para ser relator [Flávio Bolsonaro (PL-RJ)], que tem um monte de interesses pessoais. Aí vira um viés fora do debate, sem razoabilidade nenhuma e a sociedade embarca de uma forma que a gente não consegue fazer um debate sério”, conclui.
Confira o trecho:
O vereador André Fraga (PV) detalha perspectivas do partido para as eleições municipais em outubro. Em entrevista ao Projeto Prisma, nesta segunda-feira (17), o edil explica que as vagas são definidas pelo estatuto da Federação Brasil da Esperança, grupo formado pelo Partido dos Trabalhadores(PT), Partido Comunista do Brasil (PCdoB) e Partido Verde (PV).
“Da última vez que conversei com o presidente Ivanilson [Gomes, presidente da sigla na Bahia], ele definiu que seriam oito vagas da Federação. As vagas são definidas pela eleição de 2020, com quantos votos tiveram”, comenta o edil.
Pré-candidato a vereador, Fraga comenta que o partido vem buscando diversificar os perfis dos candidatos e ainda “manter o verde” na Câmara de Vereadores. “Eu sei que o partido está preparado, e vamos pelo menos manter o verde lá [na Câmara]. De alguma forma, o nosso mandato de fato representa o que o Partido Verde defende, então quando a gente olha o que a gente apresentou de projetos, você vê que 80% tem a ver com a questão ambiental”, ressalta.
CAUSA AMBIENTAL X CAUSA ANIMAL?
Quando perguntado sobre uma possível concorrência entre os representantes da causa ambiental e os defensores da causa animal, o vereador nega a afirmação e comenta que, em tese, as temáticas se complementam.
“Não, são pautas complementares porque quando a gente fala de meio ambiente, tudo importa. Quando se fala da pauta animal, ela está completamente associada a pauta ambiental. Então, quando se fala de proteção animal, então estamos falando dessa conexão total”, afirma.
Confira o trecho:
Em entrevista ao Projeto Prisma, nesta segunda-feira (17), o vereador soteropolitano André Fraga (PV), comentou sobre a falta de representação da militância ambientalista no legislativo baiano. “Houve um equívoco na forma como [o partido] se comunica”
“Toda pauta ambiental é o ‘segundo time’. Todo mundo fala muito bem, mas na hora de votar esquece. Eu acho que houve um equívoco do movimento ambientalista, de forma geral, na forma como se comunica”, afirma.
O edil completa ainda que a organização do Partido Verde também compromete o alcance da pauta ambientalista.
“O PV não soube se organizar, não soube se preparar, não soube aproveitar o momento que o planeta vive e se conectar com as pessoas. Estamos falando de saneamento, saúde, arborização das cidades. A gente está falando de meio ambiente, de economia, de saúde, estamos falando de redução da desigualdade, então como se comunicar com as pessoas e não parecer apenas um ‘ecochato’ falando que o mundo vai acabar? Acho que esse é o desafio.
Segundo o ex-secretário de Sustentabilidade, Resiliência e Bem-estar e Proteção Animal de Salvador (Secis), a ausência dos movimentos ambientais nos governos ao redor do mundo possui correlação a polarização política e avanço da extrema-direita no executivo e legislativo. Fraga explica que, no Brasil, a posição ocupada pelo Partido Verde, como “centro”, dificulta o diálogo com outros posicionamentos.
“O ‘centro’, que é como os verdes se posicionam, ele está muito desgastado, as pessoas não querem ouvir do ‘centro’. Por exemplo, eu quando fui secretário [da Secis] de ACM Neto, meus amigos, que são mais a esquerda, me chamavam de direita. E a galera da direita, até mesmo no governo, me chamava de esquerda”, detalha.
Confira o trecho:
Ivanilson Gomes foi reconduzido à presidência do Partido Verde (PV) Bahia. De forma unânime, ele foi escolhido após uma reunião entre militantes, filiados e dirigentes do partido neste sábado (17), para Convenção Estadual e eleição do novo Diretório e Executiva para os próximos dois anos.
Ivanilson apresentou como o principal desafio da sigla “o enfrentamento das novas eleições, a partir da complexidade que a federação se apresenta, seja por ser novidade seja pelo contexto em muitos municípios do interior do estado.”
“Nesse sentido nossos diretórios municipais e dirigentes me buscaram para que, em função do conhecimento e entendimento do partido e dos nossos militantes, e também por ser da direção nacional, eu continuasse a frente da Executiva.”, revelou Gomes que conta também com o apoio da Bancada de Deputados do PV. Atualmente o partido possui 4 deputados estaduais e 1 deputado Federal.
Com a saída da presidência do Partido Verde na Bahia encaminhada, Ivanilson Gomes rechaçou a possibilidade de lançar sua candidatura para qualquer cargo nas eleições de 2024. Em entrevista ao Bahia Notícias, Ivanilson afirmou que planeja focar nos bastidores do partido, articulando os nomes da legenda para o pleito do ano que vem. Além disso, o dirigente comentou que pretende focar na Fundação Verde Herbert Daniel (FVHD), que possui atuação em Brasília.
“Eu particularmente não planejo me candidatar. Eu vou ficar ajudando na articulação do partido nessa construção do estado, daí não dá para fazer as duas coisas. Ser candidato exige muita dedicação e você não tem como ajudar o partido nesse processo. Os deputados, de alguma maneira, vão estar muito ocupados com suas bases, então é preciso que a gente tenha uma equipe qualificada para orientar e ajudar nosso partido no interior”, afirmou Ivanilson.
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O atual presidente do PV também lembrou que as articulações terão que ser feitas em conjunto por conta da Federação Brasil da Esperança (PT, PCdoB e PV). A modalidade ainda é uma “novidade” se tratando de eleições municipais e devem enfrentar embates para a formação de chapas para o pleito, visto que há rivalidades locais entre os partidos.
“Vamos estar dentro de uma federação. Então cada partido vai ter que buscar uma maneira de trazer essa discussão que agrade a agremiação. A gente não pode colocar qualquer pessoa para fazer esses debates. Por isso não serei candidato, pelo menos nessa eleição eu vou ficar mais na articulação política no estado”, explicou Ivanilson.
PREFEITURA DE SALVADOR
O deputado federal João Carlos Bacelar (PV) tem se colocado à disposição para disputar a prefeitura de Salvador em 2024. O parlamentar também deu a possibilidade do presidente da Companhia de Desenvolvimento Urbano do Estado da Bahia (Conder), José Trindade, poder integrar o PV e ser candidato a prefeito.
Em 2020, ainda quando era presidente do Podemos na Bahia, Bacelar foi uma das várias candidaturas da base de apoio do então governador e atual ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT), que se lançou na corrida ao Executivo da capital baiana. Naquele ano, Bacelar obteve 11.140 votos, ficando na sétima colocação entre os nove candidatos do pleito.
O próprio deputado diz não ser a única opção do partido. Ele revelou que o presidente da Conder, José Trindade, aparece com força para o pleito do ano que vem e que pode se filiar aos verdes (veja mais detalhes aqui).
Curtas do Poder
Pérolas do Dia
Tiago Correia
"Na verdade o medo deles é que Neto seja o candidato. Ele é o mais competitivo e que lidera as pesquisas. Na eleição passada eles fizeram o mesmo".
Disse o deputado estadual e líder da oposição na Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA), Tiago Correia (PSDB) ao comentar os rumores de que o ex-prefeito de Salvador, ACM Neto (União), poderia desistir de disputar o governo da Bahia em 2026.