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ouro negro 2025
O programa Ouro Negro 2025, voltado para a valorização e preservação dos blocos afros, de samba, afoxés e blocos indígenas no Carnaval de Salvador, foi anunciado na última segunda-feira (20), pelo Governo do Estado, na praça Tereza Batista, no Pelourinho, em Salvador. A política estadual destinará R$ 15 milhões para apoiar 112 projetos culturais com foco na preservação da cultura negra na diáspora.
Os projetos têm como protagonistas 98 entidades contempladas — 38 blocos de samba, 35 afros, 18 afoxés e dois blocos indígenas. Estão na relação o Afoxé Filhos de Gandhy, o Bloco Olodum, o Bloco Ilê Aiyê, o Bloco Afro Malê Debalê e o Bloco Afro Didá. O governador Jerônimo Rodrigues lembrou que o edital tem crescido a cada ano, melhorando também a distribuição do recurso para grupos menores e festas do interior.
Em 2025, as pastas também ampliaram a faixa de apoio para as agremiações de matrizes africanas na Lavagem do Bonfim, em Salvador, e na Micareta de Feira de Santana. Na Lavagem do Bonfim, realizada na última quinta-feira (16), foram aportados R$ 520 mil.
Desde 2008, quando foi instituído, o programa apresenta, no Edital de Incentivo aos Blocos de Matrizes Africanas, a oferta de apoio financeiro e técnico para a participação desses grupos nos circuitos oficiais do Carnaval de Salvador e nas lavagens do Bonfim, Itapuã e Santo Amaro. Desde 2024, as entidades também podem participar da Micareta de Feira de Santana com o incentivo estadual.
FazCultura
Durante o lançamento do edital Ouro Negro, o governador Jerônimo Rodrigues também aprovou recursos para o programa FazCultura em 2025. Cerca de R$ 15 milhões serão convertidos em projetos que promovam arte e cultura nas comunidades baianas e a preservação do patrimônio cultural material e imaterial do estado.
O FazCultura também permite que empresas invistam parte do Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias (ICMS) devido em ações culturais. Em 2024, foram patrocinadas 41 propostas, no valor total R$ 14,9 milhões.
As inscrições dos projetos ou atividades culturais poderão ser realizadas através de apresentação de propostas enviadas ao sistema de informações e indicadores em cultura, disponível no site: siic.cultura.ba.gov.br.
Diretores de alguns blocos tradicionais de Salvador se reuniram em frente a Secretaria Estadual de Cultura da Bahia (Secul-BA) após não serem convocados pelo edital Carnaval Ouro Negro 2025. O resultado do edital, que recebeu 204 inscrições, foi divulgado no último dia 28 de dezembro. Ao todo, 12 blocos reivindicam presença no Carnaval.
Em anonimato, um representante do grupo afirmou ao Bahia Notícias que cerca de dez blocos ficaram de fora do edital, entre eles blocos com mais de 40 anos de trabalho. “Foi um edital público transformado em pedidos políticos sem transparência, tudo por debaixo dos panos”, denunciou.
Fazem parte da reivindicação os blocos Jaké, Corrente do Samba, Filhos de Jha, Filhos de Marujo, Sol Gera a Dois e Afro Liberdade, que foram convocadas pelo edital como suplentes, e a Associação Cultural e Recreativa Afinidade, que foi desclassificada por não atender os requisitos da disposição geral e por não apresentar uma nova planilha orçamentária de acordo com a faixa aprovada, de R$ 150 mil. Da lista fornecida pelo grupo, os blocos Abuse e Use, Alabê e Afro Liberdade foram aprovados pelo edital.
A maioria dos blocos é do circuito Osmar, que abrange a região do Campo Grande e Avenida Sete. Segundo o grupo, as propostas foram feitas por grupos de advogados projetistas e os blocos já possuem contratos assinados com “banda, trio elétrico, camisas, chapéus, cordeiros e seguranças”.
A intenção do grupo é “chegar até o governador” para um posicionamento sobre a situação envolvendo a secretaria. Os representantes afirmam ainda que a comissão composta para o edital “não teve transparência”.
Em nota, a Secult-Ba confirmou ter recebido os representantes de entidades de matrizes africanas e reafirmado “o compromisso do Governo do Estado com o fortalecimento da cultura popular e identitária em toda Bahia”.
A chefe de gabinete Nadjane Estrela afirmou que todo o processo de seleção e análise de recursos foi conduzido com “muita responsabilidade” por uma comissão formada por servidores públicos e que o processo seletivo ainda cabem recursos hierárquicos.
Sobre a reunião com a Secult-Ba, o representante do bloco afirma que todos do grupo foram ouvidos, mas “não resolveu nada”. “Já perdemos a esperança pelas declarações da comissão, provavelmente não mude nada”, declarou.
Curtas do Poder
Pérolas do Dia
Capitão Alden
"Estamos preparados, estamos em guerra. Toda e qualquer eventual postura mais enérgica, estaremos prontos para estar revidando".
Disse o deputado federal Capitão Alden (PL) sobre possível retirada à força da obstrução dos apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no Congresso Nacional.