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O número de jumentos abatidos no interior da Bahia atingiu níveis alarmantes nos últimos anos, impulsionado pela crescente demanda de exportação para mercados asiáticos. Nessas regiões, o couro e outros derivados do animal são utilizados na fabricação de medicamentos tradicionais e cosméticos — muitas vezes produzidos em ambientes comparados a campos de concentração, conforme alertam diversos pesquisadores.
Dados do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) revelam que, entre 2018 e 2024, cerca de 248 mil jumentos foram abatidos no país, representando uma redução de 94% da população da espécie em território nacional. A Bahia lidera o ranking tanto em número de abates quanto no risco à preservação da espécie.
Para o pesquisador Pierre Escobro, referência em estudos sobre impactos socioambientais no Nordeste, o cenário é crítico.“Se nada for feito, o jumento estará extinto do território brasileiro antes mesmo de 2030”, afirmou em entrevista ao Bahia Notícias, durante um evento de debate sobre o tema na Universidade Federal de Alagoas (UFAL).
Escobro explica que o agravamento da situação na Bahia começou em 2018, com o crescimento do abate em larga escala. Naquele período, universidades como a Ufba, UFRB e a USP começaram a receber denúncias e mobilizaram estudos para investigar os impactos da atividade.
“As periferias do Nordeste tiveram um pico de abates em 2018. Fomos contatados por várias universidades e constatamos, ali no município de Canudos, que havia cerca de 700 jumentos — mas muitos morreram. Restaram apenas 120. Parecia um campo de concentração. Estávamos lidando com doenças infectocontagiosas tanto nos jumentos quanto em outros equinos. Também havia zoonoses, como o mormo, e doenças metabólicas. Foi nesse momento que compreendemos o verdadeiro impacto da exportação de peles e do extrativismo chinês nessa questão”, detalha.
Segundo Escobro, o interior baiano concentra os piores indicadores porque é tanto centro de abate quanto de transporte irregular de jumentos vindos de outros estados.
“A Bahia é o reflexo de uma coleta extrativista em toda a região Nordeste. Essa queda de 94% pode ser até maior. A demanda internacional por peles é o principal fator. A Bahia é o epicentro de uma rede clandestina que movimenta animais de outros estados. Existem criadouros que são, na verdade, 'pseudo-fazendas', funcionam apenas como pontos de acumulação. Os animais são capturados e transportados, muitas vezes durante a madrugada”, alerta o professor.
O ABATE SEM FISCALIZAÇÃO
Especialistas alertam que não existe uma cadeia produtiva formal e estruturada para o abate de jumentos na Bahia — o que agrava ainda mais o problema. O jurista e professor Yuri Lima explica ao Bahia Notícias como funciona o transporte.
“Como não há cadeia produtiva, também não há investimento em bem-estar animal. O que se observa é a captura de animais abandonados, a compra de jumentos de pequenos tutores e inúmeros casos de furto. Eles são transportados por longas distâncias, sem água, sem cuidados veterinários. Esse tem sido o modus operandi nos últimos anos”, detalha o pesquisador.
Vale ressaltar que, quando pesquisadores se referem ao abate, não estão usando uma figura de linguagem. Os jumentos são capturados em várias regiões do sertão e do cerrado baiano e nordestino e confinados em condições consideradas extremamente inadequadas por defensores dos direitos dos animais.
Nesses centros de confinamento — que Escobro classificou como "campos de concentração" — os animais frequentemente enfrentam escassez de alimento e água. Casos como esses foram documentados em municípios como Itapetinga (2018), Canudos (2019), Paulo Afonso e Itatim (2021).
“Aqueles jumentos apreendidos em Canudos, em 2019, em sua maioria morreram ainda na época do resgate. Havia casos de mormo naquele grupo — se não me engano, 11 casos confirmados. O mormo é uma doença infecciosa, zoonose (transmissível a humanos), incurável, grave, de difícil diagnóstico. Nossa estrutura de saúde única não está preparada para lidar com ela, e muitos profissionais sequer conhecem a doença. Por ser respiratória, é frequentemente confundida com outras síndromes e, por isso, é subnotificada”, alerta Yuri Lima.
O Bahia Notícias teve acesso a um dossiê enviado ao Ministério Público da Bahia (MP-BA), que contém imagens impactantes das condições desses locais. Veja a situação dos locais:
Registro de locais cheios e sem comida onde os animais esperavam o abate | Foto: Reprodução / Bahia Notícias
A legislação brasileira permite o abate de jumentos apenas sob certas condições: animais com mais de 90 kg e com limite de até 40% de fêmeas no total abatido. É proibido o abate de fêmeas no terço final da gestação. No entanto, essas normas são frequentemente desrespeitadas em propriedades da Bahia, conforme verificado em locais como Itapetinga e Canudos.
Cova cheia de jumentos mortos por doenças ao lado de filhote desnutrido em Paulo Afonso | Foto: Reprodução / Bahia Notícias
Além disso, há relatos de remanejamento estratégico dos criadores ilegais para dificultar fiscalizações. Como explica o professor Escobro. “Depois dos casos de Itapetinga, Canudos e outros, não houve mais registro de grandes aglomerações. Isso mostra que os criadouros ilegais redobraram os cuidados para evitar denúncias e flagrantes”, afirma Escobro.
E A BAHIA?
Apesar do cenário crítico, a Bahia ainda abriga iniciativas voltadas à criação e preservação dos asininos. Um exemplo é a valorização da raça Pêga, criada por criadores-modelo em diversas regiões do estado. Dados da Associação Brasileira dos Criadores de Jumento Pêga (ABCJPÊGA) confirmam a existência de criatórios em pelo menos 72 municípios baianos, com 291 criadores registrados, em cidades como Vitória da Conquista, Mucuri e Itororó.
Essas propriedades, de pequeno e médio porte, se destacam por seguir rigorosos estatutos de criação e bem-estar animal, segundo exigências do Ministério da Agricultura e Pecuária. “Seguimos um regulamento aprovado pelo MAPA, que determina prazos de comunicação de até 120 dias, sob pena de multa. Cada animal é avaliado tecnicamente antes de ser registrado”, explica Ivanilson Alves, da associação.
Além das ações da sociedade civil, universidades também têm atuado na preservação dos jumentos. A Universidade Federal da Bahia (Ufba), por meio da Escola de Zootecnia e Medicina Veterinária, desenvolve o projeto "A Rota do Jumento", em parceria com pequenos produtores. A proposta busca compreender os desafios enfrentados na manutenção de animais de carga e promover ações educativas junto a comunidades rurais.
Especialistas como Yuri Lima alertam que a ausência de fiscalização em todas as esferas — municipal, estadual e federal —, somada à expansão do mercado externo, continua colocando em risco a sobrevivência da espécie no Brasil.
“É preciso entender que ainda estamos engatinhando no conhecimento sobre os jumentos. Existe um manual específico para cavalos, mas nada voltado aos jumentos. O conhecimento científico é escasso, embora esteja crescendo. O governo federal é omisso. Não há regulação efetiva, nem combate às práticas cruéis e ilegais. O mesmo vale para o governo estadual e muitas prefeituras", relata o jurista.
Em contato com o Bahia Notícias, a Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab) esclareceu que, na Bahia, existem apenas três abatedouros habilitados pelo Serviço de Inspeção Federal (SIF) para abater equídeos e exportar, sendo fiscalizados pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). Destes, somente a unidade localizada em Amargosa abate jumentos no estado.
A agência retomou o contato para reforçar que a Adab "garante o regramento disciplinar para o trânsito de asininos. A Bahia, inclusive, é o único estado da federação a possuir essa regulamentação, visando assegurar a sanidade e o bem-estar dos animais". Essa declaração vem logo após o alerta emitido pelos pesquisadores.
O Bahia Notícias também procurou o Ministério da Agricultura e Pecuária para comentar as fiscalizações sobre o abate de jumentos, mas até o fechamento desta reportagem, não houve retorno. (Texto atualizado às 14h35 com informações revisadas).
A desaprovação do governo Lula subiu de 53% em março para 56% no final de maio, e a aprovação caiu de 41% para 39%. É o que mostra uma nova pesquisa PoderData divulgada nesta terça-feira (3) pelo site Poder360.
Os novos números da aprovação do trabalho do presidente Lula mostram uma tendência ininterrupta de alta na visão negativa dos entrevistados. Há um ano, em maio de 2025, pesquisa feita pelo PoderData mostrava a desaprovação a Lula na casa de 45%, e de lá pra cá esse percentual subiu até os atuais 56%.
Em sentido inverso, a aprovação do presidente segue em trajetória de queda no mesmo período. Na pesquisa de maio de 2024, Lula tinha aprovação de 47%, percentual que caiu para os 39% medidas neste levantamento atual.
Na apresentação dos dados estratificados pelo PoderData, é possível perceber que a desaprovação ao trabalho do presidente Lula vem subindo de forma consistente em todas as faixas etárias.
Na faixa de 16 a 24 anos, a desaprovação subiu de 44% em janeiro deste ano para 49% agora em maio; na faixa de 25 a 44 anos, foi de 55% a 58% no mesmo período; entre as pessoas de 45 a 59 anos, foi de 54% a 60%, o maior percentual entre todas as faixas; por fim, na de 60 anos ou mais, passou de 47% em janeiro para 50% agora em maio.
Já no recorte por regiões, o Nordeste segue como sendo o lugar com maior aprovação ao presidente Lula, mas também nessa região há mais pessoas desaprovando do que aprovando o líder petista. A desaprovação chegou a 49% no Nordeste, enquanto a aprovação foi de 47%.
Nas outras regiões, o quadro é o seguinte:
Sudeste - aprovação 38%; desaprovação - 55%
Sul - aprovação 29%; desaprovação 65%
Centro-Oeste - aprovação 34%, desaprovação - 63%
Norte - aprovação 38%; desaprovação 58%.
Em relação ao sexo dos entrevistados, os homens desaprovam mais o trabalho do presidente do que as mulheres. A desaprovação está em 62% entre os homens, e 50% entre as mulheres, e a aprovação ficou em 32% entre os homens, e 44% entre as mulheres.
Onde também cresceu a desaprovação da atuação de Lula como presidente foi entre os entrevistados que se declaram católicos. Nesse grupo, pela primeira vez nas pesquisas PoderData a desaprovação (48%) superou a aprovação (45%).
Já entre os entrevistados que afirmam ser evangélicos, a desaprovação ao líder petista atingiu o seu maior patamar. A desaprovação subiu de 69% na pesquisa de março para 70% agora em maio, e a aprovação caiu de 26% para 25% no mesmo período.
A pesquisa PoderData foi realizada de 31 de maio a 2 de junho de 2025. Foram entrevistadas 2.500 pessoas com 16 anos de idade ou mais em 218 municípios nas 27 unidades da Federação. Foi aplicada uma ponderação paramétrica para compensar desproporcionalidades nas variáveis de sexo, idade, grau de instrução, região e renda. A margem de erro é de 2 pontos percentuais, para mais ou para menos. O intervalo de confiança do estudo é de 95%.
Um motorista foi preso em flagrante pela Polícia Rodoviária Federal (PRF), na BR 101, em Alagoinhas, por utilizar um carro com restrição de roubo. Durante a abordagem, o suspeito afirmou que trocou veículo por “quebra-queixo”, doce de coco tradicional no Nordeste. O caso aconteceu nesta sexta-feira (16).
O carro, avaliado em R$ 115 mil, portava placas clonadas e havia sido roubado no dia 15 de outubro de 2023, em Salvador. O motorista disse que havia adquirido o veículo após acordo com um desconhecido, onde deu R$ 70 mil em espécie e o restante negociado com a entrega de uma certa quantidade de quebra-queixo.
O homem foi encaminhado à Delegacia de Polícia Civil e poderá responder pelos crimes de receptação (art. 180) e adulteração de sinal identificador de veículo automotor (art. 311), ambos do Código Penal.
Em 2024, o trabalho exitoso dos policiais rodoviários federais lotados na Bahia, resultou na recuperação de 781 veículos com registro de roubo ou furto, o que ajudou a alavancar os números da instituição a nível nacional.
Uma equipe formada por 11 estudantes de Camaçari, com idades entre 12 e 18 anos, representará a Bahia e o Nordeste na Nasa Human Exploration Rover Challenge (HERC), nos Estados Unidos. O evento é um desafio anual que incentiva alunos a projetar e construir veículos exploratórios. A viagem está prevista para esta sexta-feira (4).
Os estudantes foram selecionados após desenvolverem projetos voltados para robótica, engenharia e meio ambiente. A iniciativa, chamada “A Expedição”, busca proporcionar experiências práticas na área de exploração espacial.
Com o intuito de valorizar a ciência, a tecnologia e a inovação, a gestão municipal recebeu o grupo na sala de reunião da Secretaria de Governo (Segov). Na oportunidade, o prefeito Luiz Caetano enfatizou a alegria de vivenciar esse momento tão importante para o município.
"Vocês estão dando uma lição, um exemplo. É um orgulho muito grande para nós, uma iniciativa fantástica para a cidade. Seremos representados pela força da nossa gente. Esses jovens desenvolveram um projeto incrível e agora vão levar todo esse conhecimento para os Estados Unidos, competindo com times do mundo inteiro. Esses jovens são a prova de que estamos no caminho certo. Investir em educação faz toda a diferença na vida das pessoas", pontuou o gestor municipal.
A competição acontece neste mês de abril e reunirá mais de 100 equipes de diversos países. O desafio é construir um rover, veículo de exploração espacial capaz de percorrer terrenos semelhantes aos da Lua e de Marte. A maioria dos estudantes são oriundos do Centro Territorial de Educação Profissional da Região Metropolitana (CETEP-RM).
Ansioso, Gabriel Silva, de 17 anos, falou sobre algumas etapas da competição. "No total, passamos por duas modalidades: a Remote Control, que é RC, e a Human Power, que é HP. Nós passamos na modalidade RC e somos a primeira equipe nordestina, a primeira equipe baiana e a primeira equipe de Camaçari a ir para essa competição", iniciou o jovem morador do bairro Lama Preta. Na sequência, ele revelou que a inspiração para seguir no mundo tecnológico veio do pai. "O meu pai é técnico em mecatrônica. Então, essa paixão veio da família", acrescentou Gabriel.
"Vamos competir também na categoria de 'Melhor Engajamento'. Por isso, a gente precisa que toda a sociedade camaçariense comece a seguir a nossa página no Instagram, que é o @expedicao.ba. Quanto mais pessoas seguem, comentam, compartilham e interagem conosco, mais chances de sermos premiados por esse relacionamento com a comunidade. Quero também frisar aqui que, ao longo dos nossos projetos, nós realizamos diversas oficinas com a presença e a participação de doutores na área de economia espacial, de fisiologia espacial, entre outros temas. É, sem dúvidas, um projeto de amor por nossos estudantes e pela evolução da educação no nosso município", explicou Aliane.
O projeto conta com o apoio da União das Organizações Sociais e Culturais de Camaçari (Uoscc), localizada no bairro da Gleba C.
Veja, a seguir, a lista com os nomes dos 11 estudantes que irão vivenciar a experiência:
Leandro Pereira Moraes – 3° ano, Eletrotécnica (Cetep RM)
Ana Luiza Cajazeira Santana – 3° ano, Mecatrônica (Cetep RM)
Felipe Ferreira Carneiro Silva – 3° ano, Mecatrônica (Cetep RM)
Murilo Bastos Sousa Teixeira – 1° ano, Mecatrônica (Cetep RM)
Karen Camille Dos Santos Melo Goes – 8° ano, (CARPE DIEM GLEBA E)
Lyriel Oliveira Santana – 2° ano B, Mecatrônica (Cetep RM)
Gustavo Douglas Costa Santos – 2° ano, Mecatrônica (Cetep RM)
Gabriel da Silva Gomes da Cunha – 3° ano, Mecatrônica (Cetep RM)
Dara Ribeiro dos Santos e Santos – 3° ano, Mecatrônica (Cetep RM)
Débora Rodrigues Lima – 2° ano, Mecatrônica (Cetep RM)
João Theo Alvino Ribeiro – 8° ano, Fundamental (Sesi Camaçari)
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Desde 9 de março de 2015, o Brasil tem registrado um aumento constante nos casos de feminicídio. Na Bahia, 10 anos após a sanção da Lei do Feminicídio, a taxa de feminicídios continua em 0,65 casos por 100 mil habitantes. Embora a Bahia lidere em números absolutos no Nordeste, o Piauí apresenta a maior taxa proporcional da região. No interior do estado, os municípios de Feira de Santana, Juazeiro e Porto Seguro destacam-se com o maior número de casos.
Segundo dados do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) obtidos pelo Bahia Notícias, o Nordeste registrou 3.359 casos de feminicídio nos últimos 10 anos, e a Bahia representa 23,6% desse total, liderando a região em números absolutos.
O número registrado de feminicídios na Bahia variou aproximadamente 44,59%, com oscilações desde 2017. O histórico aponta um crescimento expressivo seguido por uma estabilização nos últimos anos, o interior registra o maior números de casos nos últimos oito anos. Veja os dados compilados:
Em 2025, já foram confirmados 8 casos em janeiro. Os dados de fevereiro e março continuam sendo processados pela Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA), e o Bahia Notícias solicitou acesso aos relatórios detalhados para análise, mas até a publicação desta matéria não houve resposta.
Os dados indicam que Salvador, Feira de Santana, Juazeiro e Porto Seguro concentram os maiores índices de feminicídios no estado. A capital baiana apresenta os números mais altos devido à densidade populacional e às dinâmicas urbanas que facilitam situações de vulnerabilidade para as mulheres, embora tenha tido uma relativa queda nos casos recentemente. Veja no mapa:
Feira de Santana, a segunda maior cidade da Bahia, é outro município com elevados índices de violência de gênero. Em 2025, a cidade atingiu a marca de 28 casos de feminicídios já registrados, ocupando a segunda posição no estado. Já Juazeiro e Porto Seguro seguem na lista com 21 e 20 casos já contabilizados, respectivamente.
LEI DO FEMINICÍDIO
Em março de 2015, foi sancionada a Lei 13.104/2015, conhecida como Lei do Feminicídio, que classificou esse tipo de crime como hediondo e estabeleceu agravantes quando cometido em situações específicas, como durante a gravidez, contra menores de idade, ou na presença de filhos.
As definições dessa lei, embora fundamentais, ainda são alvo de críticas, especialmente no que diz respeito à classificação dos casos e à dificuldade de tipificação em algumas situações. Segundo especialistas, um dos desafios é garantir que todos os crimes de gênero sejam reconhecidos corretamente e que as estatísticas sejam fiéis à realidade.
A lei define feminicídio como o homicídio de mulheres motivado por violência doméstica e familiar ou quando há evidência de desprezo ou discriminação pela condição feminina. Contudo, muitos casos ainda são subnotificados ou classificados inadequadamente, o que mascara a verdadeira extensão do problema.
Diante desse cenário, especialistas reforçam a necessidade de investimentos em políticas públicas, ampliação da rede de acolhimento e uma resposta mais rápida e efetiva por parte das instituições de segurança e justiça.
A operação "Tela fria" integrada entre as Polícias Civis da Bahia, Sergipe e Pernambuco, desarticulou um grupo criminoso especializado no furto e desbloqueio de celulares durante grandes eventos. A ação, deflagrada nesta terça-feira (11), cumpriu 27 mandados de busca e apreensão na Bahia, com 10 prisões, em bairros de Salvador e no município de Lauro de Freitas.
Ao todo, a Operação "Tela Fria" expediu 40 mandados de busca e apreensão pelo nordeste e 43 mandados de prisão. Até o momento, 10 pessoas foram presas na Bahia, uma em Recife, três em Sergipe, as ações foram nos bairros de Massaranduba, Uruguai, Fazenda Coutos, Valéria, Federação e Sussuarana, em Salvador, e em Lauro de Freitas.
Veja o momento da busca e apreensão dos agentes:
? VÍDEO: Operação "Tela Fria" desarticula quadrilha especializada em furto de Celulares em grandes eventos em Salvador e Lauro de Freitas
— Bahia Notícias (@BahiaNoticias) February 11, 2025
Saiba mais ?https://t.co/mH9HQ7psw8
Confira ? pic.twitter.com/1D6fJWk40r
A investigação iniciou após o registro de mais de 650 boletins de ocorrência por furto de celulares durante grandes eventos na orla de Aracaju. A Delegacia de Turismo da Polícia Civil de Sergipe identificou que a maioria dos criminosos era da Bahia e atuava de modo orquestrado.
Agentes da polícia civil de diferentes estados do nordeste checando | Foto: Reprodução / ASCOM — PC-BA
O grupo era especializado em furtar celulares, desbloquear os aparelhos e movimentar o dinheiro. Além disso, os criminosos enviavam mensagens ameaçadoras para as vítimas, exigindo as senhas dos aparelhos. Com os celulares desbloqueados, eles acessavam redes sociais, contatos e contas bancárias, realizando compras fraudulentas e transferências antes de revender os aparelhos no mercado ilegal.
A operação foi coordenada pela Delegacia de Repressão a Furtos e Roubos (DRFR/Salvador) e contou com o apoio de 130 policiais civis de diversas unidades da Polícia Civil da Bahia e do Centro de Operações Policiais Especiais (Cope/SE).
O Nordeste é a região brasileira que mais compra livros no país, segundo a pesquisa da Câmara Brasileira do Livro. A região perde apenas para o Sudeste, com 42,5%.
A pesquisa da CBL realizada pela Nielsen BookData, com 16 mil entrevistados com 18 anos ou mais, teve como objetivo traçar o perfil e os hábitos de compra dos consumidores de livros no Brasil.
Além de ser a segunda região com maior consumo de livros, o Nordeste concentra o maior percentual da população que prefere comprar online, com 61%, em segundo lugar está o Sudeste, com 53%, seguido pelo Sul, com 52%.
O Nordeste concentra ainda o maior percentual de pessoas que consumiram livros nos 2 formatos, impresso e digital, com 36%. A pesquisa apontou ainda que dos livros comprados pelos brasileiros, 52% são livros não didáticos, 34% didáticos e não didáticos e 14% de livros didáticos.
Dentre a população que não consome livros, o Nordeste é a região que menos possui não consumidores. No geral, os não consumidores afirmam que ler é importante e possuem intenção em ler com maior frequência. Entre os motivos para se sentirem desmotivados, 35,5% considera os livros caros, 26,2% afirma que não consomem por falta de loja/livraria por perto e 24,2% por falta de tempo para compra ou leitura de livro.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) alterou sua agenda e definiu o Nordeste como destino de sua primeira viagem de trabalho após passar por cirurgias na cabeça. A mudança ocorre após alertas de ministros sobre o impacto de resultados desfavoráveis em pesquisas.
Lula deve viajar na sexta-feira (7) para a Bahia, estado governado pelo PT há 18 anos. O presidente deve participar da inauguração da primeira etapa da Adutora da Fé, em Bom Jesus da Lapa, conforme informações da coluna de Igor Gadelha, do portal Metrópoles.
Inicialmente, estava prevista uma viagem ao Ceará na mesma data, onde Lula assinaria a ordem de serviço para a duplicação de um trecho da BR-116. No entanto, a visita foi adiada para o fim de fevereiro.
Em artigo recente, o editor-chefe do Bahia Notícias, Fernando Duarte, revelou que nos bastidores da política da Bahia e em Brasília, há uma forte articulação do governo federal para montagem de chapas fortes ao Senado com vistas à renovação de dois terços das cadeiras a partir de 2027. A antecipação do planejamento por parte do governo e do PT teria como objetivo fazer frente à mesma intenção já tornada pública pelo ex-presidente Jair Bolsonaro e lideranças do PL, de eleger o maior número possível de senadores em outubro do ano que vem.
Nas eleições de 2026, estarão em disputa 54 cadeiras do Senado, duas por estado. Na eleição de 2022, o bolsonarismo elegeu, das 27 cadeiras em disputa, 8 senadores pelo PL, além de aliados pelo Republicanos, PP e União Brasil. A bancada atual do PL é composta por 13 senadores, a segunda maior atrás apenas do PSD, com 15.
A estratégia do ex-presidente é de concentrar forças para o Senado para poder comandar a pauta da Casa e poder levar à frente as demandas da oposição. Entre elas estaria colocar em votação pedidos de impeachment de ministros do Supremo Tribunal Federal, com Alexandre de Moraes sendo o principal alvo.
Como é o Senado que, de acordo com a Constituição, pode julgar e até aprovar o impeachment de ministros do STF, a disposição das lideranças é conquistar a maioria das cadeiras naquela Casa do Congresso. Jair Bolsonaro inclusive já disse em entrevistas que quer ver seus filhos Flávio e Eduardo competindo por uma vaga no Senado, além de sua esposa, a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, que se lançaria candidata pelo Distrito Federal.
Segundo análise divulgada no BN, e também explicada em detalhes no podcast Terceiro Turno (“Em busca de viabilizar chapa puro-sangue em 2026, PT se articula e tenta diminuir baixas entre aliados”), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva já teria dado uma recomendação expressa ao seu grupo político para que trabalhe candidaturas que impeçam que o Senado, a partir de 2027, tenha maioria de representantes da direita ou da extrema-direita. É o caso da montagem da “chapa puro-sangue” da política baiana, que antecipa uma contraofensiva para impedir que o grupo do ex-presidente Jair Bolsonaro eleja o maior número de senadores possível.
Dentro dessa estratégia do Palácio do Planalto e do PT, uma das primeiras montagens de chapas fortes estaria sendo construída na Bahia. As articulações no Estado envolvem uma aliança para que Jaques Wagner e o ministro Rui Costa saiam juntos como candidatos ao Senado, enquanto Jerônimo Rodrigues deve ser candidato à reeleição ao Palácio de Ondina.
Dentro dessa montagem, ficaria de fora o senador Angelo Coronel (PSD), que é aliado do governo federal, mas não é visto como nome que poderia dar suporte ao projeto nacional de conquista de mais cadeiras para o PT. Como afirma o artigo “Coronel poderá dar lugar a Rui na chapa de 2026 como contraofensiva de Lula ao bolsonarismo”, o senador do PSD é visto como “fiel apenas até certo ponto”, e, inclusive, desagradou a equipe econômica do governo no final do ano passado ao se recusar a apresentar o relatório final do Orçamento de 2025 a tempo de ser votado ainda na última semana de trabalhos do Congresso no mês de dezembro.
Dentro do bolsonarismo, a estratégia de escalar os seus principais nomes para a disputa pelo Senado é uma novidade, já que em 2022 o Partido Liberal priorizou a eleição da maior bancada na Câmara dos Deputados, que permite à sigla ser dona da maior fatia do fundo partidário.
“Com o PL e outros partidos, podemos eleger mais de 40 senadores de um total de 54 vagas. Uma maioria de ‘centro à direita’ garantiria o equilíbrio entre os Poderes e a volta da democracia em 2027”, declarou recentemente o ex-presidente Jair Bolsonaro sobre a estratégia do seu partido em 2026.
No PT, essa ofensiva rumo à conquista de mais cadeiras no Senado não é nova. A mesma estratégia para reduzir a bancada oposicionista foi aplicada nas eleições de 2010, e naquela época mirou principalmente os senadores do PSDB e do Democratas (ex-PFL).
Na época da campanha para eleger Dilma Rousseff como presidente, Lula e o PT lançaram diversas candidaturas fortes, principalmente nas regiões Norte e Nordeste. A intenção era a de impedir a eleição de senadores que estiveram entre os mais combatidos durante o segundo mandato do presidente Lula.
Em um comício na cidade de Curitiba, em agosto de 2010, o presidente Lula disse por que queria reforçar o time petista no Senado para o primeiro mandato de Dilma Rousseff.
“Peço a Deus que a nossa companheira Dilma não tenha o Senado que eu tive. Não tenha um Senado que ofenda o governo como eu fui ofendido”, disse o presidente Lula no comício.
Naquele período, antes da eleição de 2010, senadores de oposição disseram que a estratégia do presidente Lula seria motivada por rancor pela derrota que sofreu em 2007, com a extinção da CPMF. Segundo o senador Alvaro Dias, na época no PSDB e um dos principais líderes da oposição, Lula jamais perdoou o Senado por não ter mantido a CPMF.
“Lula gostaria de ter um Senado submisso, acocorado diante da sua vontade autoritária. Lula sempre se refere ao fato do Senado ter sepultado a CPMF”, disse o senador Alvaro Dias, repercutindo a fala do presidente no comício em Curitiba.
Na mesma linha, logo após a eleição de outubro de 2010 que levou o PT a derrotar diversos candidatos da oposição, o então senador Antônio Carlos Magalhães Jr., na época líder do DEM, acusou o presidente Lula de ter se utilizado da máquina pública a serviço das candidaturas do partido.
O senador baiano disse que o governo promoveu um “processo absurdo de utilização da máquina pública e de pressão sobre os meios de comunicação para impor a vitória da presidente Dilma e de seus candidatos ao Senado”.
O resultado das urnas de 2010 mostrou amplo sucesso da estratégia petista, que beneficiou também o principal partido aliado, o PMDB, principalmente nas regiões Norte e Nordeste. No Amazonas, por exemplo, com amplo apoio do governo, foram eleitos Eduardo Braga (PMDB), aliado de Lula, e Vanessa Grazziotin (PCdoB), e ficou de fora o senador Arthur Virgílio (PSDB), uma das vozes mais estridentes e combativas na oposição ao presidente da República.
No Amapá, foram eleitos Randolfe Rodrigues, na época no PSOL, e Gilvan Borges (PMDB). O governo conseguiu derrotar no estado o senador Papaléo Paes, do PSDB. Em Roraima, foram eleitos Romero Jucá (PMDB) e Angela Portela (PT), deixando de fora a candidata tucana Marluce Pinto.
Já na região Nordeste, a Bahia foi um dos estados em que a estratégia foi aplicada com sucesso. Naquele ano de 2010, Walter Pinheiro, do PT, e Lídice da Mata, do PSB, derrotaram, com apoio de Lula e do governo, os oposicionistas José Ronaldo (DEM) e José Carlos Aleluia (DEM) e um ex-governador carlista, Cesar Borges (PR).
No Ceará, com a eleição de Eunício Oliveira (PMDB) e José Pimentel (PT), o governo conseguiu deixar de fora do Senado um dos principais nomes da oposição, o senador Tasso Jereissati, do PSDB. Já na Paraíba, a dupla do PMDB Vital do Rego e Wilson Santiago, com apoio do Palácio do Planalto, derrotou o senador Efraim Morais, do DEM.
Em Pernambuco, Armando Monteiro (PTB) e Humberto Costa (PT) derrotaram o ex-presidente e na época senador, Marco Maciel (DEM), além do ex-ministro do governo FHC, Raul Jungmann (PPS). No Piauí, Wellington Moraes (PT), hoje ministro do governo Lula, e Ciro Nogueira (PP), que depois virou ministro de Bolsonaro, tiraram do Senado os ferrenhos oposicionistas Heráclito Fortes (DEM) e Mão Santa (PSC).
No estado de Sergipe, outro forte líder de oposição a Lula, o ex-governador Albano Franco (PSDB), foi derrotado por dois senadores aliados do governo: Eduardo Amorim (PSC) e Antonio Carlos Valadares (PSB). Já no Rio Grande do Norte, a estratégia petista não conseguiu tirar do Senado um dos principais expoentes da oposição na época, José Agripino (DEM), assim como em Goiás, Demóstenes Torres, outro aguerrido oposicionista, obteve sua vitória.
Nas outras regiões do país, outros nomes fortes da oposição acabaram perdendo a eleição para o Senado por conta da união de forças entre PT, PMDB e alguns outros partidos, para aumentar a bancada pró-Dilma. Foi o caso do Rio de Janeiro, onde o ex-governador Cesar Maia (DEM) perdeu a eleição, e também no Paraná, onde Gleisi Hoffmann (PT) e Roberto Requião (PMDB) impediram a vitória do então deputado Gustavo Fruet (PSDB), que havia se destacado na CPI do Mensalão.
Apesar da forte ofensiva do PT contra a oposição, o ex-governador de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB), acabou vencendo a eleição no Senado contra Fernando Pimental, e ainda ajudou a eleger o ex-presidente Itamar Franco (PPS). Em São Paulo, o PT não conseguiu barrar a vitória do senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB).
Graças à estratégia idealizada pelo então presidente Lula, Dilma Rousseff iniciou seu mandato no ano de 2011 em sintonia com um Senado de maioria favorável à sua gestão. Naquele ano, o PMDB, aliado do PT, era a maior bancada, com 21 senadores, e os petistas vinham em segundo lugar, com 14 parlamentares.
Mesmo com toda a ofensiva da dupla PMDB-PT nas eleições, o PSDB ainda ficou com a terceira maior bancada, com 10 senadores. Depois apareciam o Democratas e o PTB (também aliado do governo) com seis senadores cada. Os demais partidos somavam 24 parlamentares, mas todos, a princípio, faziam parte da coalização governista.
No final das contas, a estratégia pensada por Lula deu certo, e Dilma Rousseff praticamente não sofreu derrotas no Senado em seu primeiro mandato. Sucesso que não se repetiu após ter sido reeleita em 2014, já que sofreu o impeachment por ter cometido crime de responsabilidade.
Lula perde apoio entre católicos e no Nordeste e desaprovação chega a 51%, revela pesquisa PoderData
Depois do mau resultado verificado na última segunda-feira (27) na pesquisa Genial/Quaest, um novo levantamento divulgado nesta quarta (29) amplia as preocupações do governo federal com a queda acentuada na aprovação do presidente Lula. Desta vez foi o PoderData, instituto de pesquisa do site Poder360, que constatou o aumento da impopularidade da gestão petista.
De acordo com a pesquisa, a desaprovação ao governo Lula aumentou de 48% para 51%, e a aprovação caiu de 45% para 42%. Com isso, se ampliou de três para nove pontos percentuais a distância entre a desaprovação e a aprovação do governo, a maior diferença já apurada neste terceiro mandato.
A comparação com os números da pesquisa PoderData realizada em janeiro de 2023, quando o presidente Lula havia acabado de tomar posse, mostra um quadro ainda mais dramático da quebra de confiança na relação entre o governo e o povo brasileiro. Naquela ocasião, o governo tinha 52% de aprovação e 39% de desaprovação, uma distância de 13 pontos percentuais a favor da administração petista. De lá pra cá, a aprovação caiu 10% e a desaprovação subiu 12%.
Entre os mais pobres, que ganham até dois salários mínimos, a administração presidente Lula é desaprovada por 48% e aprovada por 43%. Em dezembro, as taxas eram de 46% de aprovação e 44% de rejeição.
A região Nordeste também traz más notícias para o presidente. O líder petista ainda segue mais bem aprovado do que rejeitado no Nordeste, entretanto, a conjuntura nessa região começa a ficar menos favorável: 51% aprovam e 43% desaprovam o governo, uma distância de apenas oito pontos percentuais. Há dois anos, a diferença era de 20 pontos.
O presidente Lula também perdeu apoio também entre os católicos, até de maneira mais acentuada do que entre eleitores nordestinos. Dos entrevistados que dizem se identificar com essa religião, 48% aprovam a gestão petista, e 43% desaprovam. Em dezembro, as taxas eram de 52% de aprovação e de 40% de desaprovação.
Dentre os evangélicos, estrato da população com o qual Lula tem mais dificuldade de se relacionar, a rejeição aumentou. A pesquisa mostra que 68% desaprovam seu governo e 26% aprovam (no último levantamento, a desaprovação era de 63% e a aprovação estava em 29%, ou seja, a distância aumentou de 34% para 42%).
A queda na aprovação do governo ocorre até mesmo entre os eleitores que declaram ter votado em Lula na eleição presidencial de 2022. Neste grupo de eleitores do presidente, 23% agora dizem desaprovar a gestão (eram 10% no início do mandato). Nos últimos dois anos, a taxa dos que afirmam aprovar o governo caiu de 87% para 73% no levantamento mais recente.
Na noite da última quinta-feira (16), Flamengo e Madureira se enfrentaram pela segunda rodada do Campeonato Carioca, no estádio Amigão, em Campina Grande, na Paraíba. O jogo terminou empatado em 1 a 1, mas essa não foi a maior surpresa, porque essa estava fora das quatro linhas. O público da partida foi muito abaixo do aguardado.
3.614 pessoas foram presenciar a partida entre Madureira e Flamengo no Amigão. Representando um número bem longe do esperado para um jogo do Rubro-Negro Carioca, essa quantidade pode ser explicada por alguns fatores. Dentre eles, a ausência das estrelas do time da Gávea e altos valores cobrados pelo ingresso.
O adepto do Rubro-Negro teria de desembolsar R$ 70 para pagar o ingresso de meia-entrada e R$ 140 pela inteira. Além da questão do bilhete, o fato do Flamengo ter entrado em campo com seus atletas do time alternativo e não ter relacionado seus principais jogadores. Sendo estes, provavelmente, os maiores motivos para o baixo público.
À unanimidade, a 10ª Turma do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1) negou recurso de uma mulher e manteve condenação proferida pela 7ª Vara Federal do Mato Grosso pelo crime de induzir ou incitar discriminação contra o Nordeste em sua rede social. A pena de dois anos de reclusão e 10 dias multa foi substituída por duas penas restritivas de direito.
Em outubro de 2014, logo após a eleição de Dilma Rousseff (PT) para a Presidência da República, a ré, identificada como Monique Maira Maciel, utilizou o seu perfil nas redes sociais para criticar o voto das regiões Norte e Nordeste. A denúncia foi feita pelo Ministério Público Federal (MPF) e encaminhada à justiça em julho de 2019.
“Não dá pra acreditar, a parte do país onde mais se trabalha, onde mais se produz, onde mais pagam-se impostos, votam Aécio, no Nordeste e Norte votam na Dilma… vamos lá pessoal… trabalhar mais 4 anos pra sustentar o Nordeste e seu Bolsa família… vamos dividir essa porra de país, quero ver sem o nosso dinheiro como essa merda de PT sustenta essa região…. #merdadepaís #pãoecirco #populaçãoburra #temquesefuder”, disse.
Em sua defesa, Monique alegou que “não tinha a intenção de praticar, induzir ou incitar a discriminação ou o preconceito contra os nordestinos", visto que em nenhum momento mencionou a palavra “nordestino”. Ela ainda argumentou que apenas expôs sua opinião a respeito das eleições presidenciais. Além disso, sustentou que a Constituição Federal assegura a manifestação de pensamento e que a liberdade de expressão deveria prevalecer.
Ao analisar os autos, a relatora, juíza federal convocada Rosimayre Gonçalves, entendeu que a mensagem foi considerada discriminatória, com expressões ofensivas e incitação ao preconceito, violando os princípios constitucionais de igualdade e dignidade humana. A ré alegou tratar-se de descontentamento político, mas o teor das palavras revelou intenção discriminatória.
“As manifestações de opinião, sobretudo em redes sociais por meio da internet, revelam dificuldades na aferição de tratar-se apenas de uma livre manifestação de pensamento dentro do primado constitucional da liberdade de expressão ou se transbordam para uma opinião deletéria de cunho preconceituoso e discriminatório que a lei reputa típico penal”, pontuou a juíza.
“Manifestações desse jaez potencializam discursos de ódio nas redes sociais e acirram comportamentos discriminatórios e preconceituosos contra segmentos da sociedade que precisam ser coibidos, porque extrapolam limites da liberdade de expressão”, concluiu a magistrada.
O balanço anual de 2024 do projeto Coral Vivo, divulgado na segunda-feira (30), registra preocupações com os efeitos da forte onda de calor associada ao fenômeno El Niño. Conforme o relatório, os recifes do coral na porção norte da região Nordeste foi o local mais afetado, sendo perceptíveis os impactos no litoral de cidades como Maragogi (AL), Natal e Salvador.
De acordo com a pesquisa, a onda de calor foi menos intensa e duradoura no Sudeste e no sul da Bahia, gerando uma baixa mortalidade nesses locais, justamente onde estão os maiores e mais diversos recifes de coral do Brasil.
Ainda assim, os pesquisadores destacaram que as duas espécies que mais sofreram mortalidade no primeiro grande branqueamento, que foi registrado em 2019, foram novamente as mais afetadas em 2024. Trata-se do coral-de-fogo (Millepora alcicornis) e do coral-vela (Mussismilia harttii). Este último é uma espécie ameaçada de extinção encontrada somente em águas brasileiras.
O branqueamento pode ocorrer por diferentes fatores, sendo o aumento da temperatura um dos mais relevantes. Ele se configura quando os pólipos do coral expelem as zooxantelas, organismos que vivem dentro de seus tecidos e que são responsáveis pela pigmentação. Trata-se de uma relação simbiótica. O coral oferece abrigo, alimento e dióxido de carbono. Em troca, as zooxantelas fornecem nutrientes gerados por meio da fotossíntese. Ao expelir esses organismos, além de perderem a cor, muitos corais acabam morrendo.
"O aprofundamento das investigações reforça nosso esforço por políticas públicas e áreas de conservação, tornando mais efetiva a proteção de todo o ecossistema coralíneo brasileiro, sobretudo no litoral sul da Bahia," registra o relatório, que sintetiza os principais achados do monitoramento realizado ao longo do ano em 18 pontos estratégicos da costa do país.
O governador Jerônimo Rodrigues se juntou aos demais governadores do Nordeste na defesa do decreto do Ministério da Justiça que busca estabelecer diretrizes para o uso da força policial. O decreto, assinado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, estabelece diretrizes para a atuação dos agentes de segurança, com foco na eficiência nas ações, valorização dos profissionais e respeito aos direitos humanos.
O texto disciplina o uso de armas de fogo e instrumentos não letais, abordagens, buscas domiciliares e a atuação dos policiais penais nos presídios. O documento confere ao Ministério da Justiça e Segurança Pública a competência para editar normas complementares, além de financiar, formular, implementar e monitorar ações relacionadas ao tema.
“Assim como os demais governadores que compõem o nosso Consórcio Nordeste, entendo que o respeito à vida e à legalidade continuará norteando o trabalho das nossas forças de segurança. O decreto não fere a autonomia dos estados e reafirma valores que já defendemos. Seguiremos em parceria com o Governo Federal nos investimentos estratégicos em inteligência e tecnologia para aprimorar cada vez mais o trabalho de nossas polícias”, afirmou Jerônimo.
Em nota conjunta emitida neste domingo (29), os governadores do Consórcio Nordeste afirmam que "a orientação nas nossas forças de segurança é clara: o uso da força letal deve ser reservado como último recurso, exclusivamente em situações de legítima defesa, para proteger vidas — sejam de profissionais ou de terceiros".
Além da presidente do Consórcio, a governadora do Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra, também assinam o texto Paulo Dantas (MDB-AL), Jerônimo Rodrigues (PT-BA), Elmano de Freitas (PT-CE), Carlos Brandão (PSB-MA), Rafael Fonteles (PT-PI), Raquel Lyra (PSDB-PE), João Azevedo (PSB-PB) e Fábio Mitidieri (PSD-SE).
NOTA NA ÍNTEGRA
1. Os governadores dos Estados do Nordeste reafirmam o compromisso com o aprimoramento contínuo da segurança pública, pautado no profissionalismo, na transparência e na confiança da sociedade. As Forças Policiais e de Bombeiros que atuam na região têm sido fortalecidas por meio de investimentos em formação, capacitação contínua e modernização de suas práticas operacionais.
2. A orientação nas nossas forças de segurança é clara: o uso da força letal deve ser reservado como último recurso, exclusivamente em situações de legítima defesa, para proteger vidas — sejam de profissionais ou de terceiros. Essa diretriz, já consolidada na prática das nossas corporações, está plenamente alinhada ao Decreto do Governo Federal, que reforça princípios internacionais sobre o Uso Diferenciado da Força, adotados pelas mais avançadas organizações policiais ao redor do mundo.
3. É importante destacar que o Decreto 12.432/2024 não altera a autonomia dos Estados nem as normativas já estabelecidas. Ao contrário, ele reafirma a centralidade da prudência, do equilíbrio e do bom senso no exercício da atividade policial. Além disso, sublinha a necessidade de constante modernização das técnicas de atuação, promovendo mais segurança tanto para os profissionais quanto para a sociedade, sempre com a preservação da vida como prioridade absoluta.
4. Os avanços também incluem investimentos estratégicos em inteligência, tecnologia e no uso de instrumentos de menor potencial ofensivo, que ampliam a eficiência das operações, minimizam efeitos colaterais e fortalecem a confiança da população.
5. Adicionalmente, iniciativas como o Escuta SUSP, em parceria com o Governo Federal, têm garantido suporte psicológico aos agentes de segurança, reconhecendo os desafios enfrentados no combate ao crime organizado e valorizando sua integridade física e emocional.
6. Por fim, reiteramos que todas as mortes decorrentes de confrontos com agentes de segurança pública são rigorosamente investigadas, assegurando transparência e justiça. Tanto em casos de legítima defesa quanto em ações consideradas ilegais, os profissionais envolvidos são submetidos a apurações criteriosas e responsabilizados conforme a lei.
7. O Consórcio Nordeste reafirma que não há qualquer prejuízo à autonomia dos Estados. Seguimos plenamente comprometidos com uma política de segurança pública mais moderna, eficiente e humana, onde a proteção da vida é o eixo central de todas as nossas ações.
A advogada Flávia Aparecida Rodrigues foi condenada pela 11ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJ-MG) a pagar R$ 20 mil em danos morais coletivos, por conta de declarações preconceituosas contra os nordestinos em um vídeo publicado por ela nas redes sociais.
No vídeo, publicado depois do primeiro turno das eleições de 2022, em que o presidente Lula teve expressiva votação no Nordeste, a advogada incentivou um boicote econômico à região.
Ao som de "O mito chegou" e com roupas verde e amarela, a advogada diz que "nós que geramos empregos, nós que pagamos impostos" e que não vai mais gastar o dinheiro no Nordeste.
"Não vamos fazer isso mais, vamos gastar com quem realmente precisa, quem realmente merece. A gente não vai mais alimentar quem vive de migalhas. Vamos gastar nosso dinheiro no Sudeste, ou no Sul, ou fora do Brasil, que inclusive fica muito mais barato. Um brinde à gente que deixou de ser palhaço a partir de hoje".
A ação foi movida pela Defensoria Pública de Minas Gerais (DP-MG), que afirma que o discurso da advogada ultrapassou os limites da liberdade de expressão, ocasionando danos morais coletivos a milhões de brasileiros nordestinos ao atingir a sua dignidade e honra.
Em sua defesa, a ré alegou ter retirado o vídeo do ar uma hora após a publicação e alegou que a ampla disseminação foi feita por terceiros. No entanto, o TJ-MG entendeu que a conduta inicial configurou abuso de direito. A condenação foi considerada proporcional à gravidade da conduta e à repercussão do caso, considerando também a tentativa de retratação.
Na sentença obtida pelo site Migalhas, o relator da ação, desembargador Rui de Almeida Magalhães, destacou que a liberdade de expressão, embora um direito fundamental, encontra limites na proteção de outros direitos, como a honra e a dignidade coletivas.
"O discurso proferido pela ré incitou a discriminação aos nordestinos, revelando um conteúdo com viés xenofóbico e racista, em clara ofensa à honra e dignidade de toda uma coletividade", sinalizou o magistrado.
As imagens e a postura de Flávia Aparecida Rodrigues provocaram manifestações de repúdio como da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). A ré é ex-vice-presidente da Comissão da Mulher da OAB de Uberlândia.
O prefeito de Maceió (Alagoas), João Henrique Caldas (PL), conhecido como JHC, deve migrar do PL, partido do ex-presidente Jair Bolsonaro, para o PSD, partido que compõe a base do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e que possui fortes laços com o PT no Nordeste.
A decisão foi tomada durante uma reunião, neste final de semana, com os prefeitos do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PSD) e do Recife, João Campos (PSB). Os três foram reeleitos com uma ampla margem no primeiro turno e são cotados a disputar os governos de seus estados em 2026.
Caldas se filiou ao PL em 2022, para apoiar o então presidente Jair Bolsonaro no segundo turno das eleições presidenciais. Antes disso, ele estava no PSB, legenda de Campos, pela qual foi eleito em 2020, com 58,64% dos votos. Em 2024, foi reeleito com 83,25% dos votos na capital alagoana.
Aliados do prefeito afirmaram que a mudança se dá por dois principais motivos: O fim da indenização da Braskem, cuja extração de sal-gema do solo acabou afundando vários bairros da cidade em 2021; e a indicação de sua tia, a procuradora do Ministério Público de Alagoas (MP-AL) Maria Marluce Caldas Bezerra, para o Superior Tribunal de Justiça (STJ).
Neste mês, a prefeitura receberá a última parcela da indenização da Braskem, no valor de R$ 250 milhões. Por conta disso, o cofre da cidade pode secar, e, estando em um partido próximo ao presidente, a chegada de recursos federais é mais garantida, fato imprescindível para a sua ambição ao governo do estado em 2026.
Com mais de duas mil mortes em 489 chacinas foram mapeadas nas duas regiões entre 1988 e 2023. A Bahia soma o maior número de casos documentados, com 104 chacinas nos municípios de Salvador, Jequié, Lauro de Freitas, Serra Preta, Simões Filho e Vitória da Conquista, segundo dados da Rede Liberdade revelados pelo g1 no último domingo (01).
O número de chacinas registradas na Bahia entre 1988 e 2023 coloca o estado em destaque no Mapa de Chacinas Norte e Nordeste. O levantamento foi realizado pela Rede Liberdade em parceria com a Clínica de Direitos Humanos do Instituto Brasileiro de Ensino, Desenvolvimento e Pesquisa (IDP), sendo divulgado pelo g1.
O levantamento também aponta que a maioria dos casos foi registrada em zonas rurais (45,4%), enquanto 38,4% ocorreram em áreas urbanas e 16,2% em regiões intermediárias.
Apesar de não haver um perfil racial claro, a pesquisa mostra que chacinas atingem desproporcionalmente comunidades negras, quilombolas e indígenas, intensificadas pela falta de monitoramento e responsabilização dos autores.
Para o historiador e especialista em Segurança Pública Dudu Ribeiro, as chacinas estão em uma lógica interna de guerra, podendo ser caracterizadas como um massacre racial. Ele afirma que fazem parte de um policiamento violento contra a população negra e periférica.
“Em grande parte, isso está relacionado à guerra às drogas, que não é uma guerra contra substâncias, mas sim contra pessoas e seus territórios”, apontou Ribeiro ao portal g1.
Ele critica a lógica de que operações especiais de alta letalidade são eficazes, destacando que as forças de segurança devem proteger vidas. Ribeiro vê uma crise no modelo de segurança pública adotado na Bahia, baseado na lógica da guerra, e a necessidade de repensar essa abordagem.
Empresa especializada no marketing esportivo, a Sports Value divulgou a quinta edição do estudo "Valuation TOP 30 clubes do Brasil 2024", apontando o valor de mercado das principais equipes do futebol brasileiro. Entre os times da região Nordeste, o Bahia lidera o ranking, com o valor de R$ 875 milhões.
O Esquadrão de Aço aumentou seu valor em 92% após a posse de 90% dos direitos administrativos pelo City Football Group. O clube saiu do valor de R$ 459 milhões em 2023 para R$ 875 milhões em 2024.
O Vitória ocupa a 6ª colocação no recorte entre os times nordestinos com o valor de R$ 249 milhões. Considerando a lista geral, o Leão ganhou uma posição referente ao ranking de 2022 e está na 30ª posição. Há dois anos, o Rubro-Negro Baiano somava R$ 150 milhões em seu valor de mercado. Hoje, o número subiu para R$ 99 milhões.
A avaliação da Sports Value considera quatro pilares: ativos (como caixa, estádio, centro de treinamento e edificações), direitos econômicos de jogadores, valor da marca (incluindo torcida, engajamento e distribuição geográfica) e direitos esportivos (como receitas de competições, TV e premiações). Por isso, o valor anual é variável, como demonstrado pelas oscilações nos últimos anos.
Confira o ranking dos clubes mais valiosos do Nordeste:
1. Bahia SAF - R$ 875 milhões
2. Fortaleza SAF- R$ 754 milhões
3. Sport - R$ 601 milhões
4. Ceará - R$ 341 milhões
5. Santa Cruz - R$ 255 milhões
6. Vitória - R$ 249 milhões
7. Náutico - R$ 180 milhões
8. CRB - R$ 100 milhões
No auge no último semestre com produções nacionais como ‘Ainda Estou Aqui’ e ‘Motel Destino’, o cinema brasileiro vem alcançado cada vez mais os gostos da população. Clássicos como Central do Brasil e Cidade de Deus estão presentes em catálogos diversos para apreciadores e novos espectadores. Cerca de 86% dos brasileiros possuem acesso a streaming, 18% a mais do que em 2023. De todas a população, os nordestinos são os que mais consomem filmes nacionais nessas plataformas.
Os dados são do levantamento ‘Hábitos Culturais’, realizado pelo Observatório Fundação Itaú e Datafolha, e divulgado nesta quinta-feira (28). A pesquisa entrevistou 2.494, entre 16 a 65 anos, nas cinco regiões brasileiras.
Dentre os produtos mais assistidos no streaming, os filmes estrangeiros são os mais consumidos pelos brasileiros. Entretanto, no Nordeste, 42% dos entrevistados pelo levantamento consomem produções nacionais, liderando entre as regiões.
31% dos nordestinos consomem documentários, 30%, séries nacionais e 27%, séries estrangeiras. As animações adultas e infantis, programas infantis e desenhos, e filmes de arte são os menos assistidos na região.
Assistir filmes em plataformas de streaming (72%) é a terceira atividade online mais praticada pelos nordestinos. Seguindo a linha de acompanhar audiovisuais nacionais, assistir novelas (87%) é a atividade online favorita na região. Ouvir música online (83%) é a segunda prática mais realizada pela população do Nordeste.
Ler livros impressos, ebooks, assistir séries on-line, jogar jogos eletrônicos online e ouvir podcast são as atividades realizadas em casa menos realizadas pelos nordestinos. No clima de acompanhar mais filmes nacionais disponíveis em plataformas de streaming, o Bahia Notícias preparou uma lista com alguns longa-metragens dirigidos por cineastas baianos. Entre as produções foram relacionadas ‘Marighella’ (2019), ‘Café com Canela’ (2017), ‘Cidade Baixa’ (2005).
O clima de insegurança com a violência e aspectos financeiros, como o valor do ingresso e gastos com deslocamento, são os principais motivos para os nordestinos não realizarem atividades culturais presenciais. As igrejas e espaços religiosos são os locais que mais realizam programas culturais na região. Já entre as atividades culturais, cinema e espetáculos de teatro são as atividades menos frequentadas por nordestinos.
Os dados foram divulgados, nesta quinta-feira (28), pelo levantamento ‘Hábitos Culturais’, realizado pelo Observatório Fundação Itaú e Datafolha. A pesquisa entrevistou 2.494, entre 16 a 65 anos, nas cinco regiões brasileiras.
Conforme dados, 37% dos nordestinos são desmotivados a frequentar atividades presenciais referentes a culturas por insegurança e violência, 29% por aspectos financeiros, 26% por cansaço e 25% por disponibilidade horários. O deslocamento entre os equipamentos culturais e a lotação de espaços também foram citados como motivos.
As igrejas ou espaços religiosos, com 59%, praças ou ruas, com 57%, parques, 38%, escolas, 39%, e shoppings, 31%, são os locais que realizam mais atividades ou programas culturais. Os clubes, projetos culturais (ONGs) e as universidades seguem logo atrás na lista.
Entre as atividades culturais presenciais menos frequentes entre os nordestinos estão os festivais de música, com 20%, saraus de poesia, 27%, e festivais literários, 34%. Em relação às populações de outras regiões brasileiras, os nordestinos são os que menos frequentam espetáculos teatrais e cinemas. Eventos em espaços públicos, shows de música, festas populares, como o Carnaval, e circo são as atividades presenciais mais realizadas na região.
O Fundo de Financiamento do Nordeste (FNE) estima um investimento de R$ 10 bilhões para a cadeia produtiva do estado em 2025. A projeção foi estabelecida em encontro realizado pelo Comitê Técnico do Conselho Deliberativo (Condel) da Sudene, na última terça-feira (26), e focou na alocação de recursos voltados ao desenvolvimento da região Nordeste.
O valor recebido pelo estado baiano corresponde a 21% do total destinado para a região Nordeste, que irá contar com aportes no montante de R$ 47 bilhões para o próximo ano.
A reunião contou com a participação do secretário estadual do Planejamento da Bahia, Cláudio Peixoto, que ressaltou a importância desses recursos para o desenvolvimento econômico do estado. "A Bahia lidera a captação de recursos do FNE, que é um dos pilares do Plano Regional de Desenvolvimento do Nordeste. A prioridade aos micro e pequenos empreendedores é fundamental para reduzir as desigualdades sociais e regionais e promover a inclusão socioprodutiva."
O gestor ainda mencionou o programa Crediamigo e a relevância do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) no apoio à agricultura familiar no semiárido baiano.
De acordo com o Banco do Nordeste (BNB), responsável pela gestão do FNE, os setores da Pecuária (R$ 11,5 bilhões), Comércio e Serviços (R$ 9,9 bilhões), Infraestrutura (R$ 9,5 bilhões) e Agricultura (R$ 9 bilhões) devem concentrar a maior parte dos recursos. Aproximadamente R$ 29 bilhões serão direcionados para projetos prioritários voltados a micro, pequenas e pequenos-médios empreendedores.
Casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) entre idosos por Covid-19 obteve um aumento em alguns estados das regiões Nordeste e Norte, segundo o novo Boletim InfoGripe da FioCruz. O levantamento apontou que Pernambuco, Pará e Acre registraram o crescimento de 30% da Sars-CoV-2 (Covid-19). Já os óbitos também cresceram e atingiram a marca de 63%.
A Bahia ficou fora da lista de evolução dos casos e não apresentou mudanças significativas. O estudo via Agência Brasil mostrou ainda tendência de interrupção do crescimento e de diminuição dos casos de SRAG por Covid-19 em parte da região Centro-Sul. Apenas Minas Gerais e Pernambuco, apresentam sinal de aumento.
A diminuição dos casos teria ocorrido por conta da queda ou interrupção do crescimento das ocorrências associadas à Covid-19 e ao rinovírus em diversos estados do país.
O levantamento trouxe ainda a diminuição do número dos casos graves pelo rinovírus, que atinge principalmente crianças e adolescentes de até 14 anos. A queda foi constatada em quase todos os estados do país, com exceção de Santa Catarina e Pernambuco, onde se verifica aumento de ocorrências graves pelo vírus.
A Secretaria da Segurança Pública da Bahia entregou, nesta segunda-feira (16), dez novas viaturas e dois aparelhos cromatógrafos ao Departamento de Polícia Técnica (DPT). As viaturas atenderão sete macrorregiões do interior baiano: Recôncavo, Chapada, Mata Sul, Oeste, Nordeste, Extremo Sul e Planalto. Uma delas será destinada à Coordenadoria Regional de Alagoinhas, e outras duas ficarão no Instituto Médico Legal (IML) em Salvador.
A Diretora-Geral da Polícia Técnica, Ana Cecília Bandeira, destacou que os novos veículos visam otimizar o atendimento:
“Investir na aquisição deste tipo de veículo tem como objetivo otimizar o atendimento e reduzir o tempo de resposta das nossas unidades”, pontuou Ana Cecília Bandeira, Diretora-Geral da Polícia Técnica ao explicar que com essa entrega de hoje, 50 (cinquenta) novos veículos compõem a renovação da frota de rabecão, na capital e no interior.
Além das viaturas, o DPT recebeu dois cromatógrafos a gás, aparelhos que permitem identificar a presença de álcool no sangue por meio de exames periciais. Esses equipamentos serão utilizados pelo Laboratório Central de Polícia Técnica para realizar testes de alcoolemia, ajudando a determinar se uma pessoa estava sob efeito de álcool.
Aparelhos cromatógrafos de gás | Foto: Divulgação / GOVBA
O Secretário da Segurança Pública, Marcelo Werner Filho, destacou que o investimento de mais de R$ 3,5 milhões faz parte de um conjunto de melhorias em andamento.
"Estes investimentos representam uma série de ações que estamos desenvolvendo no Projeto Perícia Forte, incluindo a aquisição de viaturas, equipamentos e a formação de novos peritos", afirmou o secretário.
Em entrevista após a polêmica derrota do Fortaleza para o Internacional, o atacante Marinho, do clube do Pici, expressou sua total indignação com a arbitragem por causa do segundo gol do Colorado. De acordo com Marinho, o Fortaleza foi prejudicado por ser um clube do Nordeste.
Na saída do campo, o jogador se dirigiu aos vestiários e reclamou com os microfones do canal Premiere, que transmitiu o jogo.
“Time do Nordeste não pode brigar por nada, porque o sistema é foda”, esbravejou Marinho.
Outros jogadores do Fortaleza também reclamaram de falta em Brítez na jogada que originou o gol de Gustavo Prado, que deu a vitória a equipe gaúcha. Com o resultado, o Fortaleza não conseguiu assumir a liderança do Brasileirão e continua no 2º lugar da tabela de classificação.
Veja o momento:
O estado da Bahia vivenciou um aumento no número de tremores de terra durante o mês de agosto, de acordo com dados do Laboratório Sismológico da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (LabSis/UFRN). Pelo menos sete eventos sísmicos foram registrados, com maiores casos nos municípios de Jaguarari e Jacobina.
O tremor de maior magnitude, 2.1 mR, ocorreu em Jaguarari no dia 06 de agosto, o município já registrou 88 tremores. Outros eventos de menor intensidade também foram registrados na região ao longo do mês. Em Jacobina, três tremores foram detectados, com magnitudes variando entre 1.8 mR e 2.0 mR.
Foto: Reprodução / Labsis/UFRN
Segundo a Rede Sismográfica Brasileira (RSBR), coordenada pelo Observatório Nacional, esse aumento na atividade sísmica é bastante comum na região Nordeste, acontece pelos movimentos tectônicos que causam pequenas rupturas nas rochas da crosta terrestre.
Apesar de não representarem riscos significativos para a população, esses eventos são importantes para o monitoramento sísmico e para a compreensão dos processos geológicos da região. A Rede Sismográfica Brasileira (RSBR), através de suas estações sismográficas em vários estados, coleta dados essenciais para pesquisas científicas e avaliação de riscos.
É importante ressaltar que o aumento no número de tremores não indica um aumento no risco de grandes terremotos na Bahia. No entanto, o monitoramento contínuo realizado pelo LabSis/UFRN e pela RSBR é fundamental para garantir a segurança da população e para compreender os fenômenos geológicos da região.
Os dados divulgados pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) NA ÚLTIMA QUINTA-FEIRA (3), apontam que a Bahia registrou saldo de 9.614 empregos no mês de julho e manteve a liderança na geração de empregos formais da região Nordeste. Os números são o resultado de 83.823 admissões e 4.209 desligamentos no mês e segue a tendência registrada no país, que apresentou saldo positivo de 188.021 postos de trabalho - produto da diferença entre 2.187.633 admissões e 1.999.612 desligamentos.
No Nordeste, a Bahia continua à frente de Pernambuco, com 7.578 novos postos criados, e do Rio Grande do Norte, com 5.774. No Brasil, ocupa a 6ª colocação em relação às demais Unidades da Federação. Apesar do resultado positivo para a Bahia, houve uma redução de 4,9% (ou 4.127 empregos) nos últimos doze meses. Entre agosto de 2022 e julho de 2023, foram 83.784 empregos formais registrados, resultado acima dos 79.657 empregos formais registrados entre agosto de 2023 a julho de 2024.
PRINCIPAIS SETORES
O setor de Serviços apresentou o maior saldo de empregos formais no mês, com 55,1% do total, o equivalente a 5.297 vagas. A Indústria se destaca em seguida, com 20,9%, com 2.009 novos empregos no mês. Quanto à Agropecuária, o saldo setorial participou com 11,7%, ou 1.129, no saldo total de julho de 2024. Um ponto importante é o de que o setor industrial contabilizou um saldo de empregos formais que mais que dobrou em julho de 2024 (154,0% ou 1.218 empregos) em comparação ao saldo setorial registrado no mesmo mês de 2023 (791 empregos formais).
GÊNERO, IDADE E ESCOLARIDADE
As mulheres participaram com 54,4%, ou 5.228, do saldo total em julho de 2024, enquanto os homens representaram 45,6%, 4.386 no mês.
Com relação a faixa etária e escolaridade, as pessoas entre 18 a 24 anos com ensino médio completo são as que mais conseguiram emprego formal no período. Jovens de 18 a 24 anos registraram maior participação, com 6.092 empregos. Os jovens com 25 a 29 anos, registraram 1.120 empregos formais, patamar próximo na faixa de idade entre 30 a 39 anos, que registrou 1.077 empregos formais.
Os trabalhadores com idade entre 40 a 49 anos tiveram registro positivo de 725 postos de trabalho. Por outro lado, as pessoas com 50 anos ou mais registraram saldo negativo de 108 empregos formais; acima de 65 anos de idade o déficit foi de 186 postos de trabalho formal.
Quanto ao grau de escolaridade, o maior saldo positivo foi registado nos empregos formais para trabalhadores com Ensino Médio Completo, com 6.954 empregos ou 72,3% do saldo total mensal. Em ordem decrescente, aparecem fundamental incompleto, com 981 vagas, médio incompleto, com 844 e superior completo, 673.
Em votação simbólica na sessão desta quarta-feira (28), foi aprovado o relatório do senador Angelo Coronel (PSD-BA) favorável ao projeto que cria a Política Nacional de Incentivo à Cocoicultura de Qualidade. Como também já foi aprovado pela Câmara dos Deputados, o projeto segue agora para a sanção presidencial.
O PL 2218/22, de autoria do deputado Evair Vieira de Melo (PP-ES), tem o objetivo de elevar a produtividade, a competitividade e a sustentabilidade da cultura do coco. O objetivo da proposição é fazer com que a cultura do coco no Brasil, por meio de linhas de crédito favoráveis, pesquisa e capacitação, supere o patamar de produção atual.
A ideia também do projeto, segundo o senador Angelo Coronel, é aumentar o consumo e a exportação desse produto, além de reduzir as perdas ao longo da cadeia produtiva. De acordo com o texto aprovado, a Política Nacional que será implementada proporcionará a redução de desperdícios na cadeia produtiva, além de incentivar a Produção Integrada de Frutas (PIF) na cocoicultura, apoiar a produção orgânica e desenvolver programas de treinamento e de aperfeiçoamento da mão de obra.
“O projeto incentiva e fortalece a produção de coco na Bahia e no Brasil. Com políticas como essa que incentivam a nossa cocoicultura e dão suporte aos nossos produtores, podemos reduzir a dependência de importações, gerar empregos e promover o desenvolvimento regional”, disse Coronel, ao comemorar a aprovação do seu relatório.
No seu relatório, o senador baiano citou estimativa da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), de que a cocoicultura gera aproximadamente 700 mil empregos diretos no País. Outros dados mencionados por Coronel foram produzidos pelo IBGE, e apontam que a produção brasileira de coco-da-baía, como também é chamado o fruto, em 2021, correspondeu a cerca 1,6 bilhão de frutos, produzidos em 186 mil hectares, distribuídos em 37 mil estabelecimentos.
O senador Angelo Coronel disse ainda, no seu parecer, que outro aspecto que justifica especial atenção do poder público à cocoicultura é o fato de a sua produção estar concentrada principalmente nas regiões Nordeste e Norte do País, especialmente no Ceará, Pará, Bahia e Sergipe, que juntos respondem por 62% da produção nacional.
“Diante disso, a defesa da cocoicultura constitui, também, relevante mecanismo de mitigação às desigualdades regionais”, conclui Angelo Coronel.
Devido ao cancelamento da sessão deliberativa do Senado nesta quinta-feira (22), ficou adiada para a próxima semana a votação do relatório do senador Angelo Coronel (PSD-BA) favorável ao projeto que cria a Política Nacional de Incentivo à Cocoicultura de Qualidade. O PL 2218/22, que já foi aprovado na Câmara, tem o objetivo de elevar a produtividade, a competitividade e a sustentabilidade da cultura do coco.
O projeto, de autoria do deputado Evair Vieira de Melo (PP-ES), é composto de seis artigos e busca estimular o consumo doméstico e as exportações do coco, além de promover articulação com outras políticas públicas federais que ajudem a elevar a sua produção. A Política Nacional que será implementada com o projeto proporcionará a redução de desperdícios na cadeia produtiva, além de incentivar a Produção Integrada de Frutas (PIF) na cocoicultura, apoiar a produção orgânica e desenvolver programas de treinamento e de aperfeiçoamento da mão de obra.
Ao elaborar o seu parecer pedindo a aprovação do projeto, o senador Angelo Coronel afirmou que é necessária a implantação de políticas públicas que busquem fomentar a produção e o processamento de coco no Brasil, além de promover avanços tecnológicos na cocoicultura e incrementar sua competitividade.
“Conforme explicou o autor da proposição, citando estimativa da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA), a cocoicultura gera aproximadamente 700 mil empregos diretos no País. Dados mais recentes da Produção Agrícola Municipal (PAM) do IBGE apontam que a produção brasileira de cocoda-baía, como também é chamado o fruto, em 2021, correspondeu a cerca 1,6 bilhão de frutos, produzidos em 186 mil hectares, distribuídos em 37 mil estabelecimentos”, explicou o senador baiano.
Coronel disse ainda, no seu parecer, que outro aspecto que justifica especial atenção do poder público à cocoicultura é o fato de a sua produção estar concentrada principalmente nas regiões Nordeste e Norte do País, especialmente no Ceará, Pará, Bahia e Sergipe, que juntos respondem por 62% da produção nacional.
“Diante disso, a defesa da cocoicultura constitui, também, relevante mecanismo de mitigação às desigualdades regionais”, conclui Angelo Coronel.
Segundo o índice de atividade do IBCR-NE do Banco Central do Brasil (Bacen), em 2024 o Nordeste é atualmente a região com maior atividade econômica do país. Os dados revelaram que a economia nordestina cresceu 3,2% no primeiro trimestre deste ano, em comparação com o mesmo período em 2023, superando o crescimento nacional de 1%.
Alguns estados da região contribuíram para o feito, com destaque para a Bahia, que teve um crescimento de 3,1% na atividade econômica, ficando em segundo lugar na lista de estados do local com maior desempenho. Em seguida, aparece Pernambuco, com 2,5%, e no topo da lista está o Ceará, com um aumento de 4,4%.
Além disso, uma análise realizada pelo Escritório Técnico de Estudos Econômicos do Nordeste (Etene), revelou que o aumento significativo nos investimentos dos setores de serviço e comércio foi um fator crucial para a conquista, já que o volume de aplicações em ambos os campos subiu 47%, saindo de R$1,9 bilhão no primeiro trimestre do ano passado para R$2,8 bilhões em 2024.
Depois do Nordeste, as regiões Norte e Sudeste apresentaram um crescimento de 3,1%, enquanto o Sul teve um aumento de 1,4%. Por outro lado, o Centro-Oeste não registrou mudanças durante o período analisado.
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O empresário da joia Pedro Lima, do Sport, revelou que o clube Rubro-Negro acertou a venda do lateral-direito ao Chelsea nesta quarta-feira (12), pelo valor de 7,5 milhões de euros (aproximadamente 43,82 milhões de reais). A informação foi divulgada inicialmente pelo jornalista Jorge Nicola e confirmada pelo agente de Pedro Lima, Renato Guimarães.
Considerando tanto a quantia fixa da negociação quanto os objetivos estabelecidos, a transferência de Pedro Lima tem potencial para alcançar os R$ 61,35 milhões (no câmbio atual), o que seria de longe a maior venda da história do Nordeste. O jovem de 17 anos começará sua jornada no Strasbourg, da França.
No entanto, na realidade, a mudança do lateral só se tornaria oficial a partir de 1º de julho, quando ele completa a maior idade. Em teoria, isso significa que ele poderia jogar pelo Sport na Série B por mais quatro partidas: contra Mirassol, Novorizontino, Ceará e Botafogo-SP.
As eleições para as presidências da Câmara dos Deputados e do Senado serão colocadas na mesa para decidir o apoio do União Brasil nas capitais do Nordeste. A afirmação foi feita pelo ex-prefeito de Salvador e vice-presidente do União, ACM Neto, ao Bahia Notícias nesta segunda-feira (13), data em que o correligionário Bruno Reis anunciou sua pré-candidatura à reeleição para o Executivo soteropolitano.
Os nomes do União na disputa, o deputado Elmar Nascimento e o senador Davi Alcolumbre, já estão percorrendo o país em busca de apoio para os pleitos que vão acontecer no início de 2025.
“Quando a gente pensa nas articulações deste ano, a gente não pode desconsiderar que o projeto de Elmar, assim como de Davi, para a sucessão da Câmara e do Senado é um projeto prioritário. Tem essa questão de Recife, que passa por um entendimento com o PSB nacional para que o partido possa apoiar o nome de Elmar para presidente da Câmara. Onde o União Brasil tiver candidato competitivo nós vamos apresentar, quando for melhor uma composição essa questão da Câmara e do Senado serão consideradas”, disse Neto.
O União Brasil formalizou o apoio ao prefeito do Recife, João Campos (PSB), durante reunião realizada em Brasília, na última quarta-feira (29). De acordo com o presidente nacional da sigla, Antônio Rueda, a parceria “vai refletir em avanços para o Recife e que nos permite fortalecer o projeto liderado por Elmar na Câmara dos Deputados”.
O ex-prefeito de Salvador também destacou que o Nordeste será uma região estratégica para o crescimento do partido nas eleições de 2024. “Em alguns lugares nós temos candidatos próprios, a exemplo de Fortaleza, onde nós estaremos indo, eu e Elmar, na próxima quinta-feira, participar do lançamento da pré-candidatura do Capitão Wagner e em outras nós estamos fazendo alianças. O Nordeste será a região do Brasil onde o União terá mais candidatos próprios nas capitais, deveremos ter cinco ou seis candidatos próprios nas capitais”, afirmou.
O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) afirmou que o Nordeste é a “pior região do país”. A fala do político e filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi dada nesta quinta-feira (30), em resposta a um comentário em seu perfil no Instagram.
Um internauta escreveu “Direita no Nordeste nunca mais” e em seguida Eduardo Bolsonaro respondeu: “Então vai continuar sendo a pior região do país, com mais criminalidade, pior educação e etc. Não venha reclamar depois”. As informações são do Poder 360.
Nas eleições de 2022, a região Nordeste foi a que acumulou o maior número de votos para o então candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no segundo turno: 68% dos votos foram para o petista e 32% para Jair Bolsonaro.
DADOS
Dados de 2024 apresentados pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública confirma que o Nordeste tem 31,29 homicídios dolosos a cada 100 mil habitantes. A média nacional é de 17,47.
No quesito educação, o último Censo Escolar aponta que estados da região lideram o ranking de alunos matriculados em tempo integral no ensino fundamental, são eles: Ceará (51,4%), Piauí (48,9%) e Maranhão (40,3%). A média nacional é de 17,5%. O Nordeste também teve o maior número de redações com nota 1.000 na última edição do Ensino Nacional do Ensino Médio (Enem), com 25 textos – 41% do total.
A Bahia terá chuvas abaixo da média neste mês de junho, o que poderá reduzir os níveis de umidade no solo e, consequentemente, a produção na safra de grãos 2023/24, em especial, o milho. A previsão do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) indica que o cenário de baixas chuvas deve se repetir em diversos estados da região Nordeste e parte do Norte, em especial, as áreas do sistema produtivo Matopiba (região que engloba os estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia).
Considerando o prognóstico climático do Inmet para junho de 2024 e seu possível impacto na safra de grãos 2023/24, essa falta de chuva deve ser ainda mais severa em áreas dos estados do Piauí e Bahia, “ocasionando restrição hídrica para o milho segunda safra”.
De acordo com a previsão do Inmet, além do interior do Nordeste brasileiro, as regiões Centro-Oeste e Sudeste, bem como o sul da Região Norte, e oeste da Região Sul, têm previsão de chuvas próximas e abaixo da média climatológica. No entanto, o Instituto ressalta que, nesta época do ano, há uma tendência de redução das chuvas na parte central do Brasil.
Por outro lado, o mês de junho deve ter chuvas acima da média na faixa norte da Região Norte, leste da Região Nordeste, além de áreas pontuais do Maranhão, Piauí e Ceará, associadas ao aquecimento do Atlântico Tropical. Ainda de acordo com o prognóstico climático do Inmet para junho de 2024, a previsão é de chuvas acima da média na faixa norte e leste da Região Nordeste - diferente do cenário de Piauí e Bahia. Isso deve gerar bons índices de umidade no solo e, consequentemente, deve beneficiar a semeadura e o início do desenvolvimento do milho e feijão terceira safras.
TEMPERATURA
A previsão do Inmet indica que as temperaturas deverão ser acima da média em todo o país, principalmente na porção central, devido à redução das chuvas, com possibilidade de ocorrerem alguns dias de excesso de calor em algumas áreas. Nas regiões Norte e Nordeste, as temperaturas podem ultrapassar 26ºC.
Na Região Centro-Oeste e norte da Região Sudeste, as temperaturas devem variar entre 20ºC e 24ºC, enquanto a Região Sul, são previstos valores menores, inferiores a 20ºC. Já em áreas de maior altitude da região sul e sudeste, são previstas temperaturas próximas ou inferiores a 14ºC.
“Não se descartam a ocorrência de geadas em algumas localidades, especialmente aquelas de maior altitude, devido à entrada de massas de ar frio que podem provocar declínio de temperatura, o que é muito comum nesta época do ano”, completou o Inmet.
As fortes chuvas que vêm atingindo grande parte da região Nordeste, especialmente a faixa leste, devem dar uma trégua a partir desta quinta-feira (25). O temporal tem castigado o corredor que liga a Bahia até o Rio Grande do Norte, e a faixa norte do Ceará até o Piauí. No interior da região, também há condições de chuva, principalmente no centro-sul do Ceará, oeste da Paraíba e centro-norte do Piauí.
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De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), os volumes mais expressivos e que, de forma pontual, podem ultrapassar 100 milímetros (mm) atingirão áreas do leste e agreste dos estados de Sergipe e Alagoas. O instituto também destacou que o agreste meridional e leste de Pernambuco (áreas de divisa com o estado de Alagoas) também registraram volumes significativos de chuva.
O Inmet explicou que essa situação acontece porque um sistema frontal avançou, desde quinta-feira (18), pelo extremo sul da Bahia e, mesmo distante no oceano, contribuiu para intensificar o fluxo de umidade no leste da região.
“O fluxo de umidade do oceano para o continente predomínio da circulação da Alta Subtropical do Atlântico Sul-ASAS) e uma maior intensificação da Zona de Convergência Intertropical (ZCIT), irão favorecer a ocorrência de pancadas de chuva em toda a faixa leste, desde a Bahia até o Rio Grande do Norte, e também na porção mais norte até o Piauí”, informou o instituto.
Após março registrar um clima mais seco devido a temperaturas mais altas e baixa quantidade de chuvas, o mês de abril chega para esfriar um pouco os termômetros, sobretudo nas áreas que compõem o setor produção agrícola do Brasil. Dados do Boletim Agroclimatológico Mensal, elaborado pelo Instituto Brasileiro de Meteorologia (Inmet), apontam que a previsão é de predomínio de chuvas volumosas no Norte e Leste da Região Nordeste - setor que abrange a Bahia - principalmente em abril, devido ao aquecimento do Atlântico Tropical.
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O Nordeste, como um todo, apresentou temperaturas máximas médias, em março, superiores a 35ºC. Os termômetros chegaram a 37,5°C na cidade alagoana de Pão de Açúcar e 36,2°C no município de Jeremoabo, no nordeste baiano. De acordo com o boletim, essas altas temperaturas foram geradas pela falta de chuvas, que em março, foram inferiores a 100 mm em parte da região. Em algumas localidades, inclusive, os níveis de umidade no solo ainda continuam baixos, como por exemplo, na divisa dos estados de Alagoas, Sergipe e nordeste da Bahia. Confira:
Nível de chuvas acumuladas (à esquerda) e índice de umidade do solo (à direita) | Foto: Divulgação / Inmet
No entanto, o boletim indica níveis de água no solo elevados no norte do Maranhão, Piauí, Ceará e costa leste do Nordeste, abrangendo a Bahia. Mesmo com o mês de abril dando uma trégua no calor, o clima deve esquentar nos meses seguintes. O Inmet acredita que a temperatura do ar deve ser acima da média histórica em todo Nordeste, mas principalmente no interior da região, por conta da redução das chuvas a partir de maio. Para os meses de maio e junho, a previsão indica uma redução dos níveis de umidade no solo no interior da região, principalmente no sudeste do Piauí, norte da Bahia, sul do Ceará e oeste de Pernambuco.
FRIO NA BAHIA
O mês de março na Região Nordeste mostrou que as menores temperaturas mínimas foram observadas em cidades baianas. Ficaram com o posto de cidades mais frias de março os municípios de Vitória da Conquista (19,0°C) e Piatã (17,8°C), ambos no Sudoeste baiano. Apesar do frio, as chuvas não foram tão frequentes na Bahia como um todo. De acordo com o Inmet, na Região Nordeste, os maiores volumes de chuva foram observados em áreas do Maranhão, centro-norte do Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte e Paraíba, com valores superiores a 150 mm, contribuindo para a manutenção da umidade no solo e o desenvolvimento das lavouras.
O boletim destacou o estado do Maranhão como o mais chuvoso do Nordeste em março. Por lá as chuvas ultrapassaram os 500 mm, como foi o caso de Turiaçu (com 750 mm) e Chapadinha (com 560 mm). Estas chuvas contribuíram para a manutenção da umidade no solo (figura 2) e o desenvolvimento das lavouras.
EL NIÑO
O calorão de março tinha que ter uma explicação e, de acordo com o Inmet, a “culpa” é do El Niño. O fenômeno é responsável pela elevação das temperaturas do Oceano Pacífico e gera o aquecimento anormal das águas. Essa situação causa desequilíbrio na quantidade de chuvas podendo gerar um volume maior ou menor dependendo da região. A previsão aponta para uma queda deste aquecimento nas águas dos oceanos Pacífico e Atlântico, podendo diminuir a quantidade de chuvas sobre o Norte da Região Nordeste entre os meses de maio e junho.
O Boletim do Inmet mostra ainda que a interação entre a superfície dos oceanos e a atmosfera têm causado interferência nas condições do tempo e do clima em diversas localidades no mundo. “No Brasil, fenômenos como El Niño-Oscilação Sul (ENOS), no Oceano Pacífico Equatorial, e o gradiente térmico do Oceano Atlântico Tropical, também chamado de Dipolo do Atlântico, são exemplos dessa interação oceano-atmosfera que influenciam o clima no Brasil”, apontou o Inmet.
Neste contexto, as águas mais quentes no Atlântico Tropical Sul e águas mais frias no Atlântico Tropical Norte favorecem a ocorrência de chuva em grande parte norte do Brasil. Caso contrário, há uma redução de chuva na região citada (Dipolo Positivo). Durante o mês de março/2024, o Oceano Atlântico Tropical permaneceu mais quente que o normal, em que a temperatura do Atlântico Norte foi 1,4ºC acima da média, enquanto a temperatura do Atlântico Sul foi de 1,4ºC acima da média, ou seja, apresentou um pequeno gradiente de 0,1ºC. Este aquecimento favoreceu as chuvas em toda a costa norte do país.
A previsão do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) indica tempo instável e com chuva em grande parte do Nordeste a partir desta quarta-feira (27) até, pelo menos, o próximo domingo (31), com maior destaque para a faixa leste da região, desde a Bahia até o Rio Grande do Norte, incluindo o litoral, desde o Ceará até o Maranhão.
De acordo com Inmet, as nuvens carregadas de chuva que vêm do Oceano Atlântico para o continente - propagação de um Distúrbio Ondulatório de Leste (DOL) -, somado a uma maior atividade da Zona de Convergência Intertropical (ZCIT), vai contribuir para a formação de áreas de instabilidade sobre a porção litorânea do Nordeste e, consequentemente, o deslocamento destas para o interior da região.
Entre quinta (28) e sexta-feira (29), a previsão indica a intensificação da chuva, com volumes mais significativos, podendo superar 100 milímetros (mm) na faixa leste da região e, pontualmente, no agreste, desde a Bahia até o Rio Grande do Norte.
Devido às atualizações dos modelos numéricos de previsão do tempo, é necessário o acompanhamento da atualização diária das previsões do tempo, assim como dos avisos meteorológicos especiais emitidos pelo Inmet.
A Bahia é o segundo estado com maior número de contemplados pelo Bolsa Família em março, com 2,47 milhões de famílias assistidas. O pagamento do benefício, que neste mês terá um valor médio de R? 669,96 no estado, começou na última sexta-feira (15), levando em conta o final do Número de Identificação Social (NIS). O programa chega a lares de todos os 417 municípios baianos, fruto de um investimento de R? 1,65 bilhão por parte do governo federal.
Com 39 cidades, a Bahia lidera a lista de estados com mais municípios onde as famílias receberão pagamento unificado do Bolsa Família este mês. No total, 147 municípios, em 11 estados, encontram-se nesta situação. Esses locais foram afligidos por chuvas, inundações, estiagens e acidentes naturais e, além da Bahia, estão nesta situação Rio Grande do Sul, com 32 municípios, Acre (19), Ceará (15), Paraná (12), Roraima e Rio de Janeiro (9), Sergipe (7), São Paulo (3), Amapá (1) e Espírito Santo (1).
O pagamento unificado apoiará mais de 1,11 milhão de famílias nesses estados, por meio de um investimento federal de R$ 759,63 milhões. Para os demais municípios da Bahia, os pagamentos seguem de forma escalonada, de acordo com o final do Número de Identificação Social (NIS) de cada integrante, até o dia 28.
No recorte por municípios, a capital Salvador detém o maior número de famílias contempladas: 299.277. Elas receberão um benefício médio de R$ 653,10. O valor dos repasses federais para a capital baiana supera os R$ 195,21 milhões. Feira de Santana (75.576), Vitória da Conquista (51.116), Camaçari (45.415) e Juazeiro (38.049) completam a lista dos cinco municípios com mais beneficiários. Já o município de Sítio do Mato detém o maior valor médio do benefício em todo o estado: R$ 729,09. Na sequência, aparecem as cidades de Abaré (R$ 724,95), Barra (R$ 722,86) e Prado (R$ 718,07).
Entre os benefícios complementares criados com o novo Bolsa Família, 904.628 crianças de zero a seis anos receberão neste mês o adicional de R$ 150 na Bahia, referente ao Benefício Primeira Infância, a partir de um repasse federal de R$ 129,65 milhões. A cesta de benefícios complementares no estado também acrescenta R$ 50 neste mês a 1,26 milhão de crianças e adolescentes de sete a 16 anos e 301.788 jovens de 16 a 18 anos, além de 34.403 gestantes e 65.417 mulheres em fase de amamentação.
Na divisão por estados, São Paulo concentra o maior número de beneficiários em março de 2024. São 2,56 milhões de contemplados, a partir de um investimento de R$ 1,7 bilhão, com um repasse médio de R$ 669,08.
Na divisão por regiões, o Nordeste concentra o maior número de famílias beneficiárias em março de 2024. São 9,46 milhões de contempladas, a partir de um investimento de R$ 6,4 bilhões. Na sequência aparece o Sudeste, com 6,19 milhões de famílias e aporte de R$ 4,1 bilhões. A região Norte reúne 2,5 milhões de famílias por meio de um investimento de R$ 1,8 bilhão. É no Norte que está o maior valor médio por beneficiário do país: R$ 718,23. No Sul, são 1,4 milhão de beneficiários e R$ 974,24 milhões em investimentos do Governo Federal. Por fim, a região Centro-Oeste concentra 1,1 milhão de famílias e um repasse de R$ 798,96 milhões.
Fonte: MDS
Com a páscoa chegando, o comércio baiano deve registrar um faturamento total de R$ 119,53 milhões. Isso representa a sétima maior parcela de arrecadação total entre os estados brasileiros, e o maior entre os nordestinos, para o período que deve movimentar R$ 3,44 bilhões no país. A estimativa divulgada nesta quarta-feira (13) pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) é a mais alta dos últimos dez anos e abrange itens característicos como chocolate, bacalhau e vinhos.
O valor de R$ 3,44 bilhões em vendas relacionadas à Páscoa representa um crescimento de 4,5% na comparação com o ano passado, já descontada a inflação. Ainda de acordo com a CNC, no quesito de expectativa de vendas, a Bahia fica atrás dos estados de São Paulo (R$ 948,08 milhões), Minas Gerais (R$ 352,57 milhões), Rio de Janeiro (R$ 243,19 milhões), Rio Grande do Sul (R$ 194,18 milhões), Paraná (190,75 milhões) e Santa Catarina (159,40 milhões). No entanto, a Bahia fica à frente de todos os estados nordestinos como Ceará (R$ 84,15 milhões) e Pernambuco (R$ 80,56 milhões). Confira:
Se confirmada a expectativa, será o quarto ano seguido de alta nas vendas. A trajetória de crescimento que vinha sendo observada desde 2016 foi interrompida apenas em 2020, ano em que se iniciou a pandemia da Covid-19, que afetou severamente toda a economia.
O PREÇO PODE SER UM VILÃO
Porém nem tudo são flores. A pesquisa da CNC também aponta que os preços dos produtos e serviços típicos estarão 5,2% mais caros este ano. Essa “inflação da Páscoa” é superior à inflação oficial acumulada no país em 12 meses, 4,5%. A lista de itens inclui chocolate, pescado, bacalhau, bolos, azeite de oliva, refrigerante e água, vinho e alimentação fora de casa.
O único que deve chegar mais barato este ano é o bacalhau, com recuo de 3,2% no preço. Já o grande vilão é o azeite de oliva, que ficou 45,7% mais caro em relação à última Páscoa. De acordo com a CNC, a valorização do real frente ao dólar ajudou a tornar mais baratos preços de produtos importados. A taxa de câmbio, que às vésperas da Páscoa de 2023 se situava em R$ 5,20, atualmente se encontra perto dos R$ 5 – um recuo de quase 4,3%.
IMPORTAÇÃO
O levantamento da CNC aponta que a Páscoa deste ano vem acompanhada de grande alta de importação de itens típicos do período. As compras externas de chocolate devem alcançar 3,35 mil toneladas, avanço de 21,4% em relação a 2023. No caso do bacalhau, deve haver um crescimento mais significativo, 61,9%. São 7,12 mil toneladas, a maior importação registrada desde o início do levantamento, em 1997. Confira:
A partir deste domingo (21) até a sexta-feira (26) praticamente toda a região Nordeste terá registro de fortes chuvas, de acordo com a previsão do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).
Os volumes de chuva podem ter acumulados superiores a 100 milímetros no período. A previsão indica ainda que, amanhã, a chuva deve atingir, principalmente, os estados da Bahia, Piauí e Ceará.
Isso acontecerá porque alguns dos principais sistemas meteorológicos típicos de verão, como por exemplo a Zona de Convergência Intertropical (ZCIT) e a provável formação de um canal de umidade, organizada pela presença de um sistema de baixa pressão no oceano, contribuirão para a ocorrência dessas pancadas de chuva, acompanhadas de descargas elétricas e rajadas de vento.
Apesar da possibilidade de causar transtornos, a chuva intensa será responsável também por mudar o cenário quente e seco registrado nesta semana, especialmente no semiárido. Além disso, a chuva ainda vai colaborar para o aumento da umidade no solo e aporte hídrico dos reservatórios de água.
O Inmet destaca que está monitorando a situação e reforça a importância do acompanhamento diário das atualizações de previsão do tempo e emissão dos avisos meteorológicos especiais.
Um psicopata que vive da mentira, da maldade e de ofender os outros. Foi desta forma que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se referiu ao seu antecessor no Palácio do Planalto, durante discurso nesta quinta-feira (18) no evento de retomada das obras de ampliação da refinaria de Abreu e Lima, na cidade pernambucana de Ipojuca.
Mesmo sem pronunciar diretamente o nome do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), Lula fez diversas referências a ele ao se pronunciar sobre a gestão da Petrobras no governo anterior. Ao lado da governadora de Pernambuco, Raquel Lyra (PSDB), do presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, de ministros e aliados, Lula disse que a visão de mundo de Bolsonaro corrobora esta conduta de viver da mentira e da ofensa.
“Para ele, todo mundo aqui é ladrão. Para ele, todo mundo aqui é comunista. Para ele, todo mundo aqui defende aborto. Para ele, todo mundo aqui faz isso e faz aquilo, como se ele e seus filhos fossem exemplo de família nesse país”, declarou o presidente.
Lula também comparou o tratamento que o seu governo vem dando aos estados do Nordeste com o que foi verificado na gestão anterior. Além de citar o seu antecessor, Lula também fez críticas aos comandantes da Operação Lava-Jato, ressaltando o impacto da operação sobre o funcionamento da Petrobras.
“A primeira árvore frondosa que estamos colhendo é a operação da Rnest [refinaria de Abreu e Lima]. É preciso saber quanto dinheiro esse país perdeu nesses dez anos de atraso desta empresa. Quanto salário deixou de ser pago. Quantas deixaram de ter benefícios nesse país. Quanto que esse país perdeu na sua competitividade internacional, até chegar ao ponto de a gente eleger um psicopata para ser presidente desse país”, disse no seu discurso.
O presidente também afirmou durante a solenidade que o seu 1º ano de governo no terceiro mandato foi para “limpar terreno e plantar coisa nova”, e que este segundo ano será para a colheita. Ele relembrou ainda sua fala, do início de 2023, direcionada à governadora de Pernambuco, Raquel Lyra, afirmando que ela não deveria se preocupar por ser de um partido rival ao seu, o PSDB, e que isso não afetaria sua relação com o governo federal.
“Pergunte a qualquer governador do Nordeste qual foi o inferno deles. Era um inferno. Era como se fosse o capeta negando pão às pessoas que precisavam”, disse Lula, ao falar da forma como os governadores do Nordeste eram tratados por Jair Bolsonaro.
No fim de seu discurso, o presidente Lula mencionou Bolsonaro como “a praga”, ao fazer um convite aos empresários do setor industrial para que direcionem os seus investimentos para o Brasil.
“A siderúrgica que quer produzir aço verde, venha para o Brasil. Quem quer produzir fábricas limpas, venha para o Brasil. Estamos abertos para receber com coração de brasileiro, que é o povo mais alegre e extraordinário do mundo, mesmo com essa praga solta por aí”, concluiu.
Esta não foi a primeira vez que Lula se referiu a Jair Bolsonaro como “psicopata”. Em entrevista ao jornal britânico The Guardian, em maio de 2021, Lula disse que o Brasil poderia ser resgatado nas eleições de 2022, depois de ser transformado em um pária global atingido pela Covid por seu presidente psicopata.
“Você não está lidando com um ser humano normal. Você está lidando com um psicopata, que não tem a menor capacidade de governar”, disse Lula na época, quando ainda era candidato a presidente.
Já em seu terceiro mandato como presidente, o presidente Lula se referiu a seu antecessor como um “psicopata maior”, ao falar sobre os ataques de manifestantes às sedes dos três poderes, durante o 8 de janeiro de 2023. Lula deu a declaração no Palácio do Planalto, na cerimônia de reinstalação do Consea (Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional), em 28 de fevereiro desse ano.
“Meia dúzia de bárbaros, meia dúzia de vândalos, meia dúzia de psicopatas, quem sabe orientados pelo psicopata maior, acharam que poderiam, depois de perder as eleições, ocupar o palácio e dar um golpe de Estado”, declarou o presidente Lula naquela ocasião.
O cantor Fagner, de 74 anos, polemizou com declarações sobre a atual cena da música brasileira e atiçou o DJ Alok a comentar o caso.
Em entrevista ao podcast 'CHEGUEI Podcast do Garotinho', o veterano criticou o novo formato da música e caracterizou a música eletrônica como um desastre ambiental. Para o artista, não é compreensível a movimentação feita por DJs que ficam fazendo "cenas ridículas" ao invés de tocar música.
"Mudou muito o formato de música, você vê umas pessoas... Mudou totalmente, é menos música hoje e mais cena. Uma das coisas que mais me chocam é você pegar um DJ botando um milhão de pessoas, isso é, pra mim, um desequilíbrio ambiental. Caramba, isso é um desastre ambiental. F*da-se eles, mas o povo vai ver um DJ que canta meia música e fica ali fazendo aquelas cenas ridículas, isso é uma queda", declarou o artista.
Em resposta ao veterano, o DJ Alok se pronunciou nas redes sociais e afirmou ser um grande admirador da música do cearense, mas pediu respeito ao que ele e outros artistas produzem.
"Sou um grande amirador do Fagner e seu sei que ele é um artista que contrubuiu demais para a expansão, a valorização da música nordestina. E se eu posso estar fazendo os eventos que eu faço hoje no Nordeste é porque ele e outros trabalharam lá atrás e me abriram as portas. O Fagner já lançou mais de 36 álbuns, vendeu mais de 20 milhoes de cópias, é uma lenda viva. Com certeza ele é musicalmente mais talentoso que eu, mas eu tenho outros talentos e tá tudo certo", disse em vídeo após fazer uma piada com o trecho do podcast em que o cantor critica a música eletrônica.
No podcast, Fagner ainda aproveitou para criticar o sertanejo e afirmar que a música brasileira é o que é produzido pelo Nordeste do país. Questionado sobre preconceito quanto a música nordestina, o veterano foi direto:
"Se tinham se f*deram. O que é música brasileira é música nordestina. Tinha uns caras que faziam um tipo, mas cara, o que é música brasileira é a música nordestina. Não vou nem citar nada de Sul. É Minas, é o Nordeste, que vem desde Luiz Gonzaga. Quantos autores do Nordeste você pode citar aí? Me fala cinco do Sul. Essa febre de sertanejo é tudo a mesma música", desabafou.
Conforme previsão divulgada ontem (18) pelo Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), a cidade de Porto Seguro enfrentou nesta terça (19) fortes chuvas e ventos que causaram diversos estragos. Na região da Orla Norte, as rajadas chegaram a derrubar a cobertura da barraca de praia Toa Toa, que estava vazia no momento.
O município ainda deve enfrentar o mau tempo até a próxima sexta, com volumes de chuva que podem chegar a 100 mm. Também foram registradas fortes pancadas nas regiões de Trancoso e Arraial D’ajuda.
Ainda segundo o Instituto, a previsão para toda a semana é de chuva em praticamente toda a região Nordeste do Brasil, principalmente no sul da Bahia, incluindo o litoral, com volumes mais intensos pela madrugada, também podendo chegar a 100 mm em 24h.
A Azul Linhas Aéreas anunciou, nesta terça-feira (19), que vai disponibilizar 162 voos extras para 10 cidades do Nordeste, durante o período carnavalesco de 2024. Essa adição representa 56% da malha total para o feriado. Entre os estados da região, receberá a maior parcela, com 63 voos distribuídos entre Ilhéus, Porto Seguro e Salvador.
Em Alagoas, os voos serão destinados a Maceió, que receberá 37 voos adicionais, enquanto o Ceará terá 18 voos para Fortaleza e Jericoacoara. A capital da Paraíba, João Pessoa, terá oito voos extras, e Natal, no Rio Grande do Norte, receberá 12 voos a mais. Sergipe contará com dez voos para Aracaju, e Pernambuco terá 39 para Recife.
Os dias de pico para os voos extras serão 9 e 10 de fevereiro, com um total de 121 voos. No final do carnaval, 13 e 14 de fevereiro terão o maior número de voos adicionais, com 38 e 42 voos, respectivamente.
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Após o alerta de uma nova onda de calor em diversos estados brasileiros na semana passada, o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu um alerta de que chuvas volumosas podem atingir praticamente toda a Região Nordeste a partir desta terça-feira (19) até a sexta-feira (22).
Segundo boletim do órgão, as áreas de instabilidade com chuva intensa atingirão especialmente o Sul e Centro-sul da Bahia, Centro e Sul do Maranhão e o Piauí. A ocorrência das chuvas está ligada à circulação atmosférica em vários níveis, combinada com a presença de um Vórtice Ciclônico de Altos Níveis (VCAN) e uma Sistema Frontal (SF) no Oceano Atlântico, no sul da Bahia. As informações são da Agência Brasil.
Além desses sistemas, o aumento da umidade na região está ligada à oscilação de Madden-Jullian, fenômeno de variabilidade intrasazonal, que gera chuvas acima do normal. “A partir de terça-feira, a chuva deve atingir o sul da Bahia e depois avançar para o interior do Nordeste, afetando quase toda a região, com volume mais intenso na madrugada. Vale destacar que o período mais chuvoso deve se prolongar até sexta-feira. Em locais pontuais, a chuva pode superar 100 milímetros (mm) em 24 horas, principalmente no litoral sul da Bahia”, informou o Inmet.
O meteorologista do Inmet Flaviano Fernandes informou que chuvas intensas já ocorreram na manhã desta segunda-feira (18) no Ceará e no Piauí. “[Esses] sistemas vorticiclônicos em altos níveis, na borda oeste, estarão favorecendo o aumento da nebulosidade e as chuvas na região nordeste”, explicou Fernandes.
Ele informou que a partir desta terça-feira uma frente fria ligada aos sistemas vorticiclônicos poderá ocasionar mais chuvas não apenas no sul da Bahia, mas se espalhando pela região Nordeste.
“O Nordeste esta semana está todo favorável para que ocorram chuvas em todas as regiões, principalmente nas regiões do interior, mas não descartando o litoral leste e norte do Nordeste. Também poderão ocorrer algumas chuvas mais significativas, principalmente, entre o Rio Grande do Norte e a Paraíba e, com essa chegada da frente fria no sul da Bahia, pode também ocasionar chuvas mais intensas no Recôncavo baiano”, detalhou o meteorologista.
A Bahia gerou 5.905 postos com carteira assinada, em outubro, figurando na terceira colocação na geração de vagas entre os estados nordestinos no mês. O cálculo leva em consideração a diferença entre 71.894 admissões e 65.989 desligamentos, e é realizado pelo Ministério do Trabalho e Emprego.
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Os dados do emprego formal foram sistematizados pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), autarquia vinculada à Secretaria do Planejamento do Estado da Bahia (Seplan).
De acordo com o órgão, esse é o décimo mês seguido com saldo positivo. No Nordeste, em outubro, todos os nove estados experimentaram alta do emprego formal. Em relação à geração de postos, Pernambuco foi o estado com maior saldo em outubro, com 8.272 novas vagas.
Em seguida, vieram Ceará (+6.130 vagas), Bahia (+5.905 vínculos), Alagoas (+4.163 postos), Paraíba (+3.773 postos), Maranhão (+2.357 vagas), Rio Grande do Norte (+2.257 postos), Piauí (+2.187 empregos celetistas) e Sergipe (+1.603 vínculos).
Porém, do ponto de vista da variação relativa mensal do estoque, a Bahia teve o pior desempenho dentre os estados nordestinos. Alagoas (+1,02%) foi o destaque da região nordestina, tendo sido acompanhado por Paraíba (+0,81%), Piauí (+0,65%), Pernambuco (+0,58%), Sergipe (+0,52%), Ceará (+0,48%), Rio Grande do Norte (+0,47%), Maranhão (+0,39%) e Bahia (+0,30%).
De janeiro a outubro, levando em conta a série ajustada, que incorpora as informações declaradas fora do prazo, a Bahia preencheu 82.596 novas vagas – aumento de 4,34% em relação ao total de vínculos celetistas do começo do ano. O município de Salvador, por sua vez, registrou 18.065 novos postos no período (variação positiva de 2,99%).
O crescimento do emprego celetista também foi observado no Brasil e no Nordeste no acumulado do ano, com 1.784.695 e 308.601 novas vagas, respectivamente – significando, nessa ordem, aumentos relativos de 4,20% e 4,40% em relação ao quantitativo de empregos celetistas no início do ano. A Bahia (+4,34%), dessa forma, exibiu um crescimento relativo do emprego formal maior do que o do país, mas menor do que o do Nordeste no ano.
Do conjunto das 27 unidades federativas do país, todas elas contaram com aumento do quantitativo de empregos celetistas no acumulado deste ano. A Bahia, com 82.596 novos postos, exibiu o sexto maior saldo agregado do país. O desempenho relativo baiano, com alta de 4,34% no ano, posicionou o estado na 17ª colocação no país como um todo.
Ainda em termos de saldo acumulado no ano, a unidade federativa baiana (+82.596 vagas) continuou à frente das demais do Nordeste, que contou com Ceará (+53.919 postos) e Pernambuco (+52.477 vínculos) na segunda e terceira posições, respectivamente. Em termos proporcionais, no ano, a Bahia (+4,34%) ficou na quinta posição dentro da região nordestina, atrás do Piauí (+7,61%), Alagoas (5,00%), do Rio Grande do Norte (+4,78%) e Ceará (4,34%).
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Mais de 65% dos assassinatos de quilombolas entre 2018 e 2022 foram no Nordeste, aponta levantamento
Dos 32 assassinatos de quilombolas ocorridos entre 2018 e 2022 em 11 estados, ao todo, 21 foram somente no Nordeste, totalizando 65,6% das ocorrências. Na região, os estados do Maranhão (9), Bahia (4), Pernambuco (4), Alagoas (3) e Rio Grande do Norte (1) registraram todos os casos.
Os dados são da segunda edição do levantamento “Racismo e Violência Contra Quilombos no Brasil”, elaborado pela Coordenação Nacional de Articulação das Comunidades Negras Rurais Quilombolas (Conaq) em parceria com a Terra de Direitos, e divulgado nesta sexta-feira (17).
De acordo com o estudo, as principais causas desses ataques foram conflitos fundiários - representando 70% dos casos - e violência de gênero. Segundo a pesquisa, em 10 das 26 comunidades em que foram registrados assassinatos não há processos abertos no Instituto Nacional de Reforma e Colonização Agrária (Incra), autarquia responsável pela regularização fundiária dos territórios quilombolas.
Os números foram apresentados três meses após o assassinato de Maria Bernadete Pacífico, a Mãe Bernadete, do Quilombo de Pitanga dos Palmares, em Simões Filho, na Região Metropolitna de Salvador (RMS). A morte de Mãe Bernadete, em agosto deste ano, não está contabilizada no estudo.
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Foto: Divulgação / Conaq
O estudo ainda mostra que a média anual de assassinatos de quilombolas praticamente dobrou nos últimos cinco anos, se comparado ao período de 2008 a 2017. Na primeira edição da pesquisa (2008 a 2017), havia um mapeamento de 38 assassinatos ocorridos no período de dez anos. A média anual de assassinatos, que era de 3,8, passou a ser de 6,4 ao ano. Em 15 anos, 70 quilombolas foram assassinados.
RAIO-X
Apesar dos homens (23 casos) serem as principais vítimas, percebe-se que as mulheres quilombolas (9 casos) têm sido mortas pelo fato de serem mulheres. Isso porque todos os assassinatos registrados dessas mulheres configuram-se como feminicídios.
O mapeamento identificou os meios utilizados nos assassinatos, de acordo com o gênero. As armas de fogo estão presentes em 59% dos casos totais, e atingiram principalmente os homens: eles foram assassinados por esse tipo de arma em 69,5% dos casos, enquanto 44,4% das mulheres foram assassinadas a tiros.
Assim como na pesquisa anterior, identificou-se haver um componente de crueldade nos assassinatos das mulheres. Em sua maioria as mortes ocorreram com armas brancas (faca, foice, machado ou chave de fenda) ou com métodos de tortura.
Foto: Divulgação / Conaq
O levantamento destaca os latifundiários como os principais responsáveis pelos conflitos e violações nos 190 quilombos. De acordo com os dados, eles aparecem em 42% das ocorrências.
As entidades que participaram da elaboração do estudo ainda apontam os governos federal, estaduais e municipais entre os principais agentes violadores, “envolvidos em uma série de situações de não reconhecimento da identidade e do território quilombola, ou na omissão na efetivação de políticas públicas voltadas a essa população”.
A Bahia liderou o ranking de tentativas de fraudes no Nordeste em agosto, segundo pesquisa realizada pela Serasa Experian, com 44.628 registros. Na região foram contabilizadas 166.854 naquele mês.
Na visão nacional, o Indicador de Tentativas de Fraude da Serasa Experian revelou o maior número do ano registrado, com 924.017 investidas criminosas, que foram malsucedidas graças às tecnologias de prevenção e autenticação. A frequência mensal foi de uma ocorrência a cada 2,9 segundos, também o menor tempo de 2023 até agora.
“O aumento das tentativas de fraude no Brasil se deve a uma combinação de fatores, incluindo o crescimento das atividades online, o avanço tecnológico dos criminosos, motivação financeira e falta de conhecimento dos consumidores. À medida que mais transações ocorrem digitalmente, os criminosos exploram oportunidades, tornam-se mais sofisticados e buscam lucro financeiro. Para combater esse aumento, é essencial que pessoas e empresas adotem medidas de autenticação e prevenção a golpes, contando com a tecnologia para identificação dos fraudadores”, avalia o diretor de Produtos de Autenticação e Prevenção à Fraude da Serasa Experian, Caio Rocha.
Os dados mostraram que o setor favorito dos criminosos continuou sendo o de “Bancos e Cartões” (52,0%), que concentra a maior parte das investidas desde o início do ano. Em segundo lugar ficou “Serviços’” (27,0%), “Financeiras” (16,7%), “Varejo” (3,0%) e “Telefonia” (1,3%).
Em relação à idade dos consumidores-alvo, do total de tentativas de fraude, 35,8% foram sofridas por pessoas entre 36 e 50 anos.
Um relatório técnico produzido pelo Instituto de Estudos Socioeconômicos (INESC) sobre os contratos de arrendamento e uso da terra para instalação de aerogeradores no Nordeste mostra uma relação extremamente desbalanceada entre as empresas de energia renovável e os proprietários das áreas - em sua grande maioria pequenos agricultores. A região responde por 93,6% da capacidade total de geração eólica, com forte concentração nos estados da Bahia, do Rio Grande do Norte, do Piauí e do Ceará.
O advogado e pesquisador da Universidade Federal da Paraíba, Rárisson Sampaio, analisou 50 contratos do tipo onde encontrou remunerações irrisórias pelo uso da terra e cláusulas abusivas que acabam sendo aceitas por famílias de baixa renda por falta de conhecimento, de assistência jurídica e por conta da necessidade de ampliar a renda familiar.
"Nós temos uma atividade que está sendo exercida ali dentro daquela propriedade onde 99% ou 98,5% da renda fica pra empresa e 1% ou 1,5% para o dono da área. Isso já demonstra um desequilíbrio imenso. Esta é uma atividade lucrativa, uma atividade que movimenta muito o capital, então pela própria natureza de um negócio, de um contrato com relação de interesses entre a empresa e as comunidades, seria natural que tivéssemos percentuais ou um pouco mais elevados para tornar esse negócio benéfico tanto para a empresa quanto para a comunidade", explica Rárisson, que também leciona na Universidade Regional do Cariri.
Ele destaca também que a opção pelo contrato de arrendamento ou de cessão de uso - com mais flexibilidade do que se fosse feita a compra das áreas - é de ordem econômica, pois reduz custos para a empresa.
PODER PÚBLICO AUSENTE
Os contratos são negociados livremente pelas empresas e não há qualquer tipo de mediação ou validação do poder público, seja no licenciamento ambiental, seja na emissão de outorga para geração de energia.
"A falta de fiscalização e acompanhamento das negociações e dos contratos pela agência reguladora (ANEEL) e por instituições como o Ministério Público e as Defensorias é uma lacuna que reduz a proteção das comunidades mais vulneráveis na exploração da energia", conclui o estudo.
Com isso, as empresas de energia eólica - munidas de equipes de advogados e sob a promessa de geração de renda - conseguem impor contratos que permitem a elas encerrar o vínculo a qualquer momento ao tempo que comprometem até mesmo os herdeiros a manter as obrigações contratuais. Muitas vezes, o proprietário é obrigado a pagar por assessoria jurídica. No entanto, o serviço é ligado à própria empresa, tornando sua isenção altamente questionável.
A duração dos acordos é longa para garantir a posse da terra durante todo o tempo de concessão de outorga para produção de energia concedida pela ANEEL, que é de 35 anos. Muitas vezes eles também contêm cláusulas de renovação automática, condenando gerações da família a cumprir o acordo e com remuneração financeira quase sempre muito inferior ao prometido nas abordagens de convencimento para assinatura.
Os contratos geralmente prevêem uma remuneração fixa durante o período de estudos do potencial eólico e uma porcentagem do lucro gerado pelo aerogerador quando a usina entra em funcionamento. Rárisson relata que os pagamentos iniciais podem ser tão baixos quanto R$1 ou R$2 por hectare, gerando valores mensais ínfimos como de R$46,50 ou R$63 - contrato da empresa Casa dos Ventos nos municípios de Araripina e João Câmara, respectivamente.
Para Rárisson, esse desequilíbrio de poder configura estes arrendamentos de terra como semelhantes aos contratos de adesão, aqueles que já vêm prontos, sem possibilidade de se negociar melhores condições - como acontece na assinatura de um plano de telefone ou de TV a cabo. Isso fica claro, segundo ele, quando se percebe que muitos deles têm conteúdo idêntico mesmo sendo relativos a diferentes empreendimentos.
CONCENTRAÇÃO DE RENDA E TERRA
Quando a usina entra em funcionamento, as famílias passam a receber porcentagens fixadas em contrato da renda gerada em sua propriedade. Nos contratos analisados pelo Inesc essa porcentagem varia entre 0,85% e 1,5%. Relatos veiculados na imprensa mostram que esse valor costuma resultar em renda entre R$1.000 e R$1.300 para cada aerogerador por mês.
Logo, se proprietários de grandes porções de terra conseguem uma renda mensal considerável ao permitirem a construção de dezenas de aerogeradores em suas propriedades, para um agricultor que só pode abrigar uma torre - ao custo do impedimento de de exercer outras atividades - o contrato chega a ser uma expropriação de sua terra.
E junto com esta renda insuficiente vêm os impactos. Relatos de casos severos de insônia e depressão têm sido registrados por conta do barulho constante das hélices. Agricultores também relatam que as criações deixam de produzir filhotes ou ovos. Boa parte da propriedade fica com uso impedido devido ao isolamento que o equipamento de geração e transmissão de energia requer.
"Estes arrendamentos vão caracterizar o que pesquisadores chamam de despossessão, porque as empresas, na prática, acabam assumindo o controle daquele terreno, daquela propriedade. São elas quem vão dizer como se dará o uso, como se dará o acesso, e quais as limitações que serão impostas àquela propriedade", explica Rárisson.
Com isso, o pesquisador aponta que na prática acontece uma concentração fundiária semelhante à promovida por outras atividades econômicas que operam a partir da aquisição de terras. "Pela quantidade de arrendamentos que nós verificamos no nordeste brasileiro, o que nós temos é um controle massivo das propriedades que é atribuído às empresas por meio desses contratos" conclui.
A Escola Municipal Mário Altenfelder, no Lobato, em Salvador, foi a única instituição do Nordeste selecionada para participar do programa First Lego, competição de Robótica que é considerada a maior do mundo.
A equipe é composta por crianças com idade entre seis e 10 anos, supervisionadas pelo professor Antônio Fernando Bulcão, especialista em Artes Visuais. A segunda etapa da seleção será realizada em Curitiba, no final de setembro.
A gestão da Escola Mário Altenfelder realizou na última sexta-feira (15) um evento na escola, onde os alunos participantes apresentaram os protótipos criados com peças de Lego.
Energias renováveis é o tema abordado este ano, e uma das exigências é alinhar com as necessidades da comunidade. Com base na temática, a equipe montou um sistema de energia solar para iluminar o comércio e residências do entorno da escola.
A notícia de ser a única escola do Nordeste a participar da competição movimentou toda a comunidade escolar. Segundo a gestora Graça Suely Oliveira, os professores de imediato montaram uma equipe que atendesse ao perfil exigido no edital.
“Energia renovável é um tema bastante atual, criamos uma equipe de apoio para que todos os alunos tivessem acesso ao projeto que o grupo estava desenvolvendo. São vários eixos de aprendizagem com esse processo, a linguagem de robótica, sustentabilidade, motivação e eles estão radiantes de poder participar desse projeto”, contou.
O professor Antônio Fernando Bulcão falou sobre a importância da iniciativa. “Por meio dela a gente faz a inserção da Robótica ao currículo escolar, que promove novos olhares em relação à Engenharia e observação da comunidade. Muitas crianças não tinham contato com o Lego e estão adorando a experiência, desenvolvendo habilidades que antes não eram percebidas na sala de aula convencional”, explicou o professor de Artes.
A etapa final do programa First Lego será disputada no Canadá, e a equipe soteropolitana está confiante na classificação. Enquanto isso, os alunos estão aprimorando o projeto.
“Criamos uma fonte de energia que conecta com led e sensor de movimento, gostei muito de fazer, o professor nos orientou e não tive dificuldade. Estou torcendo para que nosso projeto seja classificado”, disse o estudante Leandro Levy Santana.
A Justiça Federal em Alagoas decidiu que o governo federal adote as medidas necessárias para viabilizar a imediata descentralização de recursos financeiros para combater a estiagem e seca na região do Semiárido Nordestino e norte de Minas Gerais e do Espírito Santo com o fornecimento ininterrupto de água potável pela Operação Carro Pipa (OCP) aos moradores locais vulneráveis.
O resultado, proferido na última terça-feira (22), é de ação civil pública da Defensoria Pública da União (DPU), que pediu em dezembro do ano passado que o governo adotasse medidas para restabelecer o programa emergencial de distribuição de água na região. A ação foi tomada após respostas do Ministério da Economia e do Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR) a uma recomendação da DPU, emitida em novembro, para que houvesse o imediato restabelecimento da operação.
Na sentença, o juiz federal Raimundo Alves de Campos Jr. determinou também o pagamento de R$ 2 milhões em danos morais coletivos, que serão revertidos a um fundo para construção de cisternas para a população local e que o governo envie proposta orçamentária ao poder legislativo que garanta a plena execução da operação, respeitando a manifestação técnica do Ministério de Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR), atual responsável pela OCP.
“Sem a menor sombra de dúvidas, a privação coletiva do acesso à água potável causa imensurável repugnância e indignação na comunidade atingida. E isso por se tratar do bem mais precioso para a manutenção da vida”, afirmou Campos Jr. O juiz também ressaltou que é inconcebível que, em tempos de tantos recursos e avanços tecnológicos, que ainda haja pessoas morrendo de sede.
“É inimaginável que ações dessa natureza ainda tenham que ser levadas ao judiciário para viabilizar o mínimo de dignidade às pessoas pobres”, comentou o defensor regional de direitos humanos em Alagoas, Diego Bruno Martins Alves, autor da ACP. Para o defensor, a decisão é de extrema relevância.
“É intolerável que o poder público, por falhas administrativas e omissão renitente, deixe de garantir a transferência de verbas para continuidade do fornecimento de água potável às pessoas vulneráveis do nordeste brasileiro”, completou.
SEM ÁGUA
A interrupção da política pública vem prejudicando a sobrevivência de milhares de pessoas vulneráveis e residentes nos municípios alcançados pela calamidade pública. Conforme dados divulgados no Portal da OCP, em novembro de 2022 a suspensão afetou diretamente 425 municípios no Nordeste, prejudicando a subsistência de mais de 1,6 milhão de pessoas da zona rural e em áreas de seca.
Segundo o levantamento, são:
-
37 municípios em Alagoas (mais de 148 mil pessoas);
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159 na Paraíba (272.990 pessoas);
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105 em Pernambuco (529.660 pessoas);
-
34 no Ceará (147.085 pessoas);
-
24 na Bahia (398.723 pessoas);
-
45 no Rio Grande do Norte (61.080 pessoas);
-
13 no Piauí (41.640 pessoas);
-
8 em Sergipe (29.260 pessoas).
Curtas do Poder
Pérolas do Dia
Capitão Alden
"Estamos preparados, estamos em guerra. Toda e qualquer eventual postura mais enérgica, estaremos prontos para estar revidando".
Disse o deputado federal Capitão Alden (PL) sobre possível retirada à força da obstrução dos apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no Congresso Nacional.