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Em um desdobramento no âmbito da Operação Falsas Promessas, o Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) determinou a revogação das prisões preventivas que ainda estavam em vigor para alguns dos réus, entre eles José Roberto Nascimento dos Santos, conhecido nas redes sociais como Nanan Premiações. A decisão, assinada pelo juiz Waldir Viana Ribeiro Junior nesta quarta-feira (13), ocorre em um contexto de admissão de novos elementos probatórios no processo.
Além de Nanan, a decisão obtida pelo Bahia Notícias aponta que outros 27 réus tiveram as preventivas revogadas. A medida judicial de soltura foi motivada pela necessidade de equilibrar o avanço do processo com os direitos dos acusados, especialmente considerando que alguns dos detidos já estavam presos desde 5 de setembro de 2024, aproximando-se de um ano de custódia.
A Operação Falsas Promessas apura a exploração de rifas ilegais e os envolvidos chegaram a ser denunciados por crimes como formação de organização criminosa, lavagem de dinheiro e promoção de jogos de azar. Entre os citados está o policial militar Lázaro Andrade, conhecido como Alexandre Tchaca, e os influenciadores digitais Franklin Reis e Ramhon Dias.
Agora, o magistrado ponderou que a inclusão de um extenso volume de provas, solicitado pelo Ministério Público, demandaria a concessão da bilateralidade da audiência para as defesas, a fim de garantir pleno conhecimento e possibilidade de contraposição. Contudo, essa etapa processual, se combinada com a manutenção das prisões, "postergaria, ainda mais, as prisões preventivas que ainda vigoram em desfavor de alguns dos acusados".
A deliberação ocorreu após uma solicitação do Ministério Público da Bahia (MP-BA) para utilizar e compartilhar elementos de cognição produzidos em diversos outros procedimentos e inquéritos policiais. Segundo o órgão, o conteúdo probatório desses autos é "deveras pertinente e relevante" para a ação penal".
Os procedimentos cujo conteúdo foi autorizado a ser utilizado incluem:
* Inquérito policial de autos de nº 15.144/2024, que outrora tramitou no DRACO;
* Processo nº 8000239-90.2024.8.05.0233 (interceptação telefônica);
*Processo 8000752-58.2024.8.05.0233 (prisão temporária e busca e apreensão);
*Processo 8000754-28.2024.8.05.0233 (sequestro de bens);
*Processo 8026278-10.2025.8.05.0001 (prisão preventiva);
*Processo 8028137-61.2025.8.05.0001 (busca e apreensão);
*Processo 0307573-42.2016.8.05.0001 (incidente de representação por prisão temporária).
Também foi argumentado a admissibilidade do compartilhamento de provas, explicando que tal prática é aceita, desde que observados parâmetros legais que assegurem a regularidade processual e a licitude material da medida. Foi salientado que as medidas cautelares preparatórias foram produzidas com observância do devido processo legal, mediante representações da Autoridade Policial, intervenção do Ministério Público e decisões fundamentadas do Juízo competente.
Diante do volume documental e da necessidade de garantir os direitos das defesas sem prolongar a privação de liberdade, o juiz deferiu o uso do conteúdo dos procedimentos, mas concomitantemente revogou as prisões preventivas e determinou a expedição dos alvarás de soltura.
O Ministério Público do Estado da Bahia (MP-BA) denunciou, na última quarta-feira (7), 37 integrantes de uma organização criminosa que movimentou milhões a partir da exploração de rifas ilícitas e lavagem de dinheiro proveniente dessa atividade à Justiça. Os influenciadores Franklin de Jesus Reis, o Neka, e Ludmila Soares do Nascimento fazem parte da lista, que decorre da operação “Falsas Promessas 2”.
No documento, o Grupo de Combate às Organizações Criminosas e Investigações Criminais (Gaeco) registra que o grupo especializado na lavagem de dinheiro oriundo da exploração das rifas articulou um forte esquema de captação, movimentação e dissimulação de recursos por meio empresas de fachada, pessoas interpostas e ‘laranjas’.
Segundo as investigações, os crimes eram praticadas por múltiplos núcleos organizados que agiam de forma interconectada. Todos voltados à exploração de rifas clandestinas e à dissimulação e ocultação dos ganhos ilícitos.
Os grupos, afirma o Gaeco, mantinham entre si “relações sistemáticas de cooperação, com compartilhamento de recursos logísticos, financeiros e operacionais, configurando um consórcio delitivo estruturado para maximizar o lucro e dificultar a identificação da origem ilícita dos valores movimentados”.
Eles realizavam a promoção, “em escala quase industrial, de rifas clandestinas, que têm seus resultados corriqueiramente fraudados”. As apurações indicam ainda que grande parte dos sorteios das rifas promovidas pelo grupo eram fraudados para garantir que os prêmios não saíssem da Orcrim.
A investigação apontou ainda que eles dissimulavam a fonte das receitas e reinseriam os valores na economia formal por meio das empresas de fachada, contas bancárias de terceiros e movimentações em espécie.
Os envolvidos foram denunciados por crimes como formação de organização criminosa, lavagem de dinheiro e promoção de jogos de azar. Entre eles, os líderes da Orcrim: José Roberto Nascimento dos Santos, conhecido nas redes sociais como “Nanan Premiações”, Ramhon Dias de Jesus Vaz e Josemário Aparecido Santos Lins.
Confira a lista com os demais integrantes:
- Gabriela da Silva Vale – companheira de José Roberto Nascimento (Nanan Premiações)
- Joabe Vilas Boas Bonfim
- Charles Vilas Boas Prazeres
- João Nilton Lima Laurentino
- Rafaela de Carvalho Souza
- Vinícius de Souza Santos
- Ludmila Soares do Nascimento (influenciadora digital)
- Jorge Vinicius de Souza Santana Piano
- Jefferson Pereira da Silva
- Ivonei Santos Souza
- Idelfonso de Jesus Santos Filho
- Adenilton Silva de Jesus
- Wesley da Silva Damasceno,
- Paulo Santos da Silva Júnior
- Lismara Assis da Silva de Jesus
- Nadson Souza Ferreira
- Alessandro Conceição de Souza Santos
- Daniel Alves da Silva
- Franklin de Jesus Reis (influenciador digital)
- David Mascarenhas Alves de Santana
- Jorge Jatobá de Paula
- Califa Fernandes Teixeira
- Rafaela Almeida Silva Aragão
- Francisco Souza Braga Júnior
- Manuel Ferreira da Silva Filho
- Adilson Prazeres Barbosa (soldado)
- Adeilton Prazeres Barbosa
- Valdomiro Maximiniano dos Santos (soldado)
- Antônio César de Jesus (sargento)
- Fernando Ferreira de Jesus
- Jeferson Silva Franca (soldado)
- Lázaro Alexandre Pereira de Andrade (Policial militar conhecido como “Tchaca”)
- Almir Witzlebem Barradas Neto (soldado)
- Alan dos Santos Souza (cabo)
O policial militar Alexandre Tchaca declarou, em vídeo publicado nas redes sociais no mês de março, que já tinha conhecimento de que era alvo de uma investigação. A prisão dele ocorreu na manhã desta quarta-feira (9), no âmbito da Operação Falsas Promessas, deflagrada pelas autoridades policiais. Além de Tchaca, outros quatro policiais militares também foram detidos.
Na gravação, Tchaca afirma ter sido informado sobre mandados de busca e apreensão em seu nome e de outros colegas desde o final de 2023.
“Desde novembro que eu recebi um informe de que haveria um mandado de busca e apreensão em meu desfavor e em favor de outros colegas policiais. Novembro! Recebi uma foto, um print do processo que ocorre em segredo de justiça e confirma lá meu nome e o nome de outros colegas”, declarou o militar no vídeo.
No mesmo conteúdo, o PM alega ser vítima de perseguição e sinaliza que poderá divulgar informações comprometedoras, caso se confirme a sua prisão.
“Todo mundo que me acompanha sabe das armações, das perseguições. […] Eu não posso falar tudo ainda. Dependendo das cenas dos próximos capítulos, eu largo nomes, largo tudo que verdadeiramente eu não quero fazer, mas eu tenho que cair atirando”, completou.
O policial militar também é investigado por sua participação no Caso do Cabula, quando 12 jovens foram mortos e outros seis ficaram feridos durante uma operação da Rondesp na Vila Moisés no bairro do Cabula.
Nesta quarta, um dos alvos da operação, José Roberto Santos, conhecido nas redes sociais como “Nanan Premiações”, foi preso em um condomínio de luxo, localizado na Estrada do Côco, na Região Metropolitana de Salvador (RMS).
A Polícia Civil da Bahia deflagrou, na manhã desta quarta-feira (9), uma operação para cumprir mais de 20 mandados de prisão e de busca e apreensão contra indivíduos suspeitos de participação em rifas ilegais.
A ação tem como foco o combate a atividades criminosas ligadas à exploração de sorteios irregulares, utilizados para a lavagem de dinheiro proveniente do tráfico de drogas.
Um dos alvos da operação é José Roberto Santos, conhecido nas redes sociais como “Nanan Premiações”. Conforme as autoridades, a companheira dele também foi alvo de mandado de prisão e já foi localizada. Segundo informações da Polícia Civil, o casal foi preso em um condomínio de luxo, localizado na Estrada do Côco, na Região Metropolitana de Salvador (RMS).
Em setembro de 2024, José Roberto e outras 18 pessoas chegaram a ser presos por integrar uma organização criminosa que, segundo as investigações, atuava em apoio ao tráfico de entorpecentes. À época, as apurações apontaram que o grupo teria movimentado cerca de R$ 500 milhões por meio de rifas consideradas fraudulentas.
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Roberto Carlos
"Ouvi minhas bases e fiz a escolha".
Disse o deputado estadual Roberto Carlos (PV) ao confirmar que será candidato à reeleição nas eleições de 2026. Ao Bahia Notícias, o parlamentar contou que a decisão veio após diálogo com as bases políticas e contou com o apoio do governador Jerônimo Rodrigues (PT).