Artigos
Por que apenas 30% das empresas familiares chegam à segunda geração - e por que isso tem mais a ver com emoções do que com finanças
Multimídia
Entre convite do PT a Bellintani e articulação de Bruno Reis, Mário Kertesz expõe bastidores das eleições municipais de Salvador
Entrevistas
Afonso Florence garante candidatura de Lula em 2026 e crava retorno ao Congresso: “Sou parlamentar”
mpla
Grupos pró-democracia de Angola enviaram uma carta aberta à Associação de Futebol Argentino (AFA), à seleção campeã mundial e à fundação beneficente de Lionel Messi pedindo o cancelamento do amistoso marcado para novembro, em Luanda. O jogo faz parte das comemorações do 50º aniversário da independência do país africano.
As organizações criticam a realização da partida em meio à crise política e social agravada pela repressão policial a protestos ocorridos em julho. As manifestações começaram após o aumento do preço dos combustíveis, resultando em saques e confrontos. Segundo dados divulgados por entidades locais, pelo menos 30 pessoas morreram, mais de 270 ficaram feridas e 1.515 foram presas — episódio considerado o mais violento em décadas.
Na carta, os ativistas acusam o governo angolano de promover “repressão sistemática” e pedem um posicionamento da AFA e de Messi. "Rejeitar a participação nesta partida seria um gesto nobre de solidariedade internacional e de respeito pelos direitos humanos", afirmam.
As críticas também se estendem ao uso de recursos públicos. "Enquanto os recursos públicos são canalizados para eventos esportivos de alto nível, milhares de crianças e adultos enfrentam fome crônica, anemia severa e insegurança alimentar generalizada", denunciaram.
Apesar de ser um dos principais produtores de petróleo da África, Angola enfrenta altos índices de desigualdade. Segundo o Banco Mundial, quase um terço dos cerca de 38 milhões de habitantes vive na pobreza. Já a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) aponta que 22,5% da população sofre de desnutrição.
Os ativistas também alegam que apenas uma minoria ligada ao MPLA, partido que governa o país desde a independência de Portugal em 1975, é beneficiada pelas oportunidades econômicas.
Até o momento, AFA e Messi não se pronunciaram sobre o pedido de cancelamento do amistoso.
Curtas do Poder
Pérolas do Dia
Luiz Inácio Lula da Silva
"Grave erro histórico".
Disse o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao criticar o mecanismo das emendas impositivas, um dos tipos de transferências de verbas federais feitas por parlamentares aos estados e municípios. Em declaração dada nesta quinta-feira (4), o petista definiu o modelo como uma "grave erro histórico", mas negou que o governo tenha um "problema" com o Congresso Nacional".