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morango do amor
O chef francês Erick Jacquin chamou a atenção após criticar o morango do amor, sobremesa que viralizou nas redes sociais. Um dos jurados do MasterChef, da Band, Jacquin provou a sobremesa em uma dinâmica do programa culinário.
Os chefs Henrique Fogazza e Heleza Rizzo, que também fazem parte do programa, também provaram o doce e aprovaram, apesar de ser “muito doce”. Já Jacquin, o porquê de colocar o açúcar e corante na “fruta das crianças”.
“Tem coisa que não consigo entender na vida, gente. Morando, essa fruta tão maravilhosa, tão gostosa, é a fruta das crianças. Por que colocar essa merda em cima dela?”, reprovou. Jacquin
acrescentou ainda que para ele “isso não é confeitaria nem sobremesa. Isso aí é porcaria”.
que ódio deram morango do amor pra helena, pro fogaça e pro jacquin pic.twitter.com/f4QQr0yiNU
— ju (@julianamaaral) August 12, 2025
A adaptação do Acarajé para o viral "Morango do Amor" não foi bem aceita pela Associação de Baianas de Acarajé (Abam), em Salvador, que emitiu uma nota de repúdio contra alterações feitas na receita em Aracaju e Maceió.
O registro do "Acarajé do Amor", que imita o bombom mais viralizado das redes sociais nas últimas três semanas, passou a circular na internet na última sexta (1), e chamou a atenção dos internautas.
A receita servida no Acarajé da Irmã Jane, em Maceió, Alagoas, traz o quitute popular da Bahia recheado com brigadeiro e morangos.
Já é bizarro ter 8 sabores de acarajé, mas acarajé do amor me deixou sem reação pic.twitter.com/QYUCG5Afij
— CAROL (@Soonichinne) August 1, 2025
Por meio de nota, a Abam reforçou a tradição do ofício das baianas e do acarajé, reconhecido como Patrimônio Cultural Imaterial do Brasil desde 2005, pelo IPHAN, e afirmou não aceitar qualquer tipo de alteração na receita e no modo de preparo dos quitutes.
“Associação de Baianas de Acarajé - ABAM, não aprova e não aceita qualquer tipo de alteração em nossa receita e modo de preparo dos nossos produtos, somos empreendedoras ancestrais e focadas na tradição deixada por nossos antepassados, sem surfar nas influências contemporâneas sem propósito.”
Ao g1 Sergipe, Ingrid Carozo, de 36 anos, que investiu no "Acarajé do Amor", falou sobre a receita dela ter dividido opiniões nas redes.
“Eu acho normal dividir opiniões, ninguém pensa igual a ninguém, a gastronomia pode ir além da nossa imaginação. Eu entendo as críticas e respeito a religião, porém teve outra cidade que fez e não houve crítica. [...] O acarajé do amor foi feito pra divulgação, só para entrar no clima do momento.”
Casquinha crocante formada por açúcar caramelizado. Macio por dentro. O recheio? Um doce branco. A descrição bate com uma velha conhecida do Nordeste: a famosa Bala Baiana ou a Bala de Vidro.
Mas algo está diferente. A adição de um morango e a mudança de um brigadeiro de coco por um brigadeiro de leite em pó, fez com que o velho conhecido se transformasse em uma das maiores sensações da internet nos últimos dias: o Morango do Amor, nome dado em referência a ‘Maçã do Amor’.
Foto: Reprodução/ Tanghulu
Ok, o ato de cobrir uma fruta com caramelo não é uma exclusividade do Brasil, nem mesmo uma invenção baiana. Reza a lenda que o Tanghulu foi criado durante a Dinastia Song (960 a 1279), no norte da China, quando a concubina, isto é, a mulher que tinha uma relação com o imperador, ficou doente e se recuperou após uma dieta com a mistura, se transformando em um doce popular da família real.
Mas a versão que viralizou só pode ser uma invenção verde e amarela. Afinal, quem mais pensaria em cobrir um morango com brigadeiro?
Esqueça Labubu, Bobbie Goods e qualquer outra moda inventada nas redes sociais nos últimos 4 meses. Não há quem abra o Instagram ou o Tiktok e não se depare com o vídeo de alguém ou ensinando a receita para fazer a iguaria, ou provando uma receita do doce mais cobiçado do momento, ou, ainda pior, mostrando o desastre na tentativa de replicar o bombom.
Mas antes mesmo do doce se tornar moda, em Salvador, a receita já era conhecida por uma confeitaria que ousou em misturar a tradição da Bala Baiana a uma das frutas mais desejadas quando se fala dessa mistura com chocolate. A empresária Priscila Dinz, dona da Confeitaria Priscila Diniz, já tinha os bombons no cardápio há mais de 2 anos. A primeira publicação em referência ao doce foi feita em junho de 2023.
Atualmente, a peça está custando R$ 17 na loja e o pedido pode ser feito pelo site de encomendas ou diretamente na confeitaria nos endereços da Barra, Pituba, Orlando Gomes ou em Feira de Santana.
“O Morango do Amor é uma receita antiga, tanto quanto a Maçã do Amor, um doce simples que remete à nossa infância por conta da calda caramelizada. E eu tive a ideia de fazer porque, até então, nunca tinha visto ninguém fazer e comercializar, vender em lojas, e lançar nas vitrines como nossa Confeitaria em 2023. O sucesso foi instantâneo”, contou.
Para Priscila, preparar o doce com perfeição requer uma combinação de fatores digna de uma alquimia e quase com o poder de transcender. Nas redes sociais, alguns internautas mostraram a habilidade negativada para o mundo da confeitaria com as experiências ruins da tentativa de fazer o doce, apelidando o bombom de "Morango do Terror", como foi o caso da influenciadora Larissa Todescato.
@larissatodescato Morango do terr0r ???? #morangodoamor #fypdonggggggg #comendo #deuerrado ? som original - Larissa Todescato
“O Morango do Amor é tão simples quanto complicado porque envolve muita técnica e envolve um produto muito perecível. No início eu também bati a cabeça até encontrar o ponto da calda ideal, a embalagem ideal... porque a casquinha tem que ser fina, o brigadeiro não pode ser doce demais e os morangos têm que estar no ponto de maturação perfeito”, explica.
Do morango, a confeitaria passou a investir em diversos outros produtos com a casquinha crocante de açúcar e a cremosidade do brigadeiro.
Foto: Instagram
“O sucesso foi instantâneo, daí veio o Ovo de Páscoa do Amor, o Buquê do Amor no Dia dos Namorados, e até em mesas de doces e pistas de dança de casamentos ele passou a ser requisitado. Ao mesmo tempo, algumas 'influencers' e outras personalidades famosas nacionalmente, que provaram e adoraram, fizeram um marketing totalmente espontâneo e gratuito, muito bacana, daí viralizou pelo Brasil”.
A ideia de investir em outros formatos também foi adotada por outros confeiteiros, que lançaram o Morango do Amor no formato de rosa; o Maracujango do Amor, que consiste em um brigadeiro de maracujá envolto no morango e coberto com o caramelo e foi apresentada pelo influenciador Pablo Figueiredo; a Banana do Amor; e até mesmo Tangerina do Amor.
Apesar de ter sido uma das primeiras a vender o doce, Priscila faz questão de afirmar que se apresentar desta forma não é uma tentativa dela de reivindicar a autoria do Morango do Amor.
“É como venho deixando claro: eu não posso me considerar a única que teve ideia de transformar um bombom de morango com calda da maçã do amor, essa ideia já deve existir há muitos anos e a internet e nossos fãs e seguidores da marca cuidaram de popularizar e viralizar o produto. Eu apresentei e despertei a paixão do grande público pelo doce, e vejo que a minha ideia de lançar um produto 'esquecido' tem ajudado muitas outras confeiteiras a ter o trabalho valorizado e reconhecido e faturando muito com isso.”
A popularização do doce nas redes sociais teve impacto nas vendas e na produção da confeitaria, que tem nove unidades em Salvador e a de Feira.
“O público respondeu imediatamente de uma maneira incrível, e até hoje não consigo atender à demanda, tanto nas lojas, no delivery, como nas encomendas. Ele está esgotando em poucas horas!! Uma loucura boa, estamos abastecendo o dia inteiro todos os nossos pontos de venda”, revelou.
E como uma boa empresária que sabe vender o peixe, ou melhor, o Morango do Amor, Priscila explica como funciona a linha de montagem e o que justifica o “investimento” em um doce da sua confeitaria.
“A alta qualidade dos produtos sempre foi a marca Priscilla Diniz, por isso mesmo a nossa produção é limitada, os fornecedores dos insumos são muito bem selecionados e cada produto é feito com todo o cuidado e carinho, para que chegue ao público traduzindo o nosso amor pela confeitaria e a nossa missão empresarial: a excelência em tudo que fazemos e oferecemos ao consumidor.”
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"O meu time não tem medo de brigar. Se for preciso brigar, a gente vai brigar. Mas antes de brigar, a gente quer negociar".
Disse o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobre as negociações com Donald Trump para o fim do tarifaço.