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O governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) decidiu expulsar do Brasil a embaixadora, Fulvia Patricia Castro Matus, da Nicarágua. Informação foi divulgada, nesta quinta-feira (8), pelo Ministério das Relações Exteriores.
A decisão é resposta à determinação do regime do ditador Daniel Ortega de expulsar embaixador brasileiro do país, Breno de Souza da Costa. Ainda não há informação sobre o prazo dado a Fulvia para que ela interrompa sua missão no Brasil.
O embaixador brasileiro foi expulso após Costa, sob orientação do Itamaraty, não ter participado de um ato em celebração dos 45 anos da Revolução Sandinista. A ausência irritou as autoridades locais.
Segundo a Folha de São Paulo, as relações entre os dois países estavam praticamente congeladas desde que Lula tentou interceder, sem sucesso, pela liberação de um bispo católico perseguido pelo regime. Com as expulsões dos embaixadores, chegam a um nível ainda mais baixo.
O aviso do regime Ortega de que Costa deveria deixar o país foi dado há cerca de duas semanas. A determinação de Manágua foi mantida e Costa deve deixar a Nicarágua ainda nesta quinta, disse à Folha um interlocutor no Itamaraty.
O PT de Lula é aliado histórico de Ortega, líder da Revolução Sandinista e no poder de forma ininterrupta desde 2007.
O pivô do distanciamento entre Lula e Ortega é o bispo Rolando José Álvarez, que ficou detido por mais de 500 dias e acabou expulso do país centro-americano em janeiro. Lula atendeu pedido do papa Franciso, ainda no ano passado, para tentar interceder pela libertação do religioso.
O ditador nicaraguense ignorou o presidente brasileiro e nem sequer respondeu a um pedido de telefonema para tratar do assunto. "O dado concreto é que o Daniel Ortega não atendeu o telefonema e não quis falar comigo. Então, nunca mais eu falei com ele, nunca mais. Ou seja, eu acho que é uma bobagem", disse Lula na ocasião.
O caso envolvendo o bispo católico consolidou o congelamento das relações entre Lula e Ortega.
O Ministério das Relações Exteriores (MRE), o Itamaraty, emitiu, nesta terça-feira (30), um alerta consular para brasileiros que estão na Venezuela. O alerta vem após a proclamação de Nicolás Maduro como presidente reeleito neste domingo (28). Opositores e eleitores então tomaram as ruas da capital Caracas, em apelo para que as contagens completas dos votos sejam divulgadas.
No comunicado, o Itamaraty pede que brasileiros residentes, em trânsito ou com viagem marcada para a Venezuela, mantenham-se informados sobre a segurança nas áreas onde se encontram e que evitem aglomerações.
“A Embaixada do Brasil, em Caracas, permanece atenta à situação das cidadãs e dos cidadãos brasileiros no país e disponibiliza, em caso de emergência envolvendo seus nacionais, o seu plantão consular, +58 414-3723337 (com WhatsApp)”, informou o Itamaraty.
Segundo informações da Agência Brasil, mesmo após o anúncio da reeleição de Maduro, há a expectativa de que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela publique todas as atas com os resultados eleitorais por urna. Permitindo a verificação das atas em poder do conselho e as impressas na hora da votação, distribuídas aos fiscais da oposição ou aos observadores nacionais e internacionais.
Lideranças internacionais que contestaram o resultado das urnas tiveram seus representantes diplomáticos expulsos por Maduro, um dia após a reeleição, a exemplo da Argentina, Chile, Costa Rica, Peru, Panamá, República Dominicana e Uruguai.
Curtas do Poder
Pérolas do Dia
Jerônimo Rodrigues
"As facções também investem, e muito, em inteligência. Eles montam uma indústria de armas. No último fim de semana vimos que muitas dessas peças são montadas aqui mesmo, não vêm todas de fora".
Disse o governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT) ao comentar que não há negacionismo na política de segurança pública do estado e destacou que o enfrentamento ao crime hoje exige novas estratégias, diante da evolução tecnológica das facções criminosas.