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A Central de Atendimento à Mulher, iniciativa do Ministério das Mulheres, computou 9.090 denúncias na Bahia ao longo do ano de 2024, sendo um aumento de 11,6% em relação ao período anterior, quando se registrou 8.143 em 2023. Os atendimentos pelo “Ligue 180”, de modo geral, cresceram 42%, chegando ao suporte a 44.594 mulheres no ano passado.
Entre as denúncias de 2024, 5.985 foram apresentadas pela própria vítima, enquanto 3.096 foram por terceiros. A casa da vítima ainda é o cenário onde mais situações de violência são registradas: 3.847 denúncias tinham este contexto. A residência compartilhada por vítima e suspeito também é local de grande parte das denúncias na Bahia, com 2.921 casos.
A violência contra mulheres entre 40 e 44 anos (1.471 vítimas) representa o maior número de denúncias. São as mulheres pretas ou pardas as vítimas mais frequentes (6.707) e são os esposos(as) e companheiros(as) — ou ex-companheiros(as) — aqueles que mais cometem atos violentos (2.440).
Para a ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, o aumento significativo no número de atendimentos realizados pela central reflete a maior confiança da população brasileira, em especial das mulheres, no Ligue 180. Segundo ela, o sistema vem recebendo uma série de melhorias desde 2023, com a reestruturação prevista na retomada do Programa Mulher Viver sem Violência (Decreto nº 11.431/2023).
"Temos investido na capacitação das profissionais que realizam o atendimento e o acolhimento das mulheres, tanto para a informação sobre direitos e serviços da rede, como para o correto tratamento e encaminhamento das denúncias aos órgãos competentes, aumentando a confiança no canal. Além disso, temos intensificado as campanhas para ampliar a divulgação do Ligue 180, inclusive o atendimento no WhatsApp", explica a ministra.
DADOS NO BRASIL
No cenário nacional, em 2024, a Central Ligue 180 atendeu 691.444 ligações de todo o território nacional, o que representa um aumento de 21,6% em relação a 2023. O número de atendimentos pelo WhatsApp, lançado em abril de 2023, passou de 6.689 em 2023 (743/mês) para 14.572 em 2024 (1214/mês) — salto de 63,4%.
No total, contabilizando telefonia, WhatsApp, e-mail, entre outros canais de atendimento, o Ligue 180 realizou 750.687 atendimentos em 2024 — média de 2.051 por dia. O número de denúncias feitas à Central Ligue 180 também aumentou, passando de 114.626 em 2023 para 132.084 em 2024. Desse total, 38.470 foram realizadas pela própria vítima e 86.105 foram anônimas.
Ao todo, 573.131 violações foram reportadas ao Ligue 180 em 2024, uma redução de 3,9% em relação a 2023, quando 596.600 violações foram registradas. Os tipos mais recorrentes foram a violência psicológica (101.007 denúncias); seguida pela física (78.651); patrimonial (19.095); sexual (10.203), violência moral 9.180) e cárcere privado (3.027). De acordo com a metodologia utilizada pela Central, uma denúncia pode conter mais de um tipo de violação de direitos das mulheres.
O deputado federal Alexandre Frota, ex-aliado do governo de Jair Bolsonaro, utilizou sua conta oficial do Twitter para sugerir que Pabllo Vittar assumisse o Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, cargo atualmente ocupado por Damares Alves.
Recentemente, a cantora fez uma declaração sobre sua relação com o Brasil durante uma entrevista à revista Time. "Às vezes, sinto muita vergonha de ser brasileira por causa desse presidente. As pessoas estão morrendo. As pessoas estão tendo suas casas e direitos retirados", disse Vittar.
Frota compartilhou o comentário da cantora em seu Twitter e declarou o apoio à artista: "Pablito Vittar tem vergonha de ser brasileiro por causa do Bolsonaro. Pabllo Vittar, não tenha vergonha de ser brasileira, e sim de ter o Bolsonaro como presidente. Entre na luta para tirá-lo. Você no lugar da Damares faria muito melhor".
Pablito Vittar tem vergonha de ser Brasileiro por causa do Bolsonaro . @pabllovittar não tenha vergonha de ser Brasileira e sim de ter o Bolsonaro como Presidente.Entre na luta para tira lo .Vc no lugar da Damares faria muito melhor @MinistraDamare1 . https://t.co/ekB38s2kLy
— Alexandre Frota (@alefrota77) October 15, 2019
À frente do Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos, Damares Alves disse não ter “dever algum” de investir dinheiro público para concluir a construção do Memorial da Anistia, na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).
De acordo com informações da coluna de Mônica Bergamo, na Folha de S. Paulo, a declaração foi dada pela ministra em agosto, em resposta ao Ministério Público Federal (MPF), que questionou a descontinuidade das obras.
Na justificativa enviada ao órgão, o governo afirma que a construção de um Memorial da Anistia é “contraditória nos seus termos”, já que anistia “significa ‘esquecimento’”. “Um Memorial da Anistia seria algo como o Memorial do Esquecimento”, argumentou.
No dicionário Michaelis, anistia significa: “Perdão geral, esquecimento” e “Ato do poder público que declara impuníveis determinados delitos, em geral por motivos políticos e, ao mesmo tempo, suspende diligências persecutórias e anula condenações”.
Agora paralisada, a construção do memorial já custou R$ 26 milhões, cinco vezes mais do que o previsto inicialmente. Na última quinta-feira (15), 11 pessoas envolvidas na obra foram indiciadas pela Polícia Federal, sob suspeita de crimes de associação criminosa, estelionato, falsidade ideológica, peculato, desvio, concussão e prevaricação.
A modelo e atriz Luiza Brunet irá estrelar uma campanha contra suicídio e automutilação, promovida pelo Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, pasta comandada pela polêmica ministra Damares Alves.
De acordo com a coluna de Mônica Bergamo, na Folha de S. Paulo, na propaganda Brunet dirá o seguinte texto: “Pouca gente de fato consegue perceber que por trás de uma rotina aparentemente normal pode haver um profundo sofrimento”.
Curtas do Poder
Pérolas do Dia
Hugo Motta
"Eu não vou fazer pré-julgamento. Não sei ainda a motivação nem qual foi a busca. Apenas recebi a ligação do diretor-geral da Polícia Federal. Pelo que me foi dito, parece ser uma investigação sobre questão de gabinete, mas não sei a fundo e, por isso, não quero fazer pré-julgamento".
Disse o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB) ao afirmar que o Judiciário “está cumprindo o seu papel” ao autorizar operações contra parlamentares. A declaração foi feita após a deflagração de uma ação da Polícia Federal que teve como alvos o líder do PL na Casa, Sóstenes Cavalcante (RJ), e o deputado Carlos Jordy (PL-RJ).