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milei
O governo de Javier Milei, da Argentina, anunciou, nesta quinta-feira (31), que estrangeiros que fizerem "investimentos relevantes" no país poderão solicitar cidadania a partir de hoje.
Entretanto, o valor do investimento para a concessão da cidadania não foi revelado. Conforme o decreto, a decisão caberá ao Ministério da Economia avaliar se os investimentos eventualmente realizados são suficientes para a concessão.
"Por meio do Decreto 524/2025, o Governo Nacional definiu que estrangeiros que comprovarem ter realizado investimentos relevantes no país poderão solicitar a cidadania argentina. Nesse sentido, caberá ao Ministério da Economia da nação estabelecer quais investimentos serão considerados relevantes", diz o comunicado.
O comunicado também revelou que o pedido será analisado de forma cuidadosa, "a fim de determinar que a concessão da cidadania ao interessado não representa risco à segurança ou aos interesses nacionais".
Após a imposição da nova medida do governo da Argentina que aumenta os impostos sobre os clubes de futebol, a Associação do Futebol Argentino e o River Plate criticaram o decreto. O presidente do país, Javier Milei, revelou a decisão na última segunda-feira (28).
Os Millionarios afirmaram que a medida seria "confiscatória, e completaram dizendo que "longe de construir um benefício, como erroneamente se afirma (...), ameaça reverter o impacto econômico direto e positivo das ações do clube". O clube chegou a publicar o comunicado nas redes sociais com a legenda: "Compromisso social e criação de valor para o país sem benefícios estatais".
Compromiso social y generación de valor para el país sin beneficios del estado.
— River Plate (@RiverPlate) July 29, 2025
?? https://t.co/Tv4LfotYS3
Depois da manifestação da equipe, o ministro de Desregulação da Argentina, Federico Sturzenegger defendeu o decreto, e declarou que os times eram "milionários subsidiados pelos aposentados" por pagar menos impostos do que o previsto de forma geral.
MILLONARIOS SUBSIDIADOS POR LOS JUBILADOS. En 2024 las ventas de jugadores de fútbol argentinos dejaron ingresos por 324 millones de dólares (dato de la FIFA publicado en diario La Nación el 31/1/25). Sin embargo, a la hora de pagar los aportes y contribuciones a la seguridad… pic.twitter.com/n4bdOp8CMe
— Fede Sturzenegger (@fedesturze) July 28, 2025
A declaração fez com que a AFA também divulgasse um comunicado opinando sobre a nova regra. Intitulado como "A mentira, a ordem do dia. A única verdade é a realidade", a entidade ainda publicou o texto nas redes sociais.
La mentira, a la orden del día. La única verdad es la realidad.https://t.co/iRJKBcs2Wn pic.twitter.com/MyUZhMRTUG
— AFA (@afa) July 28, 2025
Os clubes que competem o futebol profissional da Argentina são considerados associações civis sem fins lucrativos controladas pelos sócios, que tem direitos políticos dentro da instituição. Milei assumiu a presidência do país em 2023 e, desde então, tenta implementar o sistema das SADs, modelos similares aos das SAFs do futebol brasileiro, no entanto, a ideia gerou resistência na maioria dos clubes.
O vídeo publicado por Enzo Fernández no ônibus da seleção argentina seguem reverberando. Após o subsecretário de Esportes argentino pedisse que Lionel Messi, como capitão, e os demais jogadores argentinos se retratassem pois o episódio "envergonhava" o país, o Governo Milei optou por demitir Julio Garro.
"O capitão da seleção nacional deve pedir desculpas. O mesmo que o Presidente da AFA. Isso nos deixa, como país, em uma situação ruim depois de tantas glórias", disse Garro, na última quarta-feira (17).
Após a declaração, Julio Garro foi demitido do cargo, a mando do Presidente da Argentina, Javier Milei.
"A Presidência informa que nenhum governo pode dizer o que comentar, o que pensar ou o que fazer à seleção argentina campeã do mundo e bicampeã da América, ou a qualquer outro cidadão. Por esta razão, Julio Garro deixa o cargo de subsecretário do Desporto", é possível ler na nota publicada pela presidência.
A origem da polêmica se dá na live de Enzo Fernández em meio as comemorações argentinas pela conquista da Copa América, onde os jogadores surgem cantando uma música com letras racistas e transfóbicas.
"Jogam por França,
mas são de Angola,
que bem que vão correr,
gostam de relacionar-se com transexuais
a mãe deles é nigeriana
o pai deles camaronês,
mas no passaporte: francês"
Após isso, a Federação Francesa de Futebol (FFF), anunciou que iria prestar queixa contra a FIFA e contra a AFA (Associação de Futebol Argentina). A FIFA e o Chelsea, clube de Enzo, abriram investigações.
O ex-presidente da República Jair Messias Bolsonaro (PL) encontrou-se com o presidente argentino Javier Milei no último final de semana durante o CPAC Brasil, congresso voltado ao público conservador de direita e extrema direita, em Balneário Camboriú, em Santa Catarina.
Em vídeo postado por Eduardo Bolsonaro, deputado federal e filho do ex-presidente, Bolsonaro aparece entregando uma medalha com 3 “is” para o presidente argentino. Na explicação, Eduardo afirma que os “is” significam: “imorrível”, devido ao fato de Bolsonaro não ter morrido após receber uma facada, “imbrochável”, devido ao vigor sexual do pai e “incomível”, devido ao fato do ex-presidente ser heterossexual.
O presidente argentino reagiu com risadas à “honraria” e depois posou em vídeo com o deputado. A medalha é um costume do presidente, que a entrega para aliados. Nomes como o jogador Neymar, o empresário Pablo Marçal e o primeiro-ministro húngaro Viktor Orban já receberam a medalha das mãos do ex-presidente.
FESTIVAL DA DIREITA
Diversos nomes da cúpula bolsonarista estiveram presentes no evento, entre eles, Tarcísio de Freitas (Republicanos), governador de São Paulo, Nikolas Ferreira (PL-MG), deputado federal mais votado do Brasil e o governador de Santa Catarina Jorginho Mello (PL).
Em seu discurso, Bolsonaro, bem como os demais políticos palestrantes, ignorou o indiciamento no caso das joias. Em sua fala, disse que a Polícia Federal foi à sua casa três vezes, e que responde a vários processos, mas não quis especificá-los.
Nikolas Ferreira homenageou o ex-presidente e afirmou que ele era seu candidato para 2026. Tarcísio se referiu a Bolsonaro como “líder” e “melhor presidente”. Jorginho Mello disse que o estado que sedia o evento tem “orgulho de ser o mais conservador do país”
De acordo com o UOL, o caso das joias foi mencionado apenas uma vez no palco, pelo deputado estadual por Minas Gerais e pré-candidato a prefeito de Belo Horizonte Bruno Engler (PL). Engler mencionou que não houve corrupção no governo Bolsonaro e que foram inventadas “histórias sem pé nem cabeça”, como a das joias.
JORNALISTA HOSTILIZADO
Durante um momento menos formal, enquanto a ex-primeira dama Michelle Bolsonaro tirava fotos com apoiadores, após participar da sessão de encerramento do primeiro dia do evento, o jornalista do Estadão Pedro Augusto Figueiredo questionou a Michelle a respeito do indiciamento de Bolsonaro no caso das joias.
A primeira-dama afirmou que não sabia de nada do caso e afirmou: “Que joias? Você tem que perguntar para quem ficou com a joias”. Em seguida, o repórter foi empurrado por apoiadores de Bolsonaro e foi seguido por um grupo de homens.
Um homem que acompanhava o repórter pediu para que os outros se afastassem e em seguida Pedro Augusto conseguiu retornar ao auditório.
O presidente da Argentina, Javier Milei, anunciou que vai fechar a agência pública de notícias Télam. A declaração foi feita na noite de sexta-feira (1º) no discurso de abertura das sessões ordinárias do Congresso argentino. Como justificativa, o presidente argumentou que a agência “tem sido utilizada como meio de propaganda kirchnerista”. O kirchnerismo é o principal movimento de oposição a Milei na Argentina, associado aos ex-presidentes Néstor e Cristina Kirchner. As informações são da Agência Brasil.
Criada há 78 anos, com o propósito de difundir informação por toda a Argentina, com um caráter federal e pluralista, a Télam conta com mais de 700 funcionários e é a única agência de notícias com correspondentes em todas as províncias argentinas. A agência produz cerca de 500 matérias por dia.
O veículo de comunicação também tem parcerias com instituições de imprensa internacionais, como a Empresa Brasil de Comunicação (EBC), da qual faz parte a Agência Brasil. Milei anunciou também no discurso que enviará ao Congresso um pacote de leis chamado de “anticasta”.
Entre as medidas previstas estão a eliminação das aposentadorias privilegiadas para presidente e vice-presidente e a penalização como crime "imprescritível" de funcionários e legisladores que aprovaram, disse ele, “um orçamento que contempla o financiamento do déficit fiscal com emissão monetária”.
A inflação na Argentina chegou a 160,9% no acumulado de 12 meses, anunciou nesta quarta-feira (13) o estatal Instituto de Estatísticas. Os resultados de novembro mostram que os preços ao consumidor subiram 12,8% no mês.
A inflação acumulada em 2023 foi a 148,2%. Os setores com maiores altas no mês passado foram Saúde (15,9%), Alimentos e bebidas não alcoólicas (15,7%) e Comunicação (15,2%).
Na terça-feira (12), o novo ministro da Economia da Argentina, Luis Caputo anunciou um pacote fiscal com nove medidas para tentar conter a crise econômica que afeta o país.
O ajuste foi chamado na imprensa de "Plano Motosserra", em referência à motosserra que Milei exibiu na campanha para presidente e que simbolizava o que o, à época candidato, queria fazer com os gastos públicos — cortá-los brutalmente.
As medidas têm o objetivo de recompor as contas públicas argentinas. No discurso de posse, no domingo (10), Milei disse que "não há dinheiro" no país e pediu para que a população se preparasse para tempos difíceis antes de que a situação melhore.
Economistas ouvidos pelo g1 afirmam que o ajuste fiscal de Milei deve realmente seguir o caminho de piorar os índices de inflação e atividade, mas fazem parte de um caminho para reduzir o déficit do país e acumular reservas internacionais.
Como estão previstos fim de subsídios públicos, uma desvalorização da cotação do peso em relação ao dólar e descongelamento de preços de itens básicos, a tendência é que a inflação ganhe força nos próximos meses.
Baiano, o deputado estadual Diego Castro (PL) participou, neste domingo (10), da posse de Javier Milei como novo presidente da Argentina. “Nosso propósito visa consolidar lideranças conservadoras na América do Sul, celebrando o declínio da esquerda e reforçando os vínculos entre as nações sul-americanas”, declarou.
“O surgimento de líderes conservadores representa um indicador positivo para fortalecer nossas convicções e valores compartilhados. [...] Unir as vozes conservadoras é imperativo para se destacar globalmente”, emendou.
Diego Castro integra a comitiva de Jair Bolsonaro (PL) na Argentina. Outros representantes do estado baiano, o deputado federal Capitão Alden (PL) e o presidente do grupo conservador Bahia Direita, Alexandre Moreira, pré-candidato a vereador de Salvador, também integram a equipe.
O parlamentar, crítico ferrenho do presidente Lula (PT), assegurou ter direcionado seus esforços parlamentares para coordenar um protesto contra a indicação do ministro Flávio Dino (PSB) para o Supremo Tribunal Federal (STF) em municípios baianos.
A comitiva do ex-presidente também está acompanhado de Valdemar Costa Neto, presidente nacional do PL; de seu filho e deputado, Eduardo Bolsonaro (PL-SP); dos ex-ministros Ciro Nogueira e Gilson Machado; além do ex-secretário de Comunicação no governo de Bolsonaro Fabio Wajngarten.
A semana, marcada pela celebração do Dia da Consciência Negra, nesta segunda-feira (20), se inicia em Brasília sob o impacto da vitória do ultradireitista e anarcoliberal Javier Milei nas eleições presidenciais da Argentina. Ainda na noite deste domingo (19), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva comentou o resultado da eleição. Sem citar Milei, Lula desejou “boa sorte” ao novo presidente da Argentina, e disse que o “Brasil estará à disposição para trabalhar junto com nossos irmãos argentinos”.
Enquanto decide se faz uma ligação para o novo presidente argentino, Lula pode vir a anunciar a sua decisão em relação ao novo procurador geral da República. O mais cotado no momento é o atual vice-procurador-geral eleitoral, Paulo Gonet, de 62 anos.
Membro do Ministério Público Federal desde 1987, Gonet vem sendo alvo de uma campanha nas redes sociais para que não tenha seu nome escolhido por Lula. Apoiadores do presidente afirmam que ele é o mais elogiado pelos bolsonaristas, além de ter se posicionado contra a inelegibilidade do ex-presidente Jair Bolsonaro em processos no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
E com o fim do ano se aproximando, o Congresso inicia um período de cinco semanas para votação de uma extensa pauta de projetos até o final do ano legislativo, principalmente os temas da agenda econômica de interesse do governo. Nesta semana despontam como prioridade a votação da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e do projeto que regulamenta as apostas esportivas no Brasil.
Confira abaixo um resumo da agenda da semana nos três poderes.
PODER EXECUTIVO
O presidente Lula começa a semana participando, nesta segunda (20), de reunião de coordenação para a presidência do G20. O Brasil assume a presidência do bloco em dezembro. No final da tarde, Lula recebe o escritor Fernando Morais, autor de biografia sobre a sua história.
Na terça (21), Lula receberá o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, no programa semanal Conversa com o Presidente. No mesmo dia, o presidente Lula sanciona a Lei Geral das Polícias Civis e participa de formatura do Instituto Rio Branco.
Na quarta (22), Lula participa por teleconferência da cúpula virtual de líderes do G20, realizada pela Índia. O presidente agendou no mesmo dia uma reunião ministerial sobre o tema para o dia seguinte. Neste dia, Lula também anuncia os municípios selecionados para o programa Minha Casa Minha Vida.
No Palácio do Planalto, na quinta (23), haverá o lançamento do programa Viver Sem Limites, com foco na proteção e promoção das pessoas com deficiência. É a segunda fase das ações que reúnem vários ministérios: a primeira começou em 2011, no governo Dilma Roussef.
PODER LEGISLATIVO
A semana promete ser agitada no Congresso, e a atenção da equipe econômica do governo está voltada para a Comissão Mista de Orçamento, onde deverá ser votado o relatório do projeto da LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias) e o parecer preliminar do Plano Plurianual 2024-2027. As duas propostas definem as regras e as prioridades do Orçamento da União para o próximo ano.
O colegiado tem reunião marcada para terça (21), quando deputados e senadores votarão o parecer preliminar do PPA elaborado pelo deputado Bohn Gass (PT-RS). Na quarta (22), o relator da LDO, Danilo Forte (União Brasil-CE), pretende votar o seu relatório, que mantém a meta de zerar o déficit primário em 2024. O texto possui dispositivo que permite um déficit orçamentário de até 0,25% do PIB (Produto Interno Bruto) no próximo ano.
Depois de aprovados na Comissão de Orçamento, os projetos precisarão ser chancelados pelo plenário em sessão do Congresso. Os projetos precisam ser votados até o final do ano legislativo, em 22 de dezembro.
Na Câmara, o presidente Arthur Lira (PP-AL) deve definir junto com os líderes partidários as prioridades da semana. O principal assunto a entrar em pauta é o projeto da reforma tributária, aprovado pelo Senado e que retornou para análise dos deputados após ser modificado pelos senadores. A discussão entre os deputados é se o projeto será fatiado para poder ser aprovado com maior celeridade.
Há a expectativa de ser colocada em votação a medida provisória 1.185, que propõe tributar subvenções do ICMS com impostos federais (Imposto de Renda da Pessoa Jurídica, Contribuição Social sobre Lucro Líquido, PIS e Cofins). A MP é vista como essencial pelo Ministério da Fazenda para o aumento de receitas no ano que vem que permitam que o governo alcance a meta de déficit zero no Orçamento.
Segundo o governo, a aprovação da medida tem potencial para gerar uma arrecadação de R$ 137 bilhões em quatro anos (R$ 35 bilhões já em 2024).
A Câmara deve ter também uma semana em que diversos ministros serão ouvidos em comissões da Casa. Já na terça, por exemplo, o ministro da Justiça, Flávio Dino, é aguardado na Comissão de Segurança Pública, às 9h. No mesmo horário, a ministra da Mulher, Cida Gonçalves, deve comparecer à Comissão de Direitos Humanos.
Na tarde de terça, a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, será ouvida e questionada na Comissão de Agricultura da Câmara. A ministra também comparecerá, na quarta (22), à Comissão de Fiscalização e Controle.
Ainda na terça, a Comissão de Administração e Serviço Público da Câmara vai realizar audiência para tratar da atualização do plano de carreira dos servidores administrativos do Ministério do Trabalho e Emprego. Devem comparecer para falar sobre o assunto os ministros do Trabalho, Luiz Marinho, e da Previdência Social, Carlos Luppi.
Na quarta, o ministro da Educação, Camilo Santana, deve comparecer a uma audiência pública conjunta das comissões de Agricultura, de Educação e de Fiscalização Financeira. A pauta da audiência envolve diversos assuntos, como Enem e retomada de obras.
No Senado, o presidente Rodrigo Pacheco (PSD-MG) planeja uma semana com muitas votações e tentativa de limpar a pauta do Plenário. Entre os projetos a serem votados está o que regulamenta as apostas esportivas.
O texto já passou pela análise da Comissão de Esporte do Senado, e agora será a Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) que votará, na terça, o parecer do senador Angelo Coronel (PSD-BA). Se aprovado na CAE, o projeto será votado no mesmo dia no Plenário.
Também na terça, a CAE do Senado começará a analisar o projeto de taxação de offshores e de fundos exclusivos dos super-ricos, outra proposição que faz parte da pauta econômica de interess do governo. O relator, senador Alessandro Vieira (MDB-SE), apresentará seu parecer, mas os senadores devem pedir vista para ter mais tempo de análise.
Ainda no Plenário, a pauta de terça também reserva espaço para a última sessão de discussão e votação no primeiro turno da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que limita as decisões monocráticas do Supremo Tribunal Federal (STF). O autor da proposta, senador Oriovisto Guimarães (Podemos-PR), afirma que a expectativa é de aprovação do texto.
Como é uma proposta de Emenda à Constituição, são necessários 49 votos para a aprovação do projeto. Depois da votação em primeiro turno, será necessário mais uma apreciação após outras três sessões de discussão. Oriovisto e outros líderes vão pedir a quebra de interstício para que a PEC seja votada em segundo turno ainda na terça.
O projeto proíbe qualquer ministro do STF de tomar decisões monocráticas para suspender leis com efeitos gerais. As decisões monocráticas também não poderão ser emitidas para suspender atos de chefes de Poderes, ou seja, dos presidentes do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e da República, Lula (PT).
Para a sessão de quarta, Pacheco pautou o projeto que busca acrescentar artigo na Lei Orgânica da Assistência Social para definir situações de vulnerabilidade temporária; o projeto que institui a Política Nacional de Prevenção e Controle do Câncer no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS) e o Programa Nacional de Navegação da Pessoa com Diagnóstico de Câncer; e o projeto que altera artigo da Lei de Responsabilidade Fiscal para permitir, na área de educação, a utilização de recursos transferidos em finalidade diversa da pactuada.
Na quinta (23), está programada uma sessão conjunta do Congresso Nacional. Na pauta estão cerca de 44 vetos presidenciais, entre eles, o do projeto do marco temporal indígena. A extensa sessão também terá a análise de vetos importantes, como os interpostos ao arcabouço fiscal e à lei do Carf (Conselho de Administração de Recursos Fiscais).
PODER JUDICIÁRIO
No TSE (Tribunal Superior Eleitoral), às 19h de terça (21), toma posse a ministra Isabel Gallotti, que substitui Benedito Gonçalves. O Tribunal também realizará a eleição do novo corregedor-geral eleitoral. Pelas regras, quem vai assumir é o ministro Raul Araújo, do STJ. Ele vai ser o responsável por relatar todas de todas as Ações de Investigação Judicial Eleitoral (Aijes), tanto as que ainda restam de Jair Bolsonaro (PL) quanto as que envolvem o presidente Lula.
Na quarta (22), será realizada a solenidade de posse dos desembargadores Teodoro Silva Santos e José Afrânio Vieira e da advogada Daniela Rodrigues Teixeira como ministros do Superior Tribunal de Justiça (STJ).
Também na quarta, o Supremo Tribunal Federal começa a julgar a ação que pede a implementação de um plano nacional para combater o racismo no país. Entre os temas está o enfrentamento dos altos índices de letalidade policial contra pessoas negras. A ação tem entre seus autores sete partidos: PT, PSOL, PSB, PCdoB, Rede, PDT e PV.
Ainda no STF, será encerrado, na sexta (24), o julgamento em plenário virtual de mais cinco réus dos atos antidemocráticos de 8 de janeiro, em Brasília. Desde setembro, 25 pessoas já foram condenadas. Neste novo julgamento, o ministro relator, Alexandre de Moraes, votou pela condenação a 17 anos de prisão dos cinco réus.
Curtas do Poder
Pérolas do Dia
Capitão Alden
"Estamos preparados, estamos em guerra. Toda e qualquer eventual postura mais enérgica, estaremos prontos para estar revidando".
Disse o deputado federal Capitão Alden (PL) sobre possível retirada à força da obstrução dos apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no Congresso Nacional.