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Artigos

Robson Wagner
A Política Brasileira: um Espelho Bíblico da Vaidade
Foto: Divulgação

A Política Brasileira: um Espelho Bíblico da Vaidade

Em busca de alguma explicação para o cenário político atual no Brasil, fui encontrar ecos não nos palanques, mas nas Escrituras.

Multimídia

Marcelle Moraes defende a criação de uma casa para protetores de animais como prioridade para Salvador

Marcelle Moraes defende a criação de uma casa para protetores de animais como prioridade para Salvador
A vereadora Marcelle Moraes (União Brasil) afirmou que considera prioridade para Salvador a criação de uma casa de acolhimento voltada para protetores de animais. Segundo ela, em entrevista ao Projeto Prisma, Podcast do Bahia Notícias, o equipamento é necessário para garantir o suporte a quem cuida dos bichos e enfrenta dificuldades por conta da atividade.

Entrevistas

Léo Prates define “desgaste” de Lula e do PT como trunfos e projeta chapa da campanha de oposição em 2026

Léo Prates define “desgaste” de Lula e do PT como trunfos e projeta chapa da campanha de oposição em 2026
Foto: Igor Barreto / Bahia Notícias
O parlamentar afirmou, em entrevista ao Bahia Notícias, que “as condições atuais são melhores do que há quatro anos”, quando o grupo foi derrotado pela chapa do Partido dos Trabalhadores, em 2022. 

mercado de trabalho

Desemprego cai abaixo de 6% pela primeira vez na série histórica e rendimento médio também bate recorde
Foto: Marcelo Camargo / Agência Brasil

Menor taxa de desocupação já verificada desde 2012, maior quantidade de funcionários com carteira assinada em toda a série histórica, recorde no rendimento médio mensal e na soma das remunerações de todos os trabalhadores. Esses foram alguns dos bons resultados da pesquisa Pnad Contínua do IBGE, divulgada nesta quinta-feira (31). 

 

De acordo com a pesquisa, realizada no trimestre de abril a junho deste ano, foram diversos recordes verificados na série histórica desde o início da Pnad Contínua. Um deles foi registrado na taxa de desocupação no Brasil, que chegou a 5,8%. O resultado representou uma redução de 1,2% em relação ao trimestre de janeiro a março de 2025 (7,0%) e queda de 1,1% frente ao mesmo trimestre do ano anterior (6,9%). 

 

Este dado revela a menor taxa de desocupação desde o início da série histórica, em 2012. “O crescimento acentuado da população ocupada no trimestre influenciou vários recordes da série histórica, dentre eles a menor taxa de desocupação”, explicou Adriana Beringuy, coordenadora da pesquisa.

 

Também foram recordes a taxa de participação na força de trabalho (62,4%), o nível da ocupação (58,8%, igualando-se ao trimestre de setembro a novembro de 2024) e o contingente de trabalhadores com carteira assinada no setor privado, que chegou a 39,0 milhões.

 

Outro destaque foi a quantidade de desalentados, com quedas, de 13,7% frente ao trimestre encerrado em maio, e de 14,0% ante o mesmo período de 2024. 

 

A Pnad Contínua apurou que de abril a junho de 2025, cerca de 6,3 milhões de pessoas estavam desocupadas no país. No confronto com o trimestre móvel anterior (janeiro a março de 2025), no qual 7,6 milhões de pessoas não tinham ocupação, esse indicador recuou 17,4%, equivalente a menos 1,3 milhão de pessoas. 

 

Comparado a igual trimestre do ano passado, quando existiam 7,4 milhões de pessoas desocupadas, houve recuo de 15,4%, uma redução de 1,1 milhão de pessoas desocupadas na força de trabalho.

 

Já a quantidade de pessoas ocupadas no trimestre encerrado em junho deste ano era de aproximadamente 102,3 milhões, avanço de 1,8% em relação ao trimestre anterior. Na comparação contra o trimestre encerrado em junho de 2024, quando havia no Brasil 99,9 milhões de pessoas ocupadas, ocorreu alta de 2,4% (mais 2,4 milhões de pessoas). 

 

O nível da ocupação (percentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar), por sua vez, atingiu 58,8%, expansão de 0,9% ante o trimestre de janeiro a março de 2025 (57,8%). Confrontado ao mesmo trimestre do ano anterior (57,8%), esse indicador teve variação positiva de 1%. O nível da ocupação no trimestre encerrado em junho de 2025, assim, igualou o recorde histórico do índice, obtido no trimestre móvel de setembro a novembro de 2024.

 

Em relação à taxa de informalidade (proporção de trabalhadores informais na população ocupada), o resultado no trimestre foi de 37,8%, o que corresponde a 38,7 milhões de trabalhadores informais. Essa taxa só é maior do que a observada em igual trimestre de 2020 (36,6%). 

 

A queda na informalidade aconteceu apesar da elevação de 2,6% do contingente de trabalhadores sem carteira assinada (13,5 milhões), acompanhada da alta de 3,8% do número de trabalhadores por conta própria com CNPJ (mais 256 mil) na comparação trimestral, e mostrou estabilidade no confronto anual. 

 

O estudo do IBGE ressaltou também que o contingente de ocupados com carteira assinada no setor privado foi recorde: 39 milhões, resultado superior (0,9%) ao apresentado no trimestre anterior e crescimento de 3,7% na comparação com o mesmo período do ano passado.

 

Outro dado que superou as expectativas do IBGE diz respeito ao rendimento médio mensal real habitual de todos os trabalhos. Este dado chegou a R$ 3.477 no trimestre de abril a junho de 2025, um patamar recorde. 

 

Houve crescimento de 1,1% ante o período de janeiro a março desse ano, e de 3,3% quando comparado ao mesmo trimestre do ano anterior. Já a massa de rendimento real habitual (a soma das remunerações de todos os trabalhadores) atingiu R$ 351,2 bilhões, também recorde, subindo 2,9% no trimestre, um acréscimo de R$ 9,9 bilhões, e aumentando 5,9% (mais R$ 19,7 bilhões) no ano. 
 

IBGE: taxa de desemprego no país cai a 6,2% em maio e emprego com carteira assinada bate recorde
Foto: Governo do Paraná

Depois de ter subido a 6,8% no trimestre encerrado em fevereiro deste ano, a taxa de desemprego no Brasil teve uma expressiva queda nos meses de março, abril e maio, e encerrou o período chegando a 6,2%. O resultado ficou próximo à taxa mais baixa já registrada na série histórica, que foi de 6,1% no trimestre setembro-outubro-novembro de 2024. 

 

Além da redução de 0,6% na taxa de desocupação, o mercado de trabalho atingiu um patamar recorde no contingente de trabalhadores com carteira assinada no setor privado: esse número chegou a 39,8 milhões de trabalhadores no trimestre encerrado em maio, com crescimento de 3,7% ante igual trimestre do ano passado. 

 

Esses são alguns dos resultados apresentados pela Pnad Contínua Mensal, elaborada pelo IBGE. O estudo foi divulgado na manhã desta sexta-feira (27). 

 

De acordo com a Pnad Contínua, a taxa de desocupação no Brasil para o trimestre de março a maio de 2025, de 6,2%, resultou em uma queda de 1% frente ao mesmo trimestre do ano de 2024 (7,1%). Essa taxa atual, quando comparada ao primeiro ano do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, revela queda ainda maior, já que naquela ocasião, em maio de 2023, o desemprego estava em 8,3%. 

 

Outro destaque da Pnad Contínua divulgada nesta sexta foi a quantidade de desalentados em todo o país. Este dado mostrou fortes quedas, de 10,6% comparada ao trimestre encerrado em abril, e de 13,1% ante o mesmo período de 2024.    

 

Os números do IBGE revelam também que de março a maio de 2025, cerca de 6,8 milhões de pessoas estavam desocupadas no Brasil. Na comparação com o trimestre móvel anterior (dezembro de 2024 a fevereiro de 2025), no qual 7,5 milhões de pessoas não tinham ocupação, esse indicador recuou 8,6%, equivalente a menos 644 mil pessoas. 

 

Por outro lado, comparado a igual trimestre do ano anterior, quando existiam 7,8 milhões de pessoas desocupadas, houve recuo de 12,3%, uma redução de 955 mil pessoas desocupadas na força de trabalho.

 

Já a quantidade de pessoas ocupadas no trimestre encerrado em maio deste ano era de aproximadamente 103,9 milhões, avanço de 1,2% em relação ao trimestre anterior. Na comparação anual, quando havia no Brasil 101,3 milhões de pessoas ocupadas, ocorreu alta de 2,5% (mais 2,5 milhões de pessoas). 

 

O nível da ocupação (percentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar), por sua vez, atingiu 58,5%, expansão de 0,6% ante o trimestre de dezembro de 2024 a fevereiro de 2025 (58%). Confrontado ao mesmo trimestre do ano anterior (57,6%), esse indicador teve variação positiva de 1%.          

 

Outro dado positivo revelado pela Pnad Contínua está na taxa composta de subutilização da força de trabalho (percentual de pessoas desocupadas, subocupadas por insuficiência de horas trabalhadas e na força de trabalho potencial em relação à força de trabalho ampliada). Essa taxa ficou em 14,9%, caindo 0,8% na comparação com o trimestre anterior (15,7%). 

 

O estudo mostra ainda que houve evolução no rendimento médio mensal real habitual de todos os trabalhos, que chegou a R$ 3.457 no trimestre de março a maio de 2025. Esse resultado registrou crescimento de 3,1% quando comparado ao mesmo trimestre do ano anterior. 

 

E por fim, foi verificado um novo recorde na massa de rendimento real habitual (a soma das remunerações de todos os trabalhadores). Essa massa de rendimento real atingiu R$ 354,6 bilhões, subindo 1,8% no trimestre, um acréscimo de R$ 6,2 bilhões, e aumentando 5,8% (mais R$ 19,4 bilhões) no ano. 
 

Taxa de desemprego medida pelo IBGE mostra estabilidade, mas resultado é o menor da história para o trimestre
Fonte: Sindicato dos Comerciários de São Paulo

Apesar de ter se mantido estável em relação ao período anterior, a taxa de desocupação no Brasil no trimestre de fevereiro a abril de 2025, de 6,6%, registrou o patamar mais baixo da série histórica para o período finalizado em abril. Foi o que divulgou nesta quinta-feira (29) o IBGE, ao apresentar os resultados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios. 

 

Em relação ao trimestre encerrado em janeiro deste ano, a taxa atual de desemprego caiu 0,1%, já que no período anterior o resultado havia sido de 6,5%. O resultado confirma um cenário de estabilidade no mercado de trabalho no país. 

 

“A estabilidade nas taxas de desocupação e subutilização confirma o que o primeiro trimestre apontou, ou seja, uma boa capacidade de absorção dos empregos temporários constituídos no último trimestre de 2024”, explica o analista da Pnad Contínua do IBGE, William Kratochwill. 

 

De acordo com o levantamento, a taxa composta de subutilização da força de trabalho (percentual de pessoas desocupadas, subocupadas por insuficiência de horas trabalhadas e na força de trabalho potencial em relação à força de trabalho ampliada) ficou em 15,4% no trimestre encerrado em abril. Esse resultado também foi considerado estável na comparação trimestral (15,5%). Na comparação anual, houve queda de 2%.

 

De fevereiro a abril de 2025, cerca de 7,3 milhões de pessoas estavam desocupadas no país. Frente ao trimestre móvel anterior (novembro de 2024 a janeiro de 2025), no qual 7,2 milhões de pessoas não tinham ocupação, esse indicador ficou estável. 

 

Por outro lado, de acordo com os números apresentados pelo IBGE, no confronto com igual trimestre do ano anterior, quando existiam 8,2 milhões de pessoas desocupadas, houve recuo de 11,5%, uma redução de 941 mil pessoas desocupadas na força de trabalho.

 

A Pnad Contínua também mostra que a quantidade de pessoas ocupadas no trimestre encerrado em abril deste ano era de aproximadamente 103,3 milhões, significando estabilidade em relação ao trimestre anterior. Na comparação anual, quando havia no Brasil 100,8 milhões de pessoas ocupadas, ocorreu alta de 2,4% (mais 2,5 milhões de pessoas). 

 

O nível da ocupação (percentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar), por sua vez, atingiu 58,2%, ficando estável ante o trimestre de novembro de 2024 a janeiro de 2025 (58,2%). Confrontado ao mesmo trimestre do ano anterior (57,3%), esse indicador teve variação positiva de 0,9%.

 

Outro dado apresentado pela pesquisa do IBGE diz respeito à taxa de informalidade (proporção de trabalhadores informais na população ocupada), que foi de 37,9%, equivalente a 39,2 milhões de trabalhadores informais. Esse índice foi inferior ao verificado tanto no trimestre móvel anterior (38,3%), como no mesmo trimestre de 2024 (38,7%). 

 

A queda na informalidade, como afirma o IBGE, é consequência da estabilidade do contingente de trabalhadores sem carteira assinada (13,7 milhões), acompanhada da estabilidade do número de trabalhadores por conta própria (26,0 milhões) na comparação trimestral e aumento de 2,1% no confronto anual.           
 

Saldo positivo foi de mais de 650 mil empregos com carteira assinada em 2025, revela Novo Caged
Foto: Marcello Casal/Agência Brasil

Nos últimos 12 meses, o Brasil gerou um saldo positivo de 1,6 milhão de novos empregos, o que revela uma recuperação contínua no mercado de trabalho. Foi o que mostrou o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged), divulgados nesta quarta-feira (30) pelo ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho. 

 

De acordo com o levantamento, somente neste ano de 2025, foram criados 654 mil postos de trabalho com carteira assinada. No mês de março, houve um saldo positivo de 71 mil novas vagas, resultado de 2.234.662 admissões e 2.163.086 desligamentos. 

 

Deste saldo positivo total, 48.922 vagas foram preenchidas por mulheres e 22.654 por homens. O setor de Serviços foi o que mais gerou empregos no mês, com 52.459 postos, seguido pela Construção Civil (21.946 postos) e pela Indústria (13.131 postos).

 

O saldo positivo de empregos com carteira assinada, de acordo com o Novo Caged, foi registrado em quatro das cinco regiões do Brasil, com destaque para São Paulo (+34.864), Minas Gerais (+18.169) e Santa Catarina (+9.841).

 

O crescimento da quantidade de empregos formais foi registrado em quatro dos cinco principais setores da economia. O setor de Serviços foi o que mais gerou empregos, com 362.866 postos criados. A Indústria também teve bom desempenho, criando 153.868 vagas.
 

Desemprego sobe em fevereiro e chega a 6,8%, mas rendimento médio e carteira assinada batem recorde histórico
Foto: Tony Oliveira/Agência Brasília

Depois de registrar o recorde histórico de 6,1% no trimestre de setembro a novembro de 2024, a taxa de desocupação subiu 0,7% e registrou 6,8% no período dezembro-janeiro-fevereiro. Apesar do mau resultado, a desocupação ficou 1,1% menor em comparação com o mesmo trimestre móvel do ano anterior (dezembro de 2023 a fevereiro de 2024), quando a taxa foi estimada em 7,8%.

 

Esses foram alguns dos resultados apresentados nesta sexta-feira (28) pelo IBGE, ao divulgar a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad Contínua) que avalia o mercado de trabalho no país. 

 

O estudo do IBGE revela que a população desocupada no Brasil cresceu 10,4% frente ao trimestre anterior, chegando a 7,5 milhões de pessoas. Esse contingente, no entanto, está 12,5% menor que o registrado no mesmo trimestre de 2024.

 

Já a população ocupada do país recuou 1,2% frente ao trimestre anterior e chegou a 102,7 milhões de trabalhadores. Entretanto, esse contingente ainda está 2,4% maior que o registrado no mesmo período do ano passado.

 

Um dos resultados positivos do estudo revela que o número de empregados com carteira de trabalho no setor privado chegou a 39,6 milhões, novo recorde da série histórica iniciada em 2012. Houve alta nas duas comparações da pesquisa: 1,1% (ou mais 421 mil pessoas com carteira assinada) no trimestre e 4,1% (ou mais 1,6 milhão de trabalhadores) no ano.

 

De acordo com a Pnad Contínua, o nível da ocupação (indicador que mede o percentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar) foi estimado em 58% no trimestre de dezembro de 2024 a fevereiro de 2025, apresentando uma redução de -0,8 ponto percentual frente ao trimestre de setembro a novembro de 2024 (58,8%). 

 

Em relação a igual trimestre do ano anterior, este indicador apresentou variação positiva (0,9%), quando o nível da ocupação no Brasil foi de 57,1%. 

 

O contingente na força de trabalho (pessoas ocupadas e desocupadas), no trimestre de dezembro de 2024 a fevereiro de 2025, foi estimado em 110,1 milhões de pessoas. Observou-se que esta população apresentou uma redução de -539 mil pessoas (-0,5%), quando comparada com o trimestre de setembro a novembro de 2024. 

 

Apesar do aumento da população desocupada, o rendimento médio mensal real habitualmente recebido em todos os trabalhos pelas pessoas ocupadas teve crescimento de 1,3% frente ao trimestre de setembro a novembro de 2024. Esse rendimento médio foi estimado em R$ 3.378, o que significa um crescimento de 3,6% em relação ao mesmo trimestre do ano anterior. 

 

Outro recorde na série histórica da pesquisa do IBGE foi verificado na massa de rendimento real habitual, que chegou a R$ 342 bilhões. Esse tópico do levantamento mostrou que foi mantida a estabilidade no trimestre. 
 

Dois terços dos brasileiros criticam atuação do governo Lula no combate à inflação, mostra pesquisa
Foto: Ricardo Stuckert/PR

Aumentou a quantidade de brasileiros que enxergam a economia brasileira vivendo um mau momento, cresceu a crítica sobre a atuação do governo na geração de empregos, e dois terços da população avalia como ruim ou péssima a postura do presidente Luiz Inácio Lula da Silva no combate à inflação. 

 

Esses são alguns resultados da pesquisa “Avaliação Nacional”, elaborada pelo instituto de pesquisa Futura. O levantamento foi divulgado nesta quarta-feira (26). 

 

Ao questionar seus entrevistados sobre a avaliação que fazem do momento da economia do país, 59,1% avaliaram ser “ruim” ou “péssimo” a situação econômica atual. Esse número era de 52,3% na última pesquisa feita pela Futura, em novembro do ano passado. 

 

A porcentagem de pessoas que respondeu ver como “bom” ou “ótimo” o momento da economia praticamente se manteve inalterado entre as duas pesquisas: passou de 12,9% em novembro/2024 para 13,8% agora. Já a avaliação “regular” caiu de 33,4% na pesquisa anterior para 26,4% nessa nova sondagem. 

 

A avaliação do governo Lula se mostrou ainda pior no aspecto do combate ao aumento de preços. Um total de 64,7% dos entrevistados enxergam o desempenho como ruim ou péssimo. Essa avaliação negativa cresceu 9,7% de novembro para cá, já que no levantamento anterior a quantidade de pessoas que disse ser “ruim” ou “péssima” a atuação do governo foi de 55%. 

 

Nesse item, a pesquisa da Futura revela que caiu de 18,2% para 13,5% a porcentagem de entrevistados que afirmam ser “ótima” ou “boa” a forma como o governo Lula enfrenta o problema do aumento de preços.

 

Quando questionados sobre o mercado de trabalho durante o governo Lula, 42,8% avaliam a atuação do Executivo como ruim ou péssima, 28,1% disseram que é regular e 27,5% ótima ou boa.

 

A pesquisa “Avaliação Nacional” do Instituto Futura foi realizada com eleitores de 16 anos ou mais. A amostra do levantamento é de 1001 entrevistados, e tem margem de erro de 3,1 pontos para cima ou para baixo. A coleta foi realizada entre os dias 19 de março e 22 de março.
 

Em 2024, desocupação foi a menor da história em 14 estados; Bahia e Pernambuco tiveram maior taxa de desemprego
Foto: José Cruz / Agência Brasil

Em 2024, a taxa anual de desocupação em todo o Brasil de 6,6%, a menor desde a série histórica de pesquisas iniciada em 2021, representou um recuo de 1,2 ponto percentual em relação ao resultado de 2023 (7,8%). A Bahia, entretanto, registrou, junto com o estado de Pernambuco, o maior percentual de desemprego no ano passado em relação a todas as outras unidades federativas: 10,8%. 

 

Esses são alguns dos resultados da Pnad Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua), divulgada nesta sexta-feira (14) pelo IBGE. A pesquisa revelou os dados do último trimestre de 2024, e a consolidação dos números para o ano. 

 

De acordo com o IBGE, houve estabilidade na taxa de desocupação brasileira, que variou de 6,4% no terceiro trimestre de 2024 para 6,2% no quarto. Quatro das cinco regiões do país tiveram pequena ou nenhuma redução de um trimestre para outro. O Nordeste permaneceu registrando a maior taxa de desocupação entre todas as regiões (8,6%).

 

Em 2024, as maiores taxas de desemprego do Brasil foram registradas na Bahia (10,8%), Pernambuco (10,8%) e Distrito Federal (9,6%). Já as menores ficaram com Mato Grosso (2,6%), Santa Catarina (2,9%) e Rondônia (3,3%).

 

Um total de 14 unidades da federação atingiram a menor taxa anual de desocupação de sua série histórica na pesquisa. Foram elas: Rio Grande do Norte (8,5%), Amazonas (8,4%), Amapá (8,3%), Alagoas (7,6%), Maranhão (7,1%), Ceará (7,0%), Acre (6,4%), São Paulo (6,2%), Tocantins (5,5%), Minas Gerais (5,0%), Espírito Santo (3,9%), Mato Grosso do Sul (3,9%), Santa Catarina (2,9%) e Mato Grosso (2,6%).

 

A Pnad Contínua revela ainda que a taxa média anual de informalidade para todo o país foi de 39% da população ocupada. As maiores médias anuais ficaram com Pará (58,1%), Piauí, (56,6%) e Maranhão (55,3%) e as menores, com Santa Catarina (26,4%), Distrito Federal (29,6%) e São Paulo (31,1%).

 

Já a média anual do rendimento real habitual de todos os trabalhos chegou a R$ 3.225. As maiores médias foram do Distrito Federal (R$ 5.043), São Paulo (R$ 3.907) e Paraná (R$ 3.758). As menores médias foram apuradas no Maranhão (R$ 2.049), Ceará (R$ 2.071) e Bahia (R$ 2.165).

 

Em todo o Brasil, as pessoas ocupadas equivalem a 58,6% da população de 14 anos ou mais. Esse percentual é chamado de “nível da ocupação”, que também foi o maior da série histórica.

 

Os números apurados pelo IBGE incluem pessoas com qualquer tipo de ocupação, como empregados no setor privado, funcionários públicos, empreendedores e autônomos. Veja abaixo mais alguns destaques apresentados pela Pnad Contínua:

 

  • Empregados com carteira de trabalho no setor privado aumentaram 2,7%. Registraram queda o Ceará (-6,2%) e Rondônia (-5%).
     
  • Empregados sem carteira assinada no setor privado aumentaram 6%. Oito estados registraram queda, sendo as maiores em Rondônia (-11,5%) e Mato Grosso do Sul (-10,5).
  • Trabalhadores por conta própria tiveram alta de 1,9%. Seis UFs tiveram queda, com destaque para o Distrito Federal e o Acre, ambos com -9%, e a Bahia (-6,9%).
Pobreza cai ao menor nível desde 2012, mas desigualdade persiste: Pretos e pardos ganham 41% a menos que brancos
Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil

Entre os anos de 2022 e 2023, houve um recuo no contingente de brasileiros com rendimento domiciliar per capita abaixo da linha de pobreza, de 67 para 59 milhões, ou seja, quase nove milhões de pessoas saíram dessa condição que, de acordo com critérios do Banco Mundial, envolve pessoas que ganham até R$ 665 por mês. Essa redução de 31,6% para 27,4% de pessoas que recebem abaixo da linha de pobreza atingiu a menor proporção desde 2012. 

 

Esses e diversos outros dados foram divulgados nesta quarta-feira (4) pelo IBGE, por meio do estudo Síntese de Indicadores Sociais (SIS). O levantamento revela que no período de 2022 a 2023, também foi reduzida a proporção da população do país com rendimento domiciliar per capita abaixo da linha de extrema pobreza (R$ 209 por mês, de acordo com critérios do Banco Mundial). 

 

O IBGE que esse contingente foi reduzido de 5,9% da população para 4,4%, a menor proporção desde 2012. Pela primeira vez, esse indicador ficou abaixo dos 5%. Em números absolutos, a população na extrema pobreza recuou de 12,6 milhões para 9,5 milhões de pessoas, também o menor contingente desde 2012. 

 

Além de melhoria na renda, outros números levantados pelo IBGE mostram aquecimento também no mercado de trabalho. Entretanto, o estudo é revelador das dificuldades para uma redução efetiva do quadro de desigualdades no Brasil, que continua sendo mais dramático para trabalhadores pretos e pardos. 

 

Em relação ao mercado de trabalho, o total das pessoas ocupadas em 2023 chegou ao seu maior contingente desde 2012: 100,7 milhões, com aumento de 3,7 milhões de pessoas (ou mais 3,8%) frente a 2022. Esse aumento ocorreu entre os trabalhadores com vínculo (mais dois milhões) e também entre os sem vínculo (mais 1,7 milhão).

 

Entretanto, quando se avalia o número de horas trabalhadas no país, a constatação da desigualdade de rendimentos mostra-se mais detalhada. O relatório Síntese de Indicadores Sociais (SIS) revela que o rendimento-hora dos trabalhadores de cor ou raça branca (R$ 23,02) era 67,7% maior que o dos trabalhadores de cor ou raça preta ou parda (R$13,73). 

 

Em resumo, a hora trabalhada de uma pessoa branca vale 67,7% mais que a de trabalhadores pretos e pardos. Como os negros (incluindo pretos e pardos) recebem R$ 13,70 em média e os brancos recebem R$ 23, é possível dizer que os negros recebem por hora 40% a menos que os brancos. 

 

Essa desigualdade, segundo o estudo, persistia em 2023 em todos os níveis de instrução, sendo maior (43,2%) na população ocupada com nível superior completo: R$ 40,20 para brancos contra R$ 28,10 para pretos ou pardos.

 

Em 2023, o rendimento médio por hora trabalhada dos homens (R$18,81) superou o das mulheres (R$16,70) em 12,6%. Da mesma forma que na comparação por cor ou raça, a maior desigualdade ocorreu entre pessoas com nível superior completo, com o rendimento médio dos homens (R$42,60) superando o das mulheres (R$30,03) em 41,9%.

 

Outros resultados obtidos pelo IBGE refletem a permanência de desigualdades historicamente constituídas no Brasil. Um recorte do estudo mostra que de 2022 a 2023, a proporção de pessoas com ocupações informais no total de trabalhadores do país variou de 40,9% para 40,7%, o que é considerado estatisticamente estável. Essa taxa de informalidade chegou a 45,8% das pessoas ocupadas de cor ou raça preta ou parda, enquanto era de 34,3% entre as pessoas ocupadas brancas. 

 

Desigualdades semelhantes são encontradas em relação à taxa composta de subutilização da força de trabalho, que considera a desocupação, a subocupação por insuficiência de horas trabalhadas e a força de trabalho potencial. Esse indicador chegou a 20,9% em 2022, recuando para 18,0% em 2023. 

 

No entanto, para os homens, a subutilização era de 14,4%, enquanto entre as mulheres essa taxa chegava a 22,4%. Para os brancos, a subutilização era de 13,5%, enquanto entre pretos e pardo ela chegava a 21,3%.

 

O estudo Síntese de Indicadores Sociais (SIS) apresenta indicadores de 2012 a 2024 sobre a estrutura econômica e mercado de trabalho no Brasil. Também são analisados dados a respeito de padrão de vida e distribuição de rendimentos (incluindo linhas de pobreza); condições de moradia; educação; e condições de saúde. Os recortes geográficos incluem grandes regiões, unidades da federação e, em alguns indicadores, municípios das capitais.

Aprovado projeto de Rogéria Santos que aumenta valor da bolsa do Prouni e prioriza mulheres vítimas de violência
Foto: Assessoria Deputada Rogéria Santos

A deputada federal Rogéria Santos (Republicanos-BA) emplacou nesta semana mais uma vitória nas comissões da Câmara. Na última quarta-feira (27), a Comissão de Educação aprovou o PL 3200/2023, da deputada Rogéria, que aumenta o limite da renda familiar mensal para concessão de bolsas integrais de estudo dentro do Programa Universidade para Todos (Prouni). 

 

O projeto da deputada baiana, que já havia sido aprovado na Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher, segue agora para a Comissão de Finanças e Tributação. A proposta de Rogéria Santos também prioriza no Prouni a concessão de bolsas para estudantes mulheres vítimas de violência doméstica e às responsáveis por família monoparental. 

 

Na jsutificativa do seu projeto, a deputada Rogéria Santos lembra que, atualmente, a renda familiar mensal per capita estabelecida para a concessão da bolsa de estudos no Prouni não pode exceder um salário-mínimo e meio. Esse valor, para Rogéria Santos, não corresponde mais à realidade de parcela significativa da população brasileira, já que o poder aquisitivo diminuiu diante da desvalorização da moeda e das altas taxas da inflação do Brasil, tornando inviável as famílias em situação de vulnerabilidade social possuírem poder de compra para custear a contratação de prestação de serviços educacionais das instituições privadas de ensino.

 

Outro ponto salientado pela deputada baiana em seu projeto é a questão da dependência financeira, que é uma das principais causas de permanência das mulheres em situações de violências. Com a sua proposição, mulheres e jovens, que passarão a ter prioridade na concessão das bolsas, poderão ingressar nas instituições privadas para cursar o nível superior na área de graduação pretendida, e com isso buscar melhores colocações no mercado de trabalho.

 

"Essas estudantes terão a oportunidade de adquirirem o conhecimento e o diploma de graduação que as permitirão colocações melhores no mercado de trabalho a fim de conquistar a independência econômica tão almejada para uma qualidade de vida digna para si e para os seus familiares, e romper com o ciclo de violência doméstica e intrafamiliar quando se tratar de dependência financeira do agressor", afirma a deputada Rogéria. 

 

A parlamentar do Republicanos da Bahia completa argumentando que a aprovação do projeto garantirá que mulheres e meninas estudantes passem por um processo de mudança interior, e poderão adquirir o conhecimento necessário para mudar a realidade de suas vidas e consequentemente contribuir para a mudança do mundo ao seu redor. 

 

"Vamos atuar para que essas estudantes possam ocupar o seu espaço no mercado de trabalho e viver uma nova realidade de vida, pois é de conhecimento comum que no Brasil quanto maior o grau de instrução da pessoa, melhor currículo ela possui, e consequentemente, maiores são as chances de inserção profissional, sendo de suma importância assegurar a prioridade a esses discentes", conclui Rogéria Santos.

 

A proposição busca aumentar de 1,5 para 2,5 salários mínimos o limite da renda familiar mensal para concessão de bolsas integrais de estudo dentro do Prouni). A proposta também prevê prioridade no Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) para essas mulheres estudantes. 
 

Taxa de desocupação cai para 6,6% e IBGE registra novo recorde de trabalhadores empregados no país
Foto: Helena Pontes/Agência IBGE Notícias

O número total de trabalhadores ocupados no Brasil bateu novo recorde, chegando a 102,5 milhões no trimestre de junho a agosto de 2024, um aumento de 1,2% em relação ao trimestre anterior. Já a população desocupada caiu para 7,3 milhões, o menor número de pessoas procurando trabalho desde o trimestre encerrado em janeiro de 2015. Em relação ao que foi apurado nos três meses anteriores, houve uma redução de 6,5% no contingente de trabalhadores.

 

Esses são alguns dos resultados apresentados pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua do IBGE, divulgada na manhã desta sexta-feira (27). A PNAD Contínua é a principal pesquisa do IBGE sobre a força de trabalho do país. 

 

O levantamento também apresentou outros dados surpreendentes a respeito do mercado de trabalho brasileiro. Segundo o IBGE, a taxa de desocupação caiu para 6,6% no trimestre de junho a agosto, recuando 0,5% frente ao trimestre de março a maio de 2024. Essa foi a menor taxa para um trimestre encerrado em agosto na série histórica da PNAD Contínua, iniciada em 2012.

 

Em comparação ao mesmo trimestre móvel de 2023 (7,8%), a taxa de desocupação atual caiu 1,2%. Já a redução em relação à população desocupada representou 502 mil pessoas a menos buscando trabalho. Frente ao mesmo trimestre móvel de 2023, a redução na desocupação foi mais intensa, -13,4%, ou menos 1,1 milhão de pessoas em busca de uma ocupação.

 

A pesquisa mostrou que os empregados do setor privado chegaram a 52,9 milhões, registrando também o maior contingente da série histórica. Num trimestre, a ocupação do setor cresceu 1,7%, o que equivale a mais 882 mil postos de trabalho. 

 

Na comparação anual, a alta foi de 4,9%, ou 2,5 milhões de trabalhadores a mais no setor. Mais uma vez, o setor privado teve recordes no número de empregados com carteira de trabalho assinada (38,6 milhões) e no contingente dos sem carteira de trabalho (13,2 milhões).

 

A coordenadora de pesquisas domiciliares do IBGE, Adriana Beringuy, explica que a baixa desocupação apurada na Pnad Contínua reflete a expansão da demanda por trabalhadores em diversas atividades econômicas, "levando a taxa de desocupação para valores próximos ao de 2013, quando esse indicador estava em seu menor patamar". 

 

No trimestre, segundo o IBGE, o setor do Comércio foi o grupamento de atividade que mais impulsionou o crescimento da taxa de ocupação, com alta de 1,9% no trimestre, ou mais 368 mil novos trabalhadores para o contingente de trabalhores ocupados do país. O setor atingiu seu maior patamar de ocupados na série histórica da Pnad Contínua: 19,5 milhões de trabalhadores. 
 

Bahia tem forte queda na taxa de desemprego, mas ainda é a segunda maior do país
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Em todo o Brasil, a taxa de desocupação caiu um ponto percentual no segundo trimestre de 2024 em relação ao primeiro e chegou a 6,9%, e no estado da Bahia, a queda no desemprego foi ainda maior no mesmo período, de quase três pontos percentuais. Esses são alguns dos resultados apresentados pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua, divulgada nesta quinta-feira (15) pelo IBGE.

 

De acordo com a pesquisa, houve recuo na taxa de desocupação em 15 das 27 unidades federativas. Com esse recuo, a taxa nacional caiu de 7,9% no primeiro trimestre para 6,9% agora nos meses de abril, maio e junho. Esse patamar de 6,9% é o menor para um segundo trimestre desde 2014. 

 

Na Bahia, a taxa de desocupação havia subido no começo do ano em relação a 2023 e chegou a 14% no primeiro trimestre deste ano. Com a queda de 2,9% verificada pelo IBGE nos meses de abril, maio e junho, a taxa caiu para 11,1% na Bahia. A diferença é ainda mais gritante na comparação com o segundo trimestre de 2021, quando o desemprego na Bahia atingiu 20,2%. 

 

A PNAD Contínua do IBGE apurou que as maiores taxas de desocupação foram verificadas em Pernambuco (11,5%), Bahia (11,1%) e Distrito Federal (9,7%) e as menores, em Santa Catarina (3,2%), Mato Grosso (3,3%) e Rondônia (3,3%). Além das 15 unidades da federação com quedas nessa taxa, as outras 12 não mostraram variações estatisticamente significativas no indicador.

 

No segundo trimestre de 2024, segundo o IBGE, a população desocupada recuou acima dos 10% em todas as faixas de tempo de procura por trabalho: o grupo dos que buscavam trabalho por menos de um mês teve redução de 10,2%, o dos que procuravam trabalho de um mês a menos de um ano diminuiu 11,0%, o contingente dos que buscavam trabalho por um ano a menos de dois anos recuou 15,2% e a faixa com maior tempo de procura (dois anos ou mais) teve a maior redução percentual: 17,3%.

 

Além disso, o número de pessoas que buscavam trabalho por dois anos ou mais recuou para 1,7 milhão, o menor valor apurado pelo IBGE para um segundo trimestre desde 2015.

 

Já a taxa de informalidade para o Brasil foi de 38,6% da população ocupada. As maiores taxas ficaram com Pará (55,9%), Maranhão (55,7%) e Piauí (54,6%) e as menores, com Santa Catarina (27,1%), Distrito Federal (29,8%) e São Paulo (31,2%). 

 

A taxa de informalidade da população ocupada é calculada pelo IBGE considerando-se os empregados no setor privado e os empregados domésticos sem carteira de trabalho assinada, além dos empregadores e trabalhadores por conta própria sem registro no CNPJ e dos trabalhadores familiares auxiliares.

 

O IBGE apurou ainda que a taxa de desocupação por sexo foi de 5,6% para os homens e 8,6% para as mulheres no segundo trimestre de 2024. Já a taxa de desocupação por cor ou raça ficou abaixo da média nacional para os brancos (5,5%) e acima para os pretos (8,5%) e pardos (7,8%).

 

A taxa de desocupação para as pessoas com ensino médio incompleto (11,5%) foi maior que as dos demais níveis de instrução. Para as pessoas com nível superior incompleto, a taxa foi de 7,1%, quase o dobro da verificada para o nível superior completo (3,6%).

 

No segundo trimestre de 2024, frente ao trimestre anterior, o rendimento médio real da população ocupada cresceu nas regiões Sul (R$ 3.528) e Nordeste (R$ 2.238), com estabilidade nas demais. Já em relação ao mesmo trimestre de 2023, o rendimento médio cresceu no Sul, Nordeste e Sudeste (R$ 3.627), com estabilidade no Norte (R$ 2.508) e Centro-Oeste (R$ 3.641).
 

Taxa de desocupação medida pelo IBGE cai para 6,9% e Brasil tem novo recorde de trabalhadores empregados
Foto: Marcello Casal/Agência Brasil

Depois de o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged) do Ministério do Trabalho e Emprego ter apresentado um saldo de empregos no mês de junho 29,5% maior que no mesmo período do ano passado, nesta quarta-feira (31) foi a vez de o IBGE apresentar outros bons resultados no mercado de trabalho brasileiro em 2024. De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua, a taxa de desocupação caiu de 7,9% para 6,9% no trimestre encerrado em junho deste ano.

 

Segundo os dados apresentados pelo IBGE, o resultado verificado nos meses de abril, maio e junho deste ano representam a menor taxa para um trimestre encerrado em junho desde 2014. No ano passado, neste mesmo período, a taxa de desocupação estava em 8%. Já em abril-meio-junho de 2022, o indicador revelava uma taxa de 9,3%.

 

O resultado da PNAD Contínua do IBGE neste segundo trimestre de 2024 também se colocou abaixo da metade da maior taxa da série histórica do indicador, de 14,9%. Este patamar foi observado no trimestre encerrado em março de 2021, durante a pandemia de Covid19.

 

Os números divulgados nesta quarta revelam que a população ocupada no Brasil atingiu novo recorde da série histórica, chegando a 101,8 milhões. O total de trabalhadores do país cresceu 1,6% (mais 1,6 milhão de pessoas) no trimestre e 3,0% (mais 2,9 milhões de pessoas) no ano. 

 

Como já havia sido verificado em levantamentos anteriores, o número de empregados do setor privado (52,2 milhões) foi recorde, impulsionado pelos excelentes resultados nos contingentes de trabalhadores com carteira (38,4 milhões) e sem carteira assinada (13,8 milhões). Já a população fora da força de trabalho não teve variações significativas em nenhuma das duas comparações, permanecendo em 66,7 milhões.

 

No trimestre encerrado em junho, o rendimento médio real das pessoas ocupadas foi de R$ 3.214, com alta de 1,8% no trimestre e de 5,8% na comparação anual. Como consequência, a massa de rendimentos chegou a R$ 322,6 bilhões, novo recorde da série histórica.

 

A população desalentada, recuou para 3,3 milhões no trimestre encerrado em junho de 2024. Foi o seu menor contingente desde o trimestre encerrado em junho de 2016 (3,2 milhões), com quedas de 9,6% (menos 345 mil pessoas) no trimestre e 11,5% (menos 422 mil pessoas) no ano. Com isso, o percentual de desalentados na força de trabalho ou desalentada (2,9%) foi o menor desde o trimestre encerrado em maio de 2016 (2,9%).

Quantidade de brasileiros sindicalizados cai de forma acentuada e chega ao menor número desde 2012
Foto: Reprodução Youtube

Desde que a reforma trabalhista foi aprovada pelo Congresso Nacional e sancionada pelo então presidente Michel Temer, em 2017, com a extinção da contribuição sindical obrigatória, a participação de trabalhadores brasileiros em sindicatos vem perdendo força ano a ano. Esse movimento de saída de trabalhadores de centrais sindicais se tornou ainda mais acelerado entre 2022 e 2023, e atualmente, apenas 8,4% dos 100,7 milhões de pessoas ocupadas são associadas a algum sindicato. 

 

O número de 8,4 milhões de trabalhadores que eram sindicalizados ao final de 2023 representa uma queda de 7,8%, ou de 713 mil pessoas, em relação ao ano anterior, quando havia 9,1 milhões de ocupados sindicalizados (9,2% do total). Esse percentual atual (8,4%) representa o menor patamar da série histórica que analisa a quantidade de brasileiros que está vinculada a alguma central sindical, iniciada em 2012 (16,1%).

 

Esses e outros dados fazem parte do módulo Características adicionais do mercado de trabalho da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua, divulgada na manhã desta sexta-feira (21) pelo IBGE.

 

Segundo a pesquisa, em 2012 o Brasil possuía uma população formalmente empregada de 89,7 milhões de pessoas. Naquele ano, havia 14,4 milhões de trabalhadores sindicalizados, número que cresceu 1,4% no ano seguinte. 

 

Depois desse aumento e de uma variação positiva em 2015, a sindicalização enfrentou sucessivas quedas, com destaque para 2016, quando houve retração também no número de ocupados. Nos anos seguintes, mesmo com a recuperação do mercado de trabalho, o número de pessoas associadas a sindicados seguiu caindo, o que resultou na menor taxa de sindicalização da série histórica (8,4%) em 2023. 

 

De acordo com o IBGE, o grupamento de administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais foi o terceiro que mais reduziu a sua taxa de sindicalização desde o início da série histórica da pesquisa, com queda de 10,1 pontos percentuais (de 24,5% para 14,4%). Nessa comparação, esse grupamento ficou atrás apenas dos setores de transporte, armazenagem e correio, com -12,9% (de 20,7% para 7,8%) e indústria geral, com -11,0% (de 21,3% para 10,3%).

 

A taxa de sindicalização também caiu em setores como agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura, atividade que historicamente tem grande participação dos sindicatos de trabalhadores rurais. Por outro lado, o comércio, setor que absorve 18,9% do total de ocupados do país, tem taxa de sindicalização de 5,1%.

 

A Pnad Contínua do IBGE revela ainda que as regiões do país com maiores percentuais de sindicalizados continuam sendo Nordeste (9,5%) e Sul (9,4%). Essas duas regiões também se diferenciam por serem as únicas em que o percentual de mulheres sindicalizadas superava o de homens no final de 2023: 10,1% delas contra 9,1% deles no Nordeste e 9,5% delas contra 9,3% deles no Sul. 

 

Em todo o país, enquanto 8,5% dos homens ocupados eram associados a sindicatos, entre as mulheres essa proporção era de 8,2% ao final do ano passado.
 

Governo tem boas notícias na economia: abril supera expectativas e desemprego é o menor desde 2014
Imagem: Pedro Ignacio/Shutterstock.com

Um dia depois de sofrer derrotas em série na sessão conjunta do Congresso Nacional, o governo Lula recebeu boas notícias na área da geração de emprego no Brasil. Os números divulgados nesta quarta-feira (29) tanto pelo IBGE quanto pelo Ministério do Trabalho e Emprego revelam um forte aquecimento no mercado de trabalho. 

 

A Pnad Contínua do IBGE mostrou que a taxa de desemprego no Brasil ficou em 7,5% no trimestre encerrado em abril. Em relação ao trimestre imediatamente anterior, encerrado em janeiro, houve estabilidade na desocupação, que era de 7,6%. No mesmo trimestre de 2023, a taxa era de 8,5%.

 

De acordo com o IBGE, o número apurado é o melhor resultado para este trimestre móvel desde 2014, e vem abaixo das projeções do mercado financeiro (7,8%). Com os resultados, o número absoluto de desocupados não teve alteração relevante contra o trimestre anterior, atingindo 8,2 milhões de pessoas. Na comparação anual, o recuo é de 9,7%.

 

A Pnad pesquisada pelo IBGE apurou também que no trimestre encerrado em abril, houve estabilidade na população ocupada, estimada em 100,8 milhões de pessoas. No ano de 2024, o aumento foi de 2,8%, com mais 2,8 milhões de pessoas ocupadas.

 

Outra fonte de boas notícias para o governo na área do emprego foi apresentada pelo Ministério do Trabalho e Emprego, que divulgou os números de abril do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). Segundo o Ministério, o saldo de empregos formais em abril alcançou 240.033 postos de trabalho gerados no mês. 

 

O resultado do Caged revelou o melhor saldo na geração de empregos em um mês de abril desde 2013. Os números do Caged também superam o que foi gerado no mês de abril de 2023, quando foram abertos 180.005 postos formais de trabalho. Segundo o Ministério do Trabalho, foram registradas 2.260.439 admissões contra 2.020.406 desligamentos no mês passado. O resultado ficou acima da mediana das estimativas de instituições financeiras, que projetavam a abertura de 214.448 vagas.

 

A geração de postos de trabalho foi positiva em todos os grandes grupamentos de atividades econômicas: serviços (+138.309), indústria (+35.990), construção (+31.893), comércio (+27.272) e agropecuária (+6.576).

 

O Caged mostrou que no acumulado do ano até abril, foi registrada a abertura líquida de 958.425 vagas, o melhor resultado desde 2010, positivo nos cinco grandes grupamentos econômicos e em 26 das 27 Unidades da Federação. O salário médio de admissão de novos empregados com carteira assinada ficou em R$ 2.126,16 em abril, vindo de R$ 2.089,20, em março. Já o salário médio de demissão ficou em R$ 2.205,96 em abril, contra R$ 2.189,78 um mês antes.

 

Se consideramos os últimos 12 meses, a geração alcança de emprego no Brasil chegou a 1.701.950 postos formais, 239.849 a mais do que o saldo gerado no ano de 2023.

 

O maior crescimento do emprego formal ocorreu no setor de Serviços, com um saldo de 138.309 postos de trabalho, um crescimento de 0,6%. O destaque na geração de emprego fica para os serviços de informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas (+61.096) e de administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais (+40.127).

 

A Indústria, com 35.990 postos criados (+0,41%), foi o segundo melhor gerador de empregos no mês, com destaque para a fabricação de coque, derivados do petróleo e biocombustíveis (+4.943), a fabricação de veículos automotores, reboques e carrocerias (+3.647) e a fabricação de produtos de borracha e de material plástico (+3.051).

 

As cinco regiões do país apresentaram abertura líquida de vagas formais de trabalho em abril. Houve abertura líquida de vagas no Sudeste (126.411), no Sul (45.001), no Centro-Oeste (24.408), no Nordeste (23.667) e no Norte (15.745). No ano, as cinco regiões também acumulam abertura líquida: Sudeste (481.903), Sul (237.301), Centro-Oeste (124.883), Nordeste (62.095) e Norte (47.195).

 

Entre os estados o maior saldo foi registrado em São Paulo, com geração de 76.299 postos (+0,54%); seguido de Minas Gerais, que gerou 25.868 postos (+0,53%); e Paraná, com 18.032 postos gerados (+0,57%) no mês.

 

A pesquisa Pnad Contínua do IBGE também possui outras boas notícias para o governo federal em relação ao mercado de trabalho. É o caso do percentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar – chamado de nível da ocupação, que ficou em 57,3%, o que revelou uma alta de 1,1% em relação ao mesmo período do ano anterior. 

 

Outro dado positivo refere-se, segundo o IBGE, ao número de pessoas dentro da força de trabalho (soma de ocupados e desocupados), indicador que teve alta de 1,8%, estimado em 109 milhões. A população fora da força totalizou 66,8 milhões, estável em relação ao período anterior.

 

Veja abaixo os destaques da pesquisa do IBGE sobre emprego:

 

Taxa de desocupação: 7,5%
População desocupada: 8,2 milhões de pessoas
População ocupada: 100,8 milhões
População fora da força de trabalho: 66,8 milhões
População desalentada: 3,5 milhões
Empregados com carteira assinada: 38,188 milhões
Empregados sem carteira assinada: 13,6 milhões
Trabalhadores por conta própria: 25,5 milhões
Trabalhadores domésticos: 5,9 milhões
Trabalhadores informais: 39 milhões
Taxa de informalidade: 38,7%

 

Bahia é o 3º estado com maior proporção de jovens na informalidade; 15,9% no país não estudam e nem trabalham
Fonte: Agência Brasília

A Bahia é o terceiro estado entre as 27 unidades da Federação que possui a maior quantidade de jovens ocupados que atuam na informalidade, com 65,4%. Em relação à taxa de jovens no mercado de trabalho, a Bahia está na 12ª colocação, entre todos os estados do país, com 48,6% dos jovens baianos no mercado de trabalho (a média brasileira é de 50,5%).

 

Esses e outros dados foram divulgados nesta terça-feira (28) pelo CIEE (Centro de Integração Empresa-Escola), com levantamento realizado a partir de dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). 

 

Segundo a pesquisa, 6,3 milhões de jovens ocupados estão atualmente na informalidade. O Maranhão tem o maior percentual (72%) de pessoas de 14 a 24 anos na informalidade, enquanto Santa Catarina tem o menor percentual (25,2%)

 

No Brasil, há hoje 5,4 milhões de jovens que não estudam, não trabalham e tampouco estão procurando emprego. O número equivale a 15,9% da população de 14 a 24 anos.

 

De acordo com o levantamento, no 1º trimestre de 2024, o governo federal contabilizou 14 milhões de jovens de 14 a 24 anos que estavam ocupados. No Brasil, há 34 milhões de adolescentes e jovens nessa faixa etária (17% da população). 

 

A Bahia é o terceiro estado do Brasil com maior quantidade percentual de jovens em relação à sua população, com 7,4%, atrás apenas de São Paulo (20,3%) e Minas Gerais (9,6%). Em relação às regiões do país, a proporção de jovens é a seguinte: 39% vivem na Região Sudeste (metade em São Paulo); 25% na Região Nordeste; 13% na Região Sul; 13% no Centro Oeste e 10% na Região Norte.

 

Confira abaixo o resumo do perfil de jovens ocupados e desocupados: 

 

  • jovens que só estudam: são 11,6 milhões. mulheres (52%); negros (59%); e adolescentes de 15 a 17 anos (81%).
  • jovens desocupados: 3,2 milhões. 51% são mulheres; 65% são negros. 
  • não estudam, não trabalham, nem procuram trabalho: 5,4 milhões. 60% são mulheres, sendo a maior parte com filhos pequenos; 68% são negros.
Estudo do IBGE revela que as mulheres estudam e trabalham mais e recebem 21% menos que os homens
Foto: Marcelo Camargo / Agência Brasil

Em 2022, o rendimento recebido pelas mulheres equivale a 78,9% dos homens, um quadro de desigualdade que vai piorando conforme aumenta a idade do grupo verificado. Em relação à ocupação, entre as mulheres de 25 a 54 anos, 63,3% estão ocupadas, enquanto entre os homens da mesma faixa etária, a taxa de ocupação é de 84,5%. Entre profissionais de ciências e intelectuais, o salário das mulheres representa apenas 63,3% do que recebem os homens.

 

Esses são alguns dos muitos dados apresentados nesta sexta-feira (8) pelo IBGE com o estudo “Estatísticas do Gênero”. O instituto divulgou o estudo nesta manhã especialmente para o Dia Internacional da Mulher, com objetivo de mostrar o tamanho da desigualdade enfrentada pela mulher na sociedade brasileira. 

 

O levantamento mostra que no Brasil, as mulheres pretas ou pardas são mais afetadas pelas desigualdades na educação, no mercado de trabalho, na renda e na representatividade política do que as brancas. Elas dedicam mais tempo aos afazeres domésticos e cuidados de pessoas, têm menor taxa de participação no mercado de trabalho e menor percentual entre as ocupantes de cargos políticos. 

 

O estudo revela também que as mulheres pretas ou pardas representam a maior parte das vítimas de homicídios contra mulheres praticados fora do domicílio e têm maior percentual de pessoas em situação de pobreza.

 

Em 2022, as mulheres dedicaram quase o dobro de tempo que os homens aos cuidados de pessoas e/ou afazeres domésticos. Essas tarefas consumiram 21,3 horas semanais delas contra 11,7 horas deles. 

 

O recorte por cor ou raça feito pelo IBGE também possibilita verificar essa diferença entre mulheres. As mulheres pretas ou pardas gastavam 1,6 hora a mais por semana nessas tarefas do que as brancas. Já entre os homens não houve distinção significativa nesse recorte. Além disso, a diferença entre mulheres brancas e pretas ou pardas aumentou desde 2016, início da série histórica desse indicador.

 

Outro ponto do levantamento mostra que a presença de crianças de até seis anos de idade em casa desfavorece a participação das mulheres no mercado de trabalho, mas favorece os homens. Enquanto o nível de ocupação de mulheres que vivem com crianças nessa faixa etária cai para 56,6%, o de homens sobe para 89%. As pretas e pardas nessa situação são mais afetadas (51,7% de ocupação) que as brancas (64,2%).

 

De acordo com os pesquisadores, o tempo de dedicação das mulheres aos trabalhos domésticos não remunerados também influencia a jornada de trabalho cumprida por elas. Em 2022, 28,0% das mulheres ocupadas trabalhavam em tempo parcial (até 30 horas semanais), enquanto essa proporção era de 14,4% entre os homens. 

 

No estudo há também um recorte que mostra que o percentual era ainda maior entre as mulheres do Norte (36,9%) e do Nordeste (36,5%), além das pretas ou pardas (30,9%) quando comparadas às brancas (24,9%). A taxa de desocupação do total da população feminina (11,8%) também era maior que a dos homens (7,9%).

 

Outro dado ligado às características de inserção no mercado de trabalho é a maior taxa de informalidade delas (39,6%) em relação aos homens (37,6%). Esse tipo de ocupação, caracterizado pelo menor acesso aos direitos trabalhistas, também era mais presente entre pretos ou pardos do que entre a população branca. A diferença entre a taxa de informalidade das mulheres pretas ou pardas (45,4%) e dos homens brancos (30,7%) chegou a quase 15%.

 

O levantamento feito pelos pesquisadores do IBGE mostra que em 2022, a taxa de pobreza entre as mulheres pretas ou pardas foi de 41,3%, quase o dobro do percentual entre as brancas (21,3%). A mesma desigualdade similar é verificada entre os homens: em 2022, a taxa de pobreza foi estimada em 38,6% para os pretos ou pardos, acima da marca de 20,6% dos brancos.

 

As diferenças também aparecem na extrema pobreza. Em 2022, 8% das mulheres pretas ou pardas eram consideradas extremamente pobres no Brasil, mais do que o dobro do percentual entre as brancas (3,6%). Entre os homens, o mesmo indicador foi de 7,4% para pretos ou pardos. Também é mais do que o dobro da taxa de extrema pobreza dos brancos (3,4%).
 

Um em cada cinco jovens na faixa etária dos 15 aos 29 anos pertencem à categoria dos "nem-nem", afirma IBGE
Foto: Marcello Casal/Agência Brasil

Um total de 10,9 milhões de jovens brasileiros entre 15 e 29 anos de idade não estudavam e nem trabalhavam ao final do ano de 2022. Essa quantidade de jovens representa 22,3% das pessoas que se situam nesta faixa etária no Brasil. Esses dados foram revelados esta quarta-feira (6) pela pesquisa Síntese de Indicadores Sociais, divulgada pelo IBGE.

 

Esse grupo de jovens que não trabalham e não estudam são conhecidos como “geração nem-nem”. Recentemente, o relatório Education at a Glance 2022 em parceria com OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico)o revelou que o Brasil é o segundo país em todo o mundo, de um total de 37 analisados, com a maior proporção de jovens que não estudam ou trabalham. 

 

O levantamento apresentado nesta quarta pelo IBGE corrobora as informações do relatório Education at a Glance. A pesquisa do IBGE mostra que em 2022, 4,7 milhões de jovens não procuraram trabalho e nem gostariam de trabalhar. Entre esses jovens, dois milhões eram mulheres cuidando de parentes e dos afazeres domésticos.

 

Do total de 10,9 milhões identificados pelo IBGE como jovens na categoria “nem-nem”, 61,2% eram pobres, com renda domiciliar per capita inferior a US$ 6,85 por dia, e 14,8% eram extremamente pobres, com renda domiciliar per capita abaixo de US$ 2,15 por dia, de acordo com as linhas de pobreza do Banco Mundial. No Nordeste, 75,5% dos jovens que não estudam e não se encontram ocupados estavam na pobreza e 22,5% na extrema pobreza. 

 

Entre esse contingente de jovens que não estudavam nem estavam ocupados em 2022, 43,3% eram mulheres pretas ou pardas, 24,3% eram homens pretos ou pardos, 20,1% eram mulheres brancas e 11,4% eram homens brancos.

 

A redução do número de jovens que não estudam e não estão ocupados foi inferior à do total de jovens e, por isso, a taxa de jovens nesta condição não foi a menor da série. As menores taxas ocorreram em 2012 (21,8%) e 2013 (22,0%). A taxa de 2022 (22,3%) foi a terceira menor da série.

 

De acordo com o estudo, a explosão da pandemia de Covid-19 levou a proporção de jovens “nem-nem” a saltar de 24,1% em 2019 para 28% em 2020. Desde então, o número registrou duas quedas seguidas até chegar a este patamar verificado em 2022.

 

Para a analista do IBGE responsável pelo levantamento, Denise Guichard, essa é uma medida mais rigorosa de vulnerabilidade juvenil do que a taxa de desocupação, pois abrange aqueles que não estavam ganhando experiência laboral nem qualificação, possivelmente comprometendo suas possibilidades ocupacionais futuras.

 

“O indicador inclui simultaneamente os jovens que não estudavam e estavam desocupados, que buscavam uma ocupação e estavam disponíveis para trabalhar, e aqueles que não estudavam e estavam fora da força de trabalho, ou seja, que não tomaram providências para conseguir trabalho ou tomaram e não estavam disponíveis”, afirma Denise Guichard. 

 

Por nível de instrução, entre os jovens fora da escola e do mercado de trabalho com até o ensino fundamental incompleto, 23% eram extremamente pobres e 77,1% pobres. Dentre os que tinham ensino fundamental completo ou médio incompleto, eram 19,1% e 72,5%, respectivamente.
 

Brasil tem 1,5 milhão de pessoas trabalhando em aplicativos de serviços e 7,4 milhões em teletrabalho, diz IBGE
Foto: Divulgação internet

Ao final do ano de 2022, o Brasil contava com 7,4 milhões de pessoas atuando em teletrabalho no país, e cerca de 1,5 milhão de pessoas que trabalhavam por meio de plataformas digitais e aplicativos de serviços. Esses dados foram revelados na manhã desta quarta-feira (25) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), ao divulgar resultados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua).

 

Segundo o IBGE, a quantidade de pessoas atuando em teletrabalho no País representa 7,7% do total de brasileiros ocupados que não estavam afastados do trabalho (96,7 milhões). Já a quantidade de pessoas trabalhando em plataformas digitais e aplicativos de serviços equivalem a 1,7% da população ocupada no setor privado.

 

Das cerca de 1,5 milhão de pessoas que trabalhavam por meio de plataformas digitais, 52,2% delas (ou 778 mil) exerciam o trabalho principal por meio de aplicativos de transporte de passageiros, em ao menos um dos dois tipos listados (de táxi ou não). Já 39,5% (ou 589 mil) eram trabalhadores de aplicativos de entrega de comida, produtos etc., enquanto os trabalhadores de aplicativos de prestação de serviços somavam 13,2% (197 mil).

 

Em relação aos dados sobre a quantidade de brasileiros atuando em teletrabalho, o IBGE destacou que se valeu, para fazer a pesquisa, da classificação utilizada pela Organização Internacional do Trabalho (OIT) para o trabalho remoto. Nessa modalidade, o trabalho é realizado em um local alternativo, que pode ser o próprio domicílio ou outro local, com a utilização de equipamentos de tecnologia da informação e comunicação (TIC), como computadores, telefones e tablets para realizar as tarefas do trabalho.

 

Seguindo a classificação da OIT, o IBGE estimou em 9,5 milhões o número de pessoas que exerceram trabalho remoto até o final de 2022, o que representava 9,8% do total de ocupados que não estavam afastados do trabalho. A partir desses dados é possível observar que, no ano passado, havia 2,1 milhões que estavam em trabalho remoto, mas não estavam em teletrabalho, pois não usavam equipamentos de TIC para realizar as tarefas laborais. Essa diferença levou à conclusão de que 7,4 milhões de pessoas atuavam em teletrabalho no país até o final de 2022.

 

No relatório sobre teletrabalho, o IBGE verificou que quando considerado o universo dos ocupados em teletrabalho, a maioria era homem (51,2%), enquanto 48,8% eram mulheres. Quase metade dos teletrabalhadores (49,6%) tinha de 25 a 39 anos de idade e 35,4% tinham de 40 a 59 anos. Somadas, essas faixas etárias respondiam por 85,0% do total. A ampla maioria (63,3%) dos ocupados que trabalhavam remotamente com equipamentos de TIC era branca (63,3%). A proporção de pretos e pardos era bem menor: 7,7% e 27,1%, respectivamente.

 

Em relação à distribuição, pelo País, dos trabalhadores por aplicativos de transporte particular de passageiros (excluindo os de táxi), a região Norte se destacou por ter a maior proporção deles: 61,2%, ou 14% a mais que a média nacional. A região também foi a que marcou a menor proporção de pessoas que trabalhavam com aplicativos de serviços gerais ou profissionais, 5,6%, menos da metade do índice no país. Esse tipo de aplicativo, aliás, se concentrava no Sudeste, com 61,4% do total dos plataformizados ocupados nessas plataformas.

 

De acordo com o IBGE, a maioria dos trabalhadores plataformizados eram homens (81,3%), em uma proporção muito maior que a média geral dos trabalhadores ocupados no setor privado (59,1%). O grupo de 25 a 39 anos correspondia a quase metade (48,4%) das pessoas que trabalhavam por meio de plataformas digitais.

 

A pesquisa mostrou ainda que cerca de 77,1% dos plataformizados eram trabalhadores por conta própria, contra 29,2% para os não plataformizados (29,2%). Entre os grupamentos de atividade, 67,3% dos plataformizados atuavam em Transporte, armazenagem e correio e 16,7% em Alojamento e alimentação.
 

Impacto das novas tecnologias no mercado de trabalho será tema de evento da Anamatra em Salvador
Foto: Anamatra/Divulgação

A tecnologia e as plataformas online mudaram a vida e o dia a dia de forma incontestável. Mas, quando falamos das relações de trabalho, quais são os desafios impostos? Para discutir essas questões a 3ª Jornada de Direito Material e Processual do Trabalho, com o tema central 'A internet das coisas, direitos dos humanos', reunirá magistrados, procuradores e auditores do trabalho, advogados e estudantes desta quarta (22) até sexta-feira (24), no Senai Cimatec, na Avenida Orlando Gomes, em Salvador.

 

O evento realizado pela Associação Nacional de Magistrados do Trabalho (Anamatra) conta com cerca de 400 participantes e tem como objetivo informar e promover o debate com os profissionais do direito do trabalho a respeito das novas sociabilidades surgidas a partir do avanço das tecnologias de informação e comunicação.

 

“Entender o novo momento e as dinâmicas de produção possibilitados pelas plataformas digitais e o que isso representa para as relações de trabalho é um desafio que ocupa, cada vez mais, as discussões âmbito das ciências humanas e sociais. Ainda existem muitas divergências sobre o assunto e seu enquadramento jurídico, portanto o evento é uma possibilidade de avançar o tema”, acredita o presidente da Anamatra, Luiz Antonio Colussi.

 

O encontro contará com painéis, conferências e apresentação de teses. Aquelas que forem aprovadas em plenárias servirão de apoio às discussões sobre alterações regulatórias e nas atividades acadêmicas e jurisdicionais da comunidade jurídica brasileira e internacional.

 

Um dos painéis do evento será comandado pelo jornalista Carlos Juliano Barros, que é um dos roteiristas e diretores do documentário GIG – A Uberização do Trabalho. O filme mostra, na prática, como os apps e a tecnologia têm impactado o trabalho de entregadores, motoristas e prestadores de serviços domésticos. Após a exibição do filme, haverá debate com o público inscrito no evento.

 

“É um privilégio, uma honra apresentar um filme para um público que é formador de opinião e que tem a capacidade de ter uma incidência social sobre esses assuntos. São magistrados, são autoridades competentes sobre essa questão trabalhista, mas, ainda assim, o documentário pode trazer informações novas para essas pessoas que são operadoras do direito”, destaca Barros.

 

Para aqueles que não estiverem no evento de forma presencial, será possível conferir a programação pelo site da Anamatra e assistir ao evento pelo canal no YouTube da entidade.

CNJ, TRT-BA e Ministério Público discutem reinserção de presos no mercado de trabalho
Foto: Divulgação

A capacitação profissional e o fomento ao trabalho de presos e egressos do sistema prisional foram tratadas em uma reunião com o vice-presidente do Tribunal Regional do Trabalho da Bahia (TRT-BA), desembargador Alcino Felizola, no exercício da Presidência, com o auxiliar da Presidência do CNJ, juiz Jônatas Andrade, na última sexta-feira (10). Em um primeiro momento, foi discutida a destinação de recursos via o Fundo de Promoção do Trabalho Decente (Funtrad) para a promoção desses profissionais. 

 

Ainda, debateram a possibilidade de utilização de Centros de Conciliações (Cejuscs) do Tribunal para a mediação com empresas terceirizadas do Estado da Bahia que resistem em cumprir a cota de egressos prevista no Decreto Pró Trabalho. Na reunião foi abordada a Orientação Técnica Conjunta 1/2021 do Conselho Nacional de justiça (CNJ) e do Ministério Público do Trabalho (MPT) para efetivação das cotas legais de contratação de pessoas presas ou egressas do sistema prisional em serviços contratados por órgãos e entidades da Administração Pública Direta, Autárquica e Fundacional e pelo Poder Judiciário, fortalecendo os mecanismos de reintegração social, por meio de diretrizes para fomento, apoio técnico e fiscalização do cumprimento da legislação vigente no país e nos entes federativos.

 

Entre os pontos, destaca-se a Política Nacional de Trabalho no âmbito do Sistema Prisional (PNAT), instituída pelo Decreto 9.450, de 24 de julho de 2018, que busca ampliar e qualificar a oferta de vagas de trabalho, o empreendedorismo e formação profissional das pessoas presas e egressas do sistema prisional. O Decreto 9.450/2018 impõe que a administração fixe nos editais nova exigência, determinando que na contratação de serviços, inclusive os de engenharia, com valor anual acima de R$ 330 mil, o emprego de cotas de mão de obra formada por pessoas presas e egressas do sistema prisional. Dessa forma, cada empresa selecionada deve reservar 3% das vagas quando a execução do contrato demandar 200 ou menos funcionários; 4% quando exigir entre 201 a 500; 5% quando demandar entre 501 a 1.000 funcionários; e 6% quando exigir mais de 1.000 empregados.

 

Participaram da reunião o auxiliar da Vice-Presidência do TRT-BA, juiz André Neves; os procuradores do Trabalho Séfora Graciana Char, Maurício Ferreira Brito e Adriana Holanda Maia Campelo; o promotor de Justiça Edmundo Reis Silva Filho; e o secretário-geral da Presidência do Tribunal, Taciano Vasconcelos. Uniram-se ao encontro a corregedora e a vice-Corregedora do TRT-5, desembargadoras Luíza Lomba e Léa Nunes, e a juíza auxiliar da Corregedoria, Angélica Ferreira.  

Curtas do Poder

Ilustração de uma cobra verde vestindo um elegante terno azul, gravata escura e língua para fora
Afinal, quantos ovos você come? O Cacique parece estar bastante interessado no assunto. Mais do que isso: mostrou que sabe tudo de conta! Enquanto isso, tem gente economizando ao invés de comprar um guarda-roupa novo. Mas sem salvação mesmo está nosso Cunha, que decidiu entrar numa briga de gigantes. Outro clima bom é pros lados de Camaçari. Acho que o único no paraíso por enquanto em solo baiano é Ronaldo do Buzu. Saiba mais!

Pérolas do Dia

Capitão Alden

Capitão Alden

"Estamos preparados, estamos em guerra. Toda e qualquer eventual postura mais enérgica, estaremos prontos para estar revidando".

 

Disse o deputado federal Capitão Alden (PL) sobre possível retirada à força da obstrução dos apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no Congresso Nacional.

Podcast

Projeto Prisma entrevista Ivanilson Gomes, presidente do PV na Bahia

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O presidente do Partido Verde (PV) na Bahia, Ivanilson Gomes, é o entrevistado do Projeto Prisma na próxima segunda-feira (4). O programa é exibido no YouTube do Bahia Notícias a partir das 16h, com apresentação de Fernando Duarte.

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