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Artigos

Robson Wagner
A Política Brasileira: um Espelho Bíblico da Vaidade
Foto: Divulgação

A Política Brasileira: um Espelho Bíblico da Vaidade

Em busca de alguma explicação para o cenário político atual no Brasil, fui encontrar ecos não nos palanques, mas nas Escrituras.

Multimídia

Marcelle Moraes defende a criação de uma casa para protetores de animais como prioridade para Salvador

Marcelle Moraes defende a criação de uma casa para protetores de animais como prioridade para Salvador
A vereadora Marcelle Moraes (União Brasil) afirmou que considera prioridade para Salvador a criação de uma casa de acolhimento voltada para protetores de animais. Segundo ela, em entrevista ao Projeto Prisma, Podcast do Bahia Notícias, o equipamento é necessário para garantir o suporte a quem cuida dos bichos e enfrenta dificuldades por conta da atividade.

Entrevistas

Léo Prates define “desgaste” de Lula e do PT como trunfos e projeta chapa da campanha de oposição em 2026

Léo Prates define “desgaste” de Lula e do PT como trunfos e projeta chapa da campanha de oposição em 2026
Foto: Igor Barreto / Bahia Notícias
O parlamentar afirmou, em entrevista ao Bahia Notícias, que “as condições atuais são melhores do que há quatro anos”, quando o grupo foi derrotado pela chapa do Partido dos Trabalhadores, em 2022. 

medo

Uma semana após ter sido espancada por três pessoas em Igaporã na noite do último domingo (12), a fisioterapeuta Vilena Fernandes, de 26 anos, continua traumatizada e com medo de sair de casa. Em entrevista, a jovem relatou os momentos de terror que viveu e clamou por justiça.

 

O crime aconteceu depois da jovem ser convidada para um passeio por um conhecido e, ao chegar a um local isolado, foi surpreendida com uma emboscada e agredida violentamente. As agressões ocorreram com socos, chutes e puxões de cabelo, deixando a vítima com diversos ferimentos, os suspeitos ainda seguem soltos.

 

Após o ocorrido, Vilena conseguiu fugir e pedir ajuda. Os agressores foram presos em flagrante, mas posteriormente liberados. A jovem teme por sua vida, ao receber ameaças de morte.

 

“Não consigo mais trabalhar, dormir direito ou sair de casa sozinha. Tenho muito medo de encontrar com eles de novo”, desabafa Vilena. “Quero que a justiça seja feita e que eles paguem pelo que fizeram comigo. Não mereço passar por isso”, afirma a fisioterapeuta em entrevista ao Achei Sudoeste, parceiro do Bahia Notícias.

 

A história de Vilena tem gerado grande repercussão nas redes sociais e na comunidade local. Muitas pessoas se solidarizaram com a jovem e estão oferecendo apoio. No entanto, a falta de segurança e a impunidade são as principais preocupações da vítima.

 

A Polícia Civil investiga o caso e busca novas provas para fortalecer o processo contra os agressores. Vilena espera que a justiça seja feita e que ela possa recuperar a sua vida.

Moradores de Tancredo Neves registra 48h com tiroteios de grupos criminosos
Foto: Reprodução / Redes Sociais

Moradores do bairro de Tancredo Neves, em Salvador, vivem momentos de terror após uma série de tiroteios nos últimos dias. Na madrugada deste sábado (11), um novo confronto entre grupos criminais deixou a comunidade em pânico, marcando 48h de tiroteio no bairro capital baiana.

 

Segundo os moradores, os tiroteios se intensificaram desde a última sexta-feira (10), quando um artefato explosivo foi abandonado na região após outro confronto. A Polícia Militar foi acionada e o Batalhão de Operações Policiais Especiais (BOPE) precisou ser mobilizado para retirar o material.

 

Apesar do reforço no policiamento, os confrontos se repetiram na madrugada deste sábado, deixando marcas de tiros em diversas residências. A polícia confirmou as ocorrências e informou que realiza rondas intensivas na região para garantir a segurança dos moradores

Prefeita Sheila Lemos afirma que sua candidatura dava medo nos adversários de Vitória da Conquista
Foto: Gabriel Lopes / Bahia Notícias

Em entrevista ao podcast Projeto Prisma, programa do Bahia Notícias, a candidata reeleita para o executivo de Vitória da Conquista, a prefeita Sheila Lemos (União Brasil), acredita que os adversários tentavam atrapalhar sua o pleito eleitoral e conta que sua candidatura colocava medo nos adversários, certa que iria disputar.

 

“Eu não tinha dúvida nenhuma, quem tem dúvida são eles [os adversários]. A população iria entender dessa forma, que estavam tentando me tirar no tapetão, eles sabiam que essa disputa eles não iriam vencer. Estão com esse discurso porque estão com medo. Inelegível seriam eles, porque não teriam voto”, afirma a candidata.

 

Durante a disputa, Sheila Lemos (União Brasil) enfrentou questões legais na justiça eleitoral que colocaram em risco sua candidatura por mandados familiares. No entanto, em novembro deste ano, ela foi aceita para mais um mandato após o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidir a seu favor.

 

“Sempre confiei muito na justiça e no direito. Sou administradora, mas acho que pouco que a gente estuda da matéria e mostra na jurisprudência do caso, eu não tinha dúvida alguma que eu poderia me candidatar. Eu estava elegível, sem problema. Mas meus adversários começaram as narrativas, sempre falando que eu não poderia ser candidata. Aquilo não tinha lógica nenhuma, era uma tentativa de atrapalhar o processo eleitoral mesmo”, confirma Sheila Lemos.

 

A Prefeita é empresária, formada em administração e pós-graduada em gestão empresarial e marketing na área varejista. Saiu da iniciativa privada para trabalhar na gestão pública, sendo eleita como vice ainda nas eleições municipais de 2020 e assumindo a prefeitura ainda 2021 com a morte do ex-prefeito Herzem Gusmão.

 

“O vice tem essa perspectiva [de assumir]. No caso eu fui ser vice com a expectativa de ser prefeita, a surpresa foi como aconteceu. Isso aí causou a desconfiança nas pessoas, eu fui trabalhando trocando o pneu a mil por hora”, conta a prefeita sobre a ascensão dela a cadeira da prefeitura.

 

Confira o trecho:

Vila Velha exibe peça sobre o medo e seu uso na legitimação de ideologias e abusos
Foto: Claudio Varela / Divulgação

O Teatro Vila Velha exibe em seu palco virtual no Youtube, nesta sexta-feira (8), a partir das 19h, o espetáculo “Do-Eu”, que é resultado de um intercâmbio cultural entre países lusófonos. 

 

A montagem tem encenação de João Branco, diretor cabo-verdiano que participa da residência artística realizada através do projeto KCenas, e tem como intérpretes-criadores os atores da Universidade Livre do Teatro Vila.

 

A peça tem como proposta a reflexão sobre o sentimento do medo e de como os sistemas político, econômico e midiático se apropriam dele para legitimar ideologias e abusos.

 

A história se desenrola quando dois homens disfarçados de técnicos instaladores de linha telefônica ou TV a cabo batem à porta de uma mulher para instalar promover o medo no local. O sentimento, então, paralisa, tira o senso crítico e faz com que as pessoas sejam subservientes, covardes, vítimas ou algozes. 

 

A peça “Do-Eu” apresenta diferentes abordagens do tema e fragmentos da obra "A Instalação do Medo", do escritor português Rui Zink, mas, segundo o diretor, não chega a ser uma adaptação. 

 

Após a exibição, João Branco e o diretor musical Caio Terra se unem às atrizes Amanda Cervilho, Adriana Leite, Thalia Silva, Roberta Guimarães e ao ator Lázaro Reinado, para uma roda de conversa com mediação de Iracema Vilaronga, também no Youtube do Vila.


SERVIÇO
O QUÊ:
Espetáculo “Do-Eu”
QUANDO: Sexta-feira, 8 de outubro, às 19h
ONDE: Youtube do Teatro Vila Velha (www.youtube.com/teatrovilavelha)
VALOR: Grátis

Carlinhos de Jesus relembra ida para a UTI e medo da morte após contrair Covid-19
Foto: Reprodução / Instagram

O coreógrafo Carlinhos de Jesus tinha ciência do poder “avassalador” do novo coronavírus, quando fez um vídeo para relatar o seguidores, no dia 22 de abril, que ele e a esposa, Rachel Jesus, tinham contraído a Covid-19 (relembre aqui). Dois dias depois do fim dos sintomas, ele, no entanto, foi surpreendido pela volta da doença com sintomas ainda mais graves, que lhe fizeram ir para UTI e passar pelo sentimento do medo da morte. 

 

Em entrevista ao portal Caras, Carlinhos relembrou de um momento de despedida com a esposa, que tinha o quadro menos grave e não precisava ficar no hospital. “O médico carinhosamente permitiu que minha mulher se despedisse de mim porque o caso dela poderia ser tratado em casa, e fiquei com uma sensação muito ruim, de que poderia morrer... Ao dar entrada na UTI, continuava apreensivo”, relatou ele que foi prontamente tranquilizado pelos médicos. 

 

Na segunda fase de enfrentamento à doença, Jesus contou que passou a sentir febre alta, cansaço, prostração, inapetência, oxigenação muito baixa e incapacidade de até mesmo ficar em pé. Ao procurarem o hospital, tanto ele como Rachel realizaram exames e Carlinhos descobriu que estava com 50% dos pulmões tomados por uma pneumonia viral, enquanto sua esposa apresentava quadro de 25%. 

 

Foram quatro dias no hospital, entre UTI e Unidade Semi Intensiva. Ao receber alta, ele ainda tinha 25% dos pulmões afetados e o tratamento ainda segue em casa com anticoagulante por 30 dias e fisioterapia pulmonar. Para ele, a fé também teve papel importante na superação da doença: “Rezei muito, principalmente as orações de São Jorge e de São Francisco de Assis. Sabia que tinha muita gente enviando mensagens de carinho e orações pela minha cura, isto tudo me motivou a pensar positivamente”.

 

A experiência de lidar com a Covid-19 em um estado que chegou a lhe preocupar só reforçou, para ele, a urgência em atender as medidas contra a disseminação da doença. “É um verdadeiro engano achar que é uma gripezinha, só quem passa pela doença sabe... Pode até ser mais branda para alguns, mas mata também, quem vai pagar pra ver? Na UTI onde fiquei, rede particular, eram nove baias. Todas ocupadas! O que tenho a dizer é: só saiam de casa numa real necessidade”, recomendou. 

Isolado, Gil fala do coronavírus, recuperação de Preta e medo da morte
Foto: Flora Gil / Instagram / Reprodução

O cantor Gilberto Gil, de 77 anos, está isolado em sua casa no Rio de Janeiro, em meio a pandemia do novo coronavírus. Apesar de estar vivendo em um espaço limitado há sete semanas, o artista baiano vem mantendo uma rotina intensa. Durante o período, o cantor assiste TV, atualiza o e-mail e o WhatsApp, se exercita, toma sol, lê livros, toca violão, grava músicas e faz entrevistas. 

 

Se protegendo da doença que vem afetando todo o mundo, Gil viu sua filha, Preta, passar por um período de quarentena após ser contaminada pelo vírus. Apesar do susto, o cantor manteve pensamento positivo acreditando nos estudos médicos sobre a resistência de pessoas fora do grupo de risco. 

 

“A posição da medicina, que considerava a doença menos severa para os mais jovens, me dava confiança quanto à capacidade de ela se recuperar sem maiores problemas. Foi o que aconteceu. Agora ela vai mantendo o isolamento e se fortalecendo para voltar ao trabalho, quando for possível”, diz. 

 

Em entrevista ao O Globo, o veterano da música acha que “sem dúvidas, estamos vivendo um momento que vai ficar na História como marcante e transformador”, e destaca o grande número de artigos e trabalhos realizados por cientistas que estão  “dando conta de tantas novas interrogações suscitadas pelo coronavírus e tudo que ele trouxe”. 

 

Comovido com toda a problemática do momento, o artista disse estar “muito interessado em acompanhar a marcha devastadora da pandemia e em buscar a proteção pessoal e da família”. Ele também se descreve como atencioso em relação às buscas pelas vacinas, remédios e  “a adaptação das atividades produtivas às novas exigências, as transformações nas formas de convívio e as novas disposições do amor e do afeto”.

 

“Se vamos recomeçar, deixaremos para trás muito do que temos sido até aqui. Ao assumirmos um novo mundo, estaremos nos encaminhando, de novo, para um novo fim. E assim por diante de si mesmo, ad infinitum”, reflete. 

 

Questionado se ele tem medo da morte, Gilberto Gil afirma que sim, “como todo mundo” e completa: “Nas minhas orações, a única coisa que peço à vida é a boa morte. De resto, a vida tem me dado o que preciso para tocá-la adiante, não me esquecendo da primeira sentença das escrituras védicas: ‘Tudo é sofrimento’”.  

'Sinto que estou correndo risco', diz Wagner Moura sobre retorno ao Brasil
Foto: Reprodução / Instagram

O ator e diretor baiano Wagner Moura, que está na Austrália integrando o júri do Sydney Film Festival, declarou, em reportagem ao jornal local Daily Telegraph, que está com receio de retornar ao Brasil diante do atual cenário político. As informações são do Notícias da TV.

 

"Pela primeira vez na minha vida, eu sinto que estou correndo risco. [...] Sempre que vou para o Rio de Janeiro ou para São Paulo, preciso tomar muito cuidado. É de partir o coração”, disse o artista. 

 

Wagner, recentemente, percorreu por vários festivais de cinema no mundo para exibir o filme “Marighella”, dirigido e roteirizado por ele. A obra, no entanto, recebeu críticas do presidente Jair Bolsonaro por tratar da história de vida de Carlos Marighella (1911-1969), guerrilheiro soteropolitano que lutou contra o regime ditatorial no Brasil. 

 

Contrariando antigas declarações de que não tinha medo das ameaças que recebeu durante a gravação do longa, Moura pondera que não se sente impedido de voltar ao país de nascimento. Ele, porém, deixa claro que caso a situação piore, as vindas ao Brasil vão ser repensadas. 

Nicolas Cage diz que apelido é 'frustrante' e teme que memes prejudiquem seu novo filme
Foto: Reprodução / Youtube Piano Man Pictures

Alvo de piadas, o ator Nicolas Cage revelou que não gosta muito das brincadeiras feitas pelo público. Ele diz esperar que os memes não impactem diretamente no filme "Mandy", onde interpreta um vigilante à procura de vingança. O longa-metragem estreou nos Estados Unidos na última sexta-feira (14).

 

"A questão é que, com o advento da internet, fazer esses mashups, onde eles puxam esses momentos sem o contexto de todo o filme, criou essa cultura dos memes. [Ser] marcado como ‘Cage Rage’ é frustrante. Tenho certeza de que é frustrante para o [diretor] Panos Cosmatos, que fez o que eu considero uma obra de arte muito lírica, interna e poética, para que essa coisa de ‘Cage Rage’ fosse jogada em todo o seu filme", avaliou o ator em entrevista ao IndieWire.

 

Um exemplo das piadas feitas com Cage é “O Sacrifício”, lançado em 2005. Para ele, a “internet fez um desserviço” ao transformar a cena em que seu personagem é atacado por um enxame de abelhas em meme.

Intérprete de ‘Chris’ tem medo dos brasileiros: 'Se é assim nas fotos, imagine na vida real?'
Foto: Reprodução / Instagram Tyler James Williams
Depois de ameaçar bloquear os fãs brasileiros que enchem suas fotos de comentários em português no Instagram, o ator Tyler James Williams, que protagoniza a série "Todo Mundo Odeia o Chris", disse que desistiu de monitorar sua rede social. "Eu entreguei meu Instagram, entreguei para eles. Tipo: 'Ok, peguem'", afirmou em entrevista ao UOL durante a San Diego Comic-Con 2016. Williams participou do painel da série "Criminal Minds: Beyond the Borders", em que interpreta Russ "Monty" Montgomery.
 
Ele contou que, ao postar qualquer foto na rede social, chega a receber mais de 100 mil comentários, muitos com frases repetidas que não consegue entender. Isso acontece também com outros atores da série, que é exibida pela Record no Brasil. "Tenho uma foto com 125 mil comentários, todos em português, e todos dizem a mesma coisa. Falei com todo o elenco, mas ninguém entende. É muito confuso. Nós postamos uma foto, aí tem um comentário em português e depois vêm 36 mil comentários iguais em português. Não sabemos o que é. Acho que é um jogo", considerou.

A incidência de comentários em português não diminuiu após as queixas públicas de Williams, que chegou a ameaçar bloquear os brasileiros (lembre aqui). O UOL sugeriu que ele viesse conhecer o Brasil, mas ele afirmou que teme a aproximação. "Eu tenho medo. Se é assim nas fotos, imagine na vida real?", ressaltou. Apesar disso, o intérprete de Chris diz não se importar com o assédio. "Eu não fico chateado com as opiniões de quem não conheço. Mas se for positivo, agradeço", afirmou. Muitos comentários são apenas bordões da série, em especial da personagem Rochelle (Tichina Arnold), mãe de Chris. Os mais comuns são "Quem é esse monte de gente branca?" e "Você não precisa disso, seu pai tem dois empregos".
‘Brasileiro tem medo de tudo’, diz baiano vencedor de prêmio com romance sobre morte
Foto: Reprodução / Facebook
A morte e o comportamento das pessoas diante dela foram os pontos de partida do baiano Franklin Carvalho para desenvolver o livro “Céus e Terra”, vencedor do Prêmio Sesc de Literatura 2016, na categoria Romance (clique aqui e leia). Nascido em Araci, ele formou-se jornalista em 1995 pela Universidade Federal da Bahia, para aproximar-se da escrita. Seus primeiros trabalhos literários foram em poesia e contos, tendo lançado dois livros independentes: “Câmara e Cadeia” e “O Encourado”, ambos ambientados na realidade baiana. Em sua mais recente obra, a premiada “Céus e Terra”, Franklin decidiu inclinar-se para a ficção, e, através de intensa pesquisa, iniciada em 2006, com direito a viagens a lugares distantes, ele conseguiu contar uma história ambientada em uma realidade bem próxima: o sertão nordestino. “Resolvi fazer uma pesquisa sobre a morte e a religiosidade no sertão. Li muita coisa que até poderia apavorar muita gente, mas não me apavorei (risos)”, lembra o autor. “Pesquisei gente de antropologia, filosofia, religião, a tradição católica. Frequentei igrejas, cemitério. Fiz matérias também sobre antropologia da morte, como aluno ouvinte; viajei ao México, para ver a festa dos mortos; para a Itália, para ver a devoção das almas do purgatório”, conta.
 
O enredo do romance é sobre a história do menino Galego, que aos doze anos é convocado para salvar um cigano crucificado e acaba morrendo. Transcendendo a morte, o garoto acompanha uma família de pessoas humildes, observando seus momentos de alegria e de dor, e, principalmente, o comportamento delas diante da religião e da morte. “O sertão tem essa coisa muito marcada, da tristeza, do sofrimento. Eu achei que tinha algumas coisas de riqueza mesmo que o sertão tem, com relação a esses mitos, ai comecei a ouvir pessoas lá, entrevistar, e ao invés de fazer o mestrado, eu escrevi o romance”, revela Franklin, que destaca na obra o papel das viúvas e das mulheres em geral, além das crianças, que seriam personagens mais vulneráveis naquele universo.
 

O autor viajou ao México para ver a festa dos mortos | Foto: Arquivo Pessoal
 
Além do romance, o trabalho de pesquisa realizado pelo jornalista baiano lhe rendeu alguns frutos. “Já tive alguns entendimentos que me propiciaram fazer esse livro. Uma das conclusões do filósofo francês Edgar Morin é que o grande mistério na verdade não é a morte, mas a vida. Porque até as pedras estão paradas no seu lugar. O que se deveria perguntar é ‘como é que as coisas surgem?’, ‘como elas se movimentam?’. Então, nessas dúvidas que o homem tem sobre a morte, a vida sempre vence. E esse entendimento eu levei pro livro. É uma história que se passa no sertão, com uma família que sofre com a perda de um parente, mas que aprende também a superar isso”, explica o autor baiano, que vê algumas semelhanças entre a postura humana diante da morte em diversas sociedades, mas avalia o brasileiro como um povo “muito medroso”. “De todas as culturas que eu vi, nós somos a que tem mais problema para lidar com a morte, justamente porque a gente não tem muita clareza da fé católica brasileira. Misturamos muitas lendas e isso deixa a pessoa muito fragilizada”, avalia o escritor, acrescentando que “o brasileiro tem medo de tudo, tem medo de espírito, tem medo de diabo, de Saci Pererê, é um povo muito assustado. Brasileiro é muito supersticioso e isso é meio complicado na cabeça dele com relação a todas as coisas. Ele carrega figa, patuá, crucifixo para garantir e está sempre com medo”.
 

O jornalista baiano vencedor do Prêmio Sesc de Literatura já tem um novo romance concluído | Foto: Divulgação
 
Com um novo romance pronto, cujo nome provisório é “Sangue Doce” e aborda mais uma história ambientada no sertão, Franklin Carvalho aguarda para colher os louros da vitória, já que o Prêmio Sesc de Literatura lhe credencia a participar de uma mesa redonda na Festa Literária Internacional de Paraty (Flip) e garante a publicação e distribuição de 2 mil exemplares da obra.  “Esse prêmio é o mais importante para livros inéditos no Brasil, é muito disputado! Ele é uma responsabilidade muito grande, tende a abrir as portas, e tenho que me preparar”, diz o escritor baiano.

Curtas do Poder

Ilustração de uma cobra verde vestindo um elegante terno azul, gravata escura e língua para fora
Afinal, quantos ovos você come? O Cacique parece estar bastante interessado no assunto. Mais do que isso: mostrou que sabe tudo de conta! Enquanto isso, tem gente economizando ao invés de comprar um guarda-roupa novo. Mas sem salvação mesmo está nosso Cunha, que decidiu entrar numa briga de gigantes. Outro clima bom é pros lados de Camaçari. Acho que o único no paraíso por enquanto em solo baiano é Ronaldo do Buzu. Saiba mais!

Pérolas do Dia

Capitão Alden

Capitão Alden

"Estamos preparados, estamos em guerra. Toda e qualquer eventual postura mais enérgica, estaremos prontos para estar revidando".

 

Disse o deputado federal Capitão Alden (PL) sobre possível retirada à força da obstrução dos apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no Congresso Nacional.

Podcast

Projeto Prisma entrevista Ivanilson Gomes, presidente do PV na Bahia

Projeto Prisma entrevista Ivanilson Gomes, presidente do PV na Bahia
O presidente do Partido Verde (PV) na Bahia, Ivanilson Gomes, é o entrevistado do Projeto Prisma na próxima segunda-feira (4). O programa é exibido no YouTube do Bahia Notícias a partir das 16h, com apresentação de Fernando Duarte.

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