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mario jr
O presidente do Progressistas (PP) na Bahia, o deputado federal Mário Negromonte Jr., pregou cautela com a possível formação de uma federação do partido com o União Brasil. Em conversa com o Bahia Notícias nesta quarta-feira (19), o parlamentar contou que não participou da votação que aprovou a aliança e reforçou seu desejo de migrar para a base do governador Jerônimo Rodrigues (PT).
A federação com o União foi aprovada pelo PP na terça-feira (18), em teoria, por unanimidade entre os filiados. Inclusive, conforme informações com circulam na imprensa, os partidos já teriam dividido o comando por estado, com a Bahia ficando com a legenda do União Brasil. Mário Jr. também contou que conversou com o presidente nacional do PP, o senador Ciro Nogueira, para tratar do assunto.
"Conversei com Ciro Nogueira, não participei da votação ontem, para respeitar Ciro. É público e notório na Bahia e no PP nacional minha posição contrária. Já externei nas redes e dentro do partido estadual e nacional. A luta vai continuar. Não acabou ainda. Quem participou, referendou Ciro para trabalhar a federação. Até se fazer a federação, existe um caminho. Existem estados que já estão definidos, mas tem outros que serão objeto de discussão e acordo. Muitos estados que ainda precisam de entendimento com o União Brasil", afirmou Mário Jr. em entrevista ao Bahia Notícias.
Apesar do União Brasil ser o principal grupo opositor ao governo de Jerônimo, o presidente do PP-BA comentou que irá lutar para manter o partido “independente”, ressaltando seu desejo de retornar à base do governador petista. Segundo Mário, a maioria dos filiados baianos deseja realizar o movimento de migrar para o grupo de Jerônimo.
"A depender de mim, vou lutar até o fim para o PP continuar independente em suas ações, na Bahia, para buscar o melhor. O sentimento dos nossos prefeitos, da maioria do partido é de caminhar com Jerônimo. Não é ser contra ao União Brasil, mas hoje o partido é a favor a composição com Jerônimo", explicou Mário Jr.
Nos bastidores da Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA), há uma preocupação da bancada progressista com a possível federação com o União Brasil. Aliados do governador Jerônimo, os deputados estaduais do PP temem que o governador paralise as conversas para a legenda passar a aderir à gestão, visto que o União Brasil é vinculado ao ex-prefeito de Salvador, ACM Neto, o principal opositor do governador.
A ida do atual secretário de governo da prefeitura de Salvador, Cacá Leão, para uma das vice-presidências da Caixa Econômica Federal deve sair do papel, se depender do deputado federal e presidente estadual do PP, Mário Negromonte Jr. Ao Bahia Notícias, Mário indicou que a expectativa é que o movimento "venha acontecer".
"O nome dele é um dos nomes que a bancada quer. É um nome que atenderia a bancada, não só da Bahia, mas a bancada. Temos um carinho e respeito grande por ele. A expectativa é que venha acontecer", comentou Negromonte.
A chegada do novo presidente da Caixa Econômica Federal (CEF), Carlos Vieira, apadrinhado pelo atual presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP), movimentou algumas peças do tabuleiro do banco, alterando algumas vices. Informações obtidas pelo Bahia Notícias com interlocutores de Brasília indicam que Cacá Leão, atual secretário de governo na gestão de Bruno Reis (União), tem sido cotado para ocupar um dos espaços.
Ao Bahia Notícias no Ar, da Salvador FM 92,3, Cacá indicou que nenhuma proposta efetiva foi feita, porém a decisão também deve passar pelo prefeito de Salvador (relembre mais).
"Essa conversa começou desde a semana retrasada. Começaram quando foi nomeado o Carlos Vieira, um querido amigo. Desde que vim para Salvador, essa conversa já estava forte, de ficar em Brasília. Quando tomei a decisão de vir para a gestão do prefeito Bruno Reis, não sou homem de fugir dos meus compromissos. A conversa da Caixa ficou mais forte na reunião da bancada [de deputados federais], quando surgiu a conversa de que além de nomear o presidente, o PP iria nomear outras vice-presidências. O deputado Luizinho, líder da bancada, colocou essa questão, e alguns comentaram sobre meu nome ser o melhor, pois todos conhecem meu jeito de trabalhar. Essa lembrança me deixou muito feliz", comentou Cacá.
Apesar da possibilidade, o próprio Cacá já teria sinalizado de forma negativa para o convite, evitando trocar o posto na capital baiana, que ocupa desde fevereiro (reveja aqui). O ajuste teria sido idealizado "por Brasília", onde Cacá tem uma trajetória na Câmara dos Deputados, onde chegou a ser líder do PP na Casa, sendo um dos parlamentares mais próximos ao presidente Lira. Recentemente, uma reunião com lideranças do PP teria sido feita para debater a possibilidade para Cacá.
Aliados indicaram ao BN que Cacá segue pensando em Brasília, mas o projeto de retornar para a Câmara se dará apenas em 2026, ano eleitoral. Até lá, o atual secretário seguirá atuando na "blindagem política" da gestão de Bruno Reis, onde também deve atuar nas eleições municipais.
CENÁRIO INCERTO
Com trocas em algumas vices, Cacá estaria no radar e teria recebido a oferta para chegar ao posto de Ronny Peterson Costa, atual vice-presidente de Negócios de Atacado, que está de saída. Apesar disso, o espaço não teria sido o "alvo prioritário" de Cacá, que desejaria uma outra vice, segundo interlocutores do banco.
O grupo de Cacá também estaria interessado que Cacá assumisse outra vice, fora das que foram ofertadas. O processo de troca das vices, que devem chegar a seis, ocorre em formato de seleção, com inscrição para o cargo. Alguns estão tirando férias nesse final de ano, para que os substitutos possam assumir já em 2024.
Além dos salários "vultuosos", as vice-presidências da Caixa seriam o sonho de consumo de diversos políticos e ex-políticos por alguns motivos. Com a possibilidade de ter interlocução com diversos setores e pessoas.
O clima continua turbulento nos bastidores do PP na Bahia. A definição do nome do deputado federal Mário Negromonte Jr. para comandar a sigla no Estado não agradou todos os quadros do Progressistas. Um dos insatisfeitos com a movimentação é o deputado estadual Nelson Leal. Ao Bahia Notícias, o parlamentar afirmou que não foi comunicado de forma oficial sobre a nova liderança do PP e revelou um suposto não cumprimento de acordo por parte de Negromonte, ainda durante o período eleitoral do ano passado.
"Eu não fui comunicado ainda de quem vai ser o presidente. Eu acho que é importante, nós temos quatro deputados federais. Eu acho os quatro precisam estar alinhados. Qualquer solução que os quatro estejam satisfeitos e e unidos para fortalecer o partido e eu estou junto. Agora, obviamente que se você pegar um partido que está bastante fracionado, você entrar num processo de mais desgaste ainda é realmente muito difícil e eu não tenho nada contra o deputado Mário Júnior. A única coisa que eu tenho é que as dobradinhas que eu iria fazer com ele nos municípios de Chorrochó e Glória, em Chorrochó o primo dele, que a mãe dele era a prefeita, ele me tirou faltando dois meses para as eleições", disse na manhã desta quarta-feira (10).
"Ontem eu inclusive pedi a meu querido amigo pra entrar em contato com o deputado Cajado e o deputado Neto Carletto, ninguém ainda me passou nada oficial. Eu só espero que essa decisão venha contemplar os quatro deputados federais, não adianta ficar dois satisfeitos, dois insatisfeitos, tem que ter pelo menos três num projeto para a gente fortalecer cada vez mais o partido", acrescentou.
Questionado sobre a saída do ex-deputado Ronaldo Carletto do PP, que está de malas prontas para comandar o Avante baiano, Leal desconversou se pretende seguir os passos do ex-correligionário e afirma que espera uma decisão que possa "fortalecer o partido".
"Ronaldo resolveu fazer um novo projeto, gosto muito de Ronaldo. Inclusive, estarei lá no evento que ele me convidou, vou lá dar um abraço nele. Ele tem um novo projeto hoje. Eu não sei, eu estou no PP. Eu quero ver como é que o PP vai se resolver. Espero que o PP possa tomar uma decisão que venha aglutinar todo mundo e fortalecer pra gente continuar sendo esse partido extremamente representativo com quase 100 prefeitos, quatro deputados federais, seis estaduais e que tem uma musculatura muito grande", finalizou.
Curtas do Poder
Pérolas do Dia
Capitão Alden
"Estamos preparados, estamos em guerra. Toda e qualquer eventual postura mais enérgica, estaremos prontos para estar revidando".
Disse o deputado federal Capitão Alden (PL) sobre possível retirada à força da obstrução dos apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no Congresso Nacional.