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lucas freire andrade
O projeto “Florence Fronteiras” impulsionou os debates sobre tratamento de reabilitação e cuidados paliativos à capital baiana, nesta quarta-feira (25). O evento, que é fruto de uma parceria entre a Clínica Florence e a Santa Casa da Bahia, ocorreu na Pupileira, com uma palestra da médica e escritora Ana Claudia Quintana Arantes, com a temática “Dignidade até o fim: uma conversa necessária”.
Ao Bahia Notícias, o médico Lucas Freire Andrade, fundador e CEO da Clínica Florence conta sobre o propósito da realização do evento. Destacando a sensibilidade do tema e os conflitos sociais em torno dos cuidados paliativos, ele ressalta o protagonista do “Florence Fronteiras”.
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Foto: André Carvalho / Bahia Notícias
“É muito importante a gente criar fóruns qualificados para ter essa discussão. A gente tem um evento aqui com uma pessoa que é uma referência nesse tema, a nível nacional e internacional. Um evento cheio, com mais de mil pessoas, e para discutir um tema que, culturalmente, não é tão natural conversar sobre. Não faz parte da nossa cultura, tem até uma série de tabus, de crenças. Então é necessário se criar fóruns para que a gente possa ter esse tipo de discussão como esse promovido hoje pela Florence e pela Santa Casa [da Bahia]”, destaca Andrade, que possui especialização em cardiologia.
Sobre a palestra da doutora Ana Claudia Arantes, ele destaca a relevância da convidada. Autora de livros consagrados como A Morte é um Dia que Vale a Pena Viver e Pra Vida Toda Valer a Pena Viver, Ana Claudia é conhecida pela tratativa senível e profunda em torno dos temas.
“Eu vim falando com a doutora Ana [Ana Cláudia Quintana Arantes] antes do evento e até agora, durante a palestra, a fala dela tem falado sobre a questão da importância desse tratamento para amenizar a dor, para amenizar justamente o sofrimento antes da morte”, sucinta o gestor.

Foto: André Carvalho / Bahia Notícias
Lucas Andrade ressalta ainda a atuação prática da Florence nos cuidados paliativos. A Clínica Florence atua como um hospital de transição e referência nacional em Cuidados Paliativos e Reabilitação Intensiva, com unidades em Salvador e Recife.
“O que a Florence faz, e o Hospital Monte Serrat [Hospital Estadual Mont Serrat – Cuidados Paliativos, inaugurado em 2025] também, é o cuidado paliativo e também reabilitação, mas o que ela [a clínica] faz com os pacientes de cuidado paliativo é endereçar diversas dimensões do sofrimento do paciente e de sua família, entender que ele é muito mais do que uma doença, que um diagnóstico, e no processo de cuidado, tentar endereçar todas essas necessidades, mantendo o protagonismo desse paciente. Os valores, as crenças, as preferências e ajudá-lo, tanto o paciente quanto a família, a navegar nesse momento, que é possivelmente o momento mais difícil da vida”, explica o especialista.
O gestor completa ainda que a temática precisa ser universalizada, para alcançar ainda mais pessoas. “Então, é um tipo de cuidado, de assistência, que é extremamente necessário, principalmente se a gente considerar que todos nós vamos morrer um dia”, conclui.
O evento, de cunho beneficente, terá sua renda destinada aos Centros de Educação Infantil da Santa Casa da Bahia, que atendem mais de 600 crianças de 2 a 5 anos com educação integral, alimentação, acompanhamento psicológico e atividades culturais e esportivas.
Curtas do Poder
Pérolas do Dia
Jaques Wagner
"Recebi notícias de que Alcolumbre estava chateado comigo ou rompido comigo. Confesso que não sei o motivo. Sempre tentei colaborar com ele. Nesse episódio agora do Messias, houve uma chateação, mas foi uma escolha do presidente [Lula]. Eu nunca faltei com a verdade nem com o Rodrigo Pacheco, nem com Davi".
Disse o senador Jaques Wagner (PT) ao comentar sua relação com o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União). Em entrevista à GloboNews, Wagner afirmou que soube que o senador estaria “chateado” com ele, mas disse desconhecer as razões.