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lina bo bardi
A prefeitura de Salvador, por meio da Secretaria Municipal de Cultura e Turismo (Secult), firmou parceria com a Associação Cultural Pivô para a reestruturação e reativação do Espaço Coaty. O acordo foi anunciado nesta sexta-feira (6) e a previsão é de que o espaço esteja reaberto ao público até o segundo semestre de 2025. O Coaty deve receber programação diversificada e gratuita, residências artísticas, exposições e atividades educativas.
“O Coaty e todo projeto de Lina para a Ladeira da Misericórdia representa na verdade um microcosmo de uma estratégia de desenvolvimento sustentável e de reocupação do Centro Histórico. Um plano baseado em cultura e habitação, elaborado há 30 anos, que é também o que acreditamos e estamos implementando em toda essa região”, explicou o titular da Secult, Pedro Tourinho.
Foto: Jefferson Peixoto / PMS
A informação havia sido antecipada pelo Bahia Notícias na manhã desta sexta. Durante entrevista ao Bahia Notícias no Ar, da Rádio Antena 1 100.1, revelou em primeira mão a parceria que foi firmada.
"Hoje vamos receber aqui a associação sem fins educativos que vai trabalhar com a gente, que é a Pivô de São Paulo e o Instituto Lina Bo Bardi estará aqui também presente. A Pivô foi uma das grandes responsáveis pela valorização do Centro de São Paulo, ela começou no Copan e foi a grande motor de revolução do Copan, um dos prédios históricos do Centro de São Paulo, mais importantes, e que a Pivô se colocava lá e ia fazer um trabalho social de trazer e conectar com as artes do mundo, o espaço foi se valorizando", contou Tourinho (confira mais detalhes aqui).
O Espaço Coaty é um complexo composto por três edificações coloniais na Ladeira da Misericórdia, no Centro Histórico, projetado nos anos 1980 pela renomada arquiteta Lina Bo Bardi (1914-1992).
A REATIVAÇÃO
A parceria com a Associação Cultural Pivô visa justamente recuperar o complexo, devolvendo o espaço para a população da cidade. A entidade sem fins lucrativos possui ampla experiência no cenário artístico brasileiro, desenvolvendo mais de 150 projetos em 12 anos de atuação. Um dos principais cases de sucesso da instituição foi o reposicionamento do Edifício Copan, no centro de São Paulo.
Fernanda Brenner, diretora artística da Pivô, destacou o potencial do Coati e os planos para reativação da estrutura. “Temos um precedente em São Paulo, trabalhando na retomada de um imóvel histórico a partir da presença de projetos culturais, não apenas de artes visuais, mas de literatura e arquitetura. Essa força que a cultura traz é fundamental para ecoar em imóveis especiais como o Coati, que está entre as Cidades Alta e Baixa de Salvador, com uma vista privilegiada para a Baía de Todos-os-Santos. Nosso projeto para cá é, sobretudo, criar um ponto de encontro entre a população, artistas do Brasil e de fora”, destacou.
A parceria também envolve o Instituto Bardi - criado para preservar o legado de Lina Bo Bardi. “É uma iniciativa que nos dá muita alegria e responsabilidade. Temos o papel de proteger o legado de Lina e essa parceria para preservar a memória dela é muito importante, pois, teremos a honra de acompanhar a continuidade da obra que ela pensou para Salvador”, celebrou a embaixadora da organização, Lissa Carmona.
A reestruturação do Espaço Coaty, centro cultural desenvolvido pela arquiteta italiana radicada na Bahia Lina Bo Bardi, e localizado na Ladeira da Misericórdia, em Salvador, contará com um trabalho em conjunto da Prefeitura de Salvador com a associação cultural sem fins lucrativos Pivô.
Em entrevista ao Bahia Notícias no Ar, programa da rádio Antena 1 Salvador (100.1 FM), na manhã desta sexta-feira (6), o secretário de Cultura e Turismo de Salvador, Pedro Tourinho revelou em primeira mão a parceria que será firmada nesta sexta-feira (6) para a reativação do espaço.
"Hoje e vamos receber aqui a associação sem fins educativos que vai trabalhar com a gente, que é a Pivô de São Paulo e o Instituto Lina Bo Bardi estará aqui também presente. A Pivô foi uma das grandes responsáveis pela valorização do Centro de São Paulo, ela começou no Copan e foi a grande motor de revolução do Copan, um dos prédios históricos do Centro de São Paulo, mais importantes, e que a Pivô se colocava lá e ia fazer um trabalho social de trazer e conectar com as artes do mundo, o espaço foi se valorizando", contou Tourinho.
Para Tourinho, a parceria fará com que o espaço se torne desejo não só de soteropolitanos, como de turistas, além de movimentar no negócio e a cultura na capital. "É um parceiro que nós encontramos e que nos encontrou também ideal para esse tipo de coisa, junto com o Instituto Bardi e com o Instituto da Lina Bo Bardi".
O responsável pela pasta ainda exaltou a obra desenvolvida por Lina, que foi montada entre 1987 a 1989. "O projeto que ela desenvolveu foi um microcógeno do que seria uma solução de desenvolvimento sustentável para o Centro Histórico. Naqueles cinco casarões ela desenhou qual seria, ela decodificou a solução para o centro histórico. No projeto dela ali tem arte, tem cultura, culinária, tem restaurante, tem habitação. Então ali ela conseguiu ter um pouco de tudo, e aí soluções arquitetônicas, aquelas estruturas de concreto, de argamassa armada, que elas se conectam com os casarões antigos sem substituí-los, sem tentar refazê-los, mas se encaixa".
De acordo com Tourinho, a reestruturação do Coaty fará jus a figura importante que Bo Bardi foi para a Bahia. "É uma pessoa que foi muito importante para a história de Salvador e que vai ser homenageada, tendo agora sua obra, seu propósito ali em relação ao Centro Histórico, sendo feito exatamente como ele foi pensado. Porque a gente, essas pessoas que estão vindo trabalhar nessa reabertura, são pessoas que são estudiosas, pesquisadoras do trabalho da Lina. E com o Instituto junto, a gente garante que vai ter essa conexão, esse cuidado com o propósito".
Ícone da arquitetura brasileira, tendo assinado projetos como o Solar do Unhão, em Salvador, e o Museu de Arte de São Paulo (Masp), a italiana Lina Bo Bardi é tema de um livro infantil que acaba de ser lançado pelo selo Pequena Zahar.
Capa do livro, com ilustração da própria autora | Foto: Divulgação
De acordo com informações do Estadão, o livro “Lina: Aventuras de uma Arquiteta”, escrito e ilustrado pela espanhola Ángela León, propõe um mergulho na vida da biografada, desde a infância na Itália entre guerras, passando pelo casamento com o colecionador Pietro Maria Bardi e a vinda ao Brasil, até a consagração como criadora de grandes obras no país, especialmente na capital paulista.
“Aparentemente, a Lina pode ter uma linguagem um pouco dura, crua, pelos materiais que usa, muito essencial e sem adornos, mas, na sua originalidade, tem um ponto de fantasia, como nas janelas com buracos do Sesc ou nos muros cheios de plantas da casa Valéria P.Cirell. Esse ponto fantasioso pode conectar com as crianças, e também seu interesse na convivência, em que seus projetos sejam vívidos, que aconteçam coisas neles. Dá para perceber muito bem esse lado dela, divertido, lúdico, nos seus desenhos”, diz León, sobre como a figura de Lina Bo Bardi pode despertar o interesse do público infantil.
Um seminário de abertura do projeto Oficinas do Museu de Arte Moderna da Bahia (MAM-BA ) vai celebrar as contribuições da arquiteta e agitadora cultural Lina Bo Bardi, os 40 anos das Oficinas do MAM-BA e os 60 anos do Museu.
O evento vai contar com a participação de três grandes artistas que deixaram suas marcas na história do MAM: Chico Liberato, Juarez Paraíso e Pasqualino Magnavita. O seminário acontece na próxima sexta-feira (27), às 17 horas, com transmissão ao vivo pelo site e pelo canal do Oficinas do MAM no YouTube. Os artistas convidados foram responsáveis pela criação das “Oficinas de Arte em Série”, como antes eram conhecidas as “Oficinas do MAM”, no final da década de 70.
O evento contará também com a participação do conselheiro do Instituto Bardi, o arquiteto urbanista Renato Anelli, que abordará a contribuição da primeira diretora do MAM-BA, Lina Bo Bardi. O seminário abre o projeto Oficinas do MAM-BA, celebrando as contribuições da arquiteta Lina Bo Bardi, que foi responsável pela restauração de todo o acervo arquitetônico do Solar do Unhão, onde foi instalado o Museu de Arte Moderna.
O dramaturgo Zé Celso, à frente do Teatro Oficina, em São Paulo, afirmou que Silvio Santos lhe ofereceu R$ 5 milhões para que desistisse de uma disputa por um terreno próximo ao teatro. De acordo com informações da coluna de Mônica Bergamo, na Folha de S. Paulo, o dramaturgo disse ter entendido a proposta como “uma espécie de propina” e que não está “à venda”. "Ele me ligou e disse: 'Andei pensando uma coisa. Se eu te desse R$ 5 milhões, você desistiria?' Eu falei 'Claro que não'! Aí ele desligou e cada um foi para um lado", contou Zé Celso à colunista. Já a assessoria do apresentador afirma que "desconhece qualquer tipo de conversa entre os dois a não ser de quinta (17) [com Eduardo Suplicy e João Doria]" e que Silvio "não se pronuncia, não dá entrevistas e não dá depoimentos". De propriedade do apresentador, a área em questão é objeto de disputa há 37 anos, já que Silvio pretende construir um empreendimento no local, o que, segundo Zé Celso, “encaixotaria” o Teatro Oficina, que é um projeto realizado pela arquiteta italiana Lina Bo Bardi e tombado desde 2010. Zé Celso e Silvio Santos voltaram a se reunir nesta quinta, junto com o vereador Eduardo Suplicy (PT) e o prefeito João Doria (PSDB), para tentar chegar num consenso, mas segundo o dramaturgo, o empresário não teria prestado atenção à apresentação das arquitetas do Oficina, que prevê a construção de um “teatro de estádio” no local. "Ele não ouviu nada da reunião. O pessoal da equipe dele só ria, debochava da gente", acusou Zé Celso, afirmando que Silvio dizia: "Deixa de ser artista, deixa de ser sonhador".

Curtas do Poder
Pérolas do Dia
Fernando Haddad
"Penso que vamos entrar numa trajetória de queda de juros com sustentabilidade. Acredito que vamos terminar o mandato com a menor inflação de um mandato desde o plano real. Um crescimento médio próximo de 3%".
Disse o ministro da Fazenda, Fernando Haddad ao declarar que a economia do Brasil deve caminhar para uma redução da taxa básica de juros e que o governo, comandado por Luiz Inácio Lula da Silva (PT), pode encerrar o mandato com a menor inflação de um período presidencial desde o Plano Real, iniciado em 1994.