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lider do governo no congresso
O líder do governo Lula no Congresso, senador Randolfe Rodrigues (PT-AP), afirmou acreditar que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), devem encerrar 2025 em processo de reaproximação. Segundo ele, o impasse entre os dois será superado após uma conversa “aberta, franca, sincera e direta”. A declaração foi dada ao Valor Econômico e publicada nesta segunda-feira (22).
A relação entre Lula e Alcolumbre se desgastou após o presidente indicar o advogado-geral da União, Jorge Messias, para o Supremo Tribunal Federal (STF), contrariando a preferência do senador, que defendia o nome de Rodrigo Pacheco (PSD). O episódio também ampliou o distanciamento entre Alcolumbre e o líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA).
Para Randolfe, o rompimento influenciou outras turbulências na base aliada, como o acordo articulado por Wagner com a oposição que abriu caminho para a aprovação do Projeto de Lei da Dosimetria, que reduz penas de condenados pelos atos golpistas de 8 de Janeiro.
“Com o Jaques Wagner, ele [Alcolumbre] criou de fato uma aversão. Eu já tentei até mediar”, afirmou Randolfe. O senador ressaltou ainda que Alcolumbre nunca condicionou a relação com o governo à ocupação de cargos e que insinuações nesse sentido acabaram agravando o desgaste.
“Com o governo, com o presidente, eu acho que tudo vai se resolver quando eles conversarem. Não há distanciamento entre o Davi Alcolumbre e o governo. Há uma divergência sobre uma circunstância chamada Jorge Messias”, declarou.
Randolfe também criticou a condução da votação do PL da Dosimetria, afirmando que alertou Jaques Wagner sobre os riscos de um acordo naquele momento e que Lula foi surpreendido pelo desfecho. “O presidente Lula me ligou durante a votação, no plenário do Senado, para perguntar o que estava acontecendo”, relatou.
Apesar das derrotas recentes, o líder do governo avaliou que o balanço do ano é positivo para o Planalto. “Conseguimos aprovar as matérias centrais”, disse, citando o projeto que isenta do Imposto de Renda quem ganha até R$ 5 mil. Sobre as investigações envolvendo fraudes no INSS, Randolfe afirmou que o esquema será enfrentado. “Nenhum governo é imune à corrupção. O que muda é como o governo se comporta em relação à corrupção”, concluiu.
Curtas do Poder
Pérolas do Dia
Hugo Motta
"Eu não vou fazer pré-julgamento. Não sei ainda a motivação nem qual foi a busca. Apenas recebi a ligação do diretor-geral da Polícia Federal. Pelo que me foi dito, parece ser uma investigação sobre questão de gabinete, mas não sei a fundo e, por isso, não quero fazer pré-julgamento".
Disse o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB) ao afirmar que o Judiciário “está cumprindo o seu papel” ao autorizar operações contra parlamentares. A declaração foi feita após a deflagração de uma ação da Polícia Federal que teve como alvos o líder do PL na Casa, Sóstenes Cavalcante (RJ), e o deputado Carlos Jordy (PL-RJ).