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No segundo dia de cessar-fogo no sul do Líbano entre Israel e o grupo terrorista Hezbollah, ambas as partes se acusaram de violação do acordo de trégua. Tanques israelenses teriam feito duas rodadas de disparos na cidade libanesa de Markaba, durante a manhã desta quinta-feira (28), em resposta, segundo Israel, à movimentação de veículos com suspeitos.
O acordo firmado entre ambas as partes prevê que elas interrompam os conflitos por 60 dias e se retirem do sul do Líbano, onde os confrontos ocorrem. O exército de Israel afirmou que os disparos foram apenas uma reação à descoberta de veículos com suspeitos transitando em diversas áreas do sul do Líbano, o que configuraria uma violação do acordo.
Israel admitiu, também, ter realizado ataques aéreos contra um suposto depósito de foguetes do Hezbollah na região. Ademais, na noite de quarta-feira (27), Israel ainda impôes um toque de recolher a moradores da região, a fim de controlar uma possível movimentação de tropas do grupo terrorista.
CONFLITOS NA REGIÃO
A guerra entre Israel e o Hezbollah ocorre desde setembro deste ano e estourou após as tensões entre as partes aumentarem. A ideia do cessar-fogo é dar um fim gradual ao conflito que, de acordo com o Ministério da Saúde Libanês, já deixou mais de 3.500 civis mortos, a maioria durante os bombardeios de Israel ao sul do país e à capital, Beirute.
Por outro lado, a guerra na Faixa de Gaza, contra forças Palestinas e o grupo terrorista Hamas continua. Na manhã desta quinta-feira, Israel bombou diversas áreas do território ocupadas pelo grupo, deixando 17 mortos, segundo o Ministério da Saúde Local. Na quinta-feira, o presidente dos EUA, Joe Biden, afirmou que faria uma nova tentativa de acordo para a região.
O Brasil enviou, neste sábado (26), uma nova doação de insumos estratégicos em saúde para o Líbano. O avião da Força Aérea Brasileira (FAB) responsável pelo nono voo de repatriação de brasileiros levou 400 mil ampolas do medicamento midazolam, utilizado para sedação pré-cirúrgica e para intubação orotraqueal doados pelo Ministério da Saúde, com peso aproximado de 9,5 toneladas. As informações são da Agência Brasil.
O avião levou também medicamentos e cestas básicas arrecadados pela Embaixada do Líbano em Brasília em conjunto com o Consulado-Geral do Líbano em São Paulo, por meio da Associação Unidos pelo Líbano, e pelo Consulado-Geral do Líbano no Rio de Janeiro, totalizando uma carga de 16,8 toneladas.
A operação foi coordenada pelo Ministério das Relações Exteriores, por meio da Agência Brasileira de Cooperação (ABC), em parceria com os ministérios da Saúde e da Defesa.
A Operação Raízes do Cedro, do governo federal, já enviou doações ao Líbano de sete cargas de medicamentos, seringas descartáveis e envelopes para reidratação oriundos dos estoques públicos do Sistema Único de Saúde (SUS) administrados pelo Ministério da Saúde, além de medicamentos e cestas básicas arrecadados pelas representações diplomáticas e consulares do Líbano no Brasil e doadas por empresas farmacêuticas brasileiras.
As doações feitas pelo Ministério da Saúde atendem à demanda apresentada pela Embaixada do Líbano em Brasília, em setembro. A cooperação humanitária internacional do Brasil acontece com base nos estoques do SUS administrados pelo Ministério da Saúde. As doações são realizadas após análise técnica que assegura não haver risco de comprometimento do abastecimento nacional no âmbito do SUS.
Benjamin Netanyahu, o primeiro-ministro de Israel, afirmou que o país continuará a atacar “impiedosamente” o grupo extremista libanês Hezbollah, até mesmo em Beirute, capital do Líbano.
A declaração dá sinais de que o governo israelense não prevê parar com os bombardeios contra o estado libanês que já duram quase um mês. “Continuaremos a atacar impiedosamente o Hezbollah, em todas as partes do Líbano, incluindo Beirute. Tudo isso de acordo com considerações operacionais. Nós provamos isso recentemente e continuaremos a provar isso nos próximos dias”, afirmou o premiê.
Israel começou a bombardear o Líbano em 20 de setembro, pouco após anunciar uma nova fase da guerra com foco no norte de Israel, próximo à fronteira com o sul do Líbano. A região é um reduto do Hezbollah, grupo extremista libanês financiado pelo Irã.
Conforme fontes do governo libanês, cerca de 2.000 pessoas já faleceram por conta dos ataques. Israel afirma, no entanto, que os bombardeios não têm como alvo o Líbano, mas sim estruturas específicas do Hezbollah. Contudo, a informação do governo libanês é de que a maioria das baixas são de civis.
Nesta segunda-feira (14), Israel bombardeou Aitou, um reduto de maioria cristão ao norte do Líbano. É a primeira vez que as forças armadas israelenses alvejaram a região desde o início da guerra. Segundo a Cruz Vermelha, 21 pessoas vieram a óbito e 4 ficaram feridas devido ao bombardeio.
Em rechaço, nos últimos dias, o grupo extremista realizou vários lançamentos de mísseis contra Israel. Conforme um comunicado do Hezbollah, no entanto, a informação é de que alguns destes mísseis foram interceptados, enquanto outros caíram em áreas abertas, sem deixar nenhum ferido.
Cerca de 211 passageiros, incluindo 12 crianças de colo, resgatados na zona de conflito do Líbano, chegaram ao Brasil, neste sábado (12). Os resgatados chegaram na aeronave KC-30, da Força Aérea Brasileira (FAB), empregada na Operação “Raízes do Cedro”, do Governo Federal, na Base Aérea de São Paulo, em Guarulhos (SP). O voo chegou de Lisboa, Portugal, de onde partiu, após fazer escala para uma parada técnica na capital portuguesa desta sexta-feira(11).
De acordo com o Governo Federal, a quarta escala da Operação Raízes do Cedro, do Governo Federal, decolou de Beirute, nesta sexta. Com a chegada do quarto voo ao Brasil, a operação soma a 885 passageiros e 11 pets resgatados do Líbano em uma semana.
A primeira escala da operação pousou no Brasil no último domingo (6). O grupo com 229 passageiros e três pets foi recebido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que reforçou que o país vai realizar todos os esforços para trazer todos os brasileiros e familiares.
Na última terça-feira (8), uma nvoa escala da operação transportou até São Paulo cerca de 227 passageiros e mais três animais domésticos. Já na última quinta-feira (10), uma terceira escala chegou ao Brasil com 218 passageiros e 5 pets.
LISTAS
A prioridade de composição das listas sempre leva em conta mulheres, crianças, idosos e brasileiros não residentes no Líbano. Um trabalho de articulação que envolve equipes do Ministério das Relações Exteriores em Brasília e na Embaixada do Brasil em Beirute e a ação operacional da Força Aérea Brasileira (FAB).
CRÉDITO EXTRAORDINÁRIO
O Diário Oficial da União desta sexta-feira, 11 de outubro, trouxe a Medida Provisória nº 1.264que abre crédito de R$ 80 milhões para o comando da Aeronáutica, via Ministério da Defesa, com a função de garantir as funções de logística de transporte dos brasileiros e familiares nos traslados e no apoio humanitário na região de conflito no Oriente Médio.
O Ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, afirmou nesta quarta-feira (9), que 7 mil brasileiros que vivem no Líbano manifestaram interesse em deixar o país por conta dos recentes conflitos entre Israel e o grupo radical Hezbollah.
Segundo o ministro, a repatriação depende de diversos fatores, e por isso ele pensa ser improvável que todos acabem retornando ao Brasil. Conforme Vieira, a projeção mais realista e concreta é de que cerca de 3 mil pessoas sejam repatriadas.
“Há alguns meses, começamos um trabalho de alertar a população sobre os problemas e dificuldades que poderiam advir da expansão do conflito na Palestina para os países da região e cerca de 7 mil pessoas disseram que eventualmente teriam o interesse em sair”, afirmou o ministro ao programa Bom Dia, Ministro da EBC.
Conforme o ministro, este número não é absoluto e não significa que todos os pleiteantes sairão. De acordo com ele, várias situações podem interferir no processo, como a presença de familiares que não possam sair ou até mesmo a evolução do conflito. Mesmo assim, o ministro ainda afirmou que a missão será maior do que a realizada em 2023 para resgatar cidadãos na faixa de Gaza, quando aproximadamente 1.560 pessoas foram resgatadas.
Segundo o governo brasileiro, a prioridade nas listas de resgate é de mulheres, crianças, idosos e brasileiros não residentes no Líbano.
Até o momento, a operação já resgatou 456 pessoas e 6 animais por meio de dois voos da Força Aérea Brasileira (FAB). Um terceiro voo chegou a Beirute na manhã desta quarta-feira e deve voltar ao Brasil até o fim do dia.
Ao ser questionado acerca da posição brasileira em frente ao conflito, o ministro ressaltou que a vontade do Brasil é de manter a sua tradição diplomática de promover a paz e o diálogo. Ele ainda afirmou que “ninguém sai ganhando de uma guerra”.
Uma aeronave da Força Aérea Brasileira (FAB) pousou na base aérea de Guarulhos, em São Paulo, na manhã deste domingo (6) com os brasileiros que foram resgatados no Líbano. O avião, que fez o primeiro voo de repatriação, precisou fazer uma parada técnica para abastecer na cidade de Lisboa, em Portugal, e seguiu para o Brasil.
Ao pousar, uma criança foi uma das primeiras a sair do avião carregando nas mãos a bandeira do Líbano. Depois, outro repatriado com a camiseta do Brasil desceu da aeronave, erguendo as mãos para o céu. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fez a recepção do grupo.
No total, 228 pessoas embarcaram no voo, das quais 10 são crianças de colo, segundo informações da FAB. Além deles, três animais domésticos estiveram na viagem. Após a chegada ao Brasil, a previsão é de que a aeronave volte para buscar uma nova lista de cidadãos que pediram ajuda do governo federal para deixar a zona de conflito entre Israel e o grupo extremista Hezbollah.
Neste sábado (5), a aeronave KC-30 da Força Aérea Brasileira (FAB) decolou de Beirute, capital do Líbano, às 13h18 (horário de Brasília), transportando 229 brasileiros e 3 animais de estimação.
Segundo informações do governo federal, está prevista uma escala em Lisboa, Portugal, para reabastecimento antes da continuação do voo ao Brasil. A chegada à Base Aérea de São Paulo, em Guarulhos, está programada para a manhã deste domingo (6), por volta das 10h, onde os repatriados serão recebidos pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Este voo integra a primeira fase da Operação Raízes do Cedro, iniciada pelo governo federal para repatriar brasileiros que se encontram no Líbano. A aeronave havia chegado a Beirute às 11h22 (horário de Brasília), após partir de Lisboa no início da manhã.
Estimativas indicam que cerca de 20 mil brasileiros residem no Líbano, e o Ministério das Relações Exteriores (MRE) reporta que aproximadamente 3 mil brasileiros desejam deixar o país em meio ao aumento das operações militares das Forças Armadas de Israel.
A repatriação, que estava programada para sexta-feira (4), foi adiada para que fossem analisadas as condições de segurança, especialmente após os intensificados bombardeios israelenses que afetaram áreas próximas ao aeroporto de Beirute na noite anterior.
A Operação Raízes de Cedro, do governo brasileiro, que objetiva repatriar os brasileiros que estão no Líbano, será adiada. Um voo com cerca de 220 cidadãos brasileiros partiria de Beirute nesta sexta-feira (4), mas, devido à falta de segurança para transportar essas pessoas até o aeroporto, a operação está suspensa.
“Em consequência da necessidade de medidas adicionais de segurança para os comboios terrestres que se dirigirão ao aeroporto da capital libanesa, a operação do primeiro voo brasileiro de repatriação não ocorrerá no dia de hoje. Novas informações sobre o voo serão prestadas ao longo do dia”, informou uma nota do Ministério das Relações Exteriores do Brasil.
Durante a madrugada desta sexta-feira (4), ao menos um ataque israelense atingiu o perímetro do aeroporto internacional de Beirute, segundo fonte do Ministério dos Transportes e Obras Públicas do Líbano à Agência Brasil.
O objetivo do governo brasileiro é de repatriar em torno de 500 pessoas por semana, priorizando o embarque de idosos, mulheres, crianças e pessoas com necessidades médicas. No total, cerca de 21 mil brasileiros vivem no Líbano. Na terça-feira (1), o governo informou que, ao menos, 3 mil brasileiros procuraram a Embaixada do Brasil em Beirute com pedido de repatriação.
Um novo conflito entre Israel e o grupo radical islâmico Hezbollah tem causado incerteza quanto a um conflito generalizado no Oriente Médio. A atuação de Israel, que estava concentrada somente na faixa de Gaza, aumentou quando o país explodiu pagers de membros do Hezbollah no Líbano, que se seguiu por ataques de mísseis que acabaram levando a óbito o líder do grupo nesta semana.
O Irã, aliado estratégico do Líbano e, supostamente, do Hezbollah, enviou mísseis até Israel, o que causou uma certa tensão global acerca de um conflito regional entre os países.
Pela primeira vez, o Líbano revidou os ataques feitos por Israel. O ataque aconteceu após um bombardeio em um posto militar do Exército Libanês acabar com a morte de um soldado, nesta quinta-feira (3).
“Um soldado morreu depois que o inimigo israelense atacou um posto militar na área de Bint Jbeil, no sul, e os militares responderam com disparos”, informou o Exército libanês.
Os ataques feitos por Israel aspira combater o grupo xiita Hezbollah. Até o momento, a nação vinha guerreando contra o exército iraniano e o grupo xiita. O Líbano evidenciou que não faz parte do conflito e que os ataques foram efetuados como forma de defesa.
O governo israelense reforçou que os ataques feitos no Líbano não têm como alvo o Estado libanês, mas, sim, estruturas específicas do Hezbollah dentro do país.
A Polícia Federal (PF) vetou ao menos dois nomes da lista de brasileiros que demonstraram interesse em sair do Líbano. De acordo com fontes ligadas à PF, a decisão foi tomada por questões de segurança.
No total, cerca de 3.000 brasileiros que moram no país demonstraram interesse, junto à Embaixada Brasileira em Beirute, para serem repatriados. O primeiro voo da operação está previsto para chegar já neste sábado (5).
Conforme a CNN, a PF vasculha a lista para certificar-se de que não há infiltrados do Hezbollah entre os repatriados. Em 2023, dois brasileiros foram presos pela polícia por suspeita de estarem ligados ao grupo radical islâmico.
A ação da PF ocorreu em novembro de 2023 e chegou a conclusão de que os investigados preparavam atos de terrorismo em território brasileiro, focando em ataques a prédios da comunidade judaica. Ao todo, foram cumpridos onze mandados de busca em Minas Gerais, Distrito Federal e São Paulo.
Segundo a Polícia Federal, também tem trabalhado no auxílio à liberação da documentação de pessoas que, eventualmente, estejam com pendências, como passaporte vencido. A intenção é que este tipo de situação não seja impeditivo para embarque ao Brasil.
O primeiro voo da Força Aérea Brasileira decolou do Galeão no Rio de Janeiro nesta quarta-feira (2). A aeronave KC-30 já está em Lisboa (Portugal) e aguarda apenas autorização para seguir para Beirute. O voo com os brasileiros deve sair na sexta-feira (4) e chegar no Brasil no sábado (5).
Conforme o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados, aproximadamente 160 mil pessoas já fugiram do Líbano para a Síria devido à Guerra entre o Hezbollah e Israel.
O Ministério das Relações Exteriores, em nota divulgada na tarde desta terça-feira (1º), disse que o governo brasileiro vê com "grave preocupação" a realização de operações militares terrestres do exército de Israel no Sul do Líbano. Na nota, o Itamaraty condena o que chamou de "violação ao direito internacional" por parte de Israel, e exigiu que o governo israelense interrompa imediatamente as incursões terrestres e os ataques aéreos a zonas civis no Líbano.
Apesar de ter sido divulgado já no meio da tarde, o comunicado do Itamaraty não cita a nova etapa dos conflitos no Oriente Médio, agora com o envolvimento do Irã. Nesta terça, as forças militares do Irã realizaram um ataque com pelos menos 180 mísseis contra Israel, e alguns projéteis causaram impacto direto no sul e centro do país, mas não houve feridos até o momento.
O governo do Irã afirmou que atacou Israel em resposta ao assassinato do líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah. Já o porta-voz das Forças de Defesa de Israel, Daniel Hagari, disse que o ataque iraniano terá consequências. Líderes e representantes de governos de todo o mundo se pronunciaram condenando o ataque e a escalada do conflito no Oriente Médio.
No seu comunicado, o Itamaraty reafirma a defesa do "pleno respeito" à soberania e à integridade territorial do Líbano. Segundo o comunicado, o governo brasileiro faz um apelo a todas as partes envolvidas para que exerçam máxima contenção e para que alcancem, com urgência, uma situação de cessar-fogo permanente e abrangente.
"Recordamos a necessidade de cumprimento da Resolução 1701 (2006) do Conselho de Segurança das Nações Unidas, em particular, o chamado à completa cessação de hostilidades entre Israel e o Hezbollah e ao respeito à Linha Azul, bem como conclama a comunidade internacional para que se valha de todos os instrumentos diplomáticos à disposição a fim de conter o agravamento do conflito", afirma a nota do Itamaraty.
O Ministério das Relações Exteriores afirma ainda que a Embaixada em Beirute continua a monitorar a situação dos brasileiros no Líbano, aos quais continua a prestar assistência consular emergencial. O governo brasileiro também reiterou o alerta para que todos deixem as áreas conflagradas, sigam as orientações de segurança das autoridades locais e, para os que disponham de recursos para tanto, procurem deixar o território libanês por meios próprios.
Mais cedo, em rápida entrevista na Cidade do México, ao chegar para a solenidade de posse da nova presidente mexicana Claudia Sheinbaum, o presidente Lula conversou com a imprensa e fez críticas ao governo israelense. O presidente brasileiro disse lamentar profundamente as ações de Israel no Oriente Médio.
"O que eu lamento profundamente é o comportamento do governo de Israel. Sinceramente, é inexplicável que o Conselho da ONU não tenha autoridade moral de fazer com que Israel sente em uma mesa para conversar ao invés de só saber matar", disse Lula.
Até as 18h10 desta terça, o presidente brasileiro ainda não havia se pronunciado oficialmente sobre o aumento da tensão no Oriente Médio com o ataque do Irã a Israel, e a promessa das forças israelenses de contra-atacar.
Fontes do Itamaraty afirmam que o governo brasileiro começou uma operação de resgate dos cidadãos que estão no Líbano. Quase 3 mil pessoas se mostraram dispostas a retornar ao Brasil. A maioria são moradores do Vale do Bekaa e da capital, Beirute, locais mais afetados pelo conflito entre Israel e o grupo extremista Hezbollah.
Representantes brasileiros no Líbano informaram estes números ao final desta manhã. Antes disso, o balanço era de cerca de mil candidatos, segundo o portal G1.
Em um primeiro momento, o Itamaraty insiste que, aqueles que possuem condições financeiras, tentem embarcar em voos tradicionais. Quem não puder sair por conta própria deverá entrar na lista de repatriados do governo, cuja prioridade será dada a idosos, mulheres, crianças e pessoas com necessidade de assistência médica.
A embaixada brasileira em Beirute está fazendo consultas desde a terça-feira da semana passada (24) e afirma que a procura aumenta desde então. As tratativas entre os dois governos estão em etapa avançada e o primeiro avião da Força Aérea Brasileira (FAB) deve pousar em Beirute já neste fim de semana.
Conforme a fonte do Itamaraty, os números devem oscilar porque algumas famílias ainda podem desistir, pessoas podem conseguir sair por conta própria e outras podem entrar na lista por conta do aumento dos riscos. Em 2006, no último momento de grande crise entre Israel e Hezbollah, cerca de 3 mil brasileiros deixaram o país.
O Governo Brasileiro, por meio do Ministério de Relações Exteriores, confirmou, nesta sexta-feira (27), a morte de uma adolescente brasileira no Líbano, em meio aos conflitos com Israel. Atualmente o conflito já registra mais de 700 mortes, segundo as autoridades libanesas.
O Itamaraty detalhou que a jovem brasileira Mirna Raef Nasser, de 16 anos, natural de Balneário Camboriú em Santa Catarina, foi morta no Sul do Líbano após um bombardeio aéreo. Relatos de familiares apontam que a adolescente estava acompanhada do pai, de nacionalidade libanesa, em casa, na última segunda-feira (23).
A adolescente se tornou a segunda vítima brasileira atingida pelos intensos bombardeios aéreos israelenses na região. A Embaixada do Brasil em Beirute está prestando assistência à família da adolescente.
O Governo Brasileiro expressou condolências à família e ressaltou que busca a condenação, nos mais fortes termos, aos contínuos ataques aéreos israelenses contra zonas civis no Líbano e renova o apelo às partes envolvidas para que cessem imediatamente as hostilidades.
O Ministério da Saúde do Líbano afirmou que ao menos 356 pessoas foram mortas e mais de 1.246 ficaram feridas nesta segunda-feira (23) após Israel lançar um ataque aéreo amplo contra o país.
Pouco antes dos ataques, as forças de defesa de Israel enviaram alerta à população civil do Líbano para que se afastassem imediatamente de posições e depósitos de armas do grupo extremista Hezbollah.
Ainda conforme a pasta, entre as vítimas dos ataques estão 24 crianças, 42 mulheres e diversos profissionais de saúde. Segundo o governo de Israel, entre as vítimas estava um comandante do alto escalão do Hezbollah, Ali Karaki.
CRONOLOGIA DOS ATAQUES
Durante a manhã, Israel atacou regiões do sul e do leste do Líbano, e mais tarde voltou a bombardear a capital do país, Beirute, que já havia sido alvo de ataques na última sexta-feira, que deixaram 14 mortos.
Com os bombardeios, esta segunda-feira se tornou o dia mais sangrento do país em mais de 18 anos, desde a guerra de 2006 entre Israel e o Hezbollah. Segundo os israelenses, cerca de 800 alvos do grupo foram atacados nesta segunda-feira.
O primeiro-ministro libanês Najib Mikati denunciou um suposto “plano de destruição” executado por Israel. “A agressão persistente de Israel contra o Líbano é uma guerra de extermínio em todos os aspectos de um plano de destruição que pretende pulverizar os vilarejos e cidades libanesas”, afirmou Mikati, em comunicado no qual pede à ONU e a países influentes que tentem dissuadir a agressão.
O Ministério do Interior do Líbano afirmou que o país converterá escolas em abrigos nas cidades afetadas. Já o Ministério da Saúde ordenou que as cirurgias eletivas sejam canceladas, para que as unidades de saúde tenham espaço para receber os feridos nos bombardeios.
A brasileira Fátima Boustani, de 30 anos, foi gravemente ferida no último sábado (1) após sua casa ser atingida por um bombardeio. A brasileira ficou com o rosto desfigurado e vai precisar passar por diversas cirurgias para a reconstrução de seu rosto.
Fátima estava em casa com dois de seus quatro filhos, quando foram surpreendidos pelo bombardeio. O marido dela, libanês, se mudou para o Brasil em busca de trabalho, enquanto que os seus outros dois filhos estavam na casa dos avós.
Segundo o primo de Fátima, Hussein, ela segue internada em estado grave, bem como os dois filhos, e todos estão recebendo atendimento médico. Fátima, no entanto, precisará de muitas cirurgias para reconstruir o rosto, pois segundo o primo “ele está destruído, não tem nada no rosto mais”. De acordo com ele, a família aguarda ajuda do governo brasileiro para realizar o resgate deles e transferi-los para o Brasil.
Conforme apurado por agências de notícias internacionais, os ataques foram feitos por Israel, que visava áreas do grupo terrorista Hezbollah. Fátima é libanesa, mas já morou no brasil, tem parentes no país, e há pouco tempo conseguiu, assim como os filhos, a nacionalidade brasileira.
O jornalista da agência de notícias Reuters, Issam Abdallah, morreu nesta sexta-feira (13) após a equipe de imprensa, na qual ele estava, ser atingida por bombardeios no sul do Líbano, na fronteira com Israel. A informação foi confirmada pela própria agência.
Mais cedo, o Exército de Israel bombardeou várias cidades na fronteira com o Líbano, aumentando temores que o Hezbollah entre na guerra. O conflito entre Israel e o Hamas chegou nesta sexta ao 7º dia, com quase 3 mil mortos.
Segundo a Reuters, Abdallah foi atingido enquanto transmitia ao vivo um dos bombardeios. A agência disse que iniciou uma investigação própria sobre o caso.
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“Ficamos profundamente tristes ao saber que o nosso cinegrafista Issam Abdallah foi morto. Estamos buscando urgentemente mais informações, trabalhando com as autoridades da região e apoiando a família e os colegas de Issam”, afirmou a Reuters, em comunicado. Veja:
Reuters videographer Issam Abdallah was killed while working in southern Lebanon on Friday, @Reuters said in a statement https://t.co/WX25aBPZ7J pic.twitter.com/fgkV270pCq
— Reuters (@Reuters) October 13, 2023
Apesar de a guerra entre o Hamas e Israel se concentrar na Faixa de Gaza, o Exército israelense e o Hezbollah vêm trocando ataques na fronteira entre os dois países nos últimos dias.
Além de Abdallah, dois jornalistas da rede Al-Jazeera e outro da agência de notícias francesa AFP também estavam no comboio e foram atingidos. A Al-Jazeera disse que sua equipe foi transferida para um hospital da área.
Com a participação de grandes nomes da música brasileira como Gilberto Gil, Frejat, Lenine, Zeca Baleiro e Flávio Venturini, a TV Cultura exibe, neste domingo (20), a partir das 15h, o especial “Um Abraço em Beirute”. A transmissão também será feita através do site e perfil oficial da emissora no Twitter, pelo canal libanês LBCI e em redes sociais de artistas brasileiros-libaneses envolvidos no projeto.
Organizada pelo músico Ricardo Feghali, integrante da banda Roupa Nova, e o maestro Tim Rescala, em parceria do Consulado Geral do Líbano no Rio de Janeiro, a iniciativa tem como proposta arrecadar doações para as vítimas de uma explosão ocorrida na capital do Líbano, no dia 4 de agosto.
O programa apresentado por Adriana Couto, Chris Maksud e Marcelo Tas, terá a participação ainda de Daniel, Fagner, Melim, Claudia Leitte, Roupa Nova, Sorriso Maroto, Badi Assad, Pedro Mariano, Rony Barrak, André Abujamra, Orquestra de Refugiados e Myrlla Muniz.
Além da parte musical, o especial contará com interpretações de textos do poeta e escritor Gibran Khalil, feitas por Fernanda Montenegro, Dira Paes, Osmar Prado, Drica Moraes, Stella Miranda, Guilherme Fontes e Maria Alice Mansur.
Diversos artistas se reuniram em uma grande mobilização para salvar uma obra do arquiteto brasileiro Oscar Niemeyer, na cidade de Trípoli, no norte do Líbano. De acordo com informações da Folha de S. Paulo, o grupo ocupa há um mês a Feira Internacional de Rashid Karami, um complexo arquitetônico concebido na década de 1960 por Niemeyer, que ocupa 70 hectares. Segundo a Unesco, o conjunto de prédios futuristas em concreto teve a construção interrompida pela guerra civil, entre 1975 e 1990, tendo sido usado pelas forças armadas e depois abandonado. O evento capitaneado pelos artistas, intitulado "Cycles of Collapsing Progress", tem como objetivo resgatar o espaço do esquecimento, estimular que a Unesco inscreva o local na Lista do Patrimônio Mundial e pressionar o governo libanês para intervir rapidamente e evitar a destruição.
A Turma da Mônica pode ser usada para uma ação de combate ao terrorismo no Líbano. De acordo com informações da coluna da Mônica Bergamo, na Folha de S. Paulo, a ideia é que o governo do país traduza para o árabe as histórias e cartilhas do projeto brasileiro “Um por Todos e Todos por Um! Pela Ética e Cidadania”, confeccionadas pela Controladoria-Geral da União (CGU) em parceria com o Instituto Mauricio de Sousa. O projeto, que usa os personagens para ensinar valores e estimular a autoestima de crianças do ensino público, foi apresentado aos libaneses durante uma reunião do Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crimes (UNODC), da ONU. Ainda de acordo com a publicação, representantes do governo libanês avaliam que as crianças com melhor autoestima têm menor chance de serem cooptadas por grupos terroristas.
Como ingressou o elenco após a primeira temporada no Rio de Janeiro, a preparação de Tolezani foi diferente. O ator tinha em mãos o desafio de substituir Júlio Machado. "É claro que eu passei pelos testes do ensaio, mas eu já tinha um resultado a minha frente, eu já sabia o que eu ia falar, qual era a estética, qual era a linguagem, então eu tive que me preparar praquela coisa que já estava em andamento, é um outro processo. Por outro lado, eu não posso criar livremente se eu tenho que me encaixar naquilo que já existe, fazendo do meu jeito. Mas esse processo de substituição também tem um lado muito gostoso, que é justamente como eu posso criar dentro de um jogo que já acontece", defende o ator. Diante de um contexto tão distante da realidade brasileira, Tolezani recorreu a muitas pesquisas a fim de fugir de uma interpretação superficial. "São valores completamente diferentes dos nossos, como a questão de matar de uma forma gratuita. Isso acontece no dia a dia das pessoas, elas crescem com isso, de um parente, de um amigo, uma pessoa próxima de uma hora pra outra não existir mais. E também como lidar com isso de uma forma real, porque se for lidar com o nosso sentimento, com os nossos valores, vai ser um olhar penoso, uma olhar de culpa, o que seria superficial, seria um olhar nosso, da América Latina", acrescenta.
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Capitão Alden
"Estamos preparados, estamos em guerra. Toda e qualquer eventual postura mais enérgica, estaremos prontos para estar revidando".
Disse o deputado federal Capitão Alden (PL) sobre possível retirada à força da obstrução dos apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no Congresso Nacional.