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letalidade
A Bahia foi apontada como o estado brasileiro com a polícia mais letal, com 1.702 mortes no ano de 2023, segundo estudo feito pela Rede de Observatórios da Segurança publicado nesta quinta-feira (7).
O estado vem recorrentemente se destacando na letalidade policial, em 2022 também foi líder nacional com 1.467 óbitos, de acordo com dados do Anuário Brasileiro de Segurança Pública.
O número de mortes oriundas da violência policial na Bahia é o maior desde 2019 entre os estados monitorados e, também, é quase o dobro dos outros entes federativos: Rio de Janeiro (871), Pará (530), São Paulo (510), Ceará (147), Pernambuco (117), Maranhão (62), Amazonas (59) e Piauí (27).
“O que a gente vê na Bahia é uma escalada. Desde que a Rede começou a monitorar o estado, houve um aumento de 161% nas mortes. De 2019 a 2023, aconteceu o seguinte dentro da polícia baiana: em vez de coibir o uso da força letal, houve incentivo. Pode ter certeza, não é só porque os criminosos estão confrontando mais a polícia. É porque tem uma polícia cuja ação letal foi liberada”, comentou a cientista social e coordenadora da Rede, Silvia Ramos, ouvida pela reportagem da Agência Brasil.
Outro dado que impressiona é a alta proporção de pessoas negras mortas por intervenções policial na Bahia (94,6%), só atrás de Pernambuco (94,6%). Outros entes federativos apresentaram índices elevados Amazonas (92,6%), Ceará (88,7%), Maranhão (80%), Pará (91,7%), Piauí (74,1%), Rio de Janeiro (86,9%) e São Paulo (66,3%).
Silvia abordou a questão do estereótipo racial nessa grande quantidade de mortes.“O perfil do suspeito policial é fortalecido nas corporações. O policial aprende que deve tratar diferente um jovem branco vestido de terno na cidade e um jovem negro de bermuda e chinelo em uma favela. A questão é: 99,9% dos jovens negros das favelas e periferias estão de bermuda e chinelo”.
Curtas do Poder
Pérolas do Dia
Hugo Motta
"Eu não vou fazer pré-julgamento. Não sei ainda a motivação nem qual foi a busca. Apenas recebi a ligação do diretor-geral da Polícia Federal. Pelo que me foi dito, parece ser uma investigação sobre questão de gabinete, mas não sei a fundo e, por isso, não quero fazer pré-julgamento".
Disse o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB) ao afirmar que o Judiciário “está cumprindo o seu papel” ao autorizar operações contra parlamentares. A declaração foi feita após a deflagração de uma ação da Polícia Federal que teve como alvos o líder do PL na Casa, Sóstenes Cavalcante (RJ), e o deputado Carlos Jordy (PL-RJ).