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leite materno
Mães (sejam adotivas ou não) e pessoas comunidade LGBTQIAPN+ que têm filhos pela primeira vez, enfrentam em algumas ocasiões, uma certa dificuldade no processo de amamentação dos recém-nascidos. Visando a questão, a campanha Agosto dourado foi criada mundialmente para incentivar o aleitamento materno, considerado muito importante para o desenvolvimento saudável dos bebês e fortalecimento do vínculo entre mãe e filho.
Segundo a fonoaudióloga Sheila Dias, a campanha serve para auxiliar também familiares, amigos e outras pessoas da rede de apoio da mãe que iniciou o processo de amamentação de seu filho.
“O Agosto Dourado é uma campanha de conscientização não só para as mães dos bebês quanto para toda população. Essa conscientização também é para o esposo, companheiro, avós e avôs e toda rede de apoio que está cercado em torno daquela família. Então a orientação que a gente dá é justamente para as mães que ainda não tem tanta experiência ou conhecimento sobre como posicionar o bebê para que não venha machucar o seu peito, a melhor posição para colocar a criança, para que seja confortável tanto para ela quanto para seu filho também. Às vezes o neném pode mamar 20 minutos ou ficar 1 hora no peito. Além disso, a sucção no seio materno é de extrema importância para o desenvolvimento orgânico da criança”, explicou Dias.
A especialista indicou ainda alguns métodos e procedimentos recomendados para mulheres que se deparam com dificuldade de amamentar, e também acerca da pega (ato do bebê sugar o leite materno, de forma que o peito e parte da aréola inferior da mãe estejam dentro da boca do recém nascido) ou sucção, dores, feridas, entre outras.
“Quando o bebê está no peito, a gente avalia se a pega está correta. Se não estiver correta e se a criança não pegar só no bico, mas pegar toda aréola do peito também, se ele fizer uma pega correta vai garantir a sucção correta. Além desta avaliação é importante que seja feito o teste da linguinha. A criança pode não segurar bem o peito e ainda pode machucar o peito da mãe, ou não mamar o suficiente. A criança ainda pode estar chorando muito e não conseguir mamar direito. Ainda tem a questão de não oferecer chupeta nem mamadeira, pois podem causar no bebê um efeito que se chama confusão de bicos, ele não vai saber a diferença entre o peito da mãe e isso causa medo”, revelou a fonoaudióloga.
PAIS ADOTIVOS E COMUNIDADE LGBTQIAPN+
Além de mães cisgenero, pessoas LGBTQIAPN+ que desejam amamentar seus filhos ou pais adotivos, podem encontrar uma consultoria sobre o tema na Maternidade Climério de Oliveira, em Salvador.
O Hospital Universitário Professor Edgard Santos (Hupes-UFBA/Ebserh) possui um ambulatório transexualizador e a maternidade Climério de Oliveira possui um o “Programa Trangesta”, onde é feito o pré-natal de pessoas trans gestantes.
Na maternidade também é possível encontrar o Banco de Leite Humano que faz a consulta de orientação para amamentação.
“A gente analisa todas as situações, pois por exemplo, o homem trans que gestou, se deseja amamentar, a gente vai fazer o acompanhamento dele porque muitas vezes eles não querem amamentar então a gente faz o acolhimento e a gente respeita a decisão de querer ou não amamentar. Caso a pessoa queira, a gente faz todo o acompanhamento multidisciplinar para essa pessoa que deseja amamentar, mas só que vai depender da situação. Isso também se encaixa para uma mãe adotiva”, disse a neonatologista da unidade de saúde, Alena Jardim.
“Eles começam a fazer o acompanhamento uns seis meses antes, tem que ser bem no início da gestação, pois a chance de ter um sucesso é maior. Aí a gente faz o acompanhamento, faz estímulo medicamentoso e faz uso de medicações, às vezes hormônio, e a gente tem uma medicação para estimular a produção do leite”, contou Jardim.
A gente faz o atendimento voltado para a amamentação. Como a maternidade agora é referência para casal trans, por conta do ambulatório do Hupes. A pediatra Maria Helena Leal Silva, observou ainda os benefícios para o desenvolvimento de crianças ocasionado pelo o aleitamento materno.
“A amamentação materna tem uma série de benefícios. Fortalece os nutrientes, fortalece o sistema imunológico, ajuda a prevenir alergias, entre outros”, constatou.
O número de doadoras de leite materno em toda Bahia chegou a 8 mil, no ano passado, tendo sido coletados aproximadamente 7 mil litros de leite que beneficiaram 8 mil bebês. Os dados foram divulgados pelo Ministério da Saúde, na última segunda-feira (06), quando a pasta lançou a campanha "Doe leite materno: vida em cada gota recebida". A meta é ampliar os números alcançados em 2023.
De acordo com o Ministério da Saúde, em todo o país, foram doados 253 mil litros de leite humano, que ajudaram 225.762 recém-nascidos em todo o Brasil. Esse número é 8% maior do que o registrado em 2022 e representa 55% da real necessidade por leite humano no país. A expectativa da pasta é para que em 2024, a oferta de leite materno a recém-nascidos internados nas unidades neonatais cresça em mais 5%.
A cada ano 340 mil bebês brasileiros prematuros ou de baixo peso nascem no Brasil, o que corresponde a 12% do total de nascidos vivos, segundo estimativas da pasta. A doação de leite humano traz benefícios aos recém-nascidos prematuros ou de baixo peso que estão internados em Unidades de Tratamento Intensivo (UTIs) neonatais e não podem ser amamentados pela própria mãe. As chances de recuperação e de uma vida mais saudável aumentam se a alimentação exclusiva com leite humano for possibilitada.
O Brasil possui 225 bancos de leite humano em todos os estados e 217 postos de coleta. A rede brasileira é uma iniciativa do Ministério da Saúde, por meio do Instituto Fernandes Figueira (IFF/Fiocruz), e atualmente integra a Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Criança e Aleitamento Materno (PNAISC).
A doação de leite humano representa, ainda, uma importante economia de recursos para o País com a diminuição da necessidade de compra de fórmulas infantis para recém-nascidos prematuros nas maternidades do Sistema Único de Saúde (SUS).
O Banco de Leite Humano dos Servidores é um desses espaços. Muitas mães com dificuldade para amamentar agendam visitas ao local para receber orientações e suporte necessário para a ordenha e o armazenamento do leite. Quando há excedente, elas doam aos recém-nascidos internados no hospital.
BENEFÍCIOS DA AMAMENTAÇÃO
O Ministério da Saúde destaca que a amamentação é a forma de proteção mais econômica e eficaz para redução da morbimortalidade infantil, com grande impacto na saúde da criança, diminuindo a ocorrência de diarréias, afecções perinatais e infecções, principais causas de morte de recém-nascidos.
Ao mesmo tempo, traz inúmeros benefícios para a saúde da mulher, como a redução das chances de desenvolver câncer de mama e de ovário. Estima-se que o aleitamento materno seja capaz de diminuir em até 13% a morte de crianças menores de 5 anos em todo o mundo por causas preveníveis. Nenhuma outra estratégia isolada alcança o impacto que a amamentação tem na redução das mortes de crianças nessa faixa etária.
O Projeto Germina da Universidade de São Paulo (USP), identificou que nos primeiros três meses de uma criança, o leite materno pode corrigir a construção da microbiota e outros problemas intestinais. Os resultados dos projeto de pesquisadores, mostraram que ao contrário do parto não seria um fator determinante para a construção da microbiota e sim o leite materno.
A microbiota que foi definida como a composição de microrganismos que formam o intestino e tem relação com diferentes doenças autoimunes, diabetes, obesidade, desnutrição, alergias alimentares na pele e doenças inflamatórias intestinais, como a doença de Crohn.
Em crianças prematuras, por exemplo, uma microbiota descontrolada, com grande número de bactérias disbióticas, pode ocasionar um quadro de sepse, infecções que figuram como uma das grandes causas de mortalidade infantil.
“Observamos que o leite materno carrega uma carga de bactérias benéficas que se sobrepõe às bactérias maléficas e assim consegue dar resiliência à microbiota. Com isso, o fato de o bebê ter nascido de parto normal ou cesárea, prematuro ou nascido de nove meses tem pouco impacto na modulação da microbiota. O principal fator de modulação é o leite”, explicou a coordenadora do estudo, professora Carla Taddei, docente colaboradora do Instituto de Ciências Biomédicas (ICB) e da Faculdade de Ciências Farmacêuticas (FCF) da USP.
Entretanto, o leite de fórmula não se mostrou capaz de produzir o mesmo grau de modulações positivas.
“O que irá determinar como será a microbiota são, principalmente, as interações das bactérias com o ambiente do intestino, além da genética familiar e dos diversos eventos que acontecem nesses primeiros dias, como o parto, os medicamentos que a criança recebe [principalmente antibióticos] e o tipo de dieta”, disse Taddei.
Não há diferença, por exemplo, se o leite materno é oriundo da mãe ou de bancos de leite. Um estudo anterior conduzido pela FCF-USP no Hospital Universitário, e coordenado pela docente, constatou que, apesar das distinções nutricionais proporcionadas pela pasteurização, os resultados na modulação da microbiota são os mesmos.
Curtas do Poder
Pérolas do Dia
Capitão Alden
"Estamos preparados, estamos em guerra. Toda e qualquer eventual postura mais enérgica, estaremos prontos para estar revidando".
Disse o deputado federal Capitão Alden (PL) sobre possível retirada à força da obstrução dos apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no Congresso Nacional.