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jose mucio
Com a recente notícia de que o ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, gostaria de deixar a pasta, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) está avaliando possíveis substitutos para o Ministério. Com isso, diversos nomes considerados “de peso” em Brasília vem sendo ventilados para assumir a pasta, considerada estratégica pela sua relação com as forças armadas.
Os nomes mais comentados, segundo a analista de polícia da CNN Renata Varandas são o do vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB), do Ministro da Justiça e ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, e do atual presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). A principal característica que Lula busca no novo ministro é um perfil conciliador, parecido com o de Monteiro.
Neste ponto, o ministro da Justiça surge como um forte candidato, já que Lewandowski possui um histórico de diálogo e trato requintados. A ideia de Lula seria relocar Lewandowski para a Defesa e permitir que Pacheco se estabelecesse no Ministério da Justiça, já que Lula o enxerga como um forte aliado para 2026. Há ainda a possibilidade de Pacheco assumir a Defesa e Lewandowski permanecer na pasta de Justiça.
Alckmin também é um dos nomes mencionados, principalmente devido à sua habilidade de comunicação e perfil considerado conciliador. Há, entretanto, preocupações acerca da sua exposição em um ministério que vem sendo palco de embates e desgastes nos últimos meses. Fontes próximas ao vice-presidente afirmam que ele está satisfeito com seu trabalho atual e não demonstra interesse em assumir a Defesa.
O vice-presidente é também o chefe do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, considerado estratégico pela gestão de Lula pela sua relação próxima com o setor produtivo. Segundo analistas, a vontade de manter Alckmin neste posto pode influenciar a decisão do presidente.
A definição do novo ministro da Defesa é aguardada com expectativa em Brasília, tendo em vista os desafios da pasta e a importância que Lula enxerga em manter uma relação saudável com as Forças Armadas.
O ministro da Defesa, José Múcio monteiro, afirmou, durante conversa com jornalistas na manhã desta terça-feira (17), após reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que a detenção do general da reserva Walter Braga Netto “mexe com os militares”.
O general, ex-ministro-chefe da Casa Civil e candidato a vice-presidente na chapa encabeçada por Jair Bolsonaro (PL) nas eleições de 2022, foi detido por conta de um plano de golpe de Estado após o pleito de 2022, que envolvia o assassinato dos então presidente e vice-presidente eleitos Lula e Geraldo Alckmin (PSB) e do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. Para a Polícia Federal, Braga Netto seria o articulador do plano.
“Estão constrangidos. É o primeiro general quatro estrelas que é detido, mas não foi surpresa para ninguém”, afirmou Múcio, durante a conversa com os jornalistas. O ministro ainda defendeu que não se deve imaginar que o Exército, na totalidade, estivesse envolvido ou apoiasse o golpe, apesar do envolvimento de alguns militares na operação.
O encontro com o presidente se deu no dia em que o Governo enviou ao Congresso um projeto de lei que estabelece a idade de 55 anos como a mínima para a aposentadoria nas forças armadas. Múcio afirmou acreditar que o texto tem “boas chances” de ser aprovado pelos parlamentares.
O ministro da Defesa, José Múcio, confirmou nesta quinta-feira (04), em audiência na Comissão de Relações Exteriores do Senado, que o governo enviará em breve ao Congresso o projeto que obriga militares da ativa a se desvincularem das Forças Armadas ao decidirem participar da atividade política. José Múcio compareceu à audiência acompanhado dos comandantes das três Forças: o general Tomás Ribeiro Paiva (Exército); o almirante Marcos Sampaio Olsen (Marinha); e o tenente-brigadeiro do ar Marcelo Kanitz Damasceno (Força Aérea Brasileira).
Segundo explicou o ministro José Múcio, o projeto impedirá que qualquer militar que se dispuser a ingressar na política não possa retornar às Forças Armadas, com sucesso ou insucesso em sua nova atividade. O ministro foi enfático em afirmar que em nenhum momento as Forças Armadas têm que participar da atividade política no Brasil.
“O projeto que apresentaremos aqui faz com que a questão militar e a política sejam totalmente separadas, com todo respeito às duas atividades. Qualquer militar que se dispuser a entrar na política, com sucesso ou insucesso, não voltaria às Forças Armadas. Isso porque a experiência diz que aqueles que não têm sucesso voltam para se preparar para o novo pleito, pra fazer proselitismo político, e dessa forma cria grupos políticos e começa a fazer campanha dentro das próprias forças, prejudicando a blindagem de dois vetores importantíssimos, que são a disciplina e a hierarquia. O projeto vai ser amplamente discutido no Congresso, mas eu quero enfatizar que em momento nenhum as Forças Armadas têm que participar de política. Em momento nenhum”, afirmou o ministro.
José Múcio disse ainda na audiência que o Ministério da Defesa tem atuado de forma conjunta com Exército, Marinha e Aeronáutica para que as atividades sejam voltadas exclusivamente para a missão das Forças de defender a Pátria e garantir a soberania. “As Forças Armadas vivem hoje o papel que a sociedade deseja”, afirmou o ministro da Defesa na Comissão de Relações Exteriores.
Em filmagens do Palácio do Planalto, é possível ver que quando o Ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, fala exaltado com o Ministro da Defesa, José Múcio, após a invasão aos Três Poderes, no dia 8 de janeiro, o ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa, chega e gesticula evidenciando o momento de tensão.
Ainda é possível ver que Dino chega por volta das 21h46 e inicia uma conversa com Múcio que estava no telefone. Os dois gesticulam bastante, o que faz entender que é uma discussão.
Dino e Múcio, na época, divergiam quanto à remoção do acampamento bolsonarista em frente ao quartel-general do Exército.
O acesso às imagens foi liberado no último sábado (22).
Em filmagens do Palácio do Planalto, Rui Costa fica nervoso com discussão entre Flávio Dino e José Múcio
— Bahia Notícias (@BahiaNoticias) April 24, 2023
Crédito: UOl pic.twitter.com/XC97lxU29n
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"Estamos preparados, estamos em guerra. Toda e qualquer eventual postura mais enérgica, estaremos prontos para estar revidando".
Disse o deputado federal Capitão Alden (PL) sobre possível retirada à força da obstrução dos apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no Congresso Nacional.