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Artigos

Robson Wagner
A Política Brasileira: um Espelho Bíblico da Vaidade
Foto: Divulgação

A Política Brasileira: um Espelho Bíblico da Vaidade

Em busca de alguma explicação para o cenário político atual no Brasil, fui encontrar ecos não nos palanques, mas nas Escrituras.

Multimídia

Ivanilson afirma que PV fará reavaliação de filiados e admite: “Servimos sim de barriga de aluguel”

Ivanilson afirma que PV fará reavaliação de filiados e admite: “Servimos sim de barriga de aluguel”
O presidente do diretório estadual do Partido Verde (PV), Ivanilson Gomes, afirmou quea sigla irá realizar uma reavaliação dos deputados eleitos pelos verdes para verificar se estão seguindo com os “requisitos básicos” da legenda. Em entrevista ao podcast Projeto Prisma, do Bahia Notícias, nesta segunda-feira (4), o dirigente admitiu que o PV serviu de “barriga de aluguel” para políticos que buscavam a reeleição, mas que não necessariamente se adequavam às ideologias do partido.

Entrevistas

Léo Prates define “desgaste” de Lula e do PT como trunfos e projeta chapa da campanha de oposição em 2026

Léo Prates define “desgaste” de Lula e do PT como trunfos e projeta chapa da campanha de oposição em 2026
Foto: Igor Barreto / Bahia Notícias
O parlamentar afirmou, em entrevista ao Bahia Notícias, que “as condições atuais são melhores do que há quatro anos”, quando o grupo foi derrotado pela chapa do Partido dos Trabalhadores, em 2022. 

jornada 6x1

PT diz que vai pressionar Paulo Azi a colocar fim da jornada 6x1 em votação, mas Hugo Motta não mandou PEC para a CCJ
Foto: Reprodução Redes Sociais

Depois da sinalização de apoio do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, feita no pronunciamento em cadeia de rádio e televisão na noite da última quarta-feira (30), o PT decidiu encampar a defesa do projeto que tenta alterar a jornada de trabalho 6x1. Segundo disse o líder do partido, deputado Lindbergh Farias (RJ), à “Coluna do Estadão”, será montada uma ofensiva para pressionar pela aprovação da PEC que tramita na Casa.

 

No seu pronunciamento na TV e no rádio, Lula anunciou como uma “medida muito importante” o aprofundamento do debate sobre a jornada atual dos trabalhadores brasileiros.

 

“O trabalhador e a trabalhadora passam seis dias no serviço e têm apenas um dia de descanso, a chamada jornada 6 por 1. Está na hora do Brasil dar esse passo, ouvindo todos os setores da sociedade, para permitir um equilíbrio entre a vida profissional e o bem-estar de trabalhadores e trabalhadoras”, disse o presidente.

 

Ao “Estadão, o líder Lindbergh Farias afirmou que na próxima semana, irá procurar o presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), deputado Paulo Azi (União-BA), para convencê-lo a colocar a proposta em votação. O projeto em foco é a PEC 8/2025, de autoria da deputada Erika Hilton (Psol-RJ). 

 

O PT avalia que a discussão sobre a mudança na jornada 6x1 pode ajudar o presidente Lula a recuperar a sua popularidade. O governo e o PT vinham resistindo a apoiar o projeto, que enfrenta forte resistência dos empresários. 

 

A intenção do líder do PT de pressionar o deputado Paulo Azi, entretanto, esbarra na pouca atenção que o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), deu ao projeto da jornada 6x1. Desde que foi protocolada, em 25 de fevereiro deste ano por Erika Hilton, a PEC, com mais de 230 assinaturas de apoio, jamais foi enviada por Motta para a Comissão de Constituição e Justiça, onde precisa ser analisada e votada.

 

O projeto segue parado na Mesa Diretora aguardando despacho do presidente da Câmara para iniciar sua tramitação. Após ser votada na CCJ, a medida ainda precisa passar por análise de uma comissão especial, e só então iria para o plenário, para dois turnos de discussões e votação.  

 

Na última segunda (28), o presidente da Câmara se manifestou a respeito da proposta de mudança na jornada de trabalho. Durante evento promovido pelo banco Safra em São Paulo, Hugo Motta afirmou que a Câmara deverá analisar nos próximos dias a PEC 6×1, que inicialmente propõe que a escala seja 4x3, com quatro dias de trabalho por três de folga na semana.

 

“O presidente da Câmara não pode ter preconceito com nenhuma pauta, desde anistia até PEC 6×1. Eu penso que essa ideia chegará para a gente discutir nos próximos dias e nós vamos dar o tratamento institucional”, afirmou.

 

Na visão do presidente da Câmara, a análise sobre a proposta de emenda constitucional deverá enfocar a viabilidade da implementação dessa mudança. 

 

“Não dá pra ficar vendendo sonho sabendo que esse sonho não vai se realizar. Isso é na minha avaliação uma falta de compromisso com o eleitor e eu costumo ser muito verdadeiro nas minhas questões. Acho que isso é importante por mais dura que seja a verdade”, colocou Hugo Motta.
 

Fake news: vídeo que viralizou nas redes não mostra Glauber Braga sendo retirado à força da Câmara e sim um manifestante
Foto: Reprodução Youtube

Desde o fim de semana vem circulando e viralizando nas redes sociais um vídeo que mostraria o deputado Glauber Braga (Psol-RJ) sendo retirado à força da Câmara pela Polícia Legislativa. O vídeo, republicado por diversas contas e que já atingiu milhares de visualizações, alega que o deputado teria sido levado da sala da comissão onde estaria dormindo desde a semana passada, quando iniciou uma greve de fome após ter tido seu mandato cassado pelo Conselho de Ética.

 

A chamada para o vídeo, entretanto, é falsa, e vem levando centenas de pessoas a acreditarem, comentarem e até mesmo comemorarem o alegado fato de retirarem Glauber Braga da sala de uma comissão. O vídeo, na verdade, foi gravado em 26 de fevereiro deste ano, e mostra a Polícia Legislativa carregando um manifestante que protestava contra a escala de trabalho 6x1.

 

No vídeo é possível ver o homem sendo carregado por policiais, enquanto grita palavras como “canalhas”, “estou sem ar”, ou “me larguem”. O homem carregava uma faixa em que se lia “contra a jornada 6x1, por uma vida além do trabalho”. 

 

O manifestante chama-se Luis dos Santos, e curiosamente, no dia em que ele foi retirado à força da Câmara, o próprio deputado Glauber Braga postou o vídeo em suas redes protestando contra a atitude da Polícia Legislativa. 

 

“ABSURDO. Luis dos Santos foi protestar na câmara pedindo o FIM DA ESCALA 6X1. Saiu arrastado e acabou no departamento médico onde teve que enfaixar o braço e ser transportado em cadeira de rodas. Se estivesse lá pra defender o orçamento secreto receberia um buquê de flores. A melhor forma de nos solidarizarmos com ele é fazendo um grande ato no mesmo local pelo FIM DA ESCALA 6X1 e ampliando essa mobilização por todo Brasil”, disse Glauber na postagem feita em 26 de fevereiro. O vídeo em sua conta no Instagram teve quase dois milhões de visualizações. 

 

Ao contrário do que alega o vídeo que vem viralizando de forma distorcida, Glauber Braga segue dormindo em uma sala de comissão da Câmara, e continua fazendo greve de fome. Já são mais de 150 horas desde que ele iniciou o seu jejum voluntário em protesto pela decisão do Conselho de Ética. 

 

Segundo informações da assessoria, o deputado Glauber está ingerindo isotônico e soro, além de água. "A preocupação com as condições de saúde do parlamentar aumenta a cada hora, visto que Glauber já começou a apresentar sinais de fraqueza. A fim de evitar cansaço, as visitas estão mais restritas", diz a assessoria.

Erika Hilton comemora apoio da população ao fim da jornada 6x1 e anuncia manifestação em 1º de maio
Foto: Edu Mota / Brasília

O trabalhador brasileiro tem vida além do trabalho, e nós queremos devolver a vida para esse trabalhador. A afirmação foi feita ao Bahia Notícias pela deputada federal Erika Hilton (Psol-SP), em conversa sobre o projeto que busca reduzir a jornada de trabalho 6x1, de 44 horas semanais. 

 

A deputada do Psol é a autora da PEC 8/2025, que prevê a adoção da carga semanal de quatro dias de trabalho e três dias de descanso. O texto acaba com a escala 6x1 (seis dias de trabalho e um de descanso) e limita a duração do trabalho normal a 36 horas semanais. 

 

Atualmente, a Constituição estabelece que a carga de trabalho será de até oito horas diárias e até 44 horas semanais. Pela PEC da deputada Erika Hilton, que teve o apoio de 234 deputados, será facultada a compensação de horários e a redução de jornada, mediante acordo ou convenção coletiva de trabalho.

 

“A proposta visa dar um tempo de qualidade ao trabalhador. O trabalhador precisa ter vida para além do trabalho, como afirma o próprio movimento que organizou essa proposta. O trabalhador quer estudar, o trabalhador tem sonhos, o trabalhador quer descansar, a mãe quer ver a filha crescer, quer poder viver com seus filhos, e a jornada de trabalho que nós temos hoje é extremamente obsoleta. Inclusive ela já foi abolida em vários países do mundo, e não permite que o trabalhador tenha uma vida”, afirmou a deputada.

 

Erika Hilton falou com o BN também sobre o resultado de uma pesquisa da Nexus Inteligência de Dados, que revelou que 65% dos brasileiros dizem ser a favor da mudança na jornada de trabalho. A deputada disse que a pesquisa só reforçou a disposição em seguir lutando para que o projeto vença resistência e seja rapidamente discutido na Câmara.

 

“Há um forte apoio da população, um grande apoio principalmente da juventude a essa pauta, e eu acho que essa pesquisa demonstra que nós estamos no caminho certo, que nós conseguimos emplacar uma agenda de consenso na sociedade brasileira. Essa é uma agenda que não tem lado,  uma agenda que fala com o povo, uma agenda que demanda uma urgência que está colocada. Acredito que vai ser muito difícil o Congresso que não querer levar essa pauta à frente, não querer atender a esse clamor da sociedade”, destacou. 

 

A deputada do Psol disse ainda ao BN que está programando diversas manifestações a serem realizadas no dia 1º de meio, dia do trabalhador, em defesa do projeto. 

 

“Nós faremos o barulho necessário, até para que a gente saia desse apoio de 65% para chegar quem sabe a 75% da sociedade. Só deixaremos excluídos aqueles que lucram com essa escala tão exploratória. Por isso, mais uma vez reforço que o resultado dessa pesquisa é ótimo e mostra que nós estamos no caminho certo, essa pauta é forte e vai ser levada adiante”, concluiu Erika Hilton na conversa com o Bahia Notícias. 

 

A sondagem da Nexus citada pela deputada questionou os entrevistados sobre os principais benefícios criados pela redução da jornada. O resultado foi o seguinte:

 

  • Melhoria na qualidade de vida dos trabalhadores (indicado por 65% dos entrevistados);
  • Aumento na produtividade (55%);
  • Desenvolvimento social do país (45%);
  • Desenvolvimento econômico (40%).
     
Leo Prates, eleito presidente da Comissão de Trabalho, chora ao falar do pai e do apoio de ACM Neto
Foto: Edu Mota / Brasília

Eleito por unanimidade para ser o novo presidente da Comissão de Trabalho da Câmara, o deputado baiano Léo Prates (PDT) se emocionou e chegou às lágrimas ao citar dois personagens considerados por ele fundamentais em sua trajetória: o seu pai, Alfredo Gusmão Prates, e o ex-prefeito de Salvador, ACM Neto. 

 

O deputado baiano, que foi vereador na cidade de Salvador de 2013 a 2019, lembrou que foi eleito como o presidente mais jovem da Câmara Municipal da capital da Bahia, e agradeceu às oportunidades que o então prefeito ACM Neto lhe deu.  da Prefeitura de Salvador em 2019, e secretário municipal de Saúde entre 2019 e 2022.

 

“Nada nunca foi fácil pra mim. Agradeço a Deus, à minha família, à minha esposa, e a ACM Neto, pelas oportunidades que me deu e ao meu trabalho. Por isso que Deus ter me colocado aqui nessa comissão no ano passado não foi por acaso. A presença dele na minha vida sempre foi muito forte. Eu sou neto de vendedor de caixa de fósforo, e eu dediquei a meu pai, mesmo com ele não querendo que eu seja político, porque a formação que ele me deu, a educação que ele me deu, foi a coisa mais importante que alguém poderia ter me dado”, disse o deputado Leo Prates, chegando às lágrimas.

 

Exercendo seu primeiro mandato como deputado federal, Leo Prates foi indicado pelo PDT para assumir a Comissão de Trabalho. O deputado é o primeiro parlamentar da Bahia a ser eleito para presidir esta comissão, criada em 1990. 

 

Na sua fala, o deputado baiano disse que entre as prioridades da sua gestão estão a regulamentação do trabalho dos motoristas por aplicativo e o fim da escala de trabalho 6x1, previsto na Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 8/25.

 

“Nada será feito açodadamente, vamos debater com a classe patronal, porque ninguém é contra ninguém, acabou essa dicotomia, nós estamos remando na mesma direção”, afirmou o parlamentar. 
 

Erika Hilton vai aguardar mais assinaturas para protocolar PEC 6x1 e negocia apoio do governo Lula
Foto: Edu Mota / Brasília

Em entrevista coletiva na tarde desta quarta-feira (13) na Câmara, a deputada Erika Hilton (Psol-SP) disse que ainda não vai protocolar a proposta de sua autoria de emenda à Constituição que busca modificar a legislação trabalhista no Brasil para acabar com a chamada jornada 6x1 (seis dias de trabalho e um de descanso). Segundo a deputada, a coleta de assinaturas irá continuar nos próximos dias para que mais deputados possam apoiar a PEC, assim como bancadas de partidos.

 

Na entrevista, a deputada disse estar grata pela repercussão positivas que a proposta recebeu não apenas nas redes sociais, mas também na Câmara dos Deputados, e falou da importância de se promover mudanças na legislação trabalhista brasileira. 

 

"Quero agradecer toda a repercussão que tem sido dada a esse projeto nos últimos dias. É importante que as pessoas tenham acesso ao que estamos debatendo. É um tema importante, que reorganizou a classe trabalhadora no nosso país. Estamos felizes com toda a repercussão que tivemos nos últimos dias nas redes sociais, mas não só nas redes sociais, mas com a repercussão que tivemos aqui dentro da Câmara dos Deputados, com os deputados nos procurando, com deputados assinando a nossa PEC e se colocando à disposição da construção desse texto que é para trazer dignidade e qualidade de vida ao trabalhador brasileiro", disse a deputada do Psol. 

 

Erika Hilton anunciou também na entrevista que terá uma reunião ainda nesta quarta com o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, para falar sobre o projeto. Segundo a deputada, a ideia é discutir com o governo uma estratégia conjunta para a tramitação da PEC. Também participará do encontro o deputado Reginaldo Lopes (PT-MG), autor de outra PEC sobre o tema que se encontra atualmente na CCJ, à espera da designação de um relator. 

 

A deputada do Psol disse também na entrevista que espera mobilizar o máximo possível de pessoas nas manifestações programadas para acontecer em diversas cidades na próxima sexta, 15 de novembro. 

 

"Já conversamos com alguns líderes hoje e os próximos passos são coletar mais assinaturas e mobilizar a sociedade para que, nesta sexta-feira, as pessoas ocupem as ruas, mostrando a força deste debate que reorganizou a classe trabalhadora do país", afirmou a deputada.

 

No meio da tarde desta quarta, a proposta de emenda à Constituição da deputada Erik Hilton já tinha ultrapassado as 200 assinaturas de apoio ao projeto. Para que a proposta possa ser protocolada oficialmente, eram necessárias 171 assinaturas, número que já foi garantido. 

 

"A sociedade está com os olhos voltados para esse debate. As pessoas entenderam a importância de que o Brasil, assim como outros países, pode avançar em um texto positivo para a questão trabalhista do país", concluiu Erika Hilton.
 

Parlamentares da bancada da Bahia defendem projeto de Erika Hilton para reduzir a jornada de trabalho
Foto: Edu Mota / Brasília

A proposta de emenda constitucional (PEC) apresentada pela deputada federal Erika Hilton (Psol-SP), que prevê o fim da jornada de seis dias de trabalho para um dia de descanso (6x1), gerou intenso debate na sessão plenária da Câmara nesta terça-feira (12). O projeto foi defendido por deputados da base do governo federal, e parlamentares da bancada da Bahia também se manifestaram a favor da aprovação da proposição. 

 

Atualmente, a Constituição Federal estabelece que a jornada deva ser de no máximo oito horas diárias e até 44 horas semanais, o que viabiliza o trabalho por seis dias com um dia de descanso. No texto de sua proposição, a deputada Erika Hilton defende que o país deveria não só acabar com este modelo em que o trabalhador folga apenas um dia na semana, como também adotar a jornada de trabalho de quatro dias na semana, ou seja, o formato 4x3.

 

O deputado Daniel Almeida (PCdoB) foi um dos baianos que fizeram pronunciamentos em plenário defendendo a aprovação da medida. O parlamentar ressaltou o seu pioneirismo ao defender a redução de jornada e propor, já em 2006, o Projeto de Lei 7663, que busca regulamentar essa questão e garantir melhores condições de trabalho aos brasileiros.

 

"Fomos pioneiros ao apresentar, em 2006, o Projeto de Lei 7663, que propõe uma revisão do formato de jornada exaustiva imposta aos trabalhadores. Esse projeto representa um compromisso histórico com a dignidade e com a saúde dos trabalhadores do nosso país", afirmou Daniel. Segundo ele, o modelo atual de escala representa uma sobrecarga que afeta a qualidade de vida e a saúde mental dos profissionais, prejudicando o rendimento e a segurança no trabalho.

 

Daniel Almeida pontuou ainda que a discussão sobre a escala 6x1 é parte fundamental para a humanização das relações trabalhistas no país, destacando que o projeto visa estabelecer um equilíbrio mais justo entre vida profissional e descanso. "Desde o início da minha trajetória, sempre defendi a valorização do trabalhador e acredito que avançar para uma escala de trabalho mais justa é respeitar os direitos humanos básicos", declarou.

 

Outro que se pronunciou a favor do projeto foi o deputado Valmir Assunção, do PT baiano. Segundo Valmir, em diversos lugares do mundo já foi modificada essa jornada de 44 horas. O deputado lembrou que há diversos exemplos de países em que foram negociadas outras formas de relação de trabalho, e que seria de vital importância priorizar esse debate no Congresso Nacional. 

 

"Os países estabeleceram algumas regras: 4x3, com quatro dias trabalhados para três dias de folga; 5x2, com cinco dias trabalhados para dois dias de folga. Aqui são seis dias trabalhados com um dia de descanso. Nós temos que acabar com isso e esta Casa tem essa responsabilidade. Não adianta alguns falarem que se acabar com essa jornada de trabalho vai quebrar o País. Foi assim quando criou o salário mínimo e o País não quebrou. Foi assim quando criou o 13º salário mínimo e o Brasil continua firme", declarou Valmir. 

 

O deputado baiano também lembrou que existem outras propostas sobre o tema que aguardam deliberação. Um desses casos é a PEC do Deputado Reginaldo Lopes (PT-MG), que foi apresentada em 2019 e até o momento está paralisada na Comissão de Constituição e Justiça, no aguardo da designação de um relator.

 

"Acabar com essa jornada de trabalho de 44 horas, sem perda salarial, é para o trabalhador ter um período de descanso. Essa redução de jornada vai fortalecer e desenvolver o País, vai criar oportunidade para o nosso povo. Por isso é fundamental fazer esse debate", completou o deputado petista.

 

Alice Portugal, do PCdoB, além de apoiar, afirmou que é coautora da PEC capitaneada por Erika Hilton. A deputada baiana lembrou que até o vice-presidente Geraldo Alckmin declarou seu apoio a que a jornada de trabalho seja modificada no Brasil.

 

"A carga horária de trabalho do brasileiro é maior do que a média mundial de 38,2 horas, revela a Organização Internacional do Trabalho. No Brasil, a jornada máxima é de 44 horas, mas a média é de 39 horas. É muito tempo trabalhado para pouco tempo de folga!", destacou Alice.

 

A parlamentar do PCdoB também lembrou a tramitação de outras propostas de que buscam reformar a jornada de trabalho brasileira. Alice Portugal disse estar esperançosa de que enfim possa ser aprovada uma mudança nas regras trabalhistas do país. 

 

"Temos diversas outras ações que, há anos, tratam de reforma da jornada de trabalho. Revisitar a CLT faz parte de restaurar o tecido trabalhista tão defenestrado nos últimos anos no Brasil. Após tantos anos, haverá mudança de jornada. Evidentemente, trazendo humanização para a jornada de trabalho, nós teremos trabalhador mais satisfeito com o trabalho e rendendo muito mais. Isso foi feito no Reino Unido, em pesquisa e depois na prática, com garantia de aumento da produção", concluiu a deputada Alice Portugal.

 

Além da pesada carga de trabalho, a dupla ou tripla jornada enfrentada pelas mulheres foi destacada pela deputada Elisangela Araújo (PT). A deputada baiana lembrou que as mulheres, além do trabalho, ainda possuem o papel social de cuidar de filhos e da casa. 

 

"A nossa jornada é tripla, é dupla, é uma jornada em que, além do trabalho, cuidamos dos filhos, da casa, esse papel que nos coloca a sociedade. E para nós esse debate é muito importante neste momento, porque nós mulheres participamos, estamos presentes em todos os setores econômicos e produtivos da sociedade. Nós somos mais de 50% da população, e é preciso que tenhamos outro olhar, outra perspectiva, no que diz respeito à jornada de trabalho", disse Elisangela. 

 

Para a parlamentar petista, a mudança da jornada permitira um avanço em questões como a qualidade de vida, para que os trabalhadores e trabalhadoras possam ter mais tempo de cuidar de suas vidas, de estudar, de buscar maior capacitação profissional, assim coo estar com os filhos. Elisangela destacou no plenário a importância da discussão dessa pauta, inclusive por conta de situações de acometimento de doenças mentais que acabam vitimando principalmente as mulheres.

 

"Esse é um debate muito importante. Estamos aqui para trazer sempre para esta Casa a importância de debates e de PECs como essa. Estamos junto dos deputados e deputadas que trazem esse debate, que trazem essa PEC para que possamos ter avanço, nessa perspectiva, para toda a classe trabalhadora do País, em especial as mulheres", finalizou a deputada Elisangela Araújo. 
 

Curtas do Poder

Ilustração de uma cobra verde vestindo um elegante terno azul, gravata escura e língua para fora
Afinal, quantos ovos você come? O Cacique parece estar bastante interessado no assunto. Mais do que isso: mostrou que sabe tudo de conta! Enquanto isso, tem gente economizando ao invés de comprar um guarda-roupa novo. Mas sem salvação mesmo está nosso Cunha, que decidiu entrar numa briga de gigantes. Outro clima bom é pros lados de Camaçari. Acho que o único no paraíso por enquanto em solo baiano é Ronaldo do Buzu. Saiba mais!

Pérolas do Dia

Capitão Alden

Capitão Alden

"Estamos preparados, estamos em guerra. Toda e qualquer eventual postura mais enérgica, estaremos prontos para estar revidando".

 

Disse o deputado federal Capitão Alden (PL) sobre possível retirada à força da obstrução dos apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no Congresso Nacional.

Podcast

Vereador João Cláudio Bacelar é o entrevistado do Projeto Prisma nesta segunda-feira

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O vereador de Salvador João Cláudio Bacelar (Podemos) é o entrevistado do Projeto Prisma desta segunda-feira (11). O programa é exibido ao vivo no YouTube do Bahia Notícias a partir das 16h.

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