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Artigos

Georges Humbert
Proteção de Comunidades Tradicionais e Reforma Agrária: Ineficiência e Ineficácia do Regime Vigente no Brasil
Foto: Divulgação

Proteção de Comunidades Tradicionais e Reforma Agrária: Ineficiência e Ineficácia do Regime Vigente no Brasil

O regime atual de reforma agrária e proteção a comunidades tradicionais – abrangendo indígenas, quilombolas, assentados sem-terra, marisqueiras e pescadores – é marcado por ineficiência e ineficácia. Com base em dados oficiais do IBGE, evidências históricas e antropológicas, e comparações internacionais, prova-se que o modelo vigente, fundado em demarcações amplas com critérios questionáveis, falha em promover produtividade, bem-estar e justiça, impondo custos desproporcionais à sociedade, especialmente aos mais vulneráveis. O sistema vigente, ao negligenciar o devido processo legal, a proporcionalidade e a razoabilidade, perpetua a pobreza, o abandono de terras e a vulnerabilidade, demandando reformas urgentes inspiradas em alternativas testadas no Brasil e no exterior, alinhadas aos princípios constitucionais de eficiência administrativa (art. 37, CF/88) e função social da propriedade (art. 5º, XXIII, CF/88), já que não servem às comunidades tradicionais, como revela análise combinada de dados oficiais do IBGE, pesquisas antropológicas e comparações internacionais demonstra que o modelo vigente falha em promover bem-estar, autonomia econômica, segurança territorial e função social da terra, ao mesmo tempo em que impõe ônus desproporcionais à sociedade.

Multimídia

Vicente Neto, diretor-geral da Sudesb, justifica recusa de sistema de biometria em Pituaçu

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Durante participação no Projeto Prisma, podcast do Bahia Notícias, o diretor-geral da Sudesb, Vicente Neto, revelou que quase todas as recomendações do Ministério Público da Bahia para o Estádio de Pituaçu foram atendidas, exceto a implementação da biometria. Na conversa, o gestor justificou a falta do recurso e anunciou uma nova reunião entre as entidades para solucionar a questão.

Entrevistas

Afonso Florence garante candidatura de Lula em 2026 e crava retorno ao Congresso: “Sou parlamentar”

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Foto: Fernando Vivas/GOVBA
Florence foi eleito a Câmara dos Deputados pela primeira vez em 2010, tendo assumido quatro legislaturas em Brasília, desde então.

jonga cunha

"Além de ser um movimento musical, ele é social e econômico", afirma Jonga Cunha sobre o Axé Music
Foto: Divulgação

É um ritmo? É uma música? É um estilo de viver? Se refere no feminino ou no masculino? Afinal, o que é o Axé Music? Ou a Axé Music?

 

Em uma única sentença, seis perguntas foram feitas para responder à dúvida de uma nação no ano em que o movimento Axé Music completa 40 anos de existência, e neste parágrafo fica mais uma. O início a gente sabe exatamente quando foi, em 1985, do gogó de Luiz Caldas, quando entoou 'Fricote' pela primeira vez. Mas o Axé chegou ao fim?

 

Para o músico e estudioso de uma das maiores manifestações culturais da Bahia, Jonga Cunha, o axé já teve o seu momento. Mas o “fim” não significa algo ruim. Para o integrante da banda Mudei de Nome e curador da exposição “Axé: A Força Sonora e Visual de um Movimento”, que acontece até março na Caixa Cultural, é necessário entender o Axé como um movimento, assim como foi a Tropicália, a Bossa Nova e outros tantos que marcaram a cultura brasileira.

 

 

“O axé é um movimento. Um movimento que já passou para mim. ‘Ah, Jonga, mas, então você quer dizer que não consomem Ivete Sangalo e Samba Reggae?’ Não, eu estou dizendo que consomem, e muito. E a música baiana continua sendo a melhor do Brasil, sobretudo para festa. Mas o movimento Tropicália já passou. O movimento Bossa Nova já passou. O movimento é uma coisa, a música é outra. Então esse consumo é da música baiana. Vejo isso quando eu vejo Ivete ganhar três carnavais com o pagode, por exemplo. Isso é o pós axé. Quer dizer que é melhor ou pior? Mas o Axé é um movimento que deveria ser tombado pelo patrimônio histórico baiano e brasileiro, porque é maravilhoso, e essa música feita na Bahia, meu amigo, nunca vai parar.”

 

Com esse entendimento, o fim diz respeito apenas ao ciclo natural das coisas, mas não impede o Axé de ser lembrado, celebrado e respeitado mundialmente como uma das grandes potências da Bahia.

 

Foto: Divulgação

 

“O Axé, dentro dos últimos movimentos musicais, nos dois últimos séculos no Brasil, foi o maior, o mais importante, o que varreu o país, porque além de ser um movimento musical, ele é um movimento social e econômico, um jeito de uma cidade totalmente africana no Brasil. De se comportar, de fazer festa, de dançar, de sair no meio da rua atrás de um caminhão, vestidos com o mesmo abadá. É um jeito baiano que varreu o país durante muito tempo. Então é assim, foi um movimento musical, um movimento social, um movimento econômico, um jeito de ser do baiano que tomou conta do país de forma muito aguda.”

 

O movimento teve início em 1985, através do LP vinil Magia, de Luiz Caldas, gravado nos Estúdios WR, de Wesley Rangel (1950-2016). A produção, que conta com arranjos musicais de Carlinhos Brown e Alfredo Moura, tem na sua lista de músicas a faixa 'Fricote', que veio a se tornar uma grande polêmica no repertório do veterano pela letra. Mas, na época, era o maior sucesso da música baiana por seu arranjo diferenciado e marcante.

 

 

“Salvador, a Bahia, o Brasil, considera como a bandeira, o marco, o disco de Luiz. Como é o disco de 1969 de João Gilberto na Bolsa Nova, enfim. É a bandeira, o disco de Luiz é a bandeira de 1985. Óbvio que um dos ícones festejados e homenageados é o Wesley Rangel e a sua WR. Porque sem a WR não tinha acontecido o movimento. Nós não tínhamos condições de gravar. As pessoas têm que lembrar que lá atrás, em 1980, a gente estava num mundo analógico. A gente não tinha como gravar, não tinha estúdios no Nordeste. E os artistas entravam na fila do Rio de Janeiro e tinham sua arte totalmente vilipendiada, porque os diretores não entendiam nada de música nordestina, sobretudo baiana, essa mistura africana que nós temos aqui, com a Europa, com o Ilhas do Caribe... Eles tiravam a percussão. A gente tem vários exemplos de gente que sofreu isso, como o Lui Muritiba, etc. E fazer a WR aqui viabilizou tudo. A gente começou a gravar, as rádios daqui começaram a colocar no dia a dia das FMs e os relatórios mensais do Brasil inteiro eram dominados pelas gravadoras, menos em Salvador.”

 

Três anos depois da gravação de 'Fricote', o movimento musical baiano, que ainda não tinha nome e era tratado como uma mistura de ritmos entre samba-reggae, merengue, ijexá, frevo, toques caribenhos, forró, samba duro e pop rock, foi apelidado de forma pejorativa como Axé Music pelo jornalista Hagamenon Brito.

 

A ideia era satirizar o estilo inovador apresentado por Luiz Caldas, satirizando a música baiana e a pretensão internacional de alguns dos artistas da cena. O tiro, no entanto, saiu pela culatra, e para Jonga, será difícil superar os números do Axé.

 

 

“Salvador tinha os 10 primeiros lugares, isso é uma loucura, pirou todo mundo no Rio e São Paulo e as gravadoras começaram a vir para cá para contratar os baianos. Eu acho muito difícil um movimento, o maior de todos, maior do que o rock dos anos 1980, por exemplo, seja esquecido. A gente chegou num ponto de ter aqui 30 a 40 bandas vendendo mais de um milhão de discos por ano, durante muitos anos. Nunca aconteceu isso no mundo, sobretudo por uma cidade. É sensacional, o Axé é uma coisa sensacional. Ter passado não é nada para se entristecer, é a história da vida.”

 

Mas afinal, o que contempla o Axé Music, já que ele não se trata de um ritmo e sim de um movimento? Ao Bahia Notícias, Jonga explica que essa mescla de estilos musicais faz com que o movimento baiano seja ainda mais especial.

 

“Alguns chamam o Axé de ritmo. Como assim? Que ritmo é o Axé? Toque aí, amigo, para eu ver. Dentro desse movimento tem muitos ritmos, tem samba-reggae, pagode, galope com rock... São muitos ritmos ficando embaixo do movimento Axé. Dentro do axé está o pagode, sim, porque é um guarda-chuva de ritmos. O pagode baiano vem do samba de roda do recôncavo. Mas a gente pode considerar o reggae como parte do axé, porque foi dele que surgiu o samba-reggae. Temos os blocos afro com Ara Ketu, temos o galope de Bell Marques e o Cabelo Raspadinho, que é uma mistura de ritmos. O Axé é uma riqueza de ritmos.”

 

 

O pagode, inclusive, é um dos ritmos de dentro do axé que conseguiu mutar ao longo dos anos e se transformar em diversas outras manifestações, o que é pontuado pelo músico.

 

“O pagode ganhou uma nova roupa depois do axé, no pós-axé, que é o eletrônico. Quem faz muito bem isso é Márcio Vitor, é o ATTOOXXA, Afrocidade, EdCity. Temos o pagotrap também, que é uma mistura de rap trap com pagode, algo muito moderno e muito bom. Ivete já entendeu isso. Aí nego pode dizer, mas a letra é besta, 'macetando'. Tá, meu amigo. Não pule não. Vai lá na rua e diga para não pular. Ó, não pule essa música não, que a letra é fraca. Vai procurar seu bloco, velho. Deixa o povo pular’.”

 

 

Para Jonga, é necessário entender o ciclo da vida e não tratar a passagem de tempo como algo a se temer, especialmente quando se há qualidade na música.

 

“Não adianta você bater de frente contra o progresso e a evolução. Porque a revolução digital não mudou só a música. Mudou os hábitos também. A revolução digital mudou a vida, não ia mudar a música? Claro que mudou totalmente. É natural, tudo mudou. Não dá para sentir saudade do inviável, na questão da produção, por exemplo. Hoje, cada um tem um estúdio dentro de casa. Antes a gente ia na WR gravar a música para ouvir no rádio. O mundo mudou, então não tem como eu sentir saudade. Eu tenho saudade é de ser jovem.”

 

Ano vai, ano vem, e nos 40 anos de Axé Music, especialmente no início do ano, quando o verão pinta e a festa está prestes a começar, é a Bahia que dá o tom em todo o Brasil. O movimento é natural, e deve ser aproveitado, afinal, é esse o comportamento de uma população em uma das temporadas mais felizes do ano.

 

“É natural que a música baiana seja mais procurada nesse período. É muito alegre, muito a cara de festa. Quando chega o verão, é natural que o consumo cresça. Aí, é igual o consumo de cerveja. É natural. Isso aí é natural. Aí não tem nem o que discutir sobre isso. É natural que os cachês melhorem, que o número de show dobre, porque quando chega o verão as pessoas ficam irresponsáveis, gastam o décimo terceiro na cerveja, na viagem, na praia, rebolando com a roupa branca que não tinha dinheiro para comprar, mas é isso”, afirma Jonga aos risos.

 

Foto: Divulgação

 

Para o Axé, a fantasia já se fez eterna, mesmo que o Carnaval dure apenas 6 dias oficialmente. Podem se passar mais 40 anos, o que o 'Canto do Povo de um Lugar' continuará ecoando nos quatro cantos do mundo, porque o axé é universal. É possível saber mais sobre a história do movimento que é a cara da Bahia na exposição gratuita “Axé: A Força Sonora e Visual de um Movimento”, que segue na Caixa Cultural até 16 de março, com visitação de terça a domingo das 9h às 17h. 

 

Além da homenagem ao Axé, a exposição também faz uma homenagem a Wesley Rangel, produtor musical e fundador do Estúdio WR, principal responsável pela gravação de artistas do gênero; e Pedrinho da Rocha, designer de abadás, mortalhas e trios elétricos do Carnaval de Salvador.

'Dija – Um Musical Inusitado' vai homenagear Djavan com presença de mais de 50 artistas
Foto: Bahia Notícias / Lucas Arraz

Gilmelândia, Ramon Cruz e os músicos Jonga Cunha e Dinho Barral convidaram 50 cantores e músicos baianos para realizar o espetáculo “Dija – Um Musical Inusitado”. A apresentação homenageará o músico Djavan com um repertório composto de versões dos sucessos e músicas não muito conhecidas do artista. O show estreia no dia 14 de setembro no palco do Café Teatro Rubi, do hotel Sheraton, e segue em cartaz até fevereiro, em 20 edições já garantidas. Gilmelândia, Ramon, Jonga e Dinho vão dividir o palco durante todos os shows e cantores como Margareth Menezes, Saulo Fernandes, Pedro Pondé e Magary Lord interagem com eles através de um telão que exibirá performances virtuais pré-gravadas. "É um show que me faz chorar muitas vezes", declarou a cantora Gilmelândia

 

A escolha por homenagear Djavan não foi nada original, garantiu Jonga Cunha no lançamento do projeto que aconteceu nesta tarde (31) no Bahia Marina. “Que brasileiro, sobretudo nordestino, não gosta de Djavan?”, conta um dos idealizadores da Banda Eva, que garantiu que todos os 50 músicos que participam virtualmente do show aceitaram prontamente cantar no projeto. “Todo mundo quis homenagear esse artista que é tão importante para o Nordeste, apesar de todo mundo achar que a sua música era a mais difícil de ser feita. Djavan é complexo musicalmente”. “Eu topei na hora’, concordou Gilmelândia. Djavan recebeu muito bem a ideia da homenagem. O cantor está recluso, mas segundo Jonga “ele se sentiu honrado e se mostrou curioso para ver o show”.

 

O espetáculo não se propõe a replicar exatamente as músicas de Djavan. Os arranjos das canções foram adaptadas em diferentes estilos. “Fizemos ‘Miragem’ com uma pegada de rock inglês”, conta Jonga, que achou que Pedro Pondé faria um ótimo trabalho cantando a nova versão do sucesso. Antes de começar a gravar as participações virtuais, Dinho Barral produziu em sua casa todos os arranjos do show. A partir daí,  “cada música da apresentação escolheu seu artista”, contou Barral. O show transforma as músicas de Djavan em xotes, sertanejos e lambadas, o que garantiu "influência de cada artista nas performances”, completou Dinho. 

 

Além de cantores, participam da apresentação, virtualmente e fisicamente, violonistas, baixistas, percussionistas e outros instrumentistas. “O show é uma expressão de um coletivo, uma total sincronia entre 50 artistas diferentes”. “Dija – Um Musical Inusitado” é pensado e produzido há mais de 1 ano, mas o resultado poderá ser visto em breve. “É emocionante e vocês precisam ver”, convida Gilmelândia que declarou várias vezes durante o lançamento chorar em partes do show. "Imagina quando Djvan aparecer?", brinca Jonga. 


SERVIÇO:
O QUÊ:  “Dija – Um Musical Inusitado”
QUANDO: Quintas-feiras, a partir de 14 de setembro até fevereiro, às 20h30 
ONDE: Café Teatro Rubi, hotel Sheraton da Bahia - Campo Grande - Salvador
VALOR: R$ 80

‘Vem coisa boa ai’, diz diretor do Olodum em foto ao lado de Adelmo Casé e Tatau
Foto: Reprodução / Facebook
O cantor Elpidio Bastos divulgou nesta segunda-feira (24) uma foto com outros artistas baianos e uma legenda sugestiva no Facebook. Na imagem, o produtor musical do Olodum aparece ao lado de Adelmo Casé, Tatau, Jonga Cunha e Dinho Barral. Na discrição apenas a frase “VEM COISA BOA AI!!!” sugerindo uma possível parceria musical.

Curtas do Poder

Ilustração de uma cobra verde vestindo um elegante terno azul, gravata escura e língua para fora
Quem quer ser político precisa saber se está em uma das categorias dos desprovidos de votos. Afinal, você tem que saber o que leva pro jogo. O problema é quem chega lá e esquece quais são as prioridades. Agostinho Carrara, por exemplo, sabe bem as suas. Já quem anda pela CMS? Tenho minhas dúvidas. Mas aproveito pra deixar também um alerta pra Caroço: cuidado para não entregar o caminho do ouro. Saiba mais!

Pérolas do Dia

Flávio Bolsonaro

Flávio Bolsonaro
Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil

"Falei pra ele [Jair Bolsonaro] que já me resolvi com a Michelle, pedi desculpas a ela, ela também. A gente vai ter uma reunião hoje (2) no PL pra criar, na verdade, uma rotina de tomar as decisões em conjunto". 

 

Disse o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) ao pedir desculpas,  à ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro após um desentendimento sobre uma possível aliança política do PL com Ciro Gomes (PSDB) no Ceará. A declaração foi feita a jornalistas depois de uma visita ao pai na Superintendência da Polícia Federal em Brasília, onde o ex-presidente está preso desde 22 de novembro.

Podcast

Projeto Prisma entrevista radialista Mário Kertész nesta segunda-feira

Projeto Prisma entrevista radialista Mário Kertész nesta segunda-feira
O radialista e comunicador Mário Kertész é o entrevistado do Projeto Prisma na próxima segunda-feira (28). O programa é exibido ao vivo no YouTube do Bahia Notícias a partir das 15h, com apresentação de Fernando Duarte.

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