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Artigos

Rodrigo Olivieri
STF e a responsabilidade de grupos econômicos: o que está em jogo?
Foto: Divulgação

STF e a responsabilidade de grupos econômicos: o que está em jogo?

O Supremo Tribunal Federal (STF) volta a analisar, neste mês de agosto, o Tema 1232, que definirá se empresas de um mesmo grupo econômico podem ser incluídas na fase de execução de processos trabalhistas mesmo sem participação na fase de conhecimento. A discussão, que possui repercussão geral reconhecida, tem potencial para uniformizar entendimentos e trazer estabilidade à jurisdição trabalhista.

Multimídia

João Cláudio Bacelar defende permanência da Câmara na Praça Thomé de Souza

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O vereador da Câmara de Salvador, João Cláudio Bacelar (Podemos), defendeu a permanência da Câmara municipal, localizada na Praça Thomé de Souza. Segundo ele, em entrevista ao Projeto Prisma, Podcast do Bahia Notícias, trabalhar em um local histórico como aquele é motivo de "muito orgulho".

Entrevistas

Diretor do FIDA/ONU no Brasil reforça parcerias na Bahia para geração de emprego e renda no campo

Diretor do FIDA/ONU no Brasil reforça parcerias na Bahia para geração de emprego e renda no campo
Foto: Edu Mota / Brasília
O governo da Bahia anunciou recentemente a expansão do programa de cooperação que possui junto ao Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (FIDA), com objetivo de promover o desenvolvimento sustentável, a inclusão produtiva e a geração de renda em diferentes biomas do estado. A parceria entre o governo e o órgão da ONU conta com investimentos que ultrapassam o patamar de R$ 1,5 bilhão.

jonga cunha

"Além de ser um movimento musical, ele é social e econômico", afirma Jonga Cunha sobre o Axé Music
Foto: Divulgação

É um ritmo? É uma música? É um estilo de viver? Se refere no feminino ou no masculino? Afinal, o que é o Axé Music? Ou a Axé Music?

 

Em uma única sentença, seis perguntas foram feitas para responder à dúvida de uma nação no ano em que o movimento Axé Music completa 40 anos de existência, e neste parágrafo fica mais uma. O início a gente sabe exatamente quando foi, em 1985, do gogó de Luiz Caldas, quando entoou 'Fricote' pela primeira vez. Mas o Axé chegou ao fim?

 

Para o músico e estudioso de uma das maiores manifestações culturais da Bahia, Jonga Cunha, o axé já teve o seu momento. Mas o “fim” não significa algo ruim. Para o integrante da banda Mudei de Nome e curador da exposição “Axé: A Força Sonora e Visual de um Movimento”, que acontece até março na Caixa Cultural, é necessário entender o Axé como um movimento, assim como foi a Tropicália, a Bossa Nova e outros tantos que marcaram a cultura brasileira.

 

 

“O axé é um movimento. Um movimento que já passou para mim. ‘Ah, Jonga, mas, então você quer dizer que não consomem Ivete Sangalo e Samba Reggae?’ Não, eu estou dizendo que consomem, e muito. E a música baiana continua sendo a melhor do Brasil, sobretudo para festa. Mas o movimento Tropicália já passou. O movimento Bossa Nova já passou. O movimento é uma coisa, a música é outra. Então esse consumo é da música baiana. Vejo isso quando eu vejo Ivete ganhar três carnavais com o pagode, por exemplo. Isso é o pós axé. Quer dizer que é melhor ou pior? Mas o Axé é um movimento que deveria ser tombado pelo patrimônio histórico baiano e brasileiro, porque é maravilhoso, e essa música feita na Bahia, meu amigo, nunca vai parar.”

 

Com esse entendimento, o fim diz respeito apenas ao ciclo natural das coisas, mas não impede o Axé de ser lembrado, celebrado e respeitado mundialmente como uma das grandes potências da Bahia.

 

Foto: Divulgação

 

“O Axé, dentro dos últimos movimentos musicais, nos dois últimos séculos no Brasil, foi o maior, o mais importante, o que varreu o país, porque além de ser um movimento musical, ele é um movimento social e econômico, um jeito de uma cidade totalmente africana no Brasil. De se comportar, de fazer festa, de dançar, de sair no meio da rua atrás de um caminhão, vestidos com o mesmo abadá. É um jeito baiano que varreu o país durante muito tempo. Então é assim, foi um movimento musical, um movimento social, um movimento econômico, um jeito de ser do baiano que tomou conta do país de forma muito aguda.”

 

O movimento teve início em 1985, através do LP vinil Magia, de Luiz Caldas, gravado nos Estúdios WR, de Wesley Rangel (1950-2016). A produção, que conta com arranjos musicais de Carlinhos Brown e Alfredo Moura, tem na sua lista de músicas a faixa 'Fricote', que veio a se tornar uma grande polêmica no repertório do veterano pela letra. Mas, na época, era o maior sucesso da música baiana por seu arranjo diferenciado e marcante.

 

 

“Salvador, a Bahia, o Brasil, considera como a bandeira, o marco, o disco de Luiz. Como é o disco de 1969 de João Gilberto na Bolsa Nova, enfim. É a bandeira, o disco de Luiz é a bandeira de 1985. Óbvio que um dos ícones festejados e homenageados é o Wesley Rangel e a sua WR. Porque sem a WR não tinha acontecido o movimento. Nós não tínhamos condições de gravar. As pessoas têm que lembrar que lá atrás, em 1980, a gente estava num mundo analógico. A gente não tinha como gravar, não tinha estúdios no Nordeste. E os artistas entravam na fila do Rio de Janeiro e tinham sua arte totalmente vilipendiada, porque os diretores não entendiam nada de música nordestina, sobretudo baiana, essa mistura africana que nós temos aqui, com a Europa, com o Ilhas do Caribe... Eles tiravam a percussão. A gente tem vários exemplos de gente que sofreu isso, como o Lui Muritiba, etc. E fazer a WR aqui viabilizou tudo. A gente começou a gravar, as rádios daqui começaram a colocar no dia a dia das FMs e os relatórios mensais do Brasil inteiro eram dominados pelas gravadoras, menos em Salvador.”

 

Três anos depois da gravação de 'Fricote', o movimento musical baiano, que ainda não tinha nome e era tratado como uma mistura de ritmos entre samba-reggae, merengue, ijexá, frevo, toques caribenhos, forró, samba duro e pop rock, foi apelidado de forma pejorativa como Axé Music pelo jornalista Hagamenon Brito.

 

A ideia era satirizar o estilo inovador apresentado por Luiz Caldas, satirizando a música baiana e a pretensão internacional de alguns dos artistas da cena. O tiro, no entanto, saiu pela culatra, e para Jonga, será difícil superar os números do Axé.

 

 

“Salvador tinha os 10 primeiros lugares, isso é uma loucura, pirou todo mundo no Rio e São Paulo e as gravadoras começaram a vir para cá para contratar os baianos. Eu acho muito difícil um movimento, o maior de todos, maior do que o rock dos anos 1980, por exemplo, seja esquecido. A gente chegou num ponto de ter aqui 30 a 40 bandas vendendo mais de um milhão de discos por ano, durante muitos anos. Nunca aconteceu isso no mundo, sobretudo por uma cidade. É sensacional, o Axé é uma coisa sensacional. Ter passado não é nada para se entristecer, é a história da vida.”

 

Mas afinal, o que contempla o Axé Music, já que ele não se trata de um ritmo e sim de um movimento? Ao Bahia Notícias, Jonga explica que essa mescla de estilos musicais faz com que o movimento baiano seja ainda mais especial.

 

“Alguns chamam o Axé de ritmo. Como assim? Que ritmo é o Axé? Toque aí, amigo, para eu ver. Dentro desse movimento tem muitos ritmos, tem samba-reggae, pagode, galope com rock... São muitos ritmos ficando embaixo do movimento Axé. Dentro do axé está o pagode, sim, porque é um guarda-chuva de ritmos. O pagode baiano vem do samba de roda do recôncavo. Mas a gente pode considerar o reggae como parte do axé, porque foi dele que surgiu o samba-reggae. Temos os blocos afro com Ara Ketu, temos o galope de Bell Marques e o Cabelo Raspadinho, que é uma mistura de ritmos. O Axé é uma riqueza de ritmos.”

 

 

O pagode, inclusive, é um dos ritmos de dentro do axé que conseguiu mutar ao longo dos anos e se transformar em diversas outras manifestações, o que é pontuado pelo músico.

 

“O pagode ganhou uma nova roupa depois do axé, no pós-axé, que é o eletrônico. Quem faz muito bem isso é Márcio Vitor, é o ATTOOXXA, Afrocidade, EdCity. Temos o pagotrap também, que é uma mistura de rap trap com pagode, algo muito moderno e muito bom. Ivete já entendeu isso. Aí nego pode dizer, mas a letra é besta, 'macetando'. Tá, meu amigo. Não pule não. Vai lá na rua e diga para não pular. Ó, não pule essa música não, que a letra é fraca. Vai procurar seu bloco, velho. Deixa o povo pular’.”

 

 

Para Jonga, é necessário entender o ciclo da vida e não tratar a passagem de tempo como algo a se temer, especialmente quando se há qualidade na música.

 

“Não adianta você bater de frente contra o progresso e a evolução. Porque a revolução digital não mudou só a música. Mudou os hábitos também. A revolução digital mudou a vida, não ia mudar a música? Claro que mudou totalmente. É natural, tudo mudou. Não dá para sentir saudade do inviável, na questão da produção, por exemplo. Hoje, cada um tem um estúdio dentro de casa. Antes a gente ia na WR gravar a música para ouvir no rádio. O mundo mudou, então não tem como eu sentir saudade. Eu tenho saudade é de ser jovem.”

 

Ano vai, ano vem, e nos 40 anos de Axé Music, especialmente no início do ano, quando o verão pinta e a festa está prestes a começar, é a Bahia que dá o tom em todo o Brasil. O movimento é natural, e deve ser aproveitado, afinal, é esse o comportamento de uma população em uma das temporadas mais felizes do ano.

 

“É natural que a música baiana seja mais procurada nesse período. É muito alegre, muito a cara de festa. Quando chega o verão, é natural que o consumo cresça. Aí, é igual o consumo de cerveja. É natural. Isso aí é natural. Aí não tem nem o que discutir sobre isso. É natural que os cachês melhorem, que o número de show dobre, porque quando chega o verão as pessoas ficam irresponsáveis, gastam o décimo terceiro na cerveja, na viagem, na praia, rebolando com a roupa branca que não tinha dinheiro para comprar, mas é isso”, afirma Jonga aos risos.

 

Foto: Divulgação

 

Para o Axé, a fantasia já se fez eterna, mesmo que o Carnaval dure apenas 6 dias oficialmente. Podem se passar mais 40 anos, o que o 'Canto do Povo de um Lugar' continuará ecoando nos quatro cantos do mundo, porque o axé é universal. É possível saber mais sobre a história do movimento que é a cara da Bahia na exposição gratuita “Axé: A Força Sonora e Visual de um Movimento”, que segue na Caixa Cultural até 16 de março, com visitação de terça a domingo das 9h às 17h. 

 

Além da homenagem ao Axé, a exposição também faz uma homenagem a Wesley Rangel, produtor musical e fundador do Estúdio WR, principal responsável pela gravação de artistas do gênero; e Pedrinho da Rocha, designer de abadás, mortalhas e trios elétricos do Carnaval de Salvador.

'Dija – Um Musical Inusitado' vai homenagear Djavan com presença de mais de 50 artistas
Foto: Bahia Notícias / Lucas Arraz

Gilmelândia, Ramon Cruz e os músicos Jonga Cunha e Dinho Barral convidaram 50 cantores e músicos baianos para realizar o espetáculo “Dija – Um Musical Inusitado”. A apresentação homenageará o músico Djavan com um repertório composto de versões dos sucessos e músicas não muito conhecidas do artista. O show estreia no dia 14 de setembro no palco do Café Teatro Rubi, do hotel Sheraton, e segue em cartaz até fevereiro, em 20 edições já garantidas. Gilmelândia, Ramon, Jonga e Dinho vão dividir o palco durante todos os shows e cantores como Margareth Menezes, Saulo Fernandes, Pedro Pondé e Magary Lord interagem com eles através de um telão que exibirá performances virtuais pré-gravadas. "É um show que me faz chorar muitas vezes", declarou a cantora Gilmelândia

 

A escolha por homenagear Djavan não foi nada original, garantiu Jonga Cunha no lançamento do projeto que aconteceu nesta tarde (31) no Bahia Marina. “Que brasileiro, sobretudo nordestino, não gosta de Djavan?”, conta um dos idealizadores da Banda Eva, que garantiu que todos os 50 músicos que participam virtualmente do show aceitaram prontamente cantar no projeto. “Todo mundo quis homenagear esse artista que é tão importante para o Nordeste, apesar de todo mundo achar que a sua música era a mais difícil de ser feita. Djavan é complexo musicalmente”. “Eu topei na hora’, concordou Gilmelândia. Djavan recebeu muito bem a ideia da homenagem. O cantor está recluso, mas segundo Jonga “ele se sentiu honrado e se mostrou curioso para ver o show”.

 

O espetáculo não se propõe a replicar exatamente as músicas de Djavan. Os arranjos das canções foram adaptadas em diferentes estilos. “Fizemos ‘Miragem’ com uma pegada de rock inglês”, conta Jonga, que achou que Pedro Pondé faria um ótimo trabalho cantando a nova versão do sucesso. Antes de começar a gravar as participações virtuais, Dinho Barral produziu em sua casa todos os arranjos do show. A partir daí,  “cada música da apresentação escolheu seu artista”, contou Barral. O show transforma as músicas de Djavan em xotes, sertanejos e lambadas, o que garantiu "influência de cada artista nas performances”, completou Dinho. 

 

Além de cantores, participam da apresentação, virtualmente e fisicamente, violonistas, baixistas, percussionistas e outros instrumentistas. “O show é uma expressão de um coletivo, uma total sincronia entre 50 artistas diferentes”. “Dija – Um Musical Inusitado” é pensado e produzido há mais de 1 ano, mas o resultado poderá ser visto em breve. “É emocionante e vocês precisam ver”, convida Gilmelândia que declarou várias vezes durante o lançamento chorar em partes do show. "Imagina quando Djvan aparecer?", brinca Jonga. 


SERVIÇO:
O QUÊ:  “Dija – Um Musical Inusitado”
QUANDO: Quintas-feiras, a partir de 14 de setembro até fevereiro, às 20h30 
ONDE: Café Teatro Rubi, hotel Sheraton da Bahia - Campo Grande - Salvador
VALOR: R$ 80

‘Vem coisa boa ai’, diz diretor do Olodum em foto ao lado de Adelmo Casé e Tatau
Foto: Reprodução / Facebook
O cantor Elpidio Bastos divulgou nesta segunda-feira (24) uma foto com outros artistas baianos e uma legenda sugestiva no Facebook. Na imagem, o produtor musical do Olodum aparece ao lado de Adelmo Casé, Tatau, Jonga Cunha e Dinho Barral. Na discrição apenas a frase “VEM COISA BOA AI!!!” sugerindo uma possível parceria musical.

Curtas do Poder

Ilustração de uma cobra verde vestindo um elegante terno azul, gravata escura e língua para fora
Entre camarotes e voos de jatinho, o Soberano iniciou sua campanha. A pressão em cima do Cacique anda tão grande, que até erros dos primatas estão jogando na conta dele. E por falar em erros, a Ex-Fala Bela vai ter que ensinar o Ferragamo a falar "Bolsonarista" antes da eleição. Coronel Card também já dá sinais de como será ano que vem. E nada com um show sertanejo para curar as feridas entre Romas e Magalhães. Saiba mais!

Pérolas do Dia

Bruno Reis

Bruno Reis
Foto: Luís Vasconcelos / Bahia Notícias

"Eu me relaciono bem com quem é de esquerda, de centro e de direita, tenho excelentes relações políticas em todos os campos". 

 

Disse o prefeito de Salvador Bruno Reis (União) sore o posicionamento político, evitando se envolver em debates políticos polarizados ou comentários sobre governos estadual e federal.
 

Podcast

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