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jair renan bolsonaro
Jair Renan Bolsonaro (PL-SC) tomou posse como vereador de Balneário Camboriú, no litoral de Santa Catarina. Durante a posse, nesta quinta-feira (2), o vereador foi recebido por vaias de pessoas presentes no evento.
O quarto filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi eleito vereador da cidade com mais de 3.000 votos, sendo o mais votado no município. Antes disso, Jair Renan trabalhava como membro do gabinete do senador de Santa Catarina, Jorge Seif.
Aos 26 anos, o cargo de vereador da cidade catarinense é apenas o primeiro cargo político exercido pelo político. Fala-se, entretanto, dentro do próprio PL, sobre uma futura candidatura a Deputado Federal pelo estado.
Durante a posse dos vereadores de Balneário Camboriú, ao ser chamado para prestar um juramento, o vereador foi vaiado por várias pessoas presentes, embora também tenha sido aplaudido por outras, em menor quantidade.
Em seguida, o agora vereador subiu no púlpito, tentou falar algumas palavras, que foram encobertas pelo som das vaias e, rapidamente, se retirou do local.
O PT e outros quatro partidos pediram ao Tribunal Regional Eleitoral de Santa Catarina (TRE-SC) a cassação da chapa de vereadores do PL em Balneário Camboriú por suposta fraude na cota de gênero no partido. Um dos eleitos que poderia ser cassado é Jair Renan Bolsonaro, filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
O documento enviado à Justiça eleitoral catarinense tem como autores, além da Federação Brasil da Esperança, composta por PT, PCdoB e PV, a federação PSOL/Rede. Além da cassação dos parlamentares, os pleiteantes pedem a inelegibilidade dos vereadores por um período de oito anos.
O PL tem a maior bancada eleita na cidade, ocupando 6 das 19 cadeiras. Além de Jair Renan, os outros candidatos eleitos pelo partidos foram: Victor Forte, Kaká Fernandes, Guilherme Cardoso, Asinil Medeiros e Anderson Santos.
Conforme o pedido enviado contra o PL, ao menos quatro candidaturas femininas do partido teriam sido “laranjas”, ou seja, utilizadas apenas para preencher a cota de gênero eleitoral, mas não receberam votos ou investimento da legenda e não conseguiram se eleger.
A legislação brasileira prevê que partidos e coligações devem preencher, ao menos 30%, e, no máximo 70% das candidaturas para cada gênero. O documento afirma que não houve investimento igual do partido para candidatos homens e candidatas mulheres pelo PL, além do “recrutamento de candidatas com pouco potencial eleitoral”.
“A ausência de gastos, a inexistência de atos de campanha, elevada disparidade da distribuição de recursos financeiros em comparação com os candidatos, entre outros, o que faz suscitar a presente investigação por fraude”, afirmaram os partidos pleitenates no pedido enviado ao TRE.
Um dos alvos da Polícia Federal na recente operação do caso Marielle Franco (PSol), o delegado Giniton Lajes foi o responsável por trazer à tona, em 2019, um suposto namoro de um dos filhos de Jair Bolsonaro com a filha de Ronnie Lessa, acusado de ter executado a vereadora.
Giniton é apontado, no relatório da PF que embasou a decisão do ministro do STF Alexandre de Moraes, como nome indicado pelo então chefe da Polícia Civil do Rio, Rivaldo Barbosa, para “dirigir” as investigações “de forma a não revelar os mandantes do crime”. As informações são do portal Metrópoles, parceiro do Bahia Notícias.
Em 2019, Giniton disse à imprensa que um dos filhos de Bolsonaro teria namorado a filha de Ronnie Lessa. Na entrevista, entretanto, o delegado afirmou que o fato “não tinha importância” no momento e que “seria enfrentado num momento oportuno”.
“Isso tem (o suposto relacionamento entre o filho de Bolsonaro e a filha de Lessa), mas isso, para nós, hoje, não importou na motivação delitiva. Isso vai ser enfrentado num momento oportuno. Não é importante para esse momento”, disse Lages, em entrevista no dia 12 de março de 2019.
Posteriormente, foi revelado que Jair Renan, filho 04 do ex-presidente, foi quem namorou a filha de Lessa. Jair Renan, porém, não foi citado em nenhum momento nas investigações pela PF.
A Polícia Civil do Distrito Federal concluiu um inquérito e indiciou Jair Renan Bolsonaro e Maciel Alves de Carvalho pelos crimes de falsidade ideológica, uso de documento falso e lavagem de dinheiro.
Jair Renan é o "zero quatro", filho do ex-presidente Jair Bolsonaro. Maciel Alves é ex-instrutor de tiro de Jair Renan. Agora, com base no indiciamento da Polícia Civil do DF, caberá ao Ministério Público decidir se oferece ou não denúncia à Justiça.
O relatório com o indiciamento foi obtido pelo g1. Foi no âmbito desse inquérito que Jair Renan foi alvo de uma operação de busca e apreensão em 24 de agosto do ano passado, junto com Carvalho e outros dois investigados.
A Operação Nexum foi conduzida pelo Departamento de Combate à Corrupção e ao Crime Organizado (Decor) da Polícia Civil do DF.
Segundo o relatório da investigação, enviado à Justiça do DF no último dia 8, Jair Renan e Maciel Alves falsificaram quatro relações de faturamento da empresa RB Eventos e Mídia, à época pertencente ao filho do ex-presidente. A fraude foi feita para apontar um faturamento que nunca existiu na empresa — de R$ 4,6 milhões no período de um ano, entre 2021 e 2022. Com esses números falsos, Jair Renan e Maciel Alves buscavam lastro para um empréstimo bancário.
"Não há dúvidas de que as duas declarações de faturamento apresentadas ao banco são falsas, por diversos aspectos, tanto material, em razão das falsas assinaturas do Técnico em Contabilidade [...], que foi reinquirido e negou veementemente ter feito as rubricas, quanto ideológico, na medida em que o representante legal da empresa RB Eventos e Mídia fez inserir nos documentos particulares informações inverídicas consistentes nos falaciosos faturamentos anuais", afirma a polícia.
O empréstimo original era de R$157 mil. Posteriormente, o valor foi aumentado por meio de dois novos empréstimos. O último empréstimo não foi quitado, segundo a investigação. Jair Renan teria se beneficiado de parte dos valores obtidos de forma ilícita, segundo a polícia, por meio do pagamento da fatura do cartão de crédito de sua empresa, no valor de cerca de R$ 60 mil.
"Conforme demonstram as provas documentais e testemunhais, os suspeitos atuaram reiteradamente, sobrepondo um empréstimo ao outro, obtendo vantagem ilícita valendo-se da mesma maneira de execução", relata a polícia.
"O relatório de afastamento de sigilo bancário [...] demonstra que no curto espaço de tempo, a empresa RB Eventos e Mídia obteve novo empréstimo bancário, no valor de R$ 250.669,65, no dia 08/03/2023, e ainda veio a obter terceiro empréstimo bancário no valor de R$ 291.470,49, no dia 01/06/2023", continua o relatório policial.
Em dezembro de 2023, a dívida com o banco estava em R$ 360.241,11, de acordo com a investigação.
LAVAGEM DE DINHEIRO
Jair Renan afirmou em depoimento à polícia que não reconhecia suas assinaturas nas declarações de faturamento supostamente falsas. Peritos, no entanto, atestaram que em um dos documentos a assinatura do filho do ex-presidente é autêntica.
A investigação aponta indícios de que Jair Renan teve "atuação direta" na fraude. Segundo a Polícia Civil, ele foi pessoalmente à agência, "desempenhando a tarefa imprescindível de abertura da conta bancária de sua empresa, beneficiando-se economicamente do proveito criminoso porvir".
Além disso, a polícia afirmou que o banco apresentou provas de que Jair Renan autorizou a efetivação do empréstimo por meio de sua biometria.
A investigação afirma ainda que o crime de lavagem de dinheiro ficou configurado pela forma como o dinheiro do empréstimo chegou aos suspeitos, passando antes por contas ligadas a um "laranja", Antônio Amâncio Alves Mandarrari, que a polícia afirma ser uma pessoa "fictícia".
O relatório da investigação diz que a quebra de sigilo bancário "demonstra que o 'laranja' realiza uma série de transações e movimentações diversas, para sucessivas pessoas (físicas e jurídicas) integrantes do esquema [...] As movimentações da conta do alvo Antônio Amâncio giram, praticamente, em torno de recebimentos e envios para os investigados".
Também levantou suspeitas da polícia o fato de que a empresa RB Eventos e Mídia foi "doada" por Jair Renan a outro investigado, Marcos Aurélio Rodrigues dos Santos, em 13 de março de 2023, data em que o "zero quatro" deixa o quadro societário.
O relatório da investigação sustenta, por fim, que Jair Renan e Maciel Carvalho também praticaram o crime de estelionato. No entanto, os suspeitos não são indiciados por esse crime porque, ao menos até agora, não houve representação criminal por parte da vítima — no caso, o banco.
O QUE DIZEM AS DEFESAS
O advogado de Jair Renan, Admar Gonzaga, afirmou que não vai comentar o indiciamento porque o caso é sigiloso.
O advogado Pedrinho Villard, que defende Maciel Alves de Carvalho, afirmou que seu cliente foi absolvido na Justiça das primeiras acusações, feitas no início de 2023, as quais geraram a investigação atual. "Considerando que este é um desdobramento daquele episódio, com certeza Maciel será absolvido novamente e a defesa vai se manifestar nesse sentido", disse.
O g1 não localizou a defesa de Marcos Aurélio Rodrigues dos Santos, que passou a ser proprietário da RB Eventos e Mídia no ano passado.
ÁUDIO: Ex-assessor de Jair Renan diz ter tido relacionamento amoroso com filho “04” do ex-presidente
O antigo assessor de Jair Renan Bolsonaro, Diego Pupe, declarou, após prestar depoimento à Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), na tarde desta quinta-feira (14), que manteve um relacionamento “amoroso e romântico” com o filho “04” do ex-presidente Jair Bolsonaro.
“Eu tive um relacionamento com o Renan, do qual não falei para ninguém ainda. Eu estava esperando todo esse ‘auê’ da polícia, mas logo logo eu vou falar sobre isso, tá bom? Eu tinha um relacionamento íntimo com ele, romântico”, disse Pupe ao Metrópoles, parceiro do Bahia Notícias, logo após depor no âmbito da Operação Nexum.
No mês passado, Jair Renan foi alvo de busca e apreensão pela Delegacia de Repressão aos Crimes Contra a Ordem Tributária (Dot/Decor), unidade da PCDF. A Operação Nexum cumpriu outros quatro mandados de busca e apreensão e dois de prisão preventiva por crimes contra a fé pública e associação criminosa, além de prejuízo do erário do Distrito Federal.
Pupe revelou que disse aos policiais civis ter ouvido de Maciel Carvalho, empresário de Renan, a ordem para transferir a empresa RB Eventos para outra pessoa. Na ocasião, o filho do então presidente era investigado pela Polícia Federal pelos supostos crimes de tráfico de influência e lavagem de dinheiro envolvendo a firma.
Antes da mudança de dono, a RB funcionou no mesmo endereço da 357 Cursos, empresa de aulas de tiro que era comandada por Maciel, segundo o depoimento.
A RB Eventos foi transferida neste ano por Jair Renan para Marcos Aurélio Rodrigues, parceiro comercial de Maciel e dono da 357. A Polícia Civil suspeita que Rodrigues seja um laranja em um esquema ilegal. O negócio chamou a atenção dos investigadores porque não houve qualquer pagamento pela movimentação, além de a firma ter faturado R$ 4 milhões em um ano.
Ao Metrópoles, o ex-assessor afirma ainda que Renan tinha conhecimento do que ocorria dentro da empresa e das ações feitas por Maciel. Sobre o mesmo assunto, Pupe continua: “Eles são bem íntimos, né? Na imprensa mesmo, eles, enfim, me alfinetaram bastante; dá para ver o quanto eles estavam íntimos. Então, o Renan tem, sim, conhecimento do que o Maciel fazia”.
Confira:
Uma fala de Jair Renan Bolsonaro, o “filho 04” do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), sobre a pandemia da Covid-19 voltou a repercutir nas redes sociais. A afirmação é referente a uma entrevista dada ao podcast “Social Pro”, em junho do ano passado, quando Jair Renan classificou que o período de isolamento social “foi top”, sendo a época que “pegou mais gente”.
“O covid é uma gripe e prefiro morrer transando que tossindo. Ele (Bolsonaro) falou assim: ‘Não tem problema você falar qualquer coisa, só não fala do Covid’. Pra mim também foi top. Foi a época que mais peguei gente. Fiquei três semanas sem pegar ninguém, tava de saco cheio de bater punheta. E aí lembrei: tem tinder, né? Baixei e, mano, nossa foi maravilhoso", relatou o filho 04, aos risos.
O trecho da entrevista começou a viralizar no último domingo (2), após publicação do mestre em geopolítica pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), Vinicios Betiol, criticando a declaração. Até o momento, a publicação registrou mais de 1,2 milhões de visualizações.
Confira o trecho:
IMPORTANTE: durante um Podcast, estilo red pill, Renan Bolsonaro e os seus amigos conversaram sobre como adoraram a pandemia. Segundo eles, foi "top" para fazer festas e "pegar mulheres". Inclusive o filho do ex-presidente explicou como foi BATER PUNHET@ nesse período. Eu… pic.twitter.com/7NSvvOPhoq
— Vinicios Betiol (@vinicios_betiol) July 3, 2023
Curtas do Poder
Pérolas do Dia
Capitão Alden
"Estamos preparados, estamos em guerra. Toda e qualquer eventual postura mais enérgica, estaremos prontos para estar revidando".
Disse o deputado federal Capitão Alden (PL) sobre possível retirada à força da obstrução dos apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no Congresso Nacional.