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infraestrutura urbana
O município de Barreiras, no oeste da Bahia, vive um momento de forte expansão no setor imobiliário, consolidando-se como um dos polos de crescimento mais dinâmicos da região Nordeste. A transformação urbana reflete um ciclo virtuoso de desenvolvimento econômico, geração de empregos e investimentos públicos em infraestrutura e planejamento.
Nos últimos anos, o mercado imobiliário local tem apresentado crescimento consistente, impulsionado por novos empreendimentos verticais, loteamentos e bairros planejados, que estão remodelando a paisagem urbana e atraindo investidores de várias regiões do país.
Imagem de um prédio de Barreiras | Foto: Divulgação.
Um dos principais indicadores dessa pujança é o desempenho da construção civil. Segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), o número de trabalhadores com carteira assinada no setor cresceu cerca de 40% nos últimos quatro anos — uma média de quase 10% ao ano.
Apesar do crescimento acelerado, o setor enfrenta um gargalo: a escassez de mão de obra qualificada. Segundo levantamento local, cerca de 80% das empresas relatam dificuldades para preencher vagas especializadas, evidenciando a alta demanda por profissionais capacitados.
Esse ambiente favorável aos negócios é resultado da atuação conjunta entre o poder público e a iniciativa privada. A Prefeitura de Barreiras tem investido na ampliação dos serviços públicos e na melhoria da infraestrutura urbana, com obras estruturantes que valorizam diferentes regiões da cidade.
Entre as ações destaca-se a construção de escolas, unidades de saúde, intervenções em mobilidade urbana e a requalificação de áreas estratégicas. Medidas de modernização da gestão também têm sido implementadas, como o georreferenciamento de imóveis, a revisão da legislação de uso e ocupação do solo e a desburocratização de processos, incluindo a emissão de Habite-se.
Para o prefeito Otoniel Teixeira, o cenário atual é fruto de um planejamento de longo prazo. "A força do setor imobiliário em Barreiras é fruto de uma parceria sólida entre o poder público e a iniciativa privada, iniciada ainda na gestão do ex-prefeito Zito Barbosa e que agora prossegue com planejamento, diálogo e responsabilidade. Temos buscado criar um ambiente favorável para quem deseja investir e gerar oportunidades, assegurando que esse crescimento ocorra com organização, infraestrutura e serviços públicos que acompanhem o avanço da cidade", explica o gestor.
Com perspectivas promissoras, Barreiras consolida-se como uma cidade em pleno desenvolvimento, reforçando sua posição estratégica no oeste baiano e ampliando suas oportunidades para investidores e moradores.
Apenas 6,2% dos municípios baianos possuem plano diretor de drenagem, revela o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia Estatística) na pesquisa MUNIC 2024. A deficiência no planejamento pode agravar os riscos de inundações e outros problemas urbanos.
Ou seja, somente 26 dos 417 municípios do estado, representando 6,2% do total, possuem um plano diretor de drenagem e manejo de águas pluviais. Este percentual é significativamente menor que a média nacional de 14,3% e pode comprometer a eficácia dos sistemas de drenagem, aumentando os riscos associados às chuvas intensas.
Para a professora Elisabete Santos, coordenadora do grupo de ÁGUAS na Universidade Federal da Bahia (UFBA), a drenagem e o manejo de águas pluviais são essenciais para prevenir inundações, erosão do solo e contaminação de corpos d'água.
"Sim a adesão é muito baixa. Temos, hoje, a obrigação constitucional de elaborar e implementar planos diretores de desenvolvimento urbano e regionais e de planos específicos de saneamento, incluindo aí a drenagem urbana", comenta a professora.
Esses serviços envolvem a captação, condução e tratamento da água da chuva por meio de sistemas de microdrenagem e macrodrenagem, sendo cruciais para a segurança e sustentabilidade das áreas urbanas. Algumas prefeituras têm documentos detalhados em parceria com o Governo do Estado na proteção e combate a desastres ligados a chuvas; é o caso de Feira de Santana e Salvador.
Contudo, a imensa maioria das cidades baianas não se vê adequadamente preparada para essas tragédias. Exemplos disso são os municípios de Casa Nova, Barreiras e Teixeira de Freitas, que não aderiram ao plano detalhadamente.
“Planejamento é mais do que necessário para evitar e prevenir situações de risco. Mas não basta a ação de planejamento voltada ao risco. É preciso mudar a lógica que produz o risco. Que degrada e produz escassez e risco!", conta a professora.
Nem tudo é um desastre total, pois 388 dos 417 municípios da Bahia declararam possuir algum serviço de drenagem e manejo de águas pluviais, representando 93,0% do total.
Apesar de elevada, essa proporção é inferior à média nacional de 96,0% e posiciona a Bahia como o quinto estado com menor cobertura entre os 26 estados brasileiros. Em contraste, estados como Rondônia, Amazonas, Amapá, Paraíba, Sergipe, Santa Catarina e Mato Grosso do Sul apresentam 100% de cobertura.
Contudo, o Bahia Notícias observou os 411 planos de governo dos prefeitos eleitos divulgados sobre a gestão dos municípios na Bahia, e somente 168 dos 411 têm alguma menção ou proposta que utilize a ideia de novo planejamento de drenagem, esgotamento e Plano Diretor Urbano com pautas ambientais. Isto é, 40% do total de municípios do estado.
Vale lembrar que muitos municípios precisam de um preparo de precaução em imudações, segundo dados AdaptaBrasil, do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), sendo definido com uma nota em uma escala que varia de 0 a 1.
- De 0 a 0.19 — Risco Muito Baixo
- De 0.2 a 0.39 - Risco Baixo
- De 0.4 a 0.59 - Risco Médio
- De 0.6 a 0.79 - Risco Alto
- De 0.8 a 1 - Risco Muito Alto
Veja no mapa:
Embora 327 cidades baianas tenham 'alguma estrutura' organizacional para gerenciar a drenagem e o manejo das águas pluviais, nenhum município possui uma secretaria exclusiva para o tema. O mais comum é que essas atividades sejam subordinadas à secretaria ou setor de infraestrutura, como ocorre em 197 municípios.
A falta de um plano diretor específico pode resultar em uma gestão fragmentada e ineficaz, dificultando a implementação de soluções integradas e baseadas na natureza. Em 2023, apenas 75 municípios baianos utilizavam soluções naturais no manejo de águas pluviais, como valas de infiltração, renaturalização ou restauração de cursos d'água e canteiros pluviais ou jardins de chuva. A proporção de municípios que adotam essas práticas na Bahia (19,3%) está abaixo da média nacional (24,5%).
Os especialistas alertam que a implementação de planos diretores é fundamental para garantir que as medidas de drenagem e manejo de águas pluviais sejam eficazes e sustentáveis. Sem esses planos, os municípios arriscam enfrentar problemas recorrentes de inundações e degradação ambiental, afetando diretamente a qualidade de vida da população.
A implementação de um plano diretor de drenagem e manejo de águas pluviais é crucial para garantir a eficácia, sustentabilidade e segurança das áreas urbanas, além de ser essencial na prevenção a desastres naturais.
Curtas do Poder
Pérolas do Dia
Capitão Alden
"Estamos preparados, estamos em guerra. Toda e qualquer eventual postura mais enérgica, estaremos prontos para estar revidando".
Disse o deputado federal Capitão Alden (PL) sobre possível retirada à força da obstrução dos apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no Congresso Nacional.