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O Independiente anunciou, nesta segunda-feira (25), o banimento vitalício de 25 torcedores identificados como participantes da briga nas arquibancadas durante o jogo contra a Universidad de Chile, válido pelas oitavas de final da Copa Sul-Americana. A decisão foi comunicada em nota oficial pelo clube argentino.
"Os 25 infratores envolvidos nos atos de violência ocorridos em nosso estádio durante a partida da última quarta-feira foram identificados. Eles serão expulsos imediatamente e solicitaremos a aplicação do direito de admissão vitalícia, para que nunca mais pisem em um campo de futebol”, declarou o Independiente.
A confusão aconteceu na última quarta-feira (21), no estádio Libertadores da América, em Avellaneda. Durante o intervalo, torcedores da Universidad de Chile que ocupavam o setor Platea Norte Alta — logo acima da torcida argentina posicionada na Popular Norte Baja — iniciaram o confronto ao atear fogo em objetos e arremessar cadeiras. Segundo relatos, pedras e barras de ferro também foram lançadas em direção aos mandantes.
Mesmo diante do cenário, a arbitragem autorizou o início do segundo tempo, mas a etapa durou apenas dois minutos. A insegurança fez com que o jogo fosse interrompido. Alguns torcedores do Independiente chegaram a invadir o gramado em busca de proteção, enquanto parte dos visitantes deixou o estádio. Um grupo de cerca de 20 chilenos, no entanto, permaneceu no setor visitante, o que agravou o conflito, já que integrantes das “barras bravas” argentinas conseguiram acessar a arquibancada rival.
O Independiente afirmou ainda que segue trabalhando em conjunto com as forças de segurança para identificar todos os envolvidos. O Ministério Público argentino, por sua vez, solicitou o fechamento do estádio para investigação.
A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) voltou atrás e retificou, na noite da última quinta-feira (21), um comunicado publicado inicialmente sobre os episódios brutais e violentos que interromperam a partida entre Independiente e Universidad de Chile. O episódio ocorreu no Estádio Libertadores da América, em Avellaneda, no confronto que foi válido pelas oitavas de final da Copa Sul-Americana.
De acordo com a entidade, a primeira nota foi divulgada sem a autorização do presidente Samir Xaud, que já mantinha conversas diretas com a Conmebol e com a Associação do Futebol Argentino (AFA) a respeito do episódio.
"A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) informa que a nota publicada nesta manhã em seu site e em seus canais digitais sobre os episódios de violência no estádio de Avellaneda foi divulgada sem a anuência do presidente da entidade, que já mantinha diálogo direto com a Conmebol e com a Associação do Futebol Argentino (AFA) sobre o ocorrido", destacou o novo comunicado.
A retificação também reforçou a relação de parceria da CBF com outras entidades do continente e buscou minimizar o desgaste causado pela primeira publicação, que irritou principalmente a AFA. O texto ainda ressaltou o vínculo histórico de respeito com a federação argentina.
"A CBF lamenta a forma como se deu a publicação, pede desculpas por eventuais mal-entendidos e reafirma sua confiança nas medidas que vêm sendo discutidas conjuntamente entre as entidades, no sentido de prevenir a repetição de incidentes semelhantes", acrescentou.
"Em particular, a relação entre a CBF e a AFA sempre foi guiada pelo respeito, admiração mútua e compromisso compartilhado de fortalecer o futebol em nossa região."
Na nota inicial, divulgada pela manhã, a entidade brasileira havia classificado os acontecimentos em Avellaneda como "barbárie" e cobrado da Conmebol "rigor total na apuração dos fatos ocorridos, com investigação célere e transparente, e que os responsáveis sejam identificados e punidos com severidade".
Enquanto a polêmica em torno dos comunicados se desenrolava, a Conmebol segue apurando os incidentes no estádio. Segundo informações da Universidad de Chile, 12 torcedores precisaram de atendimento hospitalar, sendo um deles encaminhado para a UTI. Oito já receberam alta. A partida estava empatada em 1 a 1 quando foi suspensa.
Também na quinta, um suposto comunicado oficial da Conmebol apontava a exclusão das duas equipes da competição. O Bahia Notícias entrou em contato com a assessoria da entidade, que revelou que o documento era falso.
O Estádio Libertadores de América, em Buenos Aires, foi palco de cenas brutais e violentas na noite da última quarta-feira (20). A partida entre Independiente e Universidad de Chile, válida pelas oitavas de final da Copa Sul-Americana, precisou ser cancelada após uma briga generalizada entre torcedores dos dois clubes.
Vergonhoso o que aconteceu em Independiente x La U, isso não é futebol.
— Futnet FC (@futnetaposta) August 21, 2025
Que sejam todos punidos. pic.twitter.com/8QioKeHadP
O confronto dentro das arquibancadas começou na etapa final, quando a Universidad de Chile vencia a eliminatória pelo placar agregado. Após vencer o jogo de ida por 1 a 0, a equipe empatava por 1 a 1 fora de casa, resultado que lhe garantiria vaga nas quartas de final. No entanto, o cenário dentro do estádio rapidamente fugiu do controle.
Torcedores chilenos atearam fogo em objetos e arremessaram pedras, cadeiras e até projéteis pirotécnicos contra a torcida local. Em resposta, organizados do Independiente invadiram o setor visitante, encurralando os rivais. De rostos cobertos e portando barras de ferro, passaram a agredir os adversários. Alguns torcedores da La U foram obrigados a tirar a roupa para não serem agredidos ainda mais.
As cenas de violência se intensificaram. Um torcedor chileno chegou a ser golpeado na cabeça com uma barra de ferro e caiu desacordado, enquanto outros dois torcedores, em desespero, se jogaram das arquibancadas para escapar das agressões. A evacuação da torcida do Independiente foi iniciada pelas autoridades locais, mas parte dos chilenos permaneceu no estádio e acabou alvo de ataques.
mlk que coisa bizarra que aconteceu entre as torcidas do Independiente x LAU.
— njdeprê - marlon (@njdmarlon) August 21, 2025
tudo isso dentro do estádio, que loucura.pic.twitter.com/rlDHRTG6wV
Diante da situação, a Conmebol anunciou o cancelamento imediato da partida. Em nota, a entidade declarou que a decisão sobre a classificação será tomada por seus órgãos jurídicos. Leia a nota oficial na ítegra:
"A Diretoria de Competições e Operações da CONMEBOL anunciou que, devido à falta de garantias de segurança do clube local e das autoridades de segurança locais para garantir a continuidade da partida entre Independiente (ARG) e Universidad de Chile (CHI) pelas oitavas de final da CONMEBOL Sul-Americana de 2025, a partida foi cancelada.
Ele acrescentou que, considerando que o Manual do Clube para situações semelhantes foi seguido, mas a situação não foi remediada, a partida foi cancelada e o caso será encaminhado aos Órgãos Judiciais da CONMEBOL para posterior apuração.
Todas as informações relativas aos eventos ocorridos dentro e fora do estádio serão encaminhadas ao Comitê Disciplinar da Confederação Sul-Americana de Futebol"
O caso relembra o episódio envolvendo Colo-Colo e Fortaleza, pela fase de grupos da Libertadores, quando uma confusão nas arquibancadas levou ao cancelamento da partida. Na ocasião, os três pontos foram atribuídos ao clube brasileiro. A diferença é que agora se trata de um confronto eliminatório, o que obriga a entidade a definir quem avança de fase.
O vencedor da disputa entre Independiente e Universidad de Chile enfrentará o Alianza Lima, que eliminou a Universidad Católica do Equador.
Javier Milei (La Libertad Avanza, direita), presidente da Argentina, revogou, na última 3ª feira (22), um decreto que dava alguns benefícios fiscais a clubes de futebol. A decisão aumenta ainda mais os desentendimentos do Governo com a AFA (Associação de Futebol Argentino), e favorece a entrada de capital externo no mercado (criação de clubes empresa).
Essa revogação afetará todos os clubes do país, mas ainda mais os menores. Com os benefícios, os clubes não precisavam pagar à segurança social contribuições como Regime de Pensões, Abonos de Família, Pami e Fundo Nacional do Emprego.
O Decreto 1212/2003, foi instituído por Néstor Kirchner e cancelada em 2019 por Mauricio Macri, aumentando os impostos sobre vendas de ingressos, transferências de jogadores e impostos de TV. A medida voltou a valer em 2023, no governo do ex-presidente Alberto Fernández. Agora, com a nova revogação, o imposto sobe para 7,5%.
Javier Milei apoia as SADs (Sociedades Anônimas Desportivas), enquanto a AFA e quase todos envolvidos no meio do futebol argentino se opõem à entrada de capital externo no mercado de futebol do país. A revogação tem sido interpretada como uma estratégia para alterar o cenário fiscal e financeiro dos clubes e favorecer as SADs.
O presidente do Independiente, Hugo Moyano, afirmou que a medida coloca em risco a sobrevivência financeira de clubes históricos. Rodolfo D'onofrio, ex-presidente do River Plate, também se posicionou contra a decisão, destacando que a medida ajudava a equilibrar as finanças dos clubes menores. Marcelo Gallardo, técnico do River Plate, expressou preocupação com o impacto social nas categorias de base e no desenvolvimento de jovens atletas.
Ex-presidente do país e do Boca Juniors, Mauricio Macri apoiou a mudança.
"Sem dúvida é um avanço, ter mais investimentos e um espetáculo de maior qualidade, com melhores times e melhores estádios", escreveu em seu perfil no X (antigo Twitter).
Milei argumentou que a medida promoverá uma gestão mais eficiente dos clubes.
Curtas do Poder
Pérolas do Dia
Mário Negromonte Jr
"A PEC da prerrogativa para restabelecer o que foi perdido desde a constituição de 1988 virou a PEC da blindagem e depois a PEC da bandidagem. E isso é uma coisa que dói muito no coração da sociedade. O que deixa meu coração tranquilo é que eu fiz pensando na justiça e na constituição federal".
Disse o deputado federal Mário Negromonte Jr (PP-BA) ao declarar que está arrependido por ter votado a favor da chamada PEC da Blindagem, aprovada recentemente na Câmara dos Deputados.