Artigos
Enfim, uma mulher na ABI
Multimídia
Presidente do TCE-BA explica imbróglio envolvendo vaga de conselheiro aberta após morte de Pedro Lino
Entrevistas
Diretor do FIDA/ONU no Brasil reforça parcerias na Bahia para geração de emprego e renda no campo
imortal
O Grêmio anunciou, no último sábado (28), o novo técnico da equipe para 2025. O comandante do Imortal será Gustavo Quinteros, com seu primeiro trabalho no futebol braisleiro.
Gustavo Quinteros é Tricolor!????????
— Grêmio FBPA (@Gremio) December 28, 2024
Com experiência nas seleções de Bolívia e Equador, o treinador foi multicampeão por clubes sul-americanos e venceu o campeonato argentino neste ano. O técnico chega ao Imortal para a temporada de 2025. Bem-vindo!
Leia: https://t.co/8gD4yFkey1 pic.twitter.com/6hbp3dPIU1
O argentino de 59 anos possui contrato com o Tricolor gaúcho até o final da próxima temporada. Nas redes sociais, o treinador falou sobre sua nova missão no esporte.
“Para mim, como técnico, é uma honra que meu nome seja citado, que seja lembrado, que esteja entre as possibilidades. As coisas difíceis me motivam. Defendo muito o meu trabalho, defendo muito o esforço, o trabalho, os sonhos, a motivação dos jogadores”, disse o técnico.
Junto a ele, o Grêmio também vai contar com os auxiliares técnicos Leandro Desábato, Maximiliano Quezada e Rodrigo Quinteros, além do preparador físico Hugo Roldán.
Ainda neste ano, Quinteros foi campeão do Campeonato Argentino no comando do Vélez. Além do Imortal, o treinador também havia sido contatado para renovar com o clube argentino, mas fechou com o Tricolor.
Um dos símbolos musicais do Brasil, a Rainha da MPB Maria Bethânia, tomou posse e se tornou a nova imortal na Academia de Letras da Bahia (ALB), assumindo a cadeira 18. A cerimônia foi realizada na noite desta quarta-feira (3), no Palacete Góes Calmon, em Salvador.
Durante discurso, Bethânia destacou a importância de seu irmão, Caetano Veloso, para sua formação musical. Além disso, a Rainha da MPB agradeceu aos familiares, amigos e colegas, ao Senhor do Bonfim e a líderes religiosos do Candomblé.
“Como caçula, pude ouvir distraidamente todos os grandes compositores, cantores e cantoras do Brasil daquela época. Caetano me traduzia o que ele ouvia. Entro na Academia de Letras da Bahia pelo trabalho que faço com a música e com a literatura, com a palavra. Assim, o meu agradecimento em primeiro lugar é para os autores, poetas, escritores de modo geral", disse Bethânia.
A cadeira até então era ocupada por Bethânia era do historiador, ensaísta e professor, Waldir Freitas Oliveira e que tem como patrono Zacarias de Góes e Vasconcelos. Bethânia foi eleita como nova imortal em outubro de 2021.
Recém eleita para figurar entre os imortais da Academia Brasileira de Letras (ABL), aos 90 anos, Fernanda Montenegro comentou a atual conjuntura da cultura no país sob comando do presidente Jair Bolsonaro.
Durante a entrevista realizada para o Fantástico, neste domingo (6), a jornalista Sônia Bridi lembrou que a atriz recusou ser ministra da Cultura de José Sarney no primeiro governo civil após a ditadura, e, por meio de uma carta, respondeu ao então presidente: "Pobre do país cujo governo despreza, hostiliza e fere seus artistas. Esse Brasil acabou". A atriz se referia ao regime militar.
Questionada pela repórter se, de fato, aquele país da animosidade e repressão acabou, Fernanda negou e fez duras críticas ao governo Bolsonaro. “Não acabou. Nós estamos numa hora trágica, é um momento tão pesado. Mas vai acabar, uma hora acaba”, declarou a imortal da ABL.
Perguntada sobre os paralelos da atual gestão e a ditadura militar, ela foi ainda mais incisiva. “É pior, porque veio pelo voto. Então, há uma organização política tradicional que opta por essa calamidade, por essa tragédia. Acho que todo governo de força a primeira coisa é estrangular a cultura das artes, porque é onde o país existe com uma assinatura e com um futuro, com a opção do futuro”, afirmou, apontando como solução, “o tempo”.
Fernanda Montenegro criticou ainda o instrumento da reeleição para presidente. “Eu acho que o Brasil provou que não pode ter reeleição presidencial. Foi comprovado que a reeleição presidencial exige compra, venda e aluguel do poder político. Tá comprovado”, disparou a artista, reiterando que segue crítica e indignada.
“A contestação está igual, o desassossego tá igual, a visão trágica do momento que a gente vive tá igual, mas não é que eu esteja calma. Às vezes eu tenho a impressão de que temos um país lá em Brasília que coloniza o brasil aqui embaixo. Mas a gente deve acordar e cantar”, defendeu a atriz, citando Nelson Rodrigues para encerrar a entrevista: "Aprendi a ser o máximo de mim mesmo".
O movimento para convencer o baiano Gilberto Gil a concorrer a uma vaga na Academia Brasileira de Letras (ABL) (relembre) surtiu efeito. De acordo com informações da coluna de Lauro Jardim, no jornal O Globo, o cantor e compositor se inscreveu para ocupar a cadeira de Murilo Mello Filho, morto em maio do ano passado no Rio de Janeiro.
Atualmente a academia tem três vagas em aberto, após as mortes de Mello Filho, Affonso Arinos de Mello Franco e Alfredo Bosi.
Ainda segundo a publicação, Gil, assim como os demais concorrentes, enviou uma carta à academia para oficializar a candidatura. Além do artista baiano, a atriz Fernanda Montenegro também é uma das postulantes a figurar como imortal da ABL (saiba mais), ocupando a cadeira 17, que era de Mello Franco, morto em março do ano passado.
Outro nome ventilado como possível membro da academia é o cantor, compositor e escritor carioca Chico Buarque (clique aqui).
Após a morte de Alfredo Bosi, ocorrida na semana passada (clique aqui e saiba mais), o grupo pleiteia que Chico Buarque assuma a cadeira do escritor, crítico literário e professor na Academia Brasileira de Letras (ABL).
De acordo com informações da coluna de Ancelmo Gois, no jornal O Globo, o Instituto São Paulo pela Democracia lançou um abaixo-assinado para que o músico seja o próximo imortal da ABL. Ainda segundo a publicação, a campanha já reúne mais de 21 mil assinaturas.
Um dos compositores brasileiros de mais prestígio, Chico Buarque já escreveu diversos livros, dentre eles "Estorvo" (1991), "Benjamim" (1995), "Budapeste" (2003), "Leite derramado" (2009) e "O irmão alemão (2014)”.
Eleito em novembro para ocupar a cadeira de número 1 da Academia de Letras da Bahia (ALB), o jornalista, escritor e professor Emiliano José (relembre aqui) toma posse nesta sexta-feira (19), às 19h. O evento ocorre de forma virtual, em decorrência da pandemia de Covid-19. A solenidade será dirigida pelo acadêmico Ordep Serra, recém-eleito presidente da entidade. Depois do discurso de agradecimento, o mais novo imortal será saudado pelo arquiabade do Mosteiro de São Bento, Dom Emanuel D’Able do Amaral, membro da Academia.
À Associação Bahiana de Imprensa (ABI), Emiliano José falou sobre a honraria de ocupar a cadeira deixada pelo historiador Luís Henrique Dias Tavares, falecido em junho passado. "A minha fala vai tentar traduzir o agradecimento e ao mesmo tempo lembrar os meus antecessores, e de modo muito especial do professor Luís Henrique Dias Tavares, provavelmente o mais importante historiador da vida baiana. Será um momento muito significativo", destaca.
"É um momento muito honroso para mim. Não foi uma luta para chegar à Academia, foi uma generosidade dos acadêmicos e acadêmicas, que me acolheram com imenso carinho", afirma. Segundo ele, o principal esforço foi do arquiabade Dom Emanuel d’Able do Amaral. Aos 74 anos de idade e com 16 livros publicados, Emiliano considera a indicação um reconhecimento de sua trajetória como jornalista e escritor. Ele tinha 28 anos quando chegou como “foca” à redação do jornal Tribuna da Bahia, sua primeira casa, anos depois de deixar a prisão no período da ditadura.
O professor contribuiu para formação de gerações de jornalistas e escritores baianos, por sua atuação de mais de 20 anos na Faculdade de Comunicação da UFBA (Facom). "Chego à Academia graças ao jornalismo. Agradeço profundamente ao mundo do jornalismo, aos meus colegas e minhas colegas, aqueles que conviveram comigo e me ensinaram, deram o caminho das pedras. Eu fico muito comovido ao lembrar que essa trajetória é devida principalmente aos amigos e amigas jornalistas, que me deram régua e compasso", afirma Emiliano José.
Os relatos sobre os quatro anos que passou sob custódia do Estado - governado na época pelo regime militar -, das torturas sofridas e todo o percurso na clandestinidade política são alguns dos fatos que o autor baiano Emiliano José traz na autobiografia "O Cão Morde a Noite".
"Ele nasceu de uma iniciativa minha de ir, ao dia-dia, durante quase dois anos, publicando nas redes sociais como uma novela. É uma autobiografia que pega da minha infância, até o momento da minha saída da prisão. Cobre desde 1946 a 1974, quando concluí os quatro anos de prisão".
Nas mais de 400 páginas do livro, editado pela EDUFBA, memórias pessoais de um passado não tão distante vêm à tona e se cruzam com a história amigos com quem Emiliano José compartilhou momentos de luta. Alguns destes companheiros, assim como ele, também foram torturados.
"Eu percorro a trajetória, mas esse percurso nunca é solitário. É com muita gente, com circunstância, com a conjuntura, com muitos companheiros que viveram comigo e às vezes mais longamente, como é o caso do Theodomiro Romeiro dos Santos", conta Emiliano, citando o caso do primeiro civil condenado à pena de morte no período republicano Brasileiro, com base na Lei de Segurança Nacional.
"Conto da minha infância com detalhes, da minha juventude, a chegada à luta revolucionária, da minha militância, chego à minha prisão aqui na Bahia, passo pela tortura - essa é a primeira vez que conto em detalhes como foi minha tortura - e depois eu detalho o que foi a Galeria F na penitenciária Lemos de Brito", descreve.
Capa do novo livro de Emiliano José | Foto: Divulgação
Questionado sobre como a escrita pode ter funcionado para ele como uma forma de expôr seus traumas de alguma maneira mais sutil para si mesmo, ele comenta que começou a escrever sobre o tema há cerca de 20 anos, quando, ainda no jornal A Tarde, escrevia relatos sobre a ditadura militar. "Ali eu comecei a falar sobre a tortura."
"Quando li [pela primeira vez], publicado no jornal, o meu relato sobre a minha tortura, levei um choque", conta o escritor. "São feridas, eu costumo dizer isso, que não fecham. Elas estão lá, no nosso corpo e na nossa alma", comenta, dizendo que estas questões se relacionam com a condição humana e suas emoções.
Durante a conversa, por telefone, Emiliano também lembra de autores como Rachel Rosenblum, que falam sobre regimes autoritários e rememoração de momentos traumáticos. "Talvez a minha catarse, meu enfrentamento, seja contar, falar as coisas", revela.
Emiliano também opina sobre atitudes que neguem ou questionem a atuação da mão armada do Estado brasileiro contra opositores do regime instaurado no país com o golpe de 1964, como a ocasião em que o presidente Jair Bolsonaro pôs em dúvida as torturas sofridas pela ex-presidente Dilma Rousseff (entenda aqui).
"Me sinto enojado e indignado. O sujeito [Bolsonaro] simultaneamente é um farsante - ele sabe que ocorreu - e um covarde. Aliás, essa é a marca das ditaduras, elas são constituídas de covardes. Não houve combate, eles mataram centenas e centenas de pessoas na tortura", dispara Emiliano, argumentando que há uma frustração do presidente por não ter atuado diretamente nos atos de tortura de presos políticos. "Estou no combate contra este cidadão", completa.
Emiliano no lançamento da biografia de Waldir Pires | Foto: Divulgação
Aos 74 anos, Emiliano acumula uma história repleta de livros, ocupações e outros rótulos. Ele é autor de outras 15 obras literárias, foi deputado, além de ter atuado como jornalista e professor. Agora ele carrega o título de imortal. Acolhido pela Academia de Letras da Bahia (ALB), a mesma que já prestigiou nomes como João Ubaldo Ribeiro e Rui Barbosa, ele será empossado em março como o ocupante da cadeira de número 1.
"O Cão Morde a Noite" será lançado em fevereiro, através de um evento virtual. O prefácio do livro é do reitor da Universidade Federal da Bahia (UFBA), João Carlos Salles, e a apresentação é do jornalista baiano Adilson Borges.
O escritor Ignácio de Loyola Brandão é o novo imortal da Academia Brasileira de Letras (ABL). Por unanimidade, ele foi eleito nesta quinta-feira (14), para a cadeira 11, que antes era ocupada pelo jurista Helio Jaguaribe. Havia outros 11 candidatos.
Brandão fez carreira no jornalismo e sua estreia literária foi em 1965, com o livro de contos "Depois do Sol". Seus trabalhos de destaque foram os romances "Zero" (1975), censurado na ditadura militar e publicado primeiro na Itália, onde vendeu cerca de 900 mil exemplares, e "Não Verás País Nenhum" (1981), seu best-seller, com 1 milhão de cópias comercializadas.
Após uma década sem publicar ficção, o escritor lançou no ano passado o romance "Desta Terra Nada Vai Sobrar a Não Ser o Vento Que Sopra Sobre Ela". O livro é ambientado em um futuro incerto e retrata, por meio de viagens de Felipe e Clara, os protagonistas, um Brasil caótico, com 1.080 partidos políticos.
A candidatura de Loyola Brandão ganhou força quando a ABL reconheceu a trajetória literária do escritor com o Prêmio Machado de Assis, em 2016. Na época, as pessoas especularam se estava na hora dele se candidatar a uma vaga na Academia Brasileira de Letras, mas só decidiu participar este ano.
A Academia Brasileira de Letras (ABL) anunciará, na tarde desta quinta-feira (30), o nome de seu mais novo membro, que ocupará a cadeira de número 7, substituindo o cineasta Nelson Pereira dos Santos, morto em abril deste ano. A lista de candidatos é encabeçada por Conceição Evaristo, nome defendido pelos movimentos negro e feminista, que têm se mobilizado nas redes sociais e já reunem mais de 18 mil assinaturas em uma petição em apoio à escritora. Além dela, figuram na lista de candidatos Carlos Diegues, Pedro Corrêa do Lago, Raul de Taunay, Remilson Soares Candeia, Francisco Regis Frota Araújo, Placidino Guerrieri Brigagão, Raquel Naveira, José Itamar Abreu Costa, José Carlos Gentili e Evangelina de Oliveira.
Os ocupantes anteriores da cadeira 7 foram: Valentim Magalhães (fundador) – que escolheu como patrono Castro Alves –, Euclides da Cunha, Afrânio Peixoto, Afonso Pena Júnior, Hermes Lima, Pontes de Miranda, Dinah Silveira de Queiroz e Sergio Corrêa da Costa.
O escritor e professor Nelson Cerqueira tomará posse, nesta quinta-feira (11), da cadeira nº 4 da Academia de Letras da Bahia, posto que antes era ocupado por Geraldo Machado e tem como patrono Sebastião da Rocha Pita. A cerimônia de posse acontece a partir das 20h, no Palacete Góes Calmon - sede da instituição literária -, situado no bairro de Nazaré, em Salvador, com saudação do acadêmico Joaci Góes. Nelson Cerqueira é graduado em Língua e Literatura Alemã pela Universidade Federal da Bahia (Ufba), professor colaborador do Programa de Pós-graduação da Faculdade de Direito da Ufba, autor, co-autor e organizador de vários livros no campo da literatura, estética, filosofia e tecnologia, tendo publicado artigos em jornais e revistas nacionais e internacionais.
Cabral de Mello é um dos maiores historiadores do país, especialista em História regional e no período de domínio holandês em Pernambuco no século XVII, assunto sobre o qual escreveu vários livros, como “Olinda restaurada” (1975), “Rubro veio” (1986) e “O negócio do Brasil” (1998). Ele é também irmão de um ex-acadêmico ilustre, o escritor João Cabral de Melo Neto (1920-1999).
Curtas do Poder
Pérolas do Dia
Ciro Nogueira
"A única pessoa que não pode perder essa próxima eleição é o Bolsonaro, e ele não vai arriscar. Tire as conclusões. O Tarcísio é candidato, se tiver o apoio do Bolsonaro. O Lula nem disputa com o Tarcísio".
Disse o presidente nacional do Progressistas (PP), senador Ciro Nogueira (PI) ao afirmar que Jair Bolsonaro (PL) só deveria anunciar um nome para concorrer às eleições presidenciais de 2026.