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A administradora do Hospital Luís Eduardo Magalhães [HRDLEM], em Porto Seguro, na Costa do Descobrimento, teve o contrato suspenso com o governo do estado. A decisão foi tomada nesta terça-feira (30). Com isso, o Instituto de Gestão e Humanização (IGH), então responsável pela unidade, deixa de fazer administração do local.
Segundo a Secretaria de Saúde do Estado (Sesab), a medida se deve após verificar dificuldades da organização social em manter a capacidade operacional diante da alta demanda de atendimentos.
Ainda segundo a pasta, relatórios de monitoramento apontaram superlotação frequente na emergência, atrasos em cirurgias, além de falta de insumos e medicamentos, fatores que comprometeram a qualidade do atendimento.
A secretaria também disse que, segundo a classificação de risco, cerca de 52% dos pacientes atendidos na emergência poderiam ser tratados na Atenção Primária dos municípios da região, sendo a maioria dos casos vindos de Porto Seguro e Santa Cruz de Cabrália.
Em relação ao risco de pacientes de obstetrícia ficarem sem atendimento, a Sesab informou que não haverá mudanças no serviço, ficando a situação dependente dos ajustes dos fluxos da mudança de gestão.
Diante do encerramento do contrato com IGH, a secretaria convocou o Instituto Setes, que ficou em segundo lugar no último processo seletivo, para assumir a gestão a partir de 1° de novembro.
A transição ocorrerá entre 1° e 31 de outubro, com acompanhamento de uma comissão técnica. O objetivo, acrescenta a pasta, é estabilizar o funcionamento do hospital, reduzir a superlotação, garantir o fornecimento de insumos e reorganizar os fluxos internos.
Com 152 leitos e mais de 900 funcionários, o HRDLEM é referência em média e alta complexidade no Extremo Sul da Bahia, com serviços de urgência e emergência clínica, cirúrgica, obstétrica, oncológica e ortopédica, além de internações e consultas ambulatoriais.
O Hospital Regional Deputado Luís Eduardo Magalhães (HRDLEM), única unidade de referência para gestação de alto risco e com UTI Neonatal em Porto Seguro, no extremo sul da Bahia. Um alerta interno revelado pelo Radar News, parceiro do Bahia Notícias, indicou que o serviço de assistência obstétrica de alta complexidade poderia ser suspenso a partir desta quarta-feira (01), caso o quadro de profissionais não fosse recomposto.
O hospital é administrado pelo Instituto de Gestão e Humanização (IGH) e pertencente ao Governo do Estado, a unidade necessitaria de, no mínimo, dois obstetras por turno de 24 horas, mas contaria com apenas sete profissionais atualmente.
Em nota enviada ao Bahia Notícias, o IGH procurou tranquilizar a população, confirmando que houve o envio de um e-mail interno de um médico alertando a direção sobre a limitação do quadro e o possível impacto no fluxo de atendimento a partir de 1° de outubro.
O IGH garantiu que está "trabalhando para mitigar quaisquer dificuldades operacionais e que busca ativamente a contratação de médicos de outras regiões, reconhecendo a dificuldade na oferta dessa especialidade" na Bahia. Além disso, o Instituto em nota negou a falta de insumos, medicamentos ou materiais para a realização dos atendimentos, apesar dos relatos de problemas estruturais.
A crise na obstetrícia soma-se a problemas constantes enfrentados pelo HRDLEM, que tem recebido mais de R$ 20 milhões anuais repassados pelos oito municípios conveniados. Há relatos de falta de remédios, alimentação de baixa qualidade, corredores lotados e atrasos nos salários dos profissionais.
Leia a nota na íntegra:
"O Instituto de Gestão e Humanização (IGH) vem a público esclarecer informações divulgadas recentemente sobre o Hospital Regional Deputado Luís Eduardo Magalhães:
1. Esclarecimento sobre comunicado interno;
Não houve emissão de “nota oficial” por parte do corpo clínico. O que ocorreu foi o envio de um e-mail interno de um médico aos seus superiores, alertando sobre a redução de profissionais na escala de obstetrícia em detrimento de limitação de saúde e por mudança de residência, com isso, o
Impacto para execução da escada do referido serviço.
O comunicado reforça que, caso essa situação não seja readequada até o dia 01 de outubro, existirá um
impacto quanto ao atendimento ao fluxo de pacientes obstétricos, porém, neste momento, estamos trabalhando para mitigar quaisquer dificuldades operacionais.
2. Materiais e insumos em quantidade adequada;
É importante ressaltar que não há falta de insumos, medicamentos ou materiais para a realização dos atendimentos. O hospital mantém seus estoques regulares e está preparado para continuar prestando serviços à população.
Existe um contínuo monitoramento de dispensação de materiais e medicamentos, a fim de que a utilização dos recursos sejam aplicados de forma responsável e eficiente.
3. Atendimento mantido mesmo diante da superlotação;
Apesar da superlotação recorrente, o hospital segue atendendo e acolhendo todos os pacientes, reafirmando seu compromisso com a assistência à saúde pública.
4. Medidas imediatas para recomposição da equipe;
O IGH informa que já está buscando médicos de outras regiões para suprir o quadro da obstetrícia, garantindo a continuidade dos serviços de alta complexidade e reforçando a qualidade no atendimento.
Outrossim , esclarece que a especialidade médica em questão, tem sido limitante sua oferta em diversos estados no país, não sendo diferente na Bahia. Contudo, os esforços envidados são voltados para contemporizar o déficit vivenciado momentaneamente.
5. Compromisso com a população e a transparência;
O IGH permanece empenhado em assegurar assistência integral e de qualidade. Qualquer alteração significativa no padrão de atendimento será comunicada de forma clara e responsável à sociedade e aos órgãos competentes", termina a nota oficial.
A Secretaria Municipal da Saúde de Feira de Santana sinaliza uma nova diretriz na gestão dos serviços, priorizando a contratação de empresas somente com comprovada experiência e reputação no mercado. Essa mudança se evidencia com a recente saída da empresa IGI (Instituto de Gestão Integrada) do rol de prestadores do município.
A IGI, anteriormente conhecida como IMEGI, carregou consigo um histórico problemático marcado por envolvimento em escândalos de corrupção. Em 2019, a empresa foi protagonista na Operação Kepler da Polícia Federal, que investigou um esquema de superfaturamento, desvio de recursos, fraude a licitações e lavagem de dinheiro.
Anteriormente, em 2016, a IGI também foi alvo da Operação Copérnico, sob as mesmas acusações, quando prestava serviços ao Instituto Médico Cardiológico da Bahia (IMCBA). A decisão da Secretaria de Saúde de Feira de Santana de não manter a IGI entre seus prestadores demonstra um compromisso com a qualidade e a transparência na gestão dos recursos públicos destinados à saúde da população.
Para o lugar da empresa, foi contratado o Instituto de Gestão e Humanização (IGH), responsável por administrar de unidades de saúde na Bahia, como o Hospital Regional Deputado Luís Eduardo Magalhães (HRDLEM), em Porto Seguro, e a Maternidade Prof. José Maria de Magalhães Netto, em Salvador, e em Goiás, com ampla experiência no mercado.
A Maternidade Prof. José Maria de Magalhães Netto, da Secretária de Saúde do Estado da Bahia (Sesab) e do Instituto de Gestão e Humanização (IGH), é alvo de denúncias e críticas por pacientes e funcionários. Isso, por conta de má condições enfrentadas pela população que necessita de algum tipo de atendimento na unidade de saúde, localizada no bairro do Pau Miúdo, em Salvador.
De acordo com relatos feitos ao Bahia Notícias, ares-condicionados da UTI adulto e do centro cirúrgico do local estão quebrados e sem previsão de conserto. Até as Unidades de Terapia Intensiva, onde bebês ficam também não tem equipamentos de refrigeração, onde aparelhos no formato “split” estão sendo utilizados de forma improvisada.
“Desde janeiro que está muito complicado, faltando tudo. Insumos, materiais do almoxarifado entre outros. Semana passada queimou o ar-condicionado geral, e agora só tem ar condicionado nos locais que têm split, ou aquele de gaveta. Os locais que têm ar geral estão sem ar-condicionado. Hoje a UTI materno, que é a UTI adulto está sem ar condicionado desde a semana passada. Então assim está muito quente. O centro cirúrgico e o centro obstétrico estão sem ar condicionado”, revelou uma funcionária do local que preferiu não se identificar por medo de represálias.
Outro relato é a respeito da alimentação ofertada pela maternidade da Sesab. Segundo a colaboradora, a comida da unidade ficou limitada por um tempo para pacientes e funcionários, onde eles só tinham na alimentação ovo como proteína para comer.
“Acredite, a gente comeu ovo mexido. Eles tiraram primeiro a sobremesa, depois tiraram o suco e depois a farinha. Tínhamos até duas opções de jantar e depois só tínhamos uma. A comida começou a decair e ficar ruim. Após tudo isso chegou no ovo mexido. Quando chegou nesse estado foi um caos aqui, até para o paciente comer foi o ovo mexido também”, apontou.
Além disso, diferentes materiais estavam sendo utilizados para substituir objetos que estavam em falta na maternidade.
“Não tem um tipo de agulha e pede outro, não tem um tipo de gases e coloca outro. Eles estão fazendo assim, não tem uma e coloca outra no lugar. Estão substituindo, pois isso aí sempre está acontecendo. Eles não explicaram e não alegaram nada”, afirmou a profissional da unidade ao BN.
FÉRIAS SUSPENSAS
Uma segunda profissional que atua na José Maria de Magalhães Netto também relatou os problemas de calor e alimentação enfrentados por pacientes e funcionários.
“É impossível operar naquela maternidade. A gente fica 100% lotado, não tem condições da gente trabalhar no calor daqueles. Os pacientes só faltam bater nos funcionários porque eles ficam com calor. A gente também não tem o que fazer. [...] Ficamos comendo ovo frito e ovo cozido, e ainda restrito. A alimentação estava um verdadeiro caos. Só estava tendo arroz, feijão e ovo. Para o paciente era muito pior. Tinha paciente diabética que a dieta subia fora do horário, bem tarde. Não tinha outra opção para ela comer, era a mesma coisa que a gente. Não tinha proteína, não tinha salada, não tinha suco”, contou a colaboradora que preferiu não se identificar por medo de demissão.
Outro descaso pontuado é acerca das férias de funcionários. Segundo a profissional, pedidos de férias estão suspensos e o aviso da suspensão não foi comunicada de forma oficial.
“Nossas férias estão suspensas, estamos sem direito a férias por tempo indeterminado e a empresa não diz o motivo pelo qual suspendeu. Sabemos que é uma questão de valores, os funcionários que saíram de férias esse mês de março foram receber próximo do dia 10, dois dias antes e o restante está com férias suspensas, sem previsão de quando vão tirar”, explicou.
“Na outra vez que aconteceu isso eles mandaram informativo, porém, agora as coordenações foram orientadas a chamar os funcionários um a um e informar que as férias estão suspensas. Não enviaram nada oficial para que ninguém tenha algo por escrito e a gente não tenha uma prova de que as férias estão suspensas”, detalhou.
Outro caso é a respeito do não pagamento do piso salarial. Segundo a colaboradora, o pagamento não está sendo efetuado da maneira correta.
“Estamos passando por situações de calamidade lá na maternidade. Sofrendo com o nosso piso salarial que não é pago. O que a gente recebe é um retroativo que vem cheio de descontos. E aí a gente ainda está tentando recorrer para ver como é que resolve, mas queixas tem muitas. O piso já é lei, era para gente receber pela gestão de lá. Quando o repasse é feito, eles têm 72 horas para pagar a gente. Só que eles só pagam bem depois. Só pagam quando eles querem”, informou.
“O nosso repasse, o valor do técnico era para ser R$1.166. O que acontece é que o IGH tira o FGTS, tira as férias, que a gente acha que não é legal ter esses descontos. Quando os funcionários recebem é R$ 797”, completou.
Em nota ao BN, o IGH disse que, sobre os aparelhos de ar condicionado, o "Instituto de Gestão e Humanização – IGH explica que uma manutenção de grande porte no setor elétrico da Maternidade José Maria de Magalhães vem afetando a climatização de alguns setores. É importante destacar que o conserto requer alterações estruturais complexas, o que impacta agilidade da resolução".
"Mas é importante destacar que as equipes estão empenhadas para agilizar a obra. Os transtornos são passageiros e as melhorias vão proporcionar mais comodidade para os usuários. O IGH esclarece ainda que conta equipe preparada de nutricionistas para validar criteriosamente as refeições dos pacientes e funcionários. Todas são cuidadosamente preparadas com elementos nutricionais afim de proporcionar uma alimentação saudável e equilibrada", apontou em nota.
A Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (Sesab) e o Instituto de Gestão e Humanização (IGH) estão sendo acusados de atrasos salariais de médicos e não abastecimento de insumos básicos no Hospital Luiz Eduardo Magalhães (HDLEM), na cidade de Porto Seguro, na região da Costa do Descobrimento, no interior baiano.
As denúncias contra a secretaria e o IGH, responsável por fazer a gestão da unidade de saúde, foram feitas por alguns dos médicos que atuam no local, a reportagem do Bahia Notícias. Um dos profissionais, que preferiu não se identificar, revelou que médicos de todas as especialidades não receberam os salários do mês de janeiro e de fevereiro.
“ A gente está hoje com janeiro e fevereiro em atraso. Janeiro não foi pago e fevereiro vence hoje, mas provavelmente não vamos conseguir receber hoje [quarta-feira]”, relatou.
O profissional contou também que os problemas estariam acontecendo no local, por conta de uma possível licitação da Sesab para passar a gestão do hospital para outra empresa.
“Pelo que é relatado isso decorre de uma nova licitação, que o hospital é gerido por uma empresa terceirizada e dessa forma o estado repassa o dinheiro para empresa terceirizada. Este contrato já teria sido encerrado e está em trâmite de licitação. Os outros sempre ocorreram, agora, a justificativa maior seria essa”, explicou.
Já outra fonte que também trabalha no local e não quis se identificar, afirmou ainda que há falta de medicamentos básicos e simples, a exemplo de gases, ataduras e até materiais simples de escritório.
“São materiais muito básicos, por exemplo, atadura, gases, equipamentos de na UTI, que é importante para fazer algumas medicações para pacientes críticos. Ontem começou a faltar anti-inflamatório. Falta também papel, materiais de antissepsia, materiais do bloco cirúrgico, roupas estão faltando com muita frequência, as roupas que os funcionários usam dentro do centro cirúrgicas, entre outros”, revelou.
O profissional indicou que o problema seria ainda decorrente de uma fragilidade da rede estadual de saúde.
“É importante ressaltar e deixar claro que a empresa terceirizada sempre trabalha sufocada. Esses problemas geralmente são do estado. Todas as empresas que passam por aqui enfrentam esses mesmo problemas. O estado que não efetua o repasse da maneira correta e tem essas dificuldades”, esclareceu.
O corpo médico do hospital, através do Sindicato dos Médicos do Estado da Bahia (Sindimed), divulgou nesta quarta-feira (20) uma nota de repúdio contra o caso.
No documento, acessado pela reportagem do Bahia Notícias, foi indicado uma série de irregularidades que estariam sendo praticadas pelo o IGH em conivência com a Sesab.
Além do salário atrasado, foi apontado que esses profissionais enfrentam a falta de importantes produtos para o tratamento dos pacientes. Foi alegado que existe um atraso na esterilização de materiais e no fornecimento de roupas cirúrgicas, o que pode prejudicar os procedimentos médicos no local.
“Estamos em meados de março e ainda sem receber os salários de janeiro. Além disso, ainda mais grave, estamos lidando com a falta de insumos básicos, tais como medicamentos essenciais para o tratamento dos pacientes e diversos produtos necessários para a realização de cirurgias importantes, sobretudo para situações de urgência e emergência. Em vários momentos há o atraso para a esterilização de materiais e para a disponibilização de roupas cirúrgicas, sem os quais não é possível realizar cirurgias. Cada dia de trabalho é uma batalha para conseguir esses itens”, disse o documento produzido pelos médicos.
O grupo informou ainda que por conta do problema, os corredores do hospital estão abrigando pacientes que esperam por atendimento. Outra situação enfrentada pelos profissionais é acerca da escassez de papel e impressoras para a prescrição de pacientes, além de outros materiais necessários para os atendimentos.
“Como resultado, os corredores estão lotados de pacientes esperando por procedimentos. Chegamos ao ponto vergonhoso de termos escassez até de papel e impressoras para prescrever os pacientes, materiais indispensáveis para a celeridade no atendimento, uma vez que nosso sistema é informatizado”, descreve a nota dos profissionais.
A Sesab informou que não iria se pronunciar sobre o assunto e que o IGH deveria se posicionar. Já o IGH comunicou que "os valores estarão disponíveis nas contas dos colaboradores até o final da tarde desta quarta-feira (20/3)".
Após a Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab) instalar sindicância para apurar denúncias de irregularidades no pagamento a categorias do setor saúde e o grupo de enfermagem do Hospital Geral do Estado (HGE), o Instituto de Gestão e Humanização (IGH) disse que se reuniu com o presidente do SEEB na última segunda-feira (22) para quitar os atrasos no pagamento.
A informação da entidade chega após os profissionais realizarem manifestação no Hospital Geral do Estado (HGE), na manhã desta quarta-feira (24). Em nota enviada ao Bahia Notícias, o IGH comunicou que fez um acordo em conjunto com a Sesab e que a compensação da ordem bancária deve acontecer até a tarde desta quinta-feira (25).
A organização disse ainda que irá encaminhar as outras demandas solicitadas pela categoria.
Confira nota na íntegra:
“O Instituto de Gestão e Humanização (IGH) esclarece que se reuniu com o presidente do SEEB na última segunda-feira (22/1) para quitar todas as pendências e encaminhar todas as demandas abordadas pela categoria. Com total entendimento de reafirmar o compromisso com os colaboradores da unidade de saúde referida, o IGH acordou junto à Secretaria Estadual da Saúde (Sesab) o crédito das faturas de contrato na tarde desta terça (23), portanto, a compensação da ordem bancária, cujo tempo previsto são de 48 horas, acontecerá até a tarde desta quinta-feira (25). Vale salientar que o IGH preza pela lisura nas obrigações contratuais, respeita as manifestações por direito dos trabalhadores e mantém o reconhecimento a uma categoria fundamental para os trabalhos dentro das estruturas organizacionais das unidades de saúde administradas”, diz o documento.
A Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab) abriu sindicância nesta terça-feira (23) contra o Instituto de Gestão e Humanização (IGH). O objetivo da sindicância é investigar as denúncias de irregularidades no cumprimento das obrigações trabalhistas e acordos com as categorias do setor saúde, em especial, o grupo de enfermagem.
A medida da pasta chega após enfermeiros e fisioterapeutas relatarem atraso salarial e irregularidades trabalhistas. Uma funcionária que preferiu não se identificar, relatou à reportagem do Bahia Notícias, que o atraso já acumula dois meses.
“Eles já tinham feito isso anteriormente e ficaram se arrastando por oitos meses na época do São João. Mas chamamos a imprensa e eles resolveram. Agora, este problema voltou novamente e já estamos na boca do Carnaval, mas isso [o atraso] ainda continua. Eles [IGH] não estão pagando os funcionários, dizendo que a Sesab não está pagando a eles. Disseram que o Governo do Estado passou metade do valor e eles pagaram só uma parcela dos funcionários, que foram os técnicos de enfermagem, e ficaram psicólogos, enfermeiros, fisioterapeutas, assistentes sociais sem receber. Até hoje não recebemos”, afirmou.
A Sesab informou ao BN que todas as organizações sociais e prestadores de serviços de enfermagem, incluindo o IGH, receberam os recursos federais para o pagamento aos profissionais.
A pasta informou que a organização já tinha sido anteriormente notificada administrativamente para realizar o pagamento ao quadro de colaboradores da enfermagem, contudo não regularizou em tempo oportuno.
“Adicionalmente há relatos de atrasos consecutivos no pagamento de salários. Diante de tal cenário, a organização social será convocada a prestar esclarecimentos, cujos desdobramentos possíveis vão desde sanções administrativas a medidas judiciais, a exemplo de ser considerada inidônea, o que impossibilita a realização de quaisquer contratos com o Governo do Estado”, diz a nota da Sesab.
Por conta da situação a categoria realizou na manhã de hoje um protesto por conta dos atrasos salariais. Já o IGH ainda não se pronunciou sobre o assunto.
Curtas do Poder
Pérolas do Dia
Mauro Vieira
"Apresentamos nossas propostas para a solução das questões. Agora estamos esperando que eles nos respondam".
Disse o ministro das Relações Exteriores Mauro Vieira, ao comentar que o governo brasileiro espera, nos próximos dias, a resposta dos Estados Unidos a uma proposta de “mapa do caminho” apresentada por Brasília para orientar as negociações destinadas a solucionar pendências comerciais entre os dois países.