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hidrogenio
Os governos do Brasil e do Reino Unido iniciaram uma parceria para promover a descarbonização da indústria, ação considerada essencial para a preservação ambiental. O acordo foi revelado neste domingo (08) pela Agência Brasil após intensas negociações na COP29.
O acordo visa viabilizar a transição para fontes de energia limpa, incluindo minerais estratégicos e hidrogênio de baixo carbono. A cooperação foi formalizada na COP29, realizada em Baku, no Azerbaijão, em novembro, e será discutida novamente na COP30, em Belém no próximo ano.
Segundo Clovis Zapata, economista e representante da Organização das Nações Unidas para o Desenvolvimento Industrial (UNIDO) no Brasil, um dos maiores desafios para a descarbonização no país é desenvolver modelos de negócios que difundam tecnologias de baixo carbono, sem comprometer o crescimento econômico. Ele destaca que setores como aço, cimento e petroquímicos, cujos processos industriais são mais difíceis de descarbonizar, exigem atenção especial.
A parceria entre os dois países busca atrair investimentos técnicos e financeiros nacionais e internacionais para apoiar projetos e políticas públicas de descarbonização. O Reino Unido, com sua experiência em tecnologias inovadoras e políticas públicas de descarbonização, contribuirá com financiamento climático.
De acordo com Zapata, essa colaboração complementa iniciativas já reconhecidas do Brasil, que se destaca no uso de energias renováveis e biocombustíveis. Ele acredita que a cooperação entre os dois países pode servir como um modelo para outras nações do Sul Global, que enfrentam desafios semelhantes aos do Brasil.
O "Hub de Descarbonização Industrial", já em funcionamento, foi criado para promover projetos e estudos estratégicos, com chamadas públicas abertas pela UNIDO. Além disso, um dos desafios é o descarte de tecnologias usadas para gerar energia limpa, como solar e eólica. O representante da UNIDO ressaltou que, em 2025, o Brasil deverá implementar um projeto de cooperação para melhorar o sistema de tratamento e reciclagem de materiais e metais críticos, com base em práticas já adotadas pelo Reino Unido e pela União Europeia
Deve ser votado no próximo dia 24 de outubro, na Comissão Especial de Transição Energética e Produção de Hidrogênio da Câmara, o relatório preliminar do deputado Bacelar (PV-BA) ao projeto do marco legal da produção e uso do hidrogênio de baixo carbono. O deputado apresentou a minuta do seu relatório após audiência pública realizada na última terça-feira (10), na Comissão.
O relatório preliminar apresentado por Bacelar enfatiza a necessidade da criação, no Brasil, de uma estrutura de governança, certificação, taxonomia e incentivos para o setor. O parlamentar baiano também propõe a implementação do Programa de Desenvolvimento do Hidrogênio de Baixo Carbono (PHBC), com o objetivo de integrar o produto na matriz energética nacional, utilizando a infraestrutura existente e promovendo a pesquisa científica.
“O nosso relatório preliminar aponta caminhos para a nova economia brasileira, para a nova industrialização do nosso País, com uso de baixo carbono e em defesa do meio ambiente”, disse o deputado Bacelar.
Outro ponto apresentado pelo deputado em seu relatório foi a introdução do Regime Especial de Incentivos para a Produção de Hidrogênio de Baixo Carbono (Rehidro) que, segundo Bacelar, baseia-se em cinco pilares: desoneração de capex e opex, redução da Cide-Remessas, benefícios fiscais, e a emissão de debêntures incentivadas, aplicáveis a empresas e Zonas de Processamento de Exportação (ZPEs).
Quanto à regulamentação, a ANP será responsável por manter as autorizações de produção existentes. Bacelar ainda ressalta no documento a necessidade de um “sandbox regulatório” para acompanhar a evolução tecnológica constante, permitindo uma resposta flexível e menos burocrática a inovações e novos arranjos produtivos.
A Comissão Especial de Transição Energética e Produção de Hidrogênio foi criada pelo presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), em atendimento a um pedido do deputado Bacelar. O parlamentar baiano argumenta que o mundo, para atingir os propósitos do Acordo de Paris de reduzir a emissão de gases de efeito estufa, vai precisar descarbonizar o seu sistema energético, o que, segundo ele, terá grande influência na economia, especialmente na indústria e no transporte.
Com o seu relatório e o avanço da votação do projeto nas duas casas do Congresso, o deputado disse acreditar que o Brasil estará dando um importante passo na direção da transição energética e da produção de hidrogênio verde.
“Além de contribuir para que o ambiente seja um ambiente preservado e sustentável, além de colocar o Brasil na liderança mundial da produção de energia limpa, da produção de energia verde, esse projeto trará emprego, renda e desenvolvimento para o Brasil. Poderemos participar e liderar a grande transformação industrial do mundo. Poderemos produzir aqui combustível verde, gás à base do hidrogênio verde para a aviação, fazendo uma verdadeira revolução”, destacou Bacelar.
Após a apresentação do relatório, o presidente da comissão, deputado Arnaldo Jardim (Cidadania-SP), afirmou que vai aguardar sugestões de ajustes no texto até o próximo dia 23, para colocá-lo em votação no dia seguinte. O tema também é analisado no Senado e faz parte de outros projetos de lei da Câmara.
Curtas do Poder
Pérolas do Dia
Capitão Alden
"Estamos preparados, estamos em guerra. Toda e qualquer eventual postura mais enérgica, estaremos prontos para estar revidando".
Disse o deputado federal Capitão Alden (PL) sobre possível retirada à força da obstrução dos apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no Congresso Nacional.