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governo jeronimo rodrigues
Após ter saído derrotada na eleição municipal do ano passado em Ilhéus, a ex-secretária de Educação da Bahia, Adélia Pinheiro (PT), ganhou um novo cargo na gestão de Jerônimo Rodrigues (PT). A petista foi nomeada para o posto de Assistente Especial, lotada no quadro especial da Casa Civil, com atuação direta no gabinete do governador.
Com o resultado das urnas em 2024, havia a expectativa que Adélia fosse alocada em uma secretaria do governo, mas seu retorno para a Educação foi descartado. À época, o ajuste especulado nos bastidores apontava a saída de Roberta Santana da Secretaria de Saúde, abrindo espaço para que Adélia retornasse ao posto - ela comandou a Sesab no governo Rui Costa (PT).
No novo desenho, Roberta passaria a ocupar a chefia da Casa Civil de Jerônimo no lugar do deputado federal Afonso Florence (PT). O movimento, no entanto, não foi concretizado.
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Adélia também tem passagens na Secretaria Estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação do Estado (Secti) e foi reitora por duas gestões consecutivas na Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc).
A nova assistente especial é professora concursada da Uesc, além de ser graduada em Medicina pela UFBA; mestre em Saúde Coletiva pela mesma instituição e doutora em Saúde Pública pela Universidade de São Paulo (USP).
Os primeiros "reparos" na gestão do governador Jerônimo Rodrigues (PT) podem acontecer antes da administração completar um de administração. O entorno do gestor estaria propondo uma troca na Casa Civil, com a saída do deputado federal Afonso Florence (PT) e alterando a configuração da pasta.
Informações obtidas pelo Bahia Notícias dão conta que o nome estudado para o posto seria o de Marcus Cavalcanti, que atua em Brasília, como secretário especial do Programa de Parcerias e Investimentos (PPI) no âmbito da Casa Civil do governo de Luiz Inácio Lula da Silva. Cavalcanti participou da transição do governo federal e chegou a ser cotado para o primeiro escalão na Esplanada dos Ministérios.
A movimentação já não seria "nova" e teria um padrinho na execução: o ministro da Casa Civil, ex-governador Rui Costa (PT). Durante os diálogos iniciais para a formação do governo Jerônimo, Rui teria sugerido que Cavalcanti assumisse a pasta homônima na Bahia, após o ex-secretário ser preterido como “número 2” do ministério, quando Lula escolheu Miriam Belchior para o posto. Com Cavalcanti na função, Rui manteria os “olhos” sobre a administração estadual - da qual, segundo aliados, o ministro insiste em não se desvencilhar.
A insatisfação também seria de ambos os lados. Haveria ainda um embate velado entre Florence e o secretário de Relações Institucionais, Luiz Caetano, pelo papel de articulação. De acordo com interlocutores da gestão, Afonso estaria se achando "escanteado" na arrumação dos cargos e como executor das atividades da Casa Civil, que, internamente, teria ficado "enfraquecida". A disposição das secretarias, incluindo a força do chefe de gabinete de Jerônimo, Adolpho Loyola, também foram pontos citados por mais de um interlocutor.
A possibilidade de mudança, todavia, ainda é considerada remota, apesar de seguir em avaliação. Outros postos na gestão estadual inicialmente estariam “salvos” de mudanças, apesar de críticas pontuais de aliados à forma como Jerônimo tem demarcado os espaços internos de poder.
A eventual saída de Florence da Casa Civil impactaria também na arrumação política do grupo. Deputado federal eleito, Afonso retornaria para a vaga em Brasília e "sacaria" o mandato de Josias Gomes (PT). O movimento deve impactar de forma direta na relação com o partido, já que após a campanha de 2022, o movimento foi orquestrado para também contemplar Josias, que ficou sem mandato.
Curtas do Poder
Pérolas do Dia
Capitão Alden
"Estamos preparados, estamos em guerra. Toda e qualquer eventual postura mais enérgica, estaremos prontos para estar revidando".
Disse o deputado federal Capitão Alden (PL) sobre possível retirada à força da obstrução dos apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no Congresso Nacional.