Artigos
O maior adversário de Lula é ele mesmo
Multimídia
Angelo Almeida avalia críticas ao sistema logístico baiano e garante: “Tudo tem o porquê da coisa”
Entrevistas
Afonso Florence garante candidatura de Lula em 2026 e crava retorno ao Congresso: “Sou parlamentar”
governador de sao paulo
O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) subiu o tom contra as críticas feitas à operação da Polícia Militar (PM) que já resultou em ao menos 39 mortes em supostos confrontos na Baixada Santista, após entidades de direitos humanos anunciarem uma denúncia contra o governo paulista na Organização das Nações Unidas (ONU), nesta sexta-feira (8/3).
“Sinceramente, nós temos muita tranquilidade em relação ao que está sendo feito. E aí, o pessoal pode ir na ONU, na Liga da Justiça, no raio que o parta, e eu não estou nem aí”, disse Tarcísio.
A declaração foi feita no desfecho de uma entrevista coletiva, em tom de desabafo, fora da forma como Tarcísio costuma se dirigir à imprensa. O governador fez uma defesa enfática da Polícia Militar, a quem classificou como “profissional”, e críticas a denúncias por supostos abusos policiais.
“Nós estamos fazendo o enfrentamento [do crime organizado] de forma profissional, de forma séria, e aí vem denúncia disso, denúncia daquilo. A gente tem que entender às vezes a situação das pessoas que estão lá, escravizadas pelo crime, ameaçadas pelo crime. Porque, oficialmente, não chega nada. Você conversa com o pessoal da Santa Casa de Santos, nenhuma informação dessa foi veiculada. Então, é uma tremenda irresponsabilidade começar a levantar esse tipo de situação sem evidência, sem lastro”, disse Tarcísio.
“Óbvio, tem uma questão de denúncia, vamos investigar. Agora, a gente precisa saber se, de fato, isso aconteceu. Não me parece ser o que está acontecendo. Não há interesse da nossa parte de confrontar alguém. Nós tínhamos lá, na Baixada Santista, uma série de barricadas que foram removidas. Locais que o poder público não entrava. A gente está reestabelecendo a ordem, e isso é importante. Não existe progresso sem ordem”, afirmou.
O governador continuou: “É uma pena que, às vezes, toda hora [sic], as pessoas queiram colocar a polícia na posição de criminosos. Não é isso. Não é isso. Esses caras estão defendendo a gente. Defendendo a sociedade, defendendo com coragem. Quem está vestindo a farda para ir lá enfrentar criminoso. E a crueldade do crime é que ninguém fala”.
As declarações foram feitas em entrevista coletiva após um evento para marcar o Dia Internacional da Mulher, na Sala São Paulo, no centro da capital. O governador disse ainda que as operações policiais em curso no Litoral, que buscam combater o crime organizado instalado ao redor do Porto de Santos, local de exportação de drogas, estavam sendo feitas em parceria com o Ministério Público e o Poder Judiciário.
“Não tem bandido na polícia. Não tem excesso. E, quando tiver excesso, esse excesso vai ser punido exemplarmente. Porque nós não vamos tolerar desvio de conduta, não vamos tolerar excesso, não vamos tolerar indisciplina, tudo a gente vai investigar. Agora, tem uma turma profissional para caramba, que está dando o máximo, dando a vida, expondo ao risco, para proteger você, me proteger, proteger a sociedade”, afirmou o governador.
Curtas do Poder
Pérolas do Dia
Jaques Wagner
"Te afianço que vamos corrigir, tanto em cima como embaixo".
Disse o líder do governo, Jaques Wagner (PT-BA), durante a discussão na Comissão de Assuntos Econômicos sobre o projeto que eleva a faixa de isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil, indicando que a faixa de cobrança dos chamados “super-ricos”, que ganham acima de R$ 600 mil, precisaria ser retificada a cada ano.