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Artigos

Italo Almeida
Medicina do Estilo de Vida: A Urgência de Ouvir o Corpo e Integrar Tratamentos
Foto: Juan Troesch/ Divulgação

Medicina do Estilo de Vida: A Urgência de Ouvir o Corpo e Integrar Tratamentos

Vivemos em um tempo em que o ritmo acelerado e a sobrecarga de funções nos afastam de nós mesmos. A pressa e o excesso de informações criam uma desconexão silenciosa com o corpo e, quando percebemos, sinais que poderiam ter sido um aviso se transformam em diagnósticos tardios. O caso recente da cantora Preta Gil ilustra bem essa realidade: sintomas como constipação e sangramentos foram ignorados por meses até que se confirmasse um câncer colorretal. A história dela não é exceção. Muitas pessoas, sem perceber, acostumam-se a conviver com dores, azia, fadiga, alterações de humor ou ansiedade, tratando apenas sintomas, sem investigar a causa.

Multimídia

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A vereadora Marcelle Moraes (União Brasil) afirmou que considera prioridade para Salvador a criação de uma casa de acolhimento voltada para protetores de animais. Segundo ela, em entrevista ao Projeto Prisma, Podcast do Bahia Notícias, o equipamento é necessário para garantir o suporte a quem cuida dos bichos e enfrenta dificuldades por conta da atividade.

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Léo Prates define “desgaste” de Lula e do PT como trunfos e projeta chapa da campanha de oposição em 2026

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Foto: Igor Barreto / Bahia Notícias
O parlamentar afirmou, em entrevista ao Bahia Notícias, que “as condições atuais são melhores do que há quatro anos”, quando o grupo foi derrotado pela chapa do Partido dos Trabalhadores, em 2022. 

glauber braga

Glauber Braga conta bastidores da cassação, greve de fome e futuro da esquerda brasileira; confira entrevista
Foto: Igor Barreto / Bahia Notícias

O caso da cassação do mandato de Glauber Braga (Psol-RJ) na Câmara dos Deputados ganhou notoriedade nacional nos últimos meses, dividindo opiniões, principalmente após o parlamentar realizar uma greve de fome e dormir no Congresso durante o processo. A estratégia lhe deu um prazo maior para realizar a sua defesa de manutenção do mandato, após comoção do atual presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB).

 

Depois de ganhar “gordura” no processo, Braga anunciou que faria manifestações ao redor do país a fim de reunir apoiadores e pressionar o Congresso na decisão de sua cassação. Nesta quinta-feira (15), Glauber esteve em Salvador e concedeu uma entrevista exclusiva nos estúdios do Bahia Notícias, contando bastidores da polêmica decisão da greve de fome, expectativas para a manutenção do mandato e o futuro da esquerda do Brasil. 

 

A ENTREVISTA 

O deputado Glauber Braga iniciou a entrevista contando sobre suas expectativas em relação a uma possível cassação estarem bastantes positivas, por conta da pressão sofrida pelos parlamentares ligados ao deputado Arthur Lira (PP-AL), apontado como o principal responsável pela possível cassação do psolista. 

 

O deputado apontou o processo como uma mistura de vingança contra ele feita pelo ex-presidente da Câmara, além de uma espécie de mensagem para os outros parlamentares. Glauber é o responsável pela denúncia apresentada ao Supremo Tribunal Federal (STF) alegando irregularidades na liberação de emendas parlamentares sem o procedimento correto, que posteriormente ocasionou o bloqueio do pagamento de R$ 4,2 bilhões e investigação sobre este valor, ordenado pelo ministro Flavio Dino. 

 

"Os aliados mais próximos de Lira pressionam ele para dizer 'olha, sei que você quer, mas as coisas não podem ser assim'(...). O preço político dessa cassação que você está tentando fazer é muito alto. Por um lado, é figado [vingança], porque ele não aceita que alguém reaja aos seus desmandos, mas, por outro lado, quando ele me silencia, ele está dando um recado para os demais", opinou o deputado.

 

 

O entrevistado detalhou sobre a sua decisão de iniciar uma greve de fome, após a aprovação da cassação de seu mandato no Conselho de Ética da Câmara dos Deputados. Segundo ele, o objetivo de sua greve, que era chamar atenção a sua cassação foi muito bem-sucedido, criando uma pressão popular, mostrando para as pessoas que esta ocorrendo uma "perseguição política". 

 

"Aliados meus, que não sabiam que eu entraria em greve de fome, pensaram que aquilo era uma introdução porque eu disse que anunciaria uma decisão irrevogável, que não mudaria de posição (...). Muitas pessoas falaram o seguinte: 'ah é para chamar atenção', era para chamar atenção mesmo. Por quê? Porque as pessoas precisavam saber o que estava acontecendo ali dentro. Quanto menos as pessoas acompanhassem o que estava acontecendo, eu não estaria aqui conversando com vocês, porque eles exerceriam uma cassação sumária, que seria rapidamente no Conselho de Ética, rapidamente na Comissão de Constituição e Justiça e depois no plenário. Então, cumpriu, sim, o objetivo. Houve uma amplificação nacional da greve de fome com a denúncia daquilo que eu estava mostrando para as pessoas, o que estava acontecendo", dissertou o deputado.

 

 

A relatoria da cassação de Braga no Conselho de Ética da Câmara dos Deputados foi o deputado federal, Paulo Magalhães (PSD). Durante a conversa, o psolista comentou sobre a escolha do parlamentar baiano como relator, visto que o social democrata possui um episódio de agressão contra um jornalista no ano de 2001.

 

Na oportunidade, Glauber Braga contou que se encontrou com Magalhães momentos depois de sua defesa prévia, antes da escolha do relator, e relatou que o deputado baiano manifestou um voto de apoio a manutenção do mandato do deputado do Psol. Segundo Glauber, no entanto, a “empatia” de Paulo Magalhães teria acabo depois de um acordo com Arthur Lira.

 

“Eu fiz uma defesa prévia no Conselho de Ética e o Paulo Magalhães, que ainda não era relator, me encontrou no corredor e disse: ‘Vi a sua defesa prévia, conte comigo, não podemos deixar essa injustiça acontecer’. Ele falou isso. Ele agora não confirma, mas é fato, foi o que aconteceu. Aí ele se reuniu com Arthur Lira e fez um acordo. Ele votou a admissibilidade do processo contra mim no mesmo dia que se absteve da cassação de Chiquinho Brazão, acusado de ser o assassino de Marielle [Franco]. Evidentemente tem uma contradição absurda. Ele disse que se absteve porque não estava ali para cassar colegas, mas trabalhou pela minha cassação no relatório”, contou Braga.

 

 

O deputado também foi provocado a refletir sobre o cenário da esquerda no Brasil e o esvaziamento dos movimentos sociais no país. Respondendo o questionamento, Glauber ressaltou as caravanas que tem feito ao redor do Brasil em defesa de seu mandato na Câmara. Segundo ele, os movimentos sociais o apoiaram quando sua cassação estava sendo apreciada no Conselho de Ética e a estratégia de ir às ruas seria não ficar “refém das relações institucionais”.

 

“Para além de salvar o mandato, eu quero mudar a política. Para mudar a política eu não posso ser um cadáver político em exercício. A nossa prioridade foi pela mobilização para além do espaço institucional, mobilizando com o povo na rua. Em todas as reuniões do Conselho de Ética tinha movimento social lá dentro acompanhando e cobrando. A minha forma de responder a isso, para que a esquerda possa ter força, é não ficar refém das relações dentro do parlamento, das relações institucionais. É fazer o que a gente está fazendo agora, percorrer o Brasil, conversar com as pessoas, mostrar o que tá acontecendo, se mobilizar na rua”, avaliou Braga.

 

Com a formação de lideranças nacionais, como Erika Hilton (SP) e Guilherme Boulos (SP), mas também de locais com a ascensão de Kleber Rosa, o deputado foi questionado sobre as estratégias do Psol para manter a tendência de crescimento do partido e, além disso, respondeu se há uma “lacuna” na esquerda brasileira.

 

“Falta a consolidação de um crescimento, que é da esquerda com radicalidade política, que faça o enfrentamento à extrema-direita violenta. Quando o partido [Psol] se apresenta por completo com essa posição, você ganha o coração, ganha a mente das pessoas porque elas querem ver candidaturas que tenham a possibilidade de falar diretamente de seus problemas cotidianos e que não fiquem fazendo muita firula (...). Existe uma lacuna de ampliação dessa esquerda com radicalidade. Essa lacuna precisa ser preenchida e existem muitos quadros para fazer isso. Mas essa não é uma realidade só do Brasil, é algo que tem acontecido no mundo inteiro” refletiu Glauber.

 

 

Confira a entrevista completa:

Glauber Braga prepara “última cartada” no STF caso tenha mandato cassado na Câmara dos Deputados; entenda
Foto: Lula Marques / Agência Brasil

Após ganhar um prazo de dois meses para defender a manutenção de seu mandato, o deputado federal Glauber Braga (Psol-RJ) prepara acionar o Supremo Tribunal Federal (STF) caso tenha sua cassação concluída no plenário da Câmara dos Deputados. Conforme informações obtidas pelo Bahia Notícias, a equipe do parlamentar avalia se aproveitar de uma “brecha” do Regimento para poder seguir com o mandato.

 

Segundo fontes da reportagem, Glauber Braga, apesar de otimista pela “virada no jogo” na Câmara, já se prepara politicamente para caso tenha seu mandato cassado na Casa Legislativa. A brecha no Regimento seria no artigo 5º do Código de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara dos Deputados.

 

No inciso III, o texto afirma que se configura quebra do decoro parlamentar quem “praticar ofensas físicas ou morais nas dependências da Câmara dos Deputados, ou desacatar, por atos ou palavras, outro parlamentar, a Mesa ou Comissão, ou os respectivos presidentes.”

 

O trecho, ao listar as condutas puníveis, menciona especificamente "outro parlamentar, a Mesa ou Comissão, ou os respectivos presidentes". Isso sugere que essa infração particular se aplica a interações dentro do ambiente parlamentar com colegas e os órgãos da Casa.

 

No entanto, no Artigo 3º do Código de Ética, os deveres fundamentais do deputado são mais amplos. O inciso VII do Art. 3º estabelece o dever de "tratar com respeito e independência os colegas, as autoridades, os servidores da Casa e os cidadãos com os quais mantenha contato no exercício da atividade parlamentar, não prescindindo de igual tratamento.”

 

O deputado Glauber Braga é acusado de quebra de decoro parlamentar por ter agredido fisicamente e expulsado do prédio da Câmara, a pontapés, um militante do Movimento Brasil Livre (MBL).

 

PRERROGATIVA?
Consultando o apanhado histórico dos deputados cassados por decisões da Câmara, o Bahia Notícias notou que nunca, desde o período da Ditadura Militar, um ministro do Supremo Tribunal Federal reverteu a decisão de cassação da Casa Legislativa. Na verdade, a reportagem encontrou negativas do STF em analisar os casos, alegando “interna corporis".

 

Todavia, em setembro de 2022, o ministro Luís Roberto Barroso reverteu uma decisão da Câmara Municipal de Curitiba, “devolvendo” o mandato do então vereador Renato Freitas (PT), hoje deputado estadual pelo Paraná.

 

Freitas havia sido cassado pela Câmara Municipal por suposto “procedimento incompatível com o decoro parlamentar”. O edil foi acusado de invadir uma igreja em fevereiro do mesmo ano, durante manifestação em repúdio ao assassinato do congolês Moïse Kabagambe.

 

A determinação de Barroso também anulou a decisão do legislativo paranaense e argumentou que “a cassação do vereador em questão ultrapassa a discussão quanto aos limites éticos de sua conduta, envolvendo debate sobre o grau de proteção conferido ao exercício do direito à liberdade de expressão”.

 

Segundo Glauber, o militante do MBL teria xingado a sua mãe, que, à época, enfrentava um quadro de Alzheimer. Além disso, a defesa do deputado alega que o militante teria assumido que foi pago para entrar nas dependências da Casa para provocar o parlamentar do Psol.

 

A CASSAÇÃO
No dia 9 de abril deste ano, o Conselho de Ética aprovou a cassação de Glauber Braga (Psol-RJ). Por 13 votos a favor e cinco votos contra, os membros do Conselho de Ética aprovaram o relatório do deputado Paulo Magalhães (PSD-BA), favorável à cassação.

 

No mesmo dia, durante a discussão que durou mais de seis horas, Glauber Braga anunciou que faria greve de fome até o final do processo que pode ocasionar na cassação de seu mandato na Câmara dos Deputados.

 

Nove dias depois, o parlamentar anunciou a “suspensão” da greve de fome. O anúncio ocorreu após o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), dialogar com o psolista para a paralisação da manifestação. Nas negociações, Braga também ganhou um intervalo maior para a apreciação de sua cassação em plenário, recebendo um prazo de dois meses.

 

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Assim, a previsão é de que a denúncia de quebra de decoro parlamentar seja votada no final de junho ou no início de julho. Até lá, Glauber prometeu realizar “caravanas” por todo Brasil. Nesta quinta-feira (15), inclusive, o parlamentar esteve em Salvador para defender seu mandato.

Glauber Braga virá para Salvador para participar de manifestação contra cassação de mandato na Câmara dos Deputados
Foto: Reprodução / Psol

O deputado federal Glauber Braga (Psol-RJ) virá para Salvador para participar de uma manifestação contra a cassação de seu mandato no Auditório da Faculdade de Arquitetura da Universidade Federal da Bahia (UFBA), nesta quinta-feira (15), às 17h. O protesto faz parte da Caravana Nacional #GlauberFica, que reúne apoiadores e líderes políticos pela manutenção do mandato do psolista que teve a cassação aprovada pelo Conselho de Ética da Câmara dos Deputados.

 

O dirigente do Psol e segundo colocado na disputa à prefeitura de Salvador, Kleber Rosa, destaca a importância da permanência de Glauber no Congresso Nacional. Segundo ele, a continuidade de seu correlegionário na Câmara é importante para a “defesa das bandeiras da esquerda”.

 

“A continuidade do mandato de Glauber é essencial para o Brasil, para os movimentos sociais e para a defesa das bandeiras da esquerda no Congresso Nacional. O mandato de Glauber é uma voz ativa na luta por justiça social e em prol dos direitos humanos. O apoio popular é fundamental neste momento decisivo, especialmente com a votação do processo de cassação prevista para o início de julho”, disse Kleber.

 

A Caravana Nacional #GlauberFica tem como objetivo mobilizar a sociedade civil, os partidos de esquerda, os movimentos estudantis, as entidades sindicais e os movimentos sociais de uma forma geral para reforçar o apoio ao mandato de Glauber.

CCJ rejeita recurso de Glauber Braga e cassação será votada em plenário depois do prazo concedido por Hugo Motta
Foto: Edu Mota / Brasília

Por 44 votos contra apenas 22, os deputados da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara decidiram rejeitar o recurso apresentado por Glauber Braga (Psol-RJ) para reverter o processo de sua cassação. Com a decisão, o processo por quebra de decoro contra Glauber segue agora ao plenário. 

 

Em uma longa sessão, que durou cerca de sete horas, parlamentares de partidos de esquerda apresentaram diversos argumentos contra a cassação do deputado do Psol.

 

O recurso apresentado pela defesa de Glauber questionou diversos pontos do processo no Conselho, tais como: a validade da ação original; a suspeição do relator, deputado Paulo Magalhães (PSD-BA); possíveis ofensa às normas internas; suposta ausência de proporcionalidade na penalidade imposta; o alegado cerceamento da defesa; e a suposta violação da isonomia em relação a casos anteriores.

 

Nem as colocações da defesa de Glauber Braga, tampouco os argumentos de seus aliados conseguiram reverter a opinião do relator, deputado Alex Manente (Cidadania-PR), que manteve seu voto pela rejeição do recurso. O relator afirmou que as alegações da defesa trataram de mérito e não dos procedimentos. Em seu relatório, ele afirmou que não cabe à CCJ debater a dosimetria e a proporcionalidade da punição ao deputado. 

 

Apesar de o processo agora seguir para o plenário, o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), em acordo com o Psol e partidos de esquerda, concedeu o prazo de 60 dias para colocar a cassação em votação. Esse prazo começou a contar a partir desta terça-feira (29), com a decisão da CCJ. 

 

O deputado Glauber Braga é acusado de quebra de decoro parlamentar, por ter agredido fisicamente e expulsado do prédio da Câmara, a pontapés, um militante do Movimento Brasil Livre (MBL). Em 8 de abril, o Conselho de Ética aprovou o parecer do relator Paulo Magalhães (PSD-BA) a favor da cassação do deputado do Psol.  
 

Semana tem Lula sendo cobrado por definição sobre Lupi, recurso de Glauber na CCJ e prisão de Collor em julgamento
Foto: Reprodução Youtube

Apesar da semana reduzida, por conta do feriado do dia do trabalhador, na próxima quinta-feira (1º), a agenda de trabalho dos três poderes estão repletas de compromissos. O meio político em Brasília aguarda, por exemplo, decisões que podem mudar o equilíbrio de forças entre os partidos com vistas às eleições de 2026.

 

Nesta terça (29), dois dos maiores partidos do Congresso Nacional, o PP e o União Brasil, planejam realizar o anúncio oficial de sua federação, criando uma bancada de 13 senadores e 108 deputados, a maior da Câmara. Paralelamente, o PSDB realizará uma reunião para tomar a decisão final a respeito da fusão com o Podemos, primeiro passo para construção de um bloco mais amplo para o próximo ano.

 

No Palácio do Planalto, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva terá solenidade junto com o governador do Paraná, Ratinho Junior, que pode vir a ser seu adversário nas eleições de 2026. E em meio à sua agenda, Lula segue sendo pressionado para tomar uma atitude em relação ao ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, que está desgastado por conta do escândalo dos descontos ilegais nos benefícios de milhões de aposentados do INSS.

 

O Congresso, por sua vez, tem uma semana com pauta cheia nos plenários da Câmara e do Senado. O destaque, entretanto, é a votação do recurso do deputado Glauber Braga (Psol-RJ) contra a sua cassação, aprovada pelo Conselho de Ética.

 

Confira abaixo um resumo da semana nos três poderes em Brasília. 

 

PODER EXECUTIVO

 

O presidente Lula iniciou a semana logo cedo nesta segunda-feira (28) fazendo a sua tradicional reunião com o ministro da Secretaria de Comunicação da Presidência, Sidônio Palmeira. No restante da manhã o presidente não teve outros compromissos. 

 

Na parte da tarde, a agenda do presidente Lula inclui uma reunião, as 14h40, com o secretário Especial para Assuntos Jurídicos da Casa Civil, Marcos Rogério de Souza. As 15h, Lula participa da cerimônia de assinatura dos contratos de concessão de lotes para rodovias do Paraná. 

 

Os contratos concederão à iniciativa privada um total de 1.231 quilômetros de rodovias do Paraná. Os trechos serão administrados pelas duas empresas vencedoras do processo. Juntas, as firmas vão aplicar R$ 36 bilhões nos empreendimentos, para melhorias e manutenção.

 

O evento acontecerá no Palácio do Planalto. Além de Lula, participarão o ministro dos Transportes, Renan Filho, o governador do Paraná, Ratinho Júnior (PSD), e o diretor-geral da ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres), Guilherme Théo Sampaio.

 

Ainda nesta segunda, o presidente Lula deve se reunir com auxiliares para analisar a situação do ministro da Previdência Social, Carlos Lupi. O presidente deve analisar a situação do ministro, após surgirem novas revelações sobre os descontos feitos na folha de pagamentos de aposentados e pensionistas sem autorização.

 

O Palácio do Planalto ainda não divulgou a agenda do presidente Lula para o restante da semana. Sem horário certo, nesta terça (29) Lula terá encontro com representantes das entidades e centrais sindicais. 

 

As centrais sindicais serão recebidas no Palácio do Planalto após a “Marcha da Classe Trabalhadora”, evento que deve reunir representantes de categorias para debater pautas como o fim da escala 6 x1 e o projeto que prevê isenção do imposto de renda para quem ganha até R$ 5 mil.

 

Apesar do encontro com os sindicatos, o presidente Lula já avisou as centrais sindicais que não deve comparecer ao tradicional ato do dia do trabalhador, no dia 1º de maio, organizado em São Paulo. Se não mudar de ideia, essa será a primeira vez que o líder petista não participará do evento de 1º de maio desde que retornou ao Palácio do Planalto.

 

A semana ainda tem como destaque a reunião de chanceleres dos países do Brics sob a presidência brasileira, que ocorre nesta segunda (28) e na terça (29) no Rio de Janeiro. O encontro vai reunir os ministros das Relações Exteriores dos países-membros e a expectativa é que as discussões girem em torno da política tarifária imposta pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. 

 

Em coletiva de imprensa realizada neste domingo (27), o representante diplomático do Brasil no Brics, embaixador Mauricio Carvalho Lyrio, destacou a posição crítica do grupo a medidas unilaterais como as que vem tomando o presidente dos Estados Unidos.

 

No calendário dos indicadores econômicos, o destaque da semana são os levantamentos sobre a situação do emprego no Brasil. Na quarta (30), o IBGE divulga o seu estudo sobre a taxa de desemprego do mês de março, e no mesmo dia o Ministério do Trabalho apresenta o Caged, com dados sobre vagas de emprego no mês passado. 

 

PODER LEGISLATIVO

 

Na Câmara, a semana mais curta por conta do feriado teve a antecipação das sessões deliberativas no plenário. A perspectiva é que sejam realizadas sessões nesta segunda (28) e na terça (29) para votar uma pauta de 21 projetos já acertados entre os líderes. 

 

Na última reunião de líderes comandada pelo presidente Hugo Motta (Republicanos-PB), ficou acertado que os projetos que ficaram pendentes nas últimas semanas terão prioridade de votação. O requerimento de urgência para o projeto de anistia dos presos do 8 de janeiro não entrará na pauta. 

 

Entre os projetos que podem ser votados está o PL 3469/24, que altera a Política Nacional de Manejo Integrado do Fogo (Lei 14.944/24) para facilitar o combate a incêndios florestais e queimadas. A proposta reúne o texto de medidas provisórias editadas ao longo de 2024 e prevê que áreas de vegetação nativa afetadas por incêndios não autorizados mantenham seu grau de proteção ambiental original, ficando vedada qualquer atividade comercial nesses locais. 

 

Outro projeto em pauta é o PL 5669/23, da deputada Luisa Canziani (PSD-PR) e outros, que cria a Política de Prevenção e Combate à Violência em Âmbito Escolar (Prever), a ser implementada pela União em cooperação e colaboração com estados e municípios. A prioridade será para as escolas públicas da educação básica. As ações deverão fazer parte de planos estaduais e municipais orientados por um plano nacional.

 

Também pode ser votado o Projeto de Lei 3224/24, do deputado Dorinaldo Malafaia (PDT-AP), que cria uma campanha nacional sobre a utilização consciente da tecnologia digital, inclusive jogos eletrônicos e rede social. Além das redes e dos jogos, o tema abrangerá a utilização de programas computacionais, softwares e similares conectados à internet ou a outra rede de comunicações.

 

Nas comissões, destaque para a reunião marcada para esta terça (29) na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), cujo presidente, Paulo Azi (União-BA), agendou um tema único: a avaliação do recurso do deputado Glauber Braga (Psol-RJ) contra sua cassação. Glauber é acusado de quebra de decoro por agredir e expulsar um militante do Movimento Brasil Livre (MBL) das instalações do prédio da Câmara, em abril de 2024.

 

Se o recurso for rejeitado, o caso seguirá para deliberação no plenário, havendo acordo para que não seja pautado antes do fim do semestre. O relator do caso na CCJ é o deputado Alex Manente (Cidadania-SP), que manifestou seu voto pela rejeição do recurso.

 

Já para a reunião de quarta (30), Paulo Azi também agendou um tema único: a análise do recurso apresentado pelo PL para  suspender o julgamento da ação no Supremo Tribunal Federal (STF) contra o deputado Delegado Ramagem (PL-RJ). Segundo a Constituição Federal, a Câmara pode decidir suspender a ação em crimes cometidos por um parlamentos no exercício do seu mandato. 

 

Da parte do STF, o ministro Cristiano Zanin emitiu decisão que afirma que a Câmara só poderia suspender o julgamento de Ramagem em dois dos crimes imputados a ele. No que diz respeito aos crimes de abolição violenta do estado democrático de direito, golpe de estado e organização criminosa, o entendimento é que esses crimes foram cometidos antes de 19 de dezembro, data da diplomação de Ramagem como deputado.

 

Nesta semana, a Câmara também terá audiências em comissões para ouvir ministros do governo. O ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, tem duas participações previstas na terça (29): às 14h, na Comissão de Previdência da Câmara e às 15h, na Comissão de Transparência do Senado. Ele comparece como convidado, sem obrigação de presença.

 

Os encontros foram marcados antes de ser divulgada a investigação sobre irregularidades em descontos na folha de aposentados do INSS, alvo recente de operação da Controladoria-Geral da União (CGU) e da Polícia Federal (PF). Por conta do caso, o ministro é alvo de pressão no cargo.

 

O ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, é esperado na Comissão de Segurança Pública da Câmara, às 10h30 desta terça (29), para discutir a proposta de emenda à Constituição (PEC) da Segurança Pública, enviada pelo governo na semana passada. Ele também deve participar de almoço da Frente Parlamentar do Empreendedorismo.

 

Na quarta (30), é a vez de a ministra Margareth Menezes participar de reunião conjunta das Comissões de Cultura e de Fiscalização Financeira da Câmara. Ela deve falar sobre prioridades do Ministério da Cultura e o Programa Nacional de Comitês de Cultura (PNCC). A oposição também quer esclarecimentos sobre sua atuação durante o Carnaval de 2025, quando esteve licenciada do cargo.

 

No Senado, as atividades em Plenário se concentrarão na terça (29) e na quarta (30). O primeiro item na pauta é a PEC 81/2025, que inclui a proteção ao idoso nas competências legislativas da União, dos Estados e do Distrito Federal. A proposta é de autoria do senador Wellington Fagundes (PL-MT).

 

Outro item previsto é o projeto de lei 2199/2022, do deputado Aureo Ribeiro (Solidariedade-RJ), que regulamenta a utilização do Símbolo Internacional de Acessibilidade em produtos, espaços e serviços.

 

Também na terça, os senadores devem votar o projeto de lei complementar 48/2023, de iniciativa do senador Laércio Oliveira (PP-SE). O texto modifica a Lei de Responsabilidade Fiscal para permitir o uso de recursos parados de programas educacionais inativos em outras ações de educação.

 

Na quarta (30), a pauta inclui o projeto de lei 2875/2019, da ex-deputada Tereza Nelma (PSDB-AL). A proposta garante o acesso de pessoas com deficiência a praias, parques e espaços públicos, além de criar o Selo Praia Acessível.

 

No mesmo dia, os senadores devem analisar o projeto de lei 1769/2019, do senador Zequinha Marinho (Podemos-PA). O texto define características dos produtos derivados de cacau e estabelece percentuais mínimos de cacau nos chocolates vendidos no país.

 

Por fim, será votado o projeto de lei complementar 257/2020, apresentado pelo senador Izalci Lucas (PL-DF). A proposta altera regras da Superintendência do Desenvolvimento do Centro-Oeste (Sudeco) para garantir maior representação empresarial no Conselho Deliberativo do Desenvolvimento do Centro-Oeste.

 

PODER JUDICIÁRIO

 

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, não agendou julgamentos em plenário presencial nesta semana por conta do feriado de 1º de maio. Acontecerão julgamentos somente em plenário virtual. 

 

No plenário virtual, nesta segunda (28), o STF retoma o julgamento que analisa a decisão do ministro Alexandre de Moraes que determinou a prisão imediata do ex-presidente Fernando Collor de Mello. O placar está seis a zero, ou seja, os ministros já formaram maioria de votos para manter Collor detido. No entanto, podem mudar suas manifestações até o encerramento do julgamento, às 23h59.

 

O julgamento retorna ao plenário virtual da Corte após o ministro Gilmar Mendes retirar, no último sábado (26), um pedido de destaque. Na sexta (25), os ministros Alexandre de Moraes, Flavio Dino, Edson Fachin, Luís Roberto Barroso, Cármen Lúcia e Dias Toffoli votaram pela manutenção da prisão.

 

Faltam votar os ministros Gilmar Mendes, Luiz Fux, Nunes Marques e André Mendonça, que ainda não se manifestaram, poderão inserir seus votos no sistema eletrônico da Corte. Há expectativa de que o ministro Gilmar Mendes abra divergência na análise do caso.
 

Glauber Braga apresenta recurso na CCJ e diz ter confiança de que conseguirá reverter cassação
Foto: Reprodução Redes Sociais

No último dia do prazo conferido pelo Regimento Interno, nesta terça-feira (22), o deputado Glauber Braga (Psol-RJ) apresentou recurso contra a decisão do Conselho de Ética favorável à cassação do seu mandato parlamentar. O recurso foi protocolado na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).

 

A partir desta terça, começou a contar o prazo para que a CCJ avalie o recurso. O presidente da CCJ, Paulo Azi (União-BA), deve nomear um relator para emitir parecer a respeito da defesa do deputado do Psol.

 

Se a CCJ considerar improcedentes os pontos questionados por Glauber Braga, o relatório aprovado pelo Conselho de Ética será encaminhado à Mesa Diretora da Câmara, que definirá posteriormente uma data para a análise da cassação pelo plenário. Por outro lado, caso algum dos pontos do recurso seja acolhido pela CCJ, a parte questionada do processo deverá ser reanalisada pelo Conselho de Ética.

 

“É uma defesa completa, com todos os elementos, tantos os elementos procedimentais quanto os elementos de conteúdo, que a gente considera a partir do diálogo com nossos advogados, com parlamentares, e principalmente, com a mobilização que se consolidou, nas mais diversas regiões, em defesa de uma alteração da decisão do Conselho de Ética. A gente considera que isso é plenamente possível que aconteça na Comissão de Constituição e Justiça”, disse Glauber Braga em entrevista coletiva após protocolar o recurso. 

 

No documento, a defesa do deputado do Psol argumenta que houve cerceamento de defesa e do contraditório, por ter sido indeferida a oitiva de quatro testemunhas arroladas no processo. Braga também alega parcialidade do relator Paulo Magalhães (PSD-BA), inclusive por ter feito juízo antecipado. Segundo o recurso, o próprio relator se envolveu em um episódio de agressão física na sede da Câmara, o que o impediria de atuar nesse caso.

 

Glauber Braga afirma ainda que a pena é desproporcional, pois o próprio regimento estabelece a  punição de censura verbal ou escrita para atos que infrinjam as regras de boa conduta, para ofensas físicas ou morais e desacato nas dependências da Câmara dos Deputados. Segundo a defesa, pretensos excessos, falas mais incisivas e manifestações mais contundentes praticadas pelo parlamentar estão compreendidas no exercício de seu dever de crítica e de fiscalização dos negócios públicos.

 

“Dos elementos que estão ali colocados, o relator que for designado pelo presidente da CCJ vai ter a oportunidade de avaliar um por um. O relator não tem que acolher todos os elementos, mas, acolhidos os elementos que são fundamentais, demonstrando que se trata de uma inconstitucionalidade e perseguição política, ele pode reverter aquilo que foi a decisão injusta do Conselho”, disse Braga na entrevista.

 

Na última quinta (17), Glauber encerrou uma greve de fome que já durava nove dias, desde a decisão tomada pelo Conselho de Ética pela cassação do seu mandato. Em entrevista, Glauber Braga anunciou que estava fazendo uma “suspensão” da greve de fome, e que iria continuar no embate contra o "orçamento secreto" e as "emendas sem dono".

Glauber Braga anuncia suspensão da greve de fome após negociações com Hugo Motta
Foto: Edu Mota / Bahia Notícias

O deputado federal Glauber Braga (Psol-RJ) anunciou que irá realizar uma “suspensão” da greve de fome. Em coletiva de imprensa na tarde desta quinta-feira (17), o parlamentar informou que, apesar de interromper a greve, irá continuar no embate contra o “orçamento secreto” e as “emendas sem dono”. Braga estava sem comer desde que teve a cassação de seu mandato aprovado no Conselho de Ética na Câmara dos Deputados, há 9 dias.

 

"Não estamos suspendendo o conjunto das nossas ações e das nossas lutas. "Vamos continuar na luta contra o poder oligárquico presente aqui na Câmara", disse Braga.

 

O anúncio ocorre após o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), afirmar que as conversas para o parlamentar do Psol deixar a greve avançaram. Na oportunidade, o mandante da Casa informou que manteve diálogos com a deputada Sâmia Bonfim (Psol-SP), que acompanhou Glauber durante o anúncio desta quinta.

 

Em postagem nas redes sociais, Motta assegurou que a apreciação da cassação do mandato do psolista no plenário da Câmara só ocorrerá daqui a dois meses, dando tempo para o parlamentar defenda a manutenção de seu cargo na Casa.

 

Na última pesagem, o deputado do Psol chegou a mostrar uma perda de 4,9 kg. Ele tinha 91,7 kg e foi para 86,8 kg. De acordo com boletim de sua equipe na quarta-feira (16), Glauber sentiu "o abalo emocional". Além disso, estava ingerindo soro, água e isotônico.

 

Glauber é acusado de ter quebrado o decoro parlamentar ao expulsar agressivamente um militante do Movimento Brasil Livre (MBL), em abril de 2024.

Hugo Motta negocia fim da greve de fome de Glauber Braga: "As conversas avançaram"
Foto: Lula Marques / EBC

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), informou que as conversas para o fim da greve de fome do deputado federal Glauber Braga (Psol-RJ) avançaram nesta quinta-feira (17). Em publicação nas redes sociais, o chefe da Casa Legislativa informou que se reuniu com o líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias (PT-RJ) e com a deputada federal Sâmia Bonfim (Psol-SP) para tratar do tema.

 

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Na postagem, Motta assegurou que a apreciação da cassação do mandato de Braga no plenário da Câmara só ocorrerá daqui a dois meses, dando tempo para o parlamentar do Psol defenda a manutenção de seu cargo na Casa.

 

“Em diálogo com a deputada Sâmia Bonfim e o líder do PT, Lindbergh Farias, avançamos para o fim da greve de fome do deputado Glauber Braga. Garanto que, após a deliberação da CCJ, qualquer que seja ela, não submeteremos o caso do deputado ao Plenário da Câmara antes de 60 dias para que ele possa exercer a defesa do seu mandato parlamentar. Após este período, as deputadas e os deputados poderão soberanamente decidir sobre o processo”, escreveu o presidente.

 

 

Braga está em greve de fome desde a aprovação da cassação de seu mandato no Conselho de Ética da Câmara, na quarta-feira da semana passada. Na última pesagem, o deputado do Psol chegou a mostrar uma perda de 4,9 kg. Ele tinha 91,7 kg e foi para 86,8 kg.

 

De acordo com boletim de sua equipe, divulgado às 11 horas da manhã, ele dormiu cerca de 4 horas à noite e sentiu "o abalo emocional". Além disso, está ingerindo soro, água e isotônico.

 

Glauber é acusado de ter quebrado o decoro parlamentar ao expulsar agressivamente um militante do Movimento Brasil Livre (MBL), em abril de 2024.

VÍDEO: Hilton Coelho sai em defesa de Glauber Braga e dispara: “Paulo Magalhães é uma vergonha para Bahia”
Foto: Leonardo Almeida / Bahia Notícias

O deputado estadual Hilton Coelho (PSOL) saiu em defesa do correligionário, o deputado federal Glauber Braga (PSOL), que está mais de 130 dias em protesto na Câmara dos Deputados, após ter um processo de cassação de seu mandato aprovada pelo Conselho de Ética da Casa. O processo começou a tramitar em 2024 e ainda cabe recurso do parlamentar na Comissão de Constituição de Justiça (CCJ).

 

 

A cassação foi sugerida após Glauber Braga expulsar o influenciador Gabriel Costenaro, integrante do Movimento Brasil Livre (MBL), da Câmara aos chutes. A fala de Hilton, no entanto, se refere a influência do baiano Paulo Magalhães na tramitação do texto, em decorrência da função de relator. 

 

“É inaceitável que um Congresso Nacional, só com a sua tolerância, senhora Presidenta, que nunca cassou de mandato de deputado algum em função de conflitos internos, vá fazer isso com o deputado Glauber. Aliás, o relator, esse tal de Paulo Magalhães, que é uma vergonha pra Bahia, é acusado de agredir jornalistas, ele sim deveria, pela maioria, [ser cassado]”, afirma. 

 

Ainda neste sábado (11), o deputado Glauber Braga, que também está em greve de fome, foi visitado pela ministra de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, e o secretário de comunicação social, Sidônio Palmeira.

Fake news: vídeo que viralizou nas redes não mostra Glauber Braga sendo retirado à força da Câmara e sim um manifestante
Foto: Reprodução Youtube

Desde o fim de semana vem circulando e viralizando nas redes sociais um vídeo que mostraria o deputado Glauber Braga (Psol-RJ) sendo retirado à força da Câmara pela Polícia Legislativa. O vídeo, republicado por diversas contas e que já atingiu milhares de visualizações, alega que o deputado teria sido levado da sala da comissão onde estaria dormindo desde a semana passada, quando iniciou uma greve de fome após ter tido seu mandato cassado pelo Conselho de Ética.

 

A chamada para o vídeo, entretanto, é falsa, e vem levando centenas de pessoas a acreditarem, comentarem e até mesmo comemorarem o alegado fato de retirarem Glauber Braga da sala de uma comissão. O vídeo, na verdade, foi gravado em 26 de fevereiro deste ano, e mostra a Polícia Legislativa carregando um manifestante que protestava contra a escala de trabalho 6x1.

 

No vídeo é possível ver o homem sendo carregado por policiais, enquanto grita palavras como “canalhas”, “estou sem ar”, ou “me larguem”. O homem carregava uma faixa em que se lia “contra a jornada 6x1, por uma vida além do trabalho”. 

 

O manifestante chama-se Luis dos Santos, e curiosamente, no dia em que ele foi retirado à força da Câmara, o próprio deputado Glauber Braga postou o vídeo em suas redes protestando contra a atitude da Polícia Legislativa. 

 

“ABSURDO. Luis dos Santos foi protestar na câmara pedindo o FIM DA ESCALA 6X1. Saiu arrastado e acabou no departamento médico onde teve que enfaixar o braço e ser transportado em cadeira de rodas. Se estivesse lá pra defender o orçamento secreto receberia um buquê de flores. A melhor forma de nos solidarizarmos com ele é fazendo um grande ato no mesmo local pelo FIM DA ESCALA 6X1 e ampliando essa mobilização por todo Brasil”, disse Glauber na postagem feita em 26 de fevereiro. O vídeo em sua conta no Instagram teve quase dois milhões de visualizações. 

 

Ao contrário do que alega o vídeo que vem viralizando de forma distorcida, Glauber Braga segue dormindo em uma sala de comissão da Câmara, e continua fazendo greve de fome. Já são mais de 150 horas desde que ele iniciou o seu jejum voluntário em protesto pela decisão do Conselho de Ética. 

 

Segundo informações da assessoria, o deputado Glauber está ingerindo isotônico e soro, além de água. "A preocupação com as condições de saúde do parlamentar aumenta a cada hora, visto que Glauber já começou a apresentar sinais de fraqueza. A fim de evitar cansaço, as visitas estão mais restritas", diz a assessoria.

VÍDEO: Ator Marco Nanini marca presença em reunião do Conselho de Ética e defende permanência de Glauber Braga
Foto: Edu Mota, de Brasília / Bahia Notícias

O ator Marco Nanini participou, nesta quarta-feira (9), da reunião do Conselho de Ética da Câmara dos Deputados, que analisa o parecer que recomenda a cassação do deputado Glauber Rocha (PSOL-RJ). 


“Achei isso hoje [a reunião] muito democrático. Eu sou a favor do Glauber. [...] Glauber fica”, declarou o ator, que possuia em sua camisa, selos e broches a favor da permanência do deputado. 

 

 


Na saída da reunião, o artista apoiou a permanência de Glauber no cargo. O deputado é acusado de ter quebrado o decoro parlamentar ao expulsar agressivamente um militante do Movimento Brasil Livre (MBL), em abril de 2024. 
 

MBL pede indenização de R$ 20 mil a deputado Glauber Braga após ser chamado de "organização criminosa"
Foto: Lula Marques/ Agência Brasil

O Movimento Brasil Livre (MBL) entrou com ação contra o deputado federal Glauber Braga (PSOL-RJ) por danos morais e pede indenização de R$ 20 mil. O deputado chamou o grupo político de “organização criminosa” e o caso foi levado ao Conselho de Ética da Câmara.

 

A ação, protocolada na Câmara, cita uma representação do Partido Novo em que Glauber Braga chutou e expulsou um militante do MBL das dependências da Câmara. O Psolista, após isso, discutiu com o deputado Kim Kataguiri (União–SP).

 

Na ação, o grupo reproduz uma postagem do parlamentar que chama o MBL como uma “organização criminosa” composta por “fascista” e “milicianos”. “Em suas falas, o réu comete por calúnia e difamação, afirmando que o autor seria uma organização criminosa, responsável por práticas criminosas e condutas imorais”, escreveu em ação.

 

“Não vou pedir desculpas ao MBL. MBL é uma organização criminosa. E se precisa de alguém no exercício do mandato parlamentar para dizer isso, eu estou aqui para fazê-lo”, disse ele.

 

Para o Movimento, o Psolista “extrapolou os limites da liberdade de expressão ao perseguir sistematicamente o Movimento Brasil Livre e seus membros, por meio de calúnias, difamações, injúrias e diversas mentiras, com a única intenção de destruir a honra e a reputação do grupo político de seus membros”. 

 

Além dos R$ 20 mil de danos morais pedidos em ação, o grupo também quer que Glauber faça uma postagem de retratação pública e fixe em seu Instagram. 

 

O Psolista se defendeu e declarou que o grupo de direita “utiliza os métodos políticos mais podres há anos" e que "eles terão que responder por seus crimes”.

Deputado federal é detido durante operação da PM para desocupar universidade no Rio de Janeiro
Foto: Reprodução/TV Globo

O deputado federal Glauber Braga (PSOL-RJ) foi detido junto a três estudantes, durante um processo da Polícia Militar (PM) para acabar com a ocupação da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), que dura desde o mês de julho. Braga havia ido ao lugar apoiar os estudantes e auxiliar nas negociações com a PM.

 

Nesta semana, a juíza Luciana Losada havia decidido pela desocupação da universidade, com um prazo de 24 horas para a liberação da reitoria e das salas de aula. Após os alunos descumprirem a decisão, houve confrontos entre seguranças e alunos. Imagens circularam pela internet de um aluno sendo arrastado por seguranças, bem como cenas de confrontos.

 

A ocupação é um protesto contra os novos critérios estabelecidos para a concessão da bolsa de apoio a vulnerabilidade social. Os estudantes afirmam que as mudanças prejudicaram cerca de 5 mil universitários. Por conta da ocupação, desde o dia 26 de julho, 26 mil alunos estão sem aulas.

 

COMO OCORREU A DETENÇÃO?

Por volta das 13h20 desta sexta-feira (20), os policiais entraram na universidade, sendo recebidos por pedras e pedaços de madeira. De acordo com testemunhas, os policiais revidaram as agressões. Durante o confronto, alunos atearam fogo em pneus em uma das principais vias da região, a Avenida Rei Pelé.

 

Às 14h, três alunos e o deputado Glauber Braga foram detidos em um ônibus da Polícia Militar. Os quatro foram levados para a Cidade da Polícia, espaço na cidade do rio que abriga 15 delegacias. Às 15h10 a desocupação foi confirmada pela polícia.

Chamado de "bandido" por Glauber, Lira se defende e diz sentir "repulsa; Paulo Magalhães pede cassação do deputado
Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados

Chamado de “bandido” e de ladrão do orçamento pelo deputado Glauber Braga (Psol-RJ), o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), em nota divulgada nesta quarta-feira (28), repudiou as acusações e dizem que elas causam “repulsa”. Glauber fez as acusações durante sessão do Conselho de Ética, no qual é acusado em processo que pede a perda do seu mandato por agressão contra um integrante do Movimento Brasil Livre (MBL).

 

“O senhor Arthur Lira é um bandido, que está na presidência da Câmara dos Deputados. Está roubando o orçamento público”, afirmou Glauber Braga ao se defender das acusações de agressão ao integrante do MBL. O deputado acusou ainda o relator do processo, Paulo Magalhães (PSD-BA), de ter elaborado o relatório em acordo com o presidente da Câmara. 

 

Em resposta a Glauber Braga, Lira lembrou que o deputado responde a outro processo no Conselho. 

 

“Merecem pronta repulsa episódios como o ocorrido hoje [quarta-feira 28/8], por parte de parlamentar que já responde a outro processo perante o Conselho de Ética, por ter agredido uma pessoa presente no interior da própria Câmara dos Deputados, casa dos representantes do povo", disse Lira. 

 

“Sigo comprometido com o bom debate parlamentar e com a respeitosa troca de ideias, certo de que a sociedade brasileira, que tem fome de progresso e que não concorda com o ódio, espera muito mais de nós”, concluiu o presidente da Câmara.

 

O deputado Paulo Magalhães, ao apresentar o seu parecer, defendeu a cassação do deputado Glauber Braga por quebra de decoro parlamentar. O deputado baiano foi interrompido por Glauber, que o acusou de agir a mando de Lira. Braga chegou a ter o seu microfone cortado pelo presidente do Conselho de Ética, deputado Leur Lomanto Júnior (União-BA).

 

“Sua defesa se incrimina. Não faço conluio com ninguém. Minha relação com o presidente Arthur é discreta”, disse Paulo Magalhães, que chamou o deputado do Psol de “inconsequente” e “irresponsável”. 

 

“Eu não quero lhe cassar. Mas que vossa excelência merece, merece sim”, afirmou o deputado Paulo Magalhães.

 

Em virtude de um pedido de vistas, o relatório de Paulo Magalhães será votado na próxima sessão do Conselho de Ética, provavelmente na segunda semana de setembro.

Confusão na Câmara: deputado do PSOL expulsa militante do MBL a pontapés e discute com Kim Kataguiri
Fonte: Reprodução Internet

Depois de ter protagonizado uma intensa discussão com o seu colega Gilvan da Federal (PL-ES) na semana passada, na Comissão de Segurança Pública da Câmara, o deputado Glauber Braga (PSOL-RJ) se envolveu em outra confusão nesta terça-feira (16). Após bater-boca com um integrante do Movimento Brasil Livre, o deputado do PSOL expulsou aos pontapés do prédio da Câmara o militante do MBL. 

 

Nas imagens que circulam nas redes sociais, o deputado federal Glauber Braga aparece discutindo com o influenciador Gabriel Costenaro, do MBL. Na sequência, o parlamentar empurra o influenciador e o retira à força do Anexo III da Câmara, onde ficam concentradas as salas das comissões permanentes. É possível ver nas imagens que o deputado também tenta dar um pontapé no rapaz.

 

"Covarde usando do poder legislativo pra agredir! Vai ser processado e cassado!", afirmou Gabriel Costenaro em seu perfil no Instagram ao divulgar imagens do ocorrido.

 

Durante a discussão, Glauber Braga também quase chegou às vias de fato com o deputado Kim Karaguiri (União-SP), que já foi coordenador do MBL. Em vídeos gravados sobre o episódio, Glauber diz a Kataguiri que irá expulsar da Câmara todo integrante do MBL que tentar constrangê-lo e intimidá-lo. Kim Kataguiri chamou ele de "mentiroso", e Braga mandou ele "baixar a mãozinha".

 

Na discussão, os dois deputados precisaram ser separados por assessores e seguranças da Câmara para não brigarem. Kataguiri ainda disse a Glauber por diversas vezes: "vem fazer baixar a mão". 

 

Na última terça (7), Glauber Braga e o deputado Gilvan da Federal também quase brigaram de fato após trocarem ofensas e acusações. Questionado pelo Bahia Notícias após o episódio na Comissão de Segurança, Glauber Braga disse que em momentos de tensão como nos enfrentamentos com a bancada de oposição ao governo e os bolsonaristas, ele procura agir como um piloto de avião na hora de um defeito na aeronave: mantém o sangue frio e a lucidez para não perder o controle.

 

Nesta semana, entretanto, o deputado do Psol mostrou ter perdido o controle tanto ao expulsar da Câmara o militante do MBL como na troca de ofensas com o seu colega Kim Kataguiri. O deputado do União Brasil e ex-dirigente do MBL, logo após o episódio, divulgou um banner nas redes sociais com a foto do deputado Glauber Braga e a legenda #Glaubercassado. 

 

Algum tempo depois da discussão, o deputado Kim Kataguiri, acompanhado de alguns parlamentares e de militantes do Movimento Brasil Livre, participou de uma entrevista coletiva no Salão Verde da Câmara. Kataguiri disse que iria representar contra Glauber Braga no Conselho de Ética da Câmara, e afirmou que o deputado do Psol tentou quebrar os seus dedos. 

 

Já o deputado Glauber Braga gravou vídeo e divulgou em suas redes sociais, afirmando não se arrepender da atitude tomada conta o militante do MBL. O deputado chamou o militante de "fascista", e disse que ele já teria um histórico de ameaças e perseguições. 

 

"É a quinta vez que esse sujeito provoca. Ele tem um histórico de agressões a mulher. Da última vez no Rio de Janeiro ele ameaçou a mãe de de um militante nosso, de mais de 70 anos, dizendo que sabia onde ela morava. Não podemos aceitar esse tipo de intimidação de militante fascista do MBL. Eles tentam nos intimidar. Tentam, através do medo, fazer com que a gente recue. Não vamos recuar paa militante fascista nem do MBL, nem de organização nenhuma. Não me arrependo de nada do que eu fiz", disse o deputado do Psol do Rio de Janeiro.

 

VÍDEO: Deputados batem-boca durante sessão que tratava de homenagem a Elon Musk
Foto: Edu Mota / Bahia Notícias

A sessão da Comissão de Segurança da Câmara, que aprovou nesta terça-feira (9) uma moção de louvor e aplausos ao empresário Elon Musk, dono do X (ex-Twitter), foi marcada por um intenso bate-boca entre os deputados Glauber Braga (PSOL-RJ) e Gilvan da Federal (PL-ES) 


O pedido para a homenagem a Elon Musk partiu do deputado Coronel Meira (PL-PE) que citou a política de segurança pública do Brasil durante as suas considerações. “O Brasil é um país assolado pela corrupção e crime organizado. Espero que o nosso nobre deputado reconheça isso daqui a pouco quando fizer a sua fala”, disse em referência a Braga, que havia se inscrito para discursar. O deputado do PSOL, um dos poucos integrantes do governo na Comissão, ao falar, citou um suposto envolvimento entre familiares do ex-presidente Jair Bolsonaro e milicianos do Rio de Janeiro.

 

 

“O senhor, Coronel Meira, citou o crime organizado, sem citar que o então deputado estadual Flávio Bolsonaro, hoje senador, empregou familiares de um miliciano”, disse.


Gilvan da Federal, que ouvia o discurso de Glauber com uma bandeira do Brasil nos ombros se manifestou de maneira contrária. Glauber, então, passou a se referir a Gilvan. “Não adianta colocar uma bandeira do Brasil nos ombros e se ajoelhar para um bilhonário que atenta contra a democracia”. 


Gilvan levantou da cadeira e precisou ser contigo pelos colegas, enquanto mandava o outro parlamentar "lavar a boca para citar o seu nome". Em um momento, ele chegou a desafiar Glauber a provocá-lo fora da Câmara e o chamou de "covarde". Em resposta, Glauber disse que o bolsonarista era "um frouxo". Os demais deputados precisaram conter os ânimos dos dois.


Diante das recorrentes interrupções de Glauber às falas dos bolsonaristas da comissão, o presidente do colegiado, deputado Alberto Fraga (PL-DF), afirmou que não faria mais acordos com os governistas para que as pautas pudessem ser apreciadas. Ele também disse que irá remeter a conduta de Glauber ao Conselho de Ética.

Curtas do Poder

Ilustração de uma cobra verde vestindo um elegante terno azul, gravata escura e língua para fora
Afinal, quantos ovos você come? O Cacique parece estar bastante interessado no assunto. Mais do que isso: mostrou que sabe tudo de conta! Enquanto isso, tem gente economizando ao invés de comprar um guarda-roupa novo. Mas sem salvação mesmo está nosso Cunha, que decidiu entrar numa briga de gigantes. Outro clima bom é pros lados de Camaçari. Acho que o único no paraíso por enquanto em solo baiano é Ronaldo do Buzu. Saiba mais!

Pérolas do Dia

Capitão Alden

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"Estamos preparados, estamos em guerra. Toda e qualquer eventual postura mais enérgica, estaremos prontos para estar revidando".

 

Disse o deputado federal Capitão Alden (PL) sobre possível retirada à força da obstrução dos apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no Congresso Nacional.

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