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furto de cabos em salvador
Equipes da Coordenação de Operações do Departamento de Polícia Metropolitana (COP/Depom) recuperaram, na quarta-feira (15), rolos de cabos de operadoras de telefonia, em um depósito situado no bairro Arraial do Retiro. Os mais de 45 mil metros de fios apreendidos pesam 11 toneladas e estão avaliados em R$ 440 mil.
De acordo com o diretor do Depom, delegado Arthur Gallas, o material apreendido significa a maior recuperação deste tipo de produto do Brasil. “Nossas apurações sobre furtos e roubos destes materiais são constantes. Na contabilidade realizada com as operadoras de telefonia, ficou evidenciado que, esta é a maior apreensão desta natureza, de uma só vez, na história, em todo território nacional”, detalhou.
Durante as diligências que tiveram o apoio da Guarda Civil Municipal (GCM), de Salvador, não foram encontrados suspeitos. Os responsáveis pelas operadoras de telefonia foram acionados para a devolução dos cabos. Investigações têm continuidade na 11ª Delegacia Territorial (DT/Tancredo Neves), com objetivo de identificar os envolvidos com os crimes.
O furto de cabos elétricos destinados à iluminação pública provocou em Salvador um prejuízo de mais de R$ 2 milhões em 2023. O gasto extra para a reposição de materiais de manutenção da rede poderia ser utilizado para a ampliação de outras ações municipais ligadas ao setor. Daria, por exemplo, para instalar 1.750 novos pontos de luz pela cidade ou para modernizar 25 campos de futebol e quadras por meio do projeto “Clareou, é Gol”.
Além de custos que poderiam ser evitados, essa prática de vandalismo tem trazido transtorno para a segurança e a mobilidade da população. “O maior prejuízo, sem dúvida, é para o cidadão, que deixa de utilizar áreas públicas de lazer e esportes por estar sem iluminação. Os atos criminosos muitas vezes deixam cabos expostos que geram riscos de choque elétrico. Os buracos e valas também podem gerar acidentes. Enfim, são inúmeros os transtornos que prejudicam o erário público e, sobretudo, a vida das pessoas”, afirma ngelo Magalhães, diretor de Serviços de Iluminação Pública (Dsip).
Apenas no primeiro trimestre de 2024, 165 ocorrências de furtos de cabos já foram contabilizadas pelo órgão, totalizando um prejuízo de R$ 325 mil. Em todo o ano passado, houve 1.248 registros, quase 30% a mais que em 2022, quando foram somados 965 casos.
Entre os locais com maior incidência de vandalismo estão as principais bases de tráfego da cidade, como as avenidas ACM, Paralela, Vasco da Gama, Suburbana, Octávio Mangabeira, Bonocô e Rua Lucaia.
Nem a Avenida Centenário, onde a Prefeitura entregou em novembro passado uma série de melhorias urbanísticas, escapou dos criminosos. De lá para cá, 12 ocorrências de furto e vandalismo foram computadas, sendo que R$ 50 mil foram destinados para reparar os danos causados.
Prevenção - A Dsip tem investido em estudos e projetos capazes de promover maior nível de segurança para o parque luminoso da cidade. Uma das medidas é a instalação do cabeamento de forma aérea, dificultando o acesso aos cabos e reduzindo o risco de choque elétrico, assim como execução de obras para eletrodutos mais profundos e envelopados com concreto.
Em passarelas, outros equipamentos alvos dos criminosos, os eletrodutos são de aço galvanizados e soldados na estrutura metálica. Ainda nesses locais, são instaladas grades de proteção para as luminárias.
De acordo com o artigo 163 do Código Penal, cometer vandalismo é crime (destruir, inutilizar ou deteriorar coisa alheia), com pena de detenção de um a seis meses, ou multa. O cidadão que flagrar ações do tipo pode entrar em contato com os principais canais da Prefeitura, como a plataforma Fala Salvador, acessada por aplicativo instalado em smartphones, portal na internet (www.falasalvador.ba.gov.br) e telefone 156. A polícia também pode ser acionada pelo 190.
Curtas do Poder
Pérolas do Dia
Alexandre de Moraes
"As instituições mostraram sua força e sua resiliência".
Disse o ministro do STF Alexandre de Moraes, relator do processo que investiga os atos golpistas de 8 de janeiro de 2023, ao proferir uma manifestação antes da leitura de seu relatório no julgamento, nesta terça-feira (2).