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A Ford foi condenada a pagar indenização de R$ 30 milhões por danos morais coletivos, por não ter feito prévia negociação com o sindicato da categoria ao fechar sua fábrica de automóveis na Bahia. A ação movida em Camaçari pelo Ministério Público do Trabalho (MPT) buscou garantir o efetivo diálogo com o sindicato dos trabalhadores.
O acórdão foi proferido pela Primeira Turma do Tribunal Regional do Trabalho da 5ª Região no julgamento de recursos tanto do MPT, como da Ford Motor Company Brasil Ltda e do Banco Ford (Ford Credit Holding Brasil) publicado na última sexta-feira (1º). Ainda cabe recurso da decisão.
O pagamento da indenização por danos morais coletivos só será feito após esgotados todos os prazos para apresentação de recursos. Só depois disso, será aberto um processo de execução na 3ª Vara do Trabalho de Camaçari, onde a ação teve origem. Tanto o pagamento quanto a destinação das verbas serão discutidos após essas etapas. O dano moral coletivo é destinado à reparação da sociedade pelos danos causados. As reparações a cada trabalhador estão sendo discutidas em processos individuais e coletivos.
Na ação, o MPT comprovou que a Ford encerrou a produção de forma unilateral e sem diálogo prévio com o sindicato, descumprindo compromissos assumidos em acordos coletivos e em contratos com o BNDES. O órgão ministerial demonstrou que a negociação coletiva só ocorreu após sua intervenção, com o ajuizamento da ação civil pública. No julgamento ocorrido no dia 31 de julho de 2025, o Tribunal reconheceu que a Ford tinha a obrigação de negociar coletivamente a demissão em massa, e que a negociação só ocorreu após a deliberação pelo encerramento das atividades, caracterizando falta de intervenção sindical prévia.
Desde o anúncio do fechamento, em 11 de janeiro de 2021, o MPT tem atuado ativamente no caso, por meio de um Geaf (Grupo Especial de Atuação Finalística), que obteve, já em 2021, decisões liminares em Camaçari e em Taubaté para garantia do diálogo com o ente sindical, assegurando a manutenção dos empregos e salários e proibindo o assédio negocial aos trabalhadores.
O recurso do MPT foi acolhido por unanimidade pela 1ª Turma do Tribunal Regional do Trabalho da 5ª Região, com relatoria do desembargador Edilton Meireles. Houve divergência apenas no valor fixado para a condenação. Para a procuradora do trabalho Flávia Vilas Boas, coordenadora do Geaf na Bahia, “a decisão confirma a tese do MPT de que a deliberação empresarial pela dispensa coletiva de trabalhadores somente deveria ter sido tomada após negociações prévias com o sindicato profissional”.
No acórdão, o relator afirma que a “atuação do MPT se revelou pertinente na busca da realização do direito”. Ele conclui que “a Ford se comprometeu a somente reduzir seu quadro de pessoal e, obviamente, em encerrar suas atividades na fábrica de Camaçari, com ‘extinção’ de seu quadro de pessoal no referido estabelecimento, após ‘a conclusão das negociações realizadas com a(s) competente(s) representação(ões) dos trabalhadores envolvidos no processo de demissão’”. E que “apesar de ter assumido o compromisso da prévia negociação coletiva, não a realizou antes de deliberar pela despedida coletiva de seus empregados”.
O deputado estadual Júnior Muniz (PT) protocolou um Projeto de Lei para alterar o nome de um trecho da BA-535 que passa pelo município de Camaçari. O parlamentar sugeriu que a via, agora chamada de “Avenida Henry Ford”, tenha seu nome alterado para “Avenida BYD”, fazendo menção à fábrica da montadora de carros chinesa que está sendo construída no município. A proposta foi protocolada nesta quarta-feira (12) e ainda passará pelas comissões temáticas.
Localização da Avenida Henry Ford | Foto: Google Maps
“A BYD, uma das maiores fabricantes globais de veículos elétricos e soluções de energia limpa, tem investido significativamente no estado, promovendo inovação, sustentabilidade e geração de empregos. Sua presença no Polo Industrial de Camaçari simboliza a transição para uma economia mais sustentável e tecnologicamente avançada, alinhada com os novos paradigmas da indústria automobilística global”, escreveu Muniz.
A via tem o nome em homenagem ao fundador da Ford desde junho de 2001, mesmo ano em que a fabricante de automóveis norte-americana inaugurou sua fábrica em Camaçari. A mudança foi promovida por meio da lei municipal nº 511/2001 pelo então prefeito José Tude (União).
Decreto que instituiu o nome da Avenida Henry Ford | Foto: Reprodução
Em 2021, a Ford decidiu fechar três plantas de produção no Brasil, incluindo a fábrica de Camaçari. Desde então, os veículos comercializados no mercado brasileiro passaram a ser produzidos nas plantas na Argentina e Uruguai, além de importações de outras regiões.
Segundo o Sindicato dos Metalúrgicos de Camaçari, saída da montadora estadunidense resultou na demissão de mais de 11 mil trabalhadores do polo.
Dois anos depois, a BYD anunciou que faria a primeira planta industrial nas Américas da companhia para a produção de carros elétricos no município de Camaçari, comprando o terreno da antiga fábrica da Ford. A projeção é de geração de 10 mil vagas de empregos, com investimentos na casa dos R$ 3 bilhões.
O governo baiano renovou o contrato de gestão ambiental do Terminal Portuário Miguel de Oliveira, conhecido como Porto da Ford, situado em Candeias, na Região Metropolitana de Salvador (RMS). O contrato, sem licitação, foi firmado com a Bourscheid Engenharia e Meio Ambiente Ltda pelo valor de R$ 600,7 mil.
Em março deste ano, a empresa tinha sido contratada para o mesmo serviço e pela mesma BahiaInvest, empresa de economista mista vinculada ao governo do estado. O prazo era de seis meses [encerrado em setembro passado] pelo valor de R$ 278,1 mil.
O Porto da Ford é um dos ativos do estado e está parado desde 2021 quando a montadora decidiu encerrar as atividades no país. Na negociação que culminou na vinda da BYD para Camaçari, também na RMS, o porto não foi incluído no pacote, apesar de a empresa chinesa tentar a cessão do espaço. Até o momento, o estado ainda não conseguiu um comprador para o equipamento.
O porto tem 18,7 hectares, com capacidade para movimentar até seis mil veículos, e conta com rampas que permitem a operação de dez caminhões cegonha de uma só vez. Também recebe navios com até 200 metros de comprimento.
A empresa Senai Cimatec assinou nesta quinta-feira (25), o contrato das obras de expansão do Senai Cimatec Park, localizado em Camaçari, na Bahia. O ato, que contou com a presença de empresários e representantes da indústria, marcou o início da construção do primeiro prédio do Science Park e do prédio da engenharia, que amplia a infraestrutura do Centro de Desenvolvimento e Tecnologia da Ford no Brasil. As duas obras representam um investimento de R$ 64 milhões, com previsão de conclusão em 2026.
“O início das obras do Science Park marca um momento histórico para a Bahia, impulsionando nosso compromisso com a inovação e o desenvolvimento sustentável. Este centro de excelência não apenas atrai investimentos, mas também fortalecerá a colaboração entre universidades, indústrias e startups, fomentando um ecossistema vibrante de tecnologia e ciência”, enfatizou o presidente da Federação das Indústrias do Estado da Bahia (FIEB), Carlos Henrique Passos.
Foto: Divulgação
O Science Park será um polo colaborativo para o desenvolvimento científico, conectado com os desafios das indústrias baianas e do Brasil. O prédio será o ponto de partida para duas frentes: apoiar o desenvolvimento de ciência e pesquisa com espaços reservados para universidades, institutos de tecnologia e centros de pesquisa brasileiros e do exterior. A outra frente abrigará as startups conectadas com o sistema do CIMATEC, e contará com investimento do edital Parque Tecnológico, da Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP).
Não é novidade que o Governo da Bahia selou um acordo com a montadora chinesa Build Your Dreams (BYD), que abrirá uma fábrica em Camaçari, município da Região Metropolitana de Salvador (RMS). Porém, mesmo com as tratativas juntos aos chineses - e com a Polícia Militar (PM) já ter recebido viaturas entregues pela BYD -, mais de R$ 160 milhões serão empenhados pela gestão de Jerônimo Rodrigues (PT) para a aquisição de veículos automotores, componentes e acessórios de três outras montadoras.
A Ford, a General Motors (GM) e a Toyota venceram o Edital de Licitação Nº 144/2023, elaborado pela Secretaria de Administração do Estado da Bahia (Saeb), que prevê a aquisição de 1.200 veículos como sedans, SUVs, hatchbacks, caminhonetes, vans e furgões, dentre outros, divididos em sete lotes diferentes. A informação consta no Diário Oficial do Estado (DOE) publicado nesta quinta-feira (16).
De acordo com a publicação, a Ford, ganhadora dos lote 04,06,07 vai receber mais de R$ 101 milhões, a maior fatia dentre as vencedoras. A montadora vai fornecer 500 veículos divididos entre caminhonetes, cabines duplas, vans, minibus e furgões.
A Toyota, vencedora dos lotes 01 e 02, receberá R$ 35,6 milhões para fornecer 400 200 hatchbacks e 200 sedans. Já a GM vai montar 200 veículos do tipo SUV ou Station e Wagon ou Monovolume pela contrapartida de R$ 23,1 milhões por ter ganhado o terceiro lote.
O quinto lote, referente à aquisição de 100 pick-ups, terminou fracassado, de acordo com o DOE. Inicialmente, os valores estipulados pelo governo da Bahia para compra de todos os equipamentos era acima dos R$ 221 milhões e serão utilizados por diversas pastas do Governo da Bahia, além do Tribunal de Justiça do Estado da Bahia (TJ-BA), Tribunal de Contas dos Municípios (TCM-BA), Ministério Público Estadual (MP-BA), Tribunal de Contas do Estado (TCE-BA) e Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA).
Ainda de acordo com o DOE, os veículos serão entregues em até quatro meses após as assinaturas dos contratos, inicialmente à capital baiana e outras cidades que compõem a Região Metropolitana de Salvador, como Camaçari, Candeias, Lauro de Freitas, Mata de São João, Pojuca e Simões Filho.
O empresário Flávio Figueiredo Assis, dono da nacional Lecar, apresentou uma proposta ao Governo da Bahia, e entrou na disputa pelo complexo industrial da Ford, em Camaçari, na região Metropolitana de Salvador (RMS) com a montadora chinesa BYD.
O empresário fez uma visita à antiga fábrica para compra de robôs e esteiras que estão desativadas. Assis vai usar parte do equipamento que pertenceu à Ford em sua futura montadora de carros elétricos. As informações são do Jornal Folha de São Paulo.
De acordo com a reportagem, Assis verificou que o aviso de chamamento público feito pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico do Estado da Bahia (SDE) estava aberto até esta quarta-feira (28). A fábrica hoje pertence ao Estado do Bahia. O documento diz que a BYD havia manifestado interesse no complexo industrial de Camaçari, mas havia margem para uma outra proposta.
De acordo com o texto, outros interessados poderiam "manifestar interesse em relação ao imóvel indicado e/ou apresentar impedimentos legais à sua disponibilização, no prazo de 30 (trinta) dias, contado a partir desta publicação". O complexo tem 4,7 milhões de metros quadrados, com 314,8 m² de área construída. Originalmente, a capacidade produtiva era de até 400 mil carros por ano.
O dono da Lecar pretende adquirir o espaço para construir o futuro hatch elétrico da marca, que deve ter preço abaixo de R$ 100 mil. A BYD já está ciente da proposta e prepara uma resposta oficial à investida da Lecar. Pessoas ligadas à montadora chinesa acreditam que nada irá mudar nas negociações, e que a estratégia de Assis é uma jogada de marketing. O empresário, contudo, vê um bom negócio, já que os valores envolvidos são atraentes.
"Todos os equipamentos estão em ótimo estado de conservação. Esses maquinários irão agilizar a produção dos carros", diz Assis, que está preparando um material de divulgação da nova empreitada, incluindo a primeira imagem de seu projeto de carro elétrico mais em conta.
O anúncio deve ser feito ainda nesta quarta, coincidindo com a apresentação do BYD Dolphin Mini. O novo compacto elétrico, que tem preço sugerido de R$ 115,8 mil, está confirmado para produção nacional. A montadora chinesa já anunciou um investimento de R$ 3 bilhões na Bahia. No fim de janeiro, a BYD entregou um SUV elétrico para a Presidência da República.
Os executivos da empresa foram recebidos pelo presidente Luís Inácio Lula da Silva (PT) no Palácio da Alvorada e confirmaram para o fim do ano o início da produção em Camaçari. Já os futuros veículos da Lecar seguem em fase de desenvolvimento e homologação. Antes do modelo compacto, está previsto o sedã médio 459. Assis espera lançar o primeiro modelo ainda em 2025.
A Ford informou que a reversão da propriedade da fábrica de Camaçari, na região metropolitana de Salvador, foi finalizado com êxito nesta terça-feira (5). Isso significa que, a partir de agora ,o imóvel pertence totalmente ao governo do Estado da Bahia.
"A Ford enaltece a parceria com o Estado nesse processo, que foi conduzido com o objetivo de viabilizar o crescimento econômico e social para a comunidade baiana", diz a nota.
O acordo da venda foi firmado em agosto deste ano. Com a saída da montadora, a BYD deverá ocupar o espaço.
A montadora chinesa de veículos eletrificados BYD confirmou que vai lançar na próxima semana a pedra fundamental de sua fábrica em Camaçari, município localizado na Região Metropolitana de Salvador (RMS).
Na próxima segunda-feira (9), a gigante asiática fará a cerimônia, que contará com a presença do fundador e CEO Global da BYD, Wang Chuanfu, e da CEO BYD Américas, Stella Li. Além deles, estarão presentes, o vice-presidente, Geraldo Alckmin, o ministro da Casa Civil, Rui Costa, o governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues, entre outras autoridades.
A vinda da BYD foi confirmada após o governo baiano entrar em acordo com a Ford, o que permitiu a utilização imediata da antiga fábrica da montadora norte-americana pelo estado.
As operações da nova fábrica estão programadas para iniciar no último trimestre de 2024 ou no primeiro de 2025.
Ex-funcionários de empresas “satélites” da Ford protestaram na manhã desta segunda-feira (11) em um trecho da BA-526, a Via Parafuso. A ação foi feita por ex-empregados da Magna Seating, Magna Cosmos, Sian e Tenneco, e chegou a bloquear os dois trechos da via. Os manifestantes aguardam uma definição da Justiça.
A ação desta segunda não foi puxada pelo sindicato dos metalúrgicos de Camaçari. Foi feita por um grupo de ex-servidores de terceirizadas da Ford. A montadora encerrou as atividades na Bahia e o Brasil em janeiro de 2021.
Presidente do sindicato dos metalúrgicos à época do fechamento da Ford e atual representante nas negociações, Júlio Bonfim, disse que as empresas citadas são as únicas ainda que não entraram em acordo para pagamentos das indenizações dos trabalhadores.
Segundo ele, cabe à Justiça acelerar as decisões. “A gente não pode obrigar na marra o empresário e dizer: “pague”. É a Justiça que tem fazer isso. O sindicato tem limitações legais. Nós não podemos ser responsabilizados pela demora desses processos”, disse o sindicalista ao BN. Conforme Bonfim, quase 600 trabalhadores das empresas satélites estariam afetados. Outros mais de oito mil funcionários já tiveram os pagamentos encaminhados.
Segundo a Polícia Militar (PM-BA), o protesto ocorreu na altura do km 6 da rodovia. Munidos de faixas e cartazes, o grupo bloqueou a via, ateando fogo em pneus. Um Batalhão de Polícia Rodoviária (BPRv) foi acionado e após negociação com os manifestantes, a via foi liberada para o tráfego. Os manifestantes utilizavam cartazes e objetos em chamas para bloquear a via. (Atualizado às 10h)
A Ford pagou um montante de R$ 2,141 bilhões ao Estado da Bahia, em 2021, como indenização pelo fechamento da fábrica da empresa em Camaçari, na Região Metropolitana de Salvador (RMS). Essas cifras, de acordo com o governo do Estado, contribuíram para o recorde de investimentos registrado pela Bahia no ano seguinte.
O governo informou que investiu R$ 10,2 bilhões em 2022, o maior volume de recursos destinados neste século, em um mesmo ano, para ampliar e melhorar a infraestrutura em áreas como mobilidade urbana, estradas, saneamento, construção, reforma e ampliação de escolas, hospitais e equipamentos de segurança pública, entre outras.
Conforme a legislação aplicada à contabilidade pública, os recursos foram classificados na chamada fonte 100, a mais importante do orçamento estadual, que é sistematicamente auditada pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE) por meio do acompanhamento de cada fase das despesas realizadas: empenho, liquidação e pagamento.
O valor foi pago na forma de indenização pela Ford ao governo baiano, que havia financiado o capital de giro da empresa por meio do Programa Especial de Incentivo ao Setor Automotivo da Bahia – Proauto, estabelecido na Lei nº 7.537/1999.
O governo ainda destacou que por se tratar de uma devolução de recursos que haviam sido dispendidos pelo Estado, e não de novos impostos recolhidos pela empresa, de acordo com a legislação, o pagamento foi registrado como outras despesas correntes.
O deputado estadual Alan Sanches (União), líder da bancada de oposição na Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA), cobrou uma maior transparência do governo sobre o valor e a destinação dos recursos da indenização paga pela Ford em razão do fechamento da fábrica automotiva no município de Camaçari. Além disso, o parlamentar indicou que pretende levar o caso ao Ministério Público (MP-BA) e ao Tribunal de Contas do Estado da Bahia (TCE-BA).
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“Qual foi o montante do numerário restituído ao Estado? E quando foi depositado? Nós vemos tudo isso com muita estranheza, porque não houve a menor transparência. O Partido dos Trabalhadores, que sempre pregou a ética e a transparência, agora que está no governo começa a mudar o discurso. O que foi feito desses valores? Será que os convênios feitos durante a campanha eleitoral do ano passado não se devem, em grande parte, a esses recursos?”, disse Alan Sanches.
De acordo com o líder da oposição, a administração estadual precisa dar explicações à população baiana sobre o que foi feito com o dinheiro, se houve, por exemplo, aplicação em saúde e educação.
“Se tal restituição for em decorrência da isenção de ICMS, qual foi o montante repartido com os municípios?”, questiona outro trecho da petição.
O ofício pede ainda as cópias dos instrumentos de distrato e cálculos da quantia devolvida. A solicitação da bancada de oposição está amparada pela Lei de Acesso à Informação (Nº 12.527/2011), que estabelece o prazo máximo de 20 dias para apresentação das informações requeridas, sob pena de configurar ato de improbidade administrativa.
O governador Jerônimo Rodrigues (PT) anunciou que o presidente da BYD garantiu que irá construir um centro de inteligência em Salvador, após a instalação da fábrica da montadora chinesa em Camaçari. O anúncio foi realizado nesta sexta-feira (18), durante agenda do governo no município de Antônio Gonçalves.
Jerônimo afirmou que, após ouvir exigências dos representantes da BYD, ele solicitou que a montadora trouxesse um centro de inteligência para o estado da Bahia, assim como a Ford atualmente tem, em parceria com o Senai Cimatec. Segundo o governador, o presidente da companhia chinesa garantiu a construção do centro em Salvador.
“Recebi uma notícias que não estava esperando. Uma das coisas que nós combinamos com a BYD quando viesse se instalar na Bahia, era que criasse um ambiente de ciência, de pesquisa, como a Ford tem. Ouvi da boca do presidente da BYD, aqui no Brasil, que isso está garantido. Será em Salvador, um centro de tecnologia, de ciência. 10% dos profissionais da BYD são do setor de inteligência. Fiquei feliz com isso”, disse Jerônimo.
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O governador também comentou sobre as negociações com a Ford para aquisição da fábrica de Camaçari. Na semana passada, a companhia estadunidense oficializou a venda do estabelecimento ao governo da Bahia para “agilizar” o processo de transição da fábrica.
“Nós vamos fazer um contrato com a Ford de reversão, receber de volta o terreno da Ford. Vamos ressarcir, vai ter uma avaliação para isso, o valor dos investimentos em obras que a Ford fez. A gente vai negociar com a BYD como deveremos passar esse prédio de Camaçari para eles, mas vamos ter que negociar qual o formato”, afirmou o governador.
A Ford oficializou a venda da fábrica de Camaçari ao governo da Bahia após acordo finalizado nesta sexta-feira (11). A expectativa é de que a ação facilite a chegada da montadora chinesa BYD, que vinha negociando com a Ford há meses para poder ocupar o espaço da fábrica, mas o acordo não evoluiu. Os valores da negociação não foram divulgados.
Após entrave nos diálogos entre a Ford e a BYD, a legislação que prevê reversão de posse foi a alternativa encontrada para por fim ao impasse entre as duas companhias. A Ford informou que vai receber pelo imóvel um valor de mercado. Segundo fontes do mercado, o instrumento prevê que uma empresa especializada determine o valor da operação.
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“O acordo tem a finalidade de simplificar e agilizar o processo de transição de propriedade da fábrica, contribuindo para geração de valor ao Estado e à comunidade baiana”, afirmou a Ford do Brasil por meio de comunicado.
Em julho, a empresa chinesa firmou acordo com o governo local para a instalação de três unidades fabris na cidade baiana e negociava diretamente com a marca estadunidense para assumir a unidade de Camaçari, mas a negociação acabou emperrada.
A montadora chinesa BYD, que pretende usar a antiga instalação da Ford em Camaçari, Região Metropolitana de Salvador, lançou no início do mês na China um SUV semelhante ao que era produzido na fábrica da Ford. O SUV BYD Yuan Pro 2023 possui características parecidas com o carro EcoSport.
De olhar imediato, o Yuan Pro remete ao EcoSport, principalmente se visto pela lateral, com o tradicional estepe fixado na porta traseira de abertura lateral.
O veículo tem a promessa de ser um dos veículos elétricos mais acessíveis da linha custando entre 39.000 e 58.100 yuans, o equivalente entre R$ 27 mil e R$ 40 mil em uma conversão direta. O valor, caso chegue ao Brasil, ainda não foi divulgado.
Já o Ecosport, no Brasil, o preço FIPE varia de R$ 17.457 até R$ 110.348, dependendo do ano e versão.
O governador Jerônimo Rodrigues (PT) mostrou confiança ao falar dos avanços nas conversas para a instalação da fábrica da empresa chinesa BYD em Camaçari, na Região Metropolitana de Salvador (RMS). Segundo o gestor estadual, apesar de não poder revelar detalhes do processo, por conta de um sigilo entre as empresas envolvidas, a concretização está "muito próxima" de acontecer.
"Como envolve as duas empresas, tem um sigilo entre as duas que eu não posso ser porta-voz disso, mas posso dizer que está muito próximo, inclusive com informações da BYD de outros investimentos que não dependem da relação Ford/BYD, são investimentos deles, mas também nosso e que já queremos iniciar. Tem uma novidade que é a vinda de uma executiva mais forte da BYD, está prevista entre final desse mês e inicio do outro, para fazer alguma mais concreta. A expectativa é essa, o governo federal está ajudando bastante porque a BYD pediu um conjunto de incentivos ao governo do estado. Estudamos e vimos na lei e demos ok para um conjunto de demandas e incentivos. Ao mesmo tempo demandaram ao governo federal e estamos aguardando. Os incentivos saindo já é uma porta aberta para vermos a data de realização da indústria em Camaçari e do VLT [do Subúrbio]", disse ao ser questionado pelo Bahia Notícias nesta quinta-feira (1º).
Na semana passada, o governador Jerônimo Rodrigues se reuniu com o embaixador da China no Brasil, Zhu Qingqiao, com a cônsul-geral no Rio de Janeiro, Tian Min, e demais membros da comitiva chinesa para tratar dos principais projetos baianos em parceria com o País asiático. Entre as diversas iniciativas apresentadas, o governador destacou a urgência das negociações com a indústria automotiva BYD, que pode ocupar o lugar da Ford em Camaçari, e de outros investimentos para a Bahia.
“O que fizemos aqui é um resumo do que nós temos para dialogar com a China. Todos os projetos são estratégicos para a Bahia e para o Brasil”, afirmou Jerônimo. Um dos projetos em andamento apresentado durante a reunião foi o de energia eólica, com a chinesa CGN, no valor de R$ 1,8 bilhão, do qual R$ 1,7 bilhão já foi executado. “Na visita à China, eu percebi muito cuidado com as energias renováveis. O governo brasileiro se comprometeu a realizar o leilão de linhas de transmissões”.
O embaixador se disponibilizou a intermediar a negociação com as empresas chinesas. “Em termos gerais, podemos dizer que a relação bilateral já tem uma base sólida e com resultados exitosos. Nós vamos falar para as empresas chinesas executarem os projetos, conforme a realidade e as regras estabelecidas”, destacou.
O governador Jerônimo Rodrigues ( PT) voltou a falar, nesta quinta-feira (25), sobre a possibilidade de venda do complexo da Ford em Camaçari para a fabricante chinesa BYD. A declaração veio durante a comemoração do Dia da Indústria, realizado pela Federação das Indústrias do Estado da Bahia (Fieb).
A fala do governador veio após o governo federal sinalizar incentivos para a indústria automotiva, que podem acelerar a instalação de uma fábrica de carros elétricos na Bahia. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o vice, Geraldo Alckmin, apresentaram linhas gerais do programa também nesta quinta.
Segundo Jerônimo, o governo estadual tem colocado condições e incentivos para intermediar a construção das fábricas na Bahia.
“Tem uma relação entre BYD e Ford. A gente não pode interferir nessa relação entre particulares e privados. O que estamos fazendo é colocando as condições, mediando, tentando ver se ajuda, o presidente Lula também colocou à disposição os incentivos que eles pediram”, contou Rodrigues.
O governador disse ainda que caso as fábricas sejam instaladas na Bahia, novo Parque Industrial de Camaçari poderá ser construído.
“Estamos aguardando tanto o Porto quanto o Parque Industrial de Camaçari. Estamos torcendo, trabalhando e pedindo que isso aconteça logo porque não vai ser só a instalação de uma indústria, é de uma indústria com um produto inovador movido por energia sustentável, renovável. Estamos aí trabalhando dia e noite para que isso aconteça logo”, explicou Jerônimo.
Entre março e abril deste ano, o governador baiano foi até a China para iniciar negociação com a fábrica chinesa. Já a Ford tinha uma fábrica na cidade de Camaçari, Região Metropolitana de Salvador, que encerrou suas atividades e produções no ano de 2021.
A Ford anunciou na última sexta-feira (28), a conclusão da venda da fábrica de Taubaté, no interior de São Paulo. O novo dono é a São José Desenvolvimento Imobiliário, mesmo grupo que adquiriu a unidade de São Bernardo do Campo (SP) em novembro de 2020. Os valores não foram informados.
A montadora americana continua em negociação com sua unidade em Camaçari, na Região Metropolitana de Salvador (RMS). A chinesa BYD mostrou interesse na aquisição da planta, mas as conversas não avançaram.
Na visita da comitiva liderada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e com participação do governador da Bahia Jerônimo Rodrigues a China em abril, autoridades brasileiras e representantes da fabricante chinesa de veículos elétricos, discutiram um local alternativo no estado onde a montadora poderia construir uma fábrica do zero se as negociações com a Ford sejam concluídas.
“Feira de Santana reúne todas as condições de receber a fábrica da BYD na Bahia. Estamos de braços abertos”. A declaração é do prefeito da cidade, Colbert Martins Filho (MDB), diante da informação de que autoridades brasileiras e representantes da fabricante chinesa de veículos elétricos discutem um local alternativo na Bahia, considerando a possibilidade de que as negociações com a Ford não avancem.
O gestor ressalta que tem acompanhado, através da imprensa, as tratativas que envolvem a vinda da fabricante chinesa para o território baiano. “Coloco nossa cidade à disposição. Podemos oferecer infraestrutura, terreno, todas as condições para a BYD se instalar em Feira. A cidade possui uma posição geográfica privilegiada, o que facilita a logística para qualquer empresa”, salienta Colbert.
Ele afirmou ainda que pretende colocar Feira de Santana na “Nova Rota da Seda”, um megaprojeto global chinês com o objetivo de impulsionar a cooperação e a conectividade entre diferentes países. “Incluir nossa cidade na ‘Nova Rota da Seda’ significa abrir novas oportunidades de comércio e investimento com empresas e outros países, o que pode aumentar nossa competitividade e atratividade para os investidores”, destaca o prefeito.
Colbert acrescenta ainda que a Nova Rota da Seda pode trazer investimentos em infraestrutura. “Como projetos de transporte, energia, telecomunicações e outras áreas que podem melhorar a qualidade de vida de nossos munícipes”, exemplifica. As informações são do Acorda Cidade.
Curtas do Poder
Pérolas do Dia
Capitão Alden
"Estamos preparados, estamos em guerra. Toda e qualquer eventual postura mais enérgica, estaremos prontos para estar revidando".
Disse o deputado federal Capitão Alden (PL) sobre possível retirada à força da obstrução dos apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no Congresso Nacional.