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filomena bagaceira
Os vocalistas Sara Reis e Mama di Souza, da banda Filomena Bagaceira, detalharam o processo de criação da permanente da banda, em meio as mudanças no gênero do forró. Os artistas, que são a terceira atração do Parque de Exposições no São João da Bahia, neste sábado (21), contaram ao Bahia Notícias que a inovação é o segredo para se manter relevante no cenário musical.
“A Filomena está há 26 anos no mercado, eu estou há 16 anos, eu tinha cabelo preto ainda”, brinca Marcos de Souza, o Mama. “Mas assim acho que para se manter no mercado a gente procura sempre inovar com um repertório que você vai ver, a gente tem um show muito eclético, passeia por várias vertentes. Tem também a parte de pirotecnia, balé, enfim, muita coisa gostosa”, afirma.
Foto: André Carvalho / Bahia Notícias
Para Sara, que teve a sua mãe como referência de artista forrozeira, conta que o contato com o público a cada ano, é um impulso para a banda. “Sim, como eu costumo falar, realmente é a verdadeira bagaceira. É uma mistura de tudo, com certeza vai agradar todo mundo que está ouvindo, que está no show. Porque a gente busca trazer um pouco da identidade de cada um, a gente procura entender o que está acontecendo com o mercado, o que as pessoas estão escutando, como estão sendo movimentadas as engrenagens. Então a gente faz essa mistura de tudo para no final ter um resultado satisfatório”, completa.
O Filomena Bagaceira é segunda das nove atrações que sobem ao palco principal do São João da Bahia no Parque de Exposições. Além da dupla, ainda devem se apresentar os cantores Tony Sales, Nattanzinho Lima e Solange Almeida.
A banda Filomena Bagaceira, uma das atrações do São João da Bahia, no Parque de Exposições, na noite desta sexta-feira (30), em Salvador, contou ao Bahia Notícias suas motivações para incluir tantos ritmos diferentes no show.
“Na verdade a Filomena sempre tentou inovar. Então, quando a gente pensa assim, vamos misturar todos os ritmos, nós somos da Bahia, aqui é a terra de todos os ritmos, todas as cores, porque não costurar o forró com pagode?”, explicou uma das vocalistas, Victoria Chaves.
A artista continuou detalhando que realizou recentemente uma parceria com A Dama do Pagode e ressaltou mais a relevância de diferentes hits.
“É uma super parceira, ela topou na hora. A gente não se limita, a gente é realmente da bagaceira, a gente toca o que toca o coração, a gente chega abraça o que realmente estamos sentindo, sem preconceito, sem bandeiras. A Filomena hoje é uma banda sem fronteiras. O que toca no coração da gente, a gente lança, tanto que a gente está com dois lançamentos aí no mercado que é Fogo na Raba e de Bercinho de Barro, que são lançamentos é bem diferente, mas ao mesmo tempo que eles são coesos, que é o meu estilo e o estilo de Mamá, a gente acaba brincando que a Filomena realmente é um nome composto, por quê? A Filomena que tem a bagaceira também”, declarou.
A Dama do pagode, Alana Sarah, acabou de lançar mais uma canção, que promete ser sucesso e fazer todo mundo dançar. Lançada em parceria com a banda de forró Filomena Bagaceira, liderada pela cantora Vic, a canção traz uma mistura de forró e pagode.
Alana não esconde a alegria de dividir os vocais da música com a banda.
“Vic é uma cantora muito boa, com uma voz potente, poder dividir os vocais de ‘Fogo na Raba’ com ela e com a Filomena Bagaceira, que é uma das bandas mais tradicionais do forró baiano. Espero que a galera curta muito, pois fizemos ela com muito carinho”, revelou.
A música está disponível nas plataformas digitais e no canal oficial da Filomena no YouTube:
O forrozeiro baiano Zelito Miranda está celebrando, em 2019, a 10ª edição do Forró no Parque. O evento, que já passou pelo Parque da Cidade e Museu de Arte Moderna, acontece este ano no Pelourinho. A segunda apresentação do cantor será neste domingo (28), no Praça Pedro Arcanjo, às 11h.
O primeiro show do projeto aconteceu no meio das "Águas de Março", com a participação do cantor Alcymar Monteiro. "Estava chovendo muito, mas foi impressionante. Ficamos preocupados com a chuva, imaginando se o show iria mesmo acontecer, mas de repente a praça estava totalmente cheia e foi uma surpresa imensa para a gente", contou Miranda ao Bahia Notícias.
Sobre os eventos no Pelourinho, Zelito destacou a estrutura de show que o local possui. "O Pelô tem todo aquele comercial em suas praças, que são as galerias, os restaurantes, e tudo fica aberto a partir das 10h, fica um negócio muito bonito".
Durante os 10 anos do Forró do Parque, o rei do forró "temperado" já recebeu mais de 70 artistas convidados durante seus shows. Entre eles já passaram o Ilê Aiyê, Olodum, Cortejo Afro, Alberto Mendes, Adelmario Coelho, Targino e até Renato Piaba já participou realizando uma performance. "Sempre foi muito eclético, eu não escuto apenas forró, gosto de todo tipo de música e respeito todos que fazem uma boa música. Então, chamo mais as pessoas que estão ligadas a mim, meus amigos".
No show de domingo, os convidados de Zelito serão o grupo pernambucano Fulô de Mandacaru, vencedor da terceira edição do programa SuperStar, e os baianos da Filomena Bagaceira. O forrozeiro fez questão de elogiar a participação do grupo Fulô no programa musical: "Eles deram uma visibilidade muito positiva ao forró nordestino. A participação deles foi uma dádiva pra gente (do forró). A repercussão da Fulô deu aquela efervescência para o forró e gerou uma agenda positiva de shows para eles, eu espero que cresçam cada vez mais".
Entrando no clima de São João, e questionado sobre a Lei da Zabumba - que determina que 60% das contratações feitas com o dinheiro público no São João precisam ser bandas típicas de forró -, Zelito confessou que a lei iria servir como "um limitador de mercado, para estabelecer algumas normas, porque estavam todas à deriva". O cantor disse que a ideia surgiu com ele, o cantor Del Feliz e com o então deputado estadual Marcelo Nilo, e o objetivo era garantir um direcionamento para o forró.
"Naquela época era limitado, uma coisa muito fechada. Hoje já temos as coisas bem mais amplas. Hoje nosso São João ganha uma dimensão grande no interior com o apoio do governo. A lei nasceu para discutirmos alguns aspectos do mercado, como ele estava naquele momento, há 8, 9 anos. E ela serviu para isso, mas no formato final dela já existia, porque quando uma pessoa contrata alguém de fora para 5 dias de festa, nos outros dias já tem 4, 5, 6 atrações locais, do estado. Então ela perdeu seu objetivo. Ela precisa ser discutida de novo se tiverem pessoas que queiram incorporar essa luta, mas eu acho muito interessante, ela serviu para algumas coisas. Por exemplo, hoje busca-se a imaterialidade do forró feito na Bahia, cada estado tendo seu representante”.
O cantor de forró afirmou ao Bahia Notícias que a “invasão” do sertanejo não tem afetado suas apresentações no São João. Na verdade, Zelito disse que está tendo uma crescente e a cada ano ele tem tocado mais. “É uma coisa impressionante, fico muito feliz em saber que o forró tem hoje uma representação. Com os sertanejos são casos isolados, o produtor bota uma música com estilo diferente ali, mas tem uma outra galera na grade. Pra mim não me afetou, não posso dizer isso. Porque a cada ano eu vejo a gente (os forrozeiros) ser mais solicitado. Mas nós lutamos, hoje você vê uma infinidade de coisa boa rolando na Bahia, diversos ensaios. Então, mesmo que as pessoas errem, um pequeno deslize em uma programação, eu acho que é coisa boba, é só ajuste, nem tudo são flores, a gente constrói essa profissão com muita alegria, porque se você for pela tristeza… vai ser difícil”, admitiu o cantor.
A agenda de São João de Zelito Miranda está prevista para ser divulgada no dia 15 de maio. “Tem muita surpresa boa e muitas cidades”.
SERVIÇO
O QUÊ: Forró no Parque – Zelito Miranda recebe Fulô de Mandacaru e Filomena Bagaceira
QUANDO: Domingo, 28 de abril, às 11h
ONDE: Praça Pedro Arcanjo – Pelourinho – Salvador (BA)
VALOR: Entrada gratuita
Curtas do Poder
Pérolas do Dia
Capitão Alden
"Estamos preparados, estamos em guerra. Toda e qualquer eventual postura mais enérgica, estaremos prontos para estar revidando".
Disse o deputado federal Capitão Alden (PL) sobre possível retirada à força da obstrução dos apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no Congresso Nacional.