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fidelix
A crise interna envolvendo o presidente nacional do PRTB, Leonardo Avalanche, e a família Fidelix possui capítulos na Bahia, mais especificamente, no município de Camaçari, na Região Metropolitana de Salvador (RMS). Segundo informações obtidas pelo Bahia Notícias, o PRTB move uma ação contra a filha de Levy Fidelix (1951-2021), fundador do partido, para “recuperar” dois terrenos localizados na cidade.
Uma fonte indicou ao Bahia Notícias que Avalanche acionou o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com uma ação solicitando o desbloqueio dos bens do partido, que ocasionaria no retorno dos terrenos de Camaçari ao partido. Todavia, atualmente as propriedades estão sob posse de Karina Fidelix, a filha de Levy Fidelix.
“Tem dois terrenos em Camaçari, em nome de Karina Fidelix, filha do falecido Levy Fidélix. Começou uma batalha judicial para retirar os terrenos do nome dela, para voltar para o PRTB. A decisão é para ir para o nome do partido”, indicou a fonte.
No dia 16 de janeiro deste ano, o juiz Moacir Reis Fernandes Filho, do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), por meio do Núcleo Extrajudicial das Corregedorias, expediu um “Aviso Circular” para notificar os registradores de imóveis da Bahia o desbloqueio dos bens do PRTB.
A movimentação foi baseada na decisão do ministro do TSE, Alexandre de Moraes, no início de 2024, após resolução no imbróglio envolvendo o comando do PRTB. No ano passado, a família Fidelix havia acionado a Justiça para destituir o presidente Avalanche.
Além das propriedades em Camaçari, o Bahia Notícias obteve acesso a documentos que indicam imóveis sob posse de Karina em Salvador. Contudo, no caso da capital baiana, não há ligação com propriedades do PRTB.
A GUERRA DO PRTB
Desde a morte de Levy em 2021, o PRTB convive com uma disputa entre três grupos políticos, o do atual presidente, Leonardo Avalanche; do seu irmão, Júlio Cezar Fidelix; e da viúva de Levy, Aldineia Fidelix.
A disputa pelo comando desencadeou uma série de batalhas judiciais e políticas ao longo de 2024, expondo conflitos internos e gerando acusações graves contra a liderança da legenda.
Em fevereiro de 2024, Avalanche foi eleito presidente do partido após vencer as eleições internas. Contudo, sua gestão foi marcada por tensões, especialmente com Rachel de Carvalho, então vice-presidente do PRTB, que questionou a conduta do novo líder.
No mês de agosto do mesmo ano, Rachel entrou com uma ação no TSE pedindo a destituição de Avalanche, sob a alegação de ameaças e violência política. A ministra Cármen Lúcia, porém, rejeitou liminarmente o pedido. O conflito escalou em outubro, quando a Polícia Federal iniciou uma investigação contra Avalanche após denúncias de Rachel. Ela alegou ter sido ameaçada por ele, incluindo insinuações de danos à sua família e menções a supostas conexões com o crime organizado.
O momento de crise coincidiu com a campanha eleitoral para as eleições municipais de 2024. No ano passado, Aldineia Fidelix entrou com uma ação no TSE buscando anular decisões da atual direção do partido, o que poderia afetar a candidatura de Pablo Marçal à prefeitura de São Paulo.
Em agosto de 2024, a ministra Cármen Lúcia negou o pedido de liminar feito por Aldineia, mas o processo ainda está em andamento.
Curtas do Poder
Pérolas do Dia
Hugo Motta
"Eu não vou fazer pré-julgamento. Não sei ainda a motivação nem qual foi a busca. Apenas recebi a ligação do diretor-geral da Polícia Federal. Pelo que me foi dito, parece ser uma investigação sobre questão de gabinete, mas não sei a fundo e, por isso, não quero fazer pré-julgamento".
Disse o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB) ao afirmar que o Judiciário “está cumprindo o seu papel” ao autorizar operações contra parlamentares. A declaração foi feita após a deflagração de uma ação da Polícia Federal que teve como alvos o líder do PL na Casa, Sóstenes Cavalcante (RJ), e o deputado Carlos Jordy (PL-RJ).