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O novo Pacto da Concórdia, válido a partir de 2026, trará mudanças significativas na dinâmica de poder dentro da Fórmula 1. Uma das principais alterações reveladas é o peso maior que a FIA e a Formula One Management (FOM) passarão a ter nas votações das comissões da categoria.
Com o novo modelo, o número mínimo de equipes necessário para formar maioria foi reduzido: antes, eram exigidos seis votos favoráveis entre os 11 times do grid; a partir do próximo acordo, apenas quatro equipes já serão suficientes para validar decisões. Na prática, a mudança fortalece a influência institucional da FIA e da FOM nos rumos da categoria.
Presidente e CEO da Fórmula 1, Stefano Domenicali destacou que o acordo foi pensado para sustentar o crescimento global da categoria nos próximos anos.
"Este acordo garante que a Fórmula 1 esteja na melhor posição possível para continuar crescendo em todo o mundo. Agradeço ao presidente da FIA, Mohammed Ben Sulayem, e a todas as equipes pela colaboração e comprometimento em buscar o melhor para o esporte", afirmou Domenicali.
O dirigente também ressaltou que, apesar dos avanços já consolidados, a categoria segue atenta às oportunidades futuras.
"Temos muito do que nos orgulhar, mas seguimos focados no potencial empolgante que a Fórmula 1 ainda pode alcançar", completou.
O Pacto da Concórdia existe desde 1981 e surgiu a partir do embate político entre a então Federação Internacional de Esporte a Motor (FISA), hoje FIA, e a Associação dos Construtores de Fórmula Um (FOCA). À época, as negociações foram conduzidas por Jean-Marie Balestre e Bernie Ecclestone, figuras centrais na consolidação comercial da categoria.
Desde então, oito versões do acordo já foram firmadas, sempre com o objetivo de definir a estrutura administrativa, esportiva e financeira da Fórmula 1.
O nome “Pacto da Concórdia” faz referência à sede da FIA, localizada na Place de la Concorde, em Paris, onde as negociações que deram origem ao primeiro acordo foram conduzidas.
A Federação Internacional do Automobilismo (FIA) encerrou, nesta quarta-feira (10), a última reunião do Conselho Mundial de Esporte a Motor de 2025, realizada em Tasquete, no Usbequistão. O encontro marcou a aprovação final do conjunto de regulamentos da Fórmula 1 para 2026 e trouxe atualizações sobre treinos, pré-temporada e procedimentos esportivos da categoria.
Entre as mudanças validadas, está o retorno ao formato tradicional de pré-temporada a partir de 2027. Após um período em que a quantidade de testes variou — chegando a duas rodadas com oito dias em 2022 —, a F1 deve manter em 2026 três semanas de atividades para adaptação das equipes aos novos carros e motores. No ano seguinte, porém, o modelo voltará a ter uma única rodada.
Os fins de semana que incluem corrida sprint também sofreram ajustes. A sessão de treino livre, que normalmente tem 60 minutos, poderá ser estendida em 2026 se for interrompida por bandeira vermelha. As demais etapas do formato — classificação sprint, sprint race, classificação oficial e corrida principal — permanecem inalteradas.
A FIA informou ainda a criação de um novo capítulo dentro do conjunto de regras da categoria, denominado Provisões Regulatórias Gerais, com a função de padronizar princípios comuns entre os regulamentos esportivo, técnico, financeiro e operacional. A intenção é evitar sobreposições e inconsistências entre os documentos.
Outra decisão aprovada foi o aumento temporário do limite de profissionais operacionais autorizados a trabalhar pelas equipes durante os fins de semana de Grande Prêmio. O número passará para 60 integrantes, medida considerada necessária para lidar com as demandas da nova geração de carros prevista para 2026.
A entidade também simplificou procedimentos de interrupção e reinício de provas. Nas classificações sprint, ficará mantida a limitação de pneus de pista seca, mesmo com presença de chuva. Carros utilizados em testes de pneus terão especificações revisadas para atender às exigências técnicas do futuro regulamento.
O pacote aprovado inclui ainda atualizações na carroceria ajustável acionada pelos pilotos e ajustes nas regras das unidades de potência, especialmente no gerenciamento de energia. Houve, também, revisão no artigo que aborda a flexibilidade estrutural dos componentes.
No campo das licenças, a FIA ampliou a pontuação concedida a competidores da IndyCar para obtenção da superlicença. Enquanto o campeão mantém os 40 pontos — suficientes para garantir elegibilidade ao documento —, os demais colocados passaram a receber valores maiores: 30 pontos para o vice-campeão, 25 para o terceiro, 20 para o quarto, 15 para o quinto, 10 para o sexto, oito para o sétimo, seis para o oitavo e três para o nono. O décimo colocado segue com um ponto. A avaliação considera os resultados acumulados nas três últimas temporadas dos pilotos em categorias reconhecidas.
A temporada 2026 da Fórmula 1 tem início previsto para 8 de março, com calendário de 24 etapas. O Grande Prêmio de São Paulo, no Autódromo de Interlagos, está marcado para o período de 6 a 8 de novembro.
A Fórmula 1 vai contar com um novo aliado contra o calor sufocante dentro dos carros. Trata-se do Cypher Pro Micro Cooler, dispositivo desenvolvido pela empresa norte-americana Chillout Motorsports. Apesar de parecer um ar-condicionado, na prática ele funciona como um sistema hidráulico ultraleve conectado diretamente à roupa íntima à prova de fogo dos pilotos. O sistema foi homologado pela FIA nesta semana. Veja:

Foto: Divulgação
O equipamento distribui fluido resfriado por quase 50 metros de tubos finíssimos espalhados pelo tronco e pelas costas do competidor, ajudando a reduzir a temperatura corporal em corridas sob calor intenso. O coração do sistema é uma caixa dedicada com microprocessador e tecnologia de refrigeração, projetada para atender aos exigentes padrões de segurança contra incêndio estabelecidos pela FIA.
De acordo com a federação, o cooler poderá ser acionado sempre que a temperatura ambiente registrada pelas estações meteorológicas oficiais ultrapassar 31°C. A medição leva em conta apenas o clima externo, mas não o calor interno dos carros, que costuma chegar facilmente a 50°C ou 60°C durante as provas.
Atualmente, o sistema é independente da parte elétrica dos carros. Mas, a partir de 2026, será integrado ao conjunto do cockpit e terá caráter obrigatório, passando a ser tratado como um item de segurança — na mesma linha de inovações como o halo e o Hans.
A decisão da FIA não veio por acaso. O calor extremo do GP do Catar, em 2023, levou diversos pilotos ao limite físico, com relatos de desmaios, náusea e desidratação após a corrida. O episódio acendeu o alerta sobre a necessidade de um recurso adicional para preservar a saúde dos competidores.
Com a adoção do Cypher Pro Micro Cooler, a expectativa é de que situações semelhantes fiquem no passado, especialmente em pistas conhecidas pelo clima sufocante, como Singapura, onde a sensação térmica dentro dos cockpits pode superar em até 12°C a temperatura ambiente.
Robert Reid, vice-presidente da Federação Internacional de Automobilismo (FIA), renunciou ao cargo na manhã desta quinta-feira (10), em meio a uma série de críticas à gestão do presidente Mohammed Ben Sulayem. O britânico fez parte da chapa eleita em 2021, mas afirmou que a sua permanência no posto se tornou insustentável diante da forma como a entidade tem sido conduzida.
Em carta divulgada à imprensa, Reid afirmou que tomou a decisão após constatar um "alarme crescente com decisões críticas sendo tomadas sem o devido processo legal ou consulta adequada". Segundo ele, a ruptura se tornou irreversível após a FIA assumir a promoção do Mundial de Rallycross sem aprovação do conselho mundial ou do senado da entidade — algo que classificou como "quebra final de confiança e do devido processo legal".
"Quando assumi este cargo, era para servir aos membros da FIA, não para servir ao poder”, declarou. "Com o tempo, tenho testemunhado uma erosão constante dos princípios que prometemos defender. As decisões estão sendo tomadas a portas fechadas, ignorando as próprias estruturas e pessoas da FIA que existem para apresentar", completou Reid.
Ele ainda ressaltou que sua saída não é política, mas ética. "Não posso mais, de boa-fé, permanecer parte de um sistema que não reflete esses valores", disse, ao defender uma liderança "transparente e orientada pelos membros".
A renúncia ocorre em meio a uma série de tensões internas na FIA. Recentemente, o presidente da federação britânica, David Richards, também criticou a atual gestão, classificando as mudanças promovidas como uma "mudança de orientação moral". A entidade ainda não se pronunciou oficialmente sobre a saída de Reid.
A gestão de Ben Sulayem tem enfrentado forte pressão nos bastidores. Entre 2023 e 2024, diversos nomes importantes deixaram seus cargos, como o diretor-esportivo Steve Nielsen, o diretor de provas Niels Wittich e membros da área jurídica e de compliance. A relação com os pilotos também se deteriorou após punições polêmicas, como no caso de Max Verstappen e Charles Leclerc, advertidos por uso de palavrões em entrevistas oficiais.
As eleições presidenciais da FIA estão marcadas para dezembro, e Ben Sulayem tentará a reeleição. Até o momento, nenhum nome surgiu oficialmente como candidato de oposição.
Enquanto isso, a Fórmula 1 se prepara para o Grande Prêmio do Bahrein, que acontece entre 11 e 13 de abril, válido pela quarta etapa da temporada 2025.
A Federação Internacional de Automobilismo (FIA) aplicou, no último domingo (16), a primeira punição a um piloto por uso de palavrões em competições organizadas pela entidade. O francês Adrien Fourmaux, da Hyundai, foi multado em 10 mil euros (cerca de R$ 60 mil) após uma declaração durante entrevista no Rally Sweden, segunda etapa do Campeonato Mundial de Rali (WRC).
"Tive uma etapa limpa, os sulcos são muito complicados. Acho que vai ser difícil fazer um bom tempo. Há muita varredura (da pista) no início. Nós f... tudo ontem", afirmou Fourmaux.
O piloto ocupava a quarta posição geral quando, na 11ª fase da etapa, esqueceu de prender corretamente o capacete, precisando ajustá-lo durante a prova. O erro resultou na perda de 20 segundos e fez com que ele caísse para o sexto lugar.
Inicialmente, a FIA determinou uma multa de 30 mil euros (cerca de R$ 180 mil). No entanto, 20 mil euros foram suspensos por um período de 12 meses, sendo cobrados apenas em caso de reincidência. Além da penalização financeira, Fourmaux precisou se desculpar publicamente.
"Gostaria de me desculpar sobre as palavras que eu falei no fim da última etapa. Foi um fim de semana intenso, muito desgastante e impiedoso fisicamente e mentalmente para todos nós", publicou no X (antigo Twitter).
No comunicado oficial da punição, a FIA reconheceu que o termo usado pelo piloto se tornou um coloquialismo comum, mas reforçou que o uso de linguagem inapropriada não será tolerado:
"Os comissários e a FIA compreendem que as palavras em questão, infelizmente, tornaram-se coloquialismos comuns. Apesar disso, é essencial enfatizar que isso não diminui o fato de que essa linguagem é amplamente reconhecida como profanidade e é inapropriada em um discurso público, incluindo transmissões ao vivo de televisão", destacou a entidade.
ENTENDA A MULTA
A Federação Internacional de Automobilismo (FIA) divulgou no dia 23 de janeiro as novas diretrizes do seu código esportivo para 2025. Além de outras mudanças, foi adicionada uma regra no artigo 12.2 para pilotos que proferirem palavrões ou levarem manifestações políticas e religiosas para as pistas.
As punições para ações como essas serão variadas entre multas, redução de pontos ou até suspensão por um mês. A questão vale para todas as competições regidas pela FIA, incluindo a Fórmula 1.
Caso a multa seja imposta para um piloto da elite do automobilismo europeu, os valores impostos serão multiplicados por quatro, ou seja, se o preço definido pela entidade for de 10 mil euros, um corredor da F1 pagará 40 mil.
As punições possuem três níveis, que vão subindo a partir da rescindência do profissional. No entanto, o piloto que receber sua primeira pena não ganhará necessariamente a menor punição, visto que cada situação deverá ser analisada individualmente.
O presidente da Federação, Mohammed Ben Sulayem, é um defensor da redução dos palavrões utilizados pelos competidores. Em setembro de 2024, o dirigente deu uma declaração polêmica afirmando que era necessário “diferenciar o automobilismo da música rap”.
A Federação Internacional de Automobilismo (FIA) divulgou, nesta quinta-feira (23), as novas diretrizes do seu código esportivo para 2025. Além de outras mudanças, foi adicionada uma regra no artigo 12.2 para pilotos que proferirem palavrões ou levarem manifestações políticas e religiosas para as pistas.
As punições para ações como essas serão variadas entre multas, redução de pontos ou até suspensão por um mês. A questão vale para todas as competições regidas pela FIA, incluindo a Fórmula 1.
Caso a multa seja imposta para um piloto da elite do automobilismo europeu, os valores impostos serão multiplicados por quatro, ou seja, se o preço definido pela entidade for de 10 mil euros, um corredor da F1 pagará 40 mil.
As punições possuem três níveis, que vão subindo a partir da rescindência do profissional. No entanto, o piloto que receber sua primeira pena não ganhará necessariamente a menor punição, visto que cada situação deverá ser analisada individualmente.
O presidente da Federação, Mohammed Ben Sulayem, é um defensor da redução dos palavrões utilizados pelos competidores. Em setembro de 2024, o dirigente deu uma declaração polêmica afirmando que era necessário “diferenciar o automobilismo da música rap”.
A Federação Internacional de Automobilismo (FIA) divulgou, na última quinta-feira (12), as imagens do novo modelo de veículos que será utilizado a partir da temporada de 2026. A federação classificou o design como uma “versão refinada”, destacando as mudanças implementadas em conformidade com as novas regras que entrarão em vigor. Confira:
A principal novidade está nas alterações nas asas. A asa traseira apresenta um formato mais arredondado, enquanto as aletas possuem um design renovado. Em relação ao projeto inicial, divulgado em junho, as aletas agora contam com um penduricalho adicional e uma plataforma horizontal que se estende além delas, substituindo as antigas barbatanas laterais.
As mudanças foram aprovadas durante a reunião do Conselho Mundial da FIA, realizada em Quigali, Ruanda, na última quarta-feira (11). Detalhes técnicos ou especificações finais dos carros ainda não foram divulgados, e as equipes aguardam ajustes finais para dar início à construção dos modelos. De acordo com as regras, a fabricação dos novos carros só poderá começar a partir de 1º de janeiro de 2025.
A Fórmula 1 encerrou oficialmente a temporada de 2024 e entrará em período de férias. A próxima atividade no calendário será a pré-temporada de 2025, com testes coletivos marcados para os dias 26, 27 e 28 de fevereiro, no Bahrein. A temporada começará oficialmente com o GP da Austrália, de 14 a 16 de março.
Após o presidente da FIA (Federação Internacional de Automobilismo), Bem Sulayem, falar que os pilotos da Fórmula 1 falam muitos palavrões durante as conversas de rádio, a aspa do emiradense não caiu muito bem entre os pilotos do grid. Sulayem disse que os palavrões precisam parar, pois os pilotos não são rappers.
"Nós não somos rappers, sabia? Quantas vezes por minuto eles dizem a palavra com F? Não somos assim", disse Ben Sulayem, que continuou.
"Os pilotos parecem rappers, e temos que diferenciar o automobilismo da música rap".
Com a citação, o presidente da entidade trouxe a tona um componente racial para o possível problema, e isso foi notado por Lewis Hamilton, o único piloto negro da Fórmula 1.
"Se você pensar bem, a maioria dos rappers é negro. Há um óbvio elemento racial aí", disse Hamilton, primeiro e único piloto negro da história da Fórmula 1.
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Entretanto, o britânico concordou que é preciso controlar a quantidade de palavrões ditas no rádio, já que existem fãs de todas as idades.
Entretanto, o atual tricampeão da F1, Max Verstappen, discorda.
"Eu não poderia nem dizer a palavra com F... nem é tão ruim assim. O que somos nós, crianças de 5 anos, crianças de 6 anos?"
"Toda criança de cinco, seis anos vai ouvir palavrões e xingar em algum momento", afirmou.
O holandês chegou a ser ordenado, segundo a Autosport, a realizar algum trabalho de interesse público pelos comissários da FIA por usar linguagem chula na coletiva de imprensa na última quinta-feira (19), em Singapura.
Brigando pelo título da temporada, Lando Norris falou sobre a possível repreensão da FIA.
"A Fórmula 1 perderia a crueza dos pilotos, seus pensamentos e sentimentos. Os pilotos estão no calor do momento, sob estresse, sob pressão, brigando, sofrendo grandes acidentes", declarou.
A entidade responsável pela Fórmula 1, Federação Internacional de Automobilismo (FIA), pediu para que os pilotos parassem de xingar durante as transmissões das competições do torneio. As expressões já são normalmente silenciadas, mas o aumento de xingamentos preocupou o órgão.
Mohammed Ben Sulayem, o presidente da FIA, afirmou entender a emoção do momento, mas, disse que os pilotos são responsáveis pelo que se comunica nos rádios também.
Alguns pilotos de F1 reagiram ao pedido da Federação, com é o exemplo de Lando Norris, da McLaren, e Max Verstappen, da RBR.
“São apenas os caras no calor do momento, sob estresse, sob pressão, lutando, tendo grandes acidentes. É muito mais fácil para eles dizerem do que para nós fazermos, porque estamos na pista, colocando nossos corações em risco ao tentar correr com as pessoas e estamos dando tudo de nós. Nossos batimentos cardíacos estão muito altos. Estamos apenas colocando nossa paixão e nosso amor nisso. É claro que haverá alguns palavrões do outro lado.” afirmou Norris.
Sulayem, após a reação dos corredores, ainda afirmou tomar medidas para a redução das palavras de baixo calão.
“Temos que diferenciar nosso esporte, o automobilismo, da música rap. Não somos rappers, você sabe. Eles dizem a palavra com 'F' quantas vezes por minuto? Não fazemos parte disso. Eles são eles e nós somos nós.”
O argumento que a Federação Internacional de Automobilismo utiliza para silenciar as palavras chulas é a ‘proteção dos jovens fãs do esporte’.
O piloto Felipe Massa oficializou nesta segunda-feira (11) um processo contra a Federação Internacional do Automobilismo (FIA) e Formula One Management (FOM) e outra contra o ex-presidente da categoria, Bernie Ecclestone. As ações foram abertas na Superior Corte de Justiça de Londres, na Inglaterra. O brasileiro questiona o resultado do Campeonato Mundial de F1 de 2008, em especial a não-anulação do GP de Singapura daquele ano.
"Sempre disse que iria brigar até o final. Como a FIA e a FOM decidiram não fazer nada, buscaremos a correção desta injustiça histórica nos tribunais. O assunto agora está com os advogados e eles estão plenamente autorizados a fazer o que for necessário para que a justiça no esporte seja feita", declarou o ex-piloto da F1.
Massa aguardava a resposta de uma carta enviada à FIA e FOM em agosto do ano passado para ajuizar a ação. Inicialmente, ele estabeleceu o prazo até outubro, mas depois prorrogou até novembro.
De acordo com o blog de Lauro Jardim no O Globo, Massa estaria exigindo indenizações entre 64 e 150 milhões de libras, o equivalente a R$ 400 milhões até R$ 960 milhões, nas duas ações. Além disso, o ex-piloto da Ferrari também quer que a FIA assuma a violação dos próprios regulamentos por não investigar a batida de Nelson Piquet Jr que favoreceu o espanhol Fernando Alonso, companheiro de Renault, a vencer a corrida. Caso o episódio fosse analisado durante a temporada de 2008, ele teria sido campeão mundial, mas o título acabou ficando com o inglês Lewis Hamilton, piloto da Mclaren naquele ano.
Massa havia largado na pole position do GP de Singapura e liderava a prova até o acidente de Piquet Jr. Devido a batida, o safety car e o brasileiro acabou sendo punido ao fazer o pit stop naquela condição e caiu para o 13º. Sem pontuar, ele perdeu o título por um ponto de diferença para Hamilton. Porém, a informação que a batida de Nelsinho havia sido proposital só veio a público em 2009 no GP da Hungria e o regulamento só permitia contestar resultados até a cerimônia de premiação realizada em dezembro. No entanto, no início de 2023, Bernie Ecclestone confessou que sabia da intencionalidade do acidente desde 2008, o que possibilitava a revisão da corrida. Ele justificou que manteve o silêncio para proteger a integridade da categoria.
Atualmente, Felipe Massa é piloto da Stock Car.
O piloto Raphael Gebara, que conquistou em 2023 o título de Campeão Brasileiro na categoria Júnior Menor, será o representante brasileiro no Troféu Academy da FIA (Federação Internacional de Automobilismo) na edição de 2024.
Gebara tem 11 anos e é natural de Campos dos Goytacazes/RJ, foi selecionado pela Confederação Brasileira de Automobilismo (CBA) por seu resultado no Brasileiro de Kart, além de seguir os critérios estabelecidos pela FIA para a competição.
Na disputa do Grupo 2, da principal competição do kartismo nacional, realizada em novembro passado no kartódromo RCB Racing, em Vespasiano/MG, Gebara foi soberano na Júnior Menor. O piloto fez a pole position, venceu as duas baterias classificatórias, a Pré-Final e a Final.
“Estou muito feliz e honrado com o convite da CBA para representar o Brasil no Troféu Academy. Será um grande desafio para mim, porque será minha primeira corrida na Europa, mas estou muito motivado e tenho certeza de que será uma experiência muito importante para a minha carreira”, declarou Gebara, que apesar da pouca idade já tem um currículo repleto de títulos e vitórias.
Raphael é bicampeão Brasileiro de Kart (2023 Júnior Menor e 2020 Mirim), já faturou o Sul-Brasileiro (2020), foi campeão Capixaba 2019, campeão da Copa São Paulo Light 2020, do Open do Brasileiro de 2021, das 50 Milhas KGV de 2022 e campeão Mineiro em 2023.
O Troféu Academy deste ano terá início em abril, com a etapa de Val D’Argenton, na França. As demais disputas acontecerão em junho na Eslováquia e agosto na Suécia (veja o calendário completo abaixo).
Criada em 2010, a competição tem como objetivo revelar novos talentos, reunindo cerca de 50 pilotos do mundo todo, com idades entre 12 e 14 anos (completados em 2023) e indicados pelas entidades do automobilismo de cada país. Para garantir a igualdade na disputa, todos os equipamentos (chassis, motores e pneus) são idênticos, abrindo espaço para o talento dos pilotos aparecer na pista.
Estrelas da Fórmula 1 atual, como Charles Leclerc, George Russell e Esteban Ocon, já passaram pela competição.
Curtas do Poder
Pérolas do Dia
Hugo Motta
"Eu não vou fazer pré-julgamento. Não sei ainda a motivação nem qual foi a busca. Apenas recebi a ligação do diretor-geral da Polícia Federal. Pelo que me foi dito, parece ser uma investigação sobre questão de gabinete, mas não sei a fundo e, por isso, não quero fazer pré-julgamento".
Disse o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB) ao afirmar que o Judiciário “está cumprindo o seu papel” ao autorizar operações contra parlamentares. A declaração foi feita após a deflagração de uma ação da Polícia Federal que teve como alvos o líder do PL na Casa, Sóstenes Cavalcante (RJ), e o deputado Carlos Jordy (PL-RJ).