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fernanda tourinho
A importância dos cuidados paliativos em casos de pacientes com doenças graves tem crescido nos últimos anos no Brasil. O tema ganhou mais proporção, após o jogador Pelé ser diagnosticado com metástases no intestino, no fígado e no pulmão, mas não responder ao tratamento quimioterápico e passar pelos cuidados paliativos.
A abordagem multidisciplinar tem o objetivo de melhorar a qualidade de vida e minimizar o sofrimento de pessoas com doenças graves, a exemplo do câncer, entre outras. Engana-se quem pensa que o tipo de tratamento é utilizado para quem está em fase terminal, mas é um tipo de cuidado que busca promover o conforto e a dignidade do paciente.
Para entender melhor sobre os cuidados paliativos, a reportagem do Bahia Notícias, foi entrevistar a médica paliativista, Fernanda Tourinho, que explicou sobre a importância do tipo de tratamento para pacientes, familiares e cuidadores.
“A gente diz que cuida do binômio.Naturalmente o paciente no centro do cuidado, como o personagem mais importante, mas a saúde por algum tempo ignorou o fato de que as famílias adoecem em conjunto e sofrem em conjunto e são os principais cuidadores. Então quando você abre espaço para essa família, para educar sobre o que está acontecendo, para discutir qual é o prognóstico, o que é que vai acontecer no futuro; como eles podem se preparar para falar das suas dores; da sua sobrecarga; do Burnout que enfrentam ao cuidar de um paciente durante muitos anos você também alivia esse sofrimento e melhora os índices de qualidade de vida; de estresse pós traumático”, disse Tourinho.
“Você reduz as chances de um luto prolongado que era antigamente chamado de luto complicado. Então você integra esse cuidado e para de achar que a família é complicada para na verdade uma família que está sofrendo É muito importante incluir os cuidadores que estão na linha de frente, que estão ali prestando cuidado, muitas vezes são cuidadores profissionais, mas que não estão participando das decisões, não estão sendo informados adequadamente sobre aquilo que está acontecendo e acabam sofrendo muito em conjunto”, observou a paliativista.
Em 2016, o governo federal aprovou a captação de R$ 15.542.434,63, via Lei Rouanet, para o projeto de revitalização do Parque do Queimado, em Salvador. Sem conseguir atingir o total do valor permitido, ao longo dos anos, a aprovação vinha sendo renovada periodicamente. No fim de 2020, entretanto, a instituição responsável por administrar o espaço e o Neojiba - antes chamada de Instituto de Ação Social Pela Música (IASPM) e atualmente Instituto de Desenvolvimento Social Pela Música (IDSM) - foi informada de que o processo de renovação seria descontinuado.
“Esse é um projeto que foi criado em 2016, um projeto da Lei Rouanet, que a gente poderia captar até R$ 15 milhões. Mas a gente terminou só captando cerca de R$ 8,9 milhões, dos quais R$ 8,5 foram do BNDES, que foi quem patrocinou a primeira obra que a gente inaugurou, as salas de ensaio e o que se conhece do parque como está (saiba mais aqui e aqui). O restante foram algumas empresas que foram nos apoiando para pagar essas obras”, explicou Fernanda Tourinho, Diretora de Desenvolvimento Institucional do IDSM.
Para a surpresa do instituto, contudo, no dia 3 de março deste ano a Secretaria Nacional de Fomento e Incentivo à Cultura, vinculada à Secretaria Especial de Cultura (Secult), publicou uma portaria no Diário Oficial da União (DOU) para homologar a prorrogação do prazo de captação de recursos de diversos projetos culturais, dentre eles o de revitalização do Parque do Queimado (clique aqui). Com a medida, o período que encerraria em dezembro de 2020 foi estendido até 21 de dezembro de 2021.
“Nós fomos renovando ano a ano, e, infelizmente, no ano passado a secretaria nos disse que não renovaria mais. Então nós fizemos a prestação de contas, porque venceu dia 31 de dezembro do ano passado, e estamos surpreendidos agora com esse Diário Oficial no sentido da continuidade, mas não estamos ainda certos de que isso é real porque não recebemos nenhuma notificação”, disse Tourinho, no dia 4 de março.
Desde a publicação do DOU, após várias tentativas de contato com a Secult para obter informações detalhadas sobre o projeto e a confirmação ou não de que, de fato, a prorrogação havia sido aprovada, a assessoria de comunicação do órgão respondeu por e-mail, nesta quarta-feira (17), que “as informações estão disponíveis no site da transparência Salic”. O sistema indicado, no entanto, é voltado apenas para proponentes e apoiadores de projetos culturais, não sendo o canal propício para obtenção de dados pela imprensa.
Diante das incertezas, o setor de captação do Neojiba abriu uma solicitação junto à Secult para saber se poderia seguir com a captação de recursos para a revitalização do Parque do Queimado e, nesta quinta-feira (18), obteve uma resposta negativa. A instituição foi informada que “foi um equívoco”, apesar do status do projeto não ter sido modificado no sistema e tampouco ter havido outra publicação no Diário Oficial, retificando a portaria do dia 3 de março.
A mudança na diretoria da Fundação Cultural do Estado da Bahia (Funceb) foi sacramentada na tarde desta terça-feira (19), com a assinatura do tempo de posse da nova gestora, Renata Dias. Além do secretário de Cultura, Jorge Portugal, e do chefe de Gabinete, Rômulo Cravo, participaram da cerimônia gestores da pasta da cultura, além dos funcionários da Funceb. “Vamos trabalhar juntos para fazer o melhor para a Funceb. Seja bem vinda!”, disse Portugal. A nova diretora falou da emoção de exercer a nova função e das pautas de reuniões com as equipes da Funceb em seus primeiros dias de trabalho: “E este frio na barriga vem passando na medida em que acontece o encontro com pessoas daqui, com disposição, inteligência e disponibilidade”. Renata Dias assumiu a diretoria da Fundação em substituição a Fernanda Tourinho (clique aqui). Segundo o vice-governador, João Leão, a mudança foi sugerida pelo próprio Portugal (clique aqui), que por sua vez, afirmou que a troca não foi intempestiva, mas uma decisão tomada quatro meses antes, sem, no entanto, assumir a autoria da troca de cadeiras (clique aqui).
Presente nos festejos do 7 de Setembro, em Salvador, nesta quinta-feira (7), o vice-governador da Bahia, João Leão, desvelou um dos questionamentos envolvidos na controversa mudança na diretoria da Fundação Cultural da Bahia (Funceb). Ao ser questionado se a saída de Fernanda Tourinho e a contratação de Renata Dias Oliveira (clique aqui) seria uma movimentação para “agradar aliados” políticos, Leão se pronunciou de forma categórica: “Não, a demissão foi uma questão do secretário. Foi uma indicação do secretário que nós acatamos e fizemos essa indicação. Jorge Portugal que nos enviou esse pedido dessas questões”. Vale destacar que a indicação de Fernanda Tourinho para o cargo foi feita pelo próprio Portugal, há cerca de dois anos e meio (clique aqui). A classe artística não recebeu bem as mudanças na Funceb e tem criticado a falta de transparência da Secretaria de Cultura.
Foi publicada, no Diário Oficial do Estado (DOE) desta sexta-feira (1º), a exoneração de Fernanda Tourinho da direção da Fundação Cultural da Bahia (Funceb). Ela, que assumiu o cargo em janeiro de 2015 (clique aqui e saiba mais), por indicação do secretário de Cultura, Jorge Portugal, será substituída por Renata Dias Oliveira, cuja nomeação também saiu no DOE desta sexta. Segundo a publicação, a exoneração se deu a pedido da própria gestora. Além da direção geral, a fundação teve mudanças ainda na direção administrativa, com a saída de Luis Felipe Lima e a contratação de Jorge Luis de Oliveira.
Veja a publicação (clique na imagem para ampliar):

Tourinho em entrevista ao Bahia Notícias em 2012
A ameaça de fechamento do teatro é antiga. Em junho de 2010, o imóvel foi tomado de garantia por recuperação de crédito. “Na ocasião, um movimento que envolveu imprensa, artistas, produtores e público, foi bastante forte para sensibilizar a Secretaria de Cultura do Estado, o governador Jaques Wagner e a direção da Desenbahia, de modo que foi assegurado ao Teatro Jorge Amado a funcionalidade necessária para cumprir suas pautas comprometidas até dezembro daquele ano”, lembra a gestora.
Por ser um espaço cultural privado, o teatro não com patrocínio nem governamental nem empresarial. Embora conte com inúmeros apoios que sempre foram importantíssimos para sua sobrevivência. “O resultado comercial de suas pautas foi capaz de mantê-lo em atividade nestes dois anos e meio, não obstante incapaz de proporcionar melhorias mais significativas, como a substituição de poltronas, carpetes e equipamentos. Mas, mais do que resultados comerciais favoráveis à sobrevivência sem patrocínios, o que mais parece significativo é a dimensão que tomou aquele equipamento cultural após a turbulência pela qual passou em 2010 e cujos números apresento agora”, escreveu. Ao citar o texto da placa de bronze descerrada na inauguração do estabelecimento – “Que nesta Casa se faça Cultura!" –, Fernanda Tourinho lembra que o Teatro Jorge Amado não foi o “teatro do UEC”. “Foi e continua sendo um espaço cultural da Cidade de Salvador da Bahia, e espero sinceramente, a despeito da minha permanência em sua gestão, que este pertencimento lhe dê justiça de sua continuidade. E que os nossos governantes sejam sensíveis em aliar-se a esta luta!”, finalizou.
Curtas do Poder
Pérolas do Dia
Flávio Bolsonaro
"Apenas 30 minutos de conversa".
Disse o senador Flávio Bolsonaro (PL), que assumiu o papel de porta-voz do ex-presidente Jair Bolsonaro após sua prisão preventiva no último sábado (22), criticando veementemente as condições de visita autorizadas pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
