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Ferj reduz datas do Cariocão e é primeira federação a adotar novo enxugamento do calendário nacional
A Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro (Ferj) anunciou nesta quarta-feira (11) a tabela e o novo regulamento do Campeonato Carioca de 2026, com destaque para uma mudança estrutural que chamou atenção: a competição estadual será disputada em apenas dez datas.
A medida ocorre em meio ao discurso do recém-eleito presidente da CBF, Samir Xaud, que assumiu compromisso público de enxugar o calendário do futebol brasileiro, limitando os estaduais a, no máximo, 11 rodadas.
A adequação do Cariocão ao modelo proposto pela nova gestão da CBF dá indícios de que o discurso de modernização do calendário pode ser fortalecido também por outras federações. Em sua posse no fim de maio, Xaud prometeu reorganizar os estaduais sem abrir mão da qualidade e da sustentabilidade das competições.
"É compromisso dessa gestão implementar imediatamente mudanças significativas no calendário das competições. Assumo o compromisso de promover, entre outras medidas, a reorganização dos campeonatos estaduais para um calendário de no máximo 11 datas", afirmou o mandatário.
NOVO FORMATO DO CARIOCÃO
A edição de 2026 do Carioca contará com 12 clubes, divididos em dois grupos. As equipes do Grupo A enfrentam as do Grupo B na fase classificatória. Os quatro primeiros de cada chave avançam às quartas de final, que serão disputadas dentro dos próprios grupos e em jogo único. A semifinal, ainda com formato a ser confirmado, deverá ser em jogos de ida e volta, e a final será em partida única.
A previsão de início do torneio é 21 de janeiro, com encerramento no dia 15 de março, respeitando uma janela de tempo defendida por Xaud para os estaduais.
Estão garantidos no Cariocão 2026: Boavista, Botafogo, Flamengo, Fluminense, Madureira, Maricá, Nova Iguaçu, Portuguesa, Sampaio Corrêa, Vasco e Volta Redonda. A 12ª vaga será preenchida pelo campeão da Série A2 de 2025. Veja os grupos definidos:
Grupo A:
Flamengo
Fluminense
Volta Redonda
Sampaio Corrêa
Portuguesa
Campeão da Série A2
Grupo B:
Vasco
Botafogo
Madureira
Maricá
Boavista
Nova Iguaçu
Rebaixamento e acesso
O regulamento prevê mudanças também na luta contra o rebaixamento. As duas piores equipes de cada grupo (que não se classificarem para as quartas de final) disputarão um quadrangular, em turno e returno. Os dois primeiros colocados garantem permanência na elite em 2027. Já o último será rebaixado para a Série A2, enquanto o penúltimo jogará um playoff contra o vice-campeão da segunda divisão.
A rodada inaugural já está confirmada com os seguintes confrontos:
Fluminense x Madureira
Vasco x Maricá
Volta Redonda x Boavista
Sampaio Corrêa x Nova Iguaçu
Campeão da Série A2 x Flamengo
Portuguesa x Botafogo
O bilionário norte-americano John Textor, dono da SAF do Botafogo, usou as redes sociais para falar mais uma vez sobres os casos de manipulação no futebol brasileiro e sul-americano. O empresário publicou em seu intagram, na manhã desta sexta-feira (9), a imagem de um avestruz com a cabeça enfiada na terra, simbolizando, para ele, uma pessoa que não quer ver algo que acontece ao seu redor.
Textor compartilhou também uma reportagem do portal Inside World Football, publicada nesta sexta-feira (9), que cita um aumento de 200% no número de partidas com suspeitas de manipulação ligadas a apostas nos países da Conmebol, entre janeiro e junho de 2024.
“Aumento de 200% na correção de partidas na CONMEBOL… As ‘cortes esportivas” do Brasil continuam perseguindo aqueles que levantam questões sérias e evidências de manipulação de partidas, negando as verdades óbvias, enquanto o Senado do Brasil e o resto do mundo tomam medidas. Obstrução às investigações sobre corrupção é tão má quanto a própria corrupção“, escreveu Textor.
A reportagem citada pelo norte-americano mostra um estudo, feito pela Starlizard Integrity Services (SIS), uma empresa internacional especializada em integridade do esporte, que apontou 79 jogos suspeitos no primeiro semestre de 2024 no continente – um aumento de 200%.
Desses 79 jogos suspeitos, 17 foram identificados em apenas um país (que não foi revelado), sendo seis da primeira divisão e 11 da segunda divisão. E, entre as 79 partidas, 11 têm um nível considerado alto de suspeita de manipulação.
Durante depoimento prestado pelo americano John Textor, dono da SAF do Botafogo, à CPI da Manipulação, o empresário levou um áudio que aponta uma suposta corrupção em jogos de futebol do estadual. Textor disse que possuia provas que comprovavam que existe um esquema de corrupção no Campeonato Brasileiro.
Entretanto, o áudio apresentado como prova por Textor pertence ao ex-árbitro Glauber do Amaral Cunha, que atuou até o ano de 2022 em partidas das Séries B2 e C, quarta e quinta divisão do Campeonato Carioca, respectivamente. Glauber já apitou em outras competições de base, mas não existem registros dele em competições nacionais. O ex-árbitro foi convocado para depor na última terça-feira (23), pelo senador Carlos Portinho (PL-RJ), para ser ouvido em uma reunião sigilosa.
"O áudio é do árbitro que estamos convocando. É da Série C do Rio de Janeiro. Não existe áudio de manipulação do Brasileiro, vamos deixar bem claro", disse Portinho.
A CPI da Manipulação de jogos segue em andamento, e Textor foi o primeiro a ser ouvido. Os senadores aprovaram nesta quarta-feira (24), os requerimentos para ouvir o experiente árbitro Raphael Claus e a árbitra de vídeo Daiane Muniz, ambos do quadro FIFA e do estado de São Paulo.
A CBF emitiu nesta quinta-feira (25) uma resposta oficial às alegações feitas por Thierry Hassanaly, CEO da empresa Good Game!, que deu entrevista ao Globo Esporte. Thierry afirmou estar 99% convencido de que jogos do Brasileirão foram manipulados. A empresa recentemente fechou um acordo com a Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro (Ferj) para analisar a arbitragem em 18 jogos do Campeonato Carioca.
A CBF, em sua declaração oficial, afirmou que, até o momento, não há evidências de fraude ou manipulação por parte de árbitros e jogadores. Além disso, a entidade assegurou que não há motivo para preocupações, auditorias contratadas ou interferências de atores estrangeiros.
Confira a nota oficial da Confederação Brasileira de Futebol abaixo:
“A respeito das declarações do francês Thierry Hassanaly, CEO da empresa Good Game!, sobre os resultados do Campeonato Brasileiro de 2023 e possíveis manipulações de partidas, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) vem a público rechaçar qualquer resultado de auditorias externas realizadas por empresas estrangeiras, alheias ao futebol nacional e cujas metodologias a entidade desconhece.
Independentemente do que Hassanaly afirme à imprensa não há, até o momento, evidência de fraude ou manipulação por parte de árbitros e jogadores. As denúncias apresentadas ao Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) pelo Botafogo serão apuradas e as medidas, caso necessárias, serão tomadas no âmbito da Justiça brasileira, como deve ser.
A realização de campeonatos - sejam regionais, nacionais ou internacionais - é uma expertise antiga da CBF, reconhecida e copiada em diversos países. Transparência, capacitação de árbitros, segurança para a torcida e para jogadores e fair play são valores inegociáveis ao futebol brasileiro — inclusive nos campeonatos amadores e de categorias de base — e assim permanecerão, de modo que não há motivo para preocupações, auditorias contratadas ou interferências de atores estrangeiros.
A despeito de relatórios apresentados pela Good Game!, a entidade reforça a total legitimidade do título do Palmeiras pela competência técnica e campanha exitosa ao longo de 2023.”
Curtas do Poder
Pérolas do Dia
Capitão Alden
"Estamos preparados, estamos em guerra. Toda e qualquer eventual postura mais enérgica, estaremos prontos para estar revidando".
Disse o deputado federal Capitão Alden (PL) sobre possível retirada à força da obstrução dos apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no Congresso Nacional.