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feira baiana
A poucos dias para a 16ª Feira Baiana da Agricultura Familiar e Economia Solidária, agroindústrias e cooperativas das várias regiões da Bahia vivem uma corrida produtiva. O evento – que ocorre de 10 a 14 de dezembro, no Parque Costa Azul, em Salvador – é considerado uma das maiores vitrines do setor no país.
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Foto: Geraldo Carvalho
Segundo a CAR [Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional], vinculada à SDR [Secretaria de Desenvolvimento Rural], nos últimos anos, cerca de 400 agroindústrias foram construídas ou requalificadas, o que fortalece a agroindustrialização e amplia a capacidade de produção da agricultura familiar baiana.
Além disso, a contratação de 480 profissionais, entre técnicos de gestão, técnicos de base produtiva e agentes de negócios, reforçou o apoio às unidades produtivas. Os especialistas atuam nas cooperativas, o que ajuda a qualificar produtos, ampliar mercados e preparar os empreendimentos para aproveitar as oportunidades comerciais da Feira.
COOPERATIVAS
Em Ibotirama, no Oeste baiano, Coopamesf [Cooperativa Agropecuária dos Agricultores e Apicultores do Médio São Francisco], com 215 cooperados, vive um momento de expansão. O investimento na agroindústria ampliou a padronização e o valor agregado do mel.
Para a Feira, a cooperativa prepara bisnagas de 1 kg, 500 g e 250 g, além de 20 kg de sachês. Segundo o técnico Ateg Deoclecio Miranda, a expectativa é ainda maior para 2025. “Teremos lançamentos do mel de aroeira e do extrato de própolis. No ano passado já tivemos excelentes resultados apenas com o mel”, diz.
Na região sisaleira, a Coopersabor, de Monte Santo, acelera a produção de itens derivados do licuri, um dos símbolos da culinária do semiárido. A agroindústria fabrica cerca de 280 potes de balinhas de licuri por dia, um dos produtos mais procurados da edição anterior. Este ano, levará também licuri in natura, azeite, cerveja artesanal e outros derivados.
Para o presidente Charles Conceição, a feira é estratégica. “O licuri tem enorme potencial econômico e conquista novos consumidores na Feira”, afirma.
Já a Coopaita, em Itaberaba, no Piemonte do Paraguaçu, referência em frutas desidratadas e liofilizadas, também está em ritmo acelerado. Com capacidade de beneficiar mais de 300 mil kg de frutas por ano, a cooperativa recebeu investimentos para modernização e pode alcançar 80 toneladas anuais.
Para 2025, além dos produtos tradicionais, estuda lançar uma barrinha de jaca com coco. Em 2024, ampliou negociações com grandes centros urbanos após sua participação na Feira.
Realizada pelo governo da Bahia, via SDR e CAR, e pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA), em parceria com a Unifaces Bahia, a Feira deve reunir milhares de visitantes e mais de seis mil produtos da agricultura familiar dos 27 Territórios de Identidade.
A programação inclui tenda quilombola, tenda indígena, tenda de artesanato, 3ª Feira Agroecológica da Bahia, duas praças gastronômicas e atrações culturais e espaços interativos.
A maior feira de agricultura familiar do país está de volta com novidades que prometem encantar, ainda mais, os visitantes. A 14ª Feira Baiana da Agricultura Familiar e Economia Solidária, que acontece no Parque Costa Azul, de 13 a 17 de dezembro, realiza a 1ª Feira Agroecológica da Bahia.
A Feira Agroecológica contará com uma variedade de produtos, desde frutas, verduras, hortaliças até itens agroindustrializados como café, cachaça e chocolate, todos certificados pelo Sistema Participativo de Garantia (SPG) do estado, credenciado no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA).
A organização da Feira Agroecológica é da Rede de Agroecologia Povos da Mata, uma articulação dos produtores da agricultura familiar, assentados da reforma agrária, de comunidades indígenas e quilombolas, consumidores e técnicos. A Rede conta com o Organismo Participativo da Avaliação da Conformidade Orgânica (OPAC), que certifica a unidade produtiva agrícola e agroindustrial orgânica e os produtos de seus associados.
Paula Silva, secretária da Rede de Agroecologia Povos da Mata, destacou que a expectativa é grande. “É uma oportunidade ímpar de mostrar o trabalho que a Rede vem fazendo no estado da Bahia e mostrar para os empreendimentos da agricultura familiar que existe uma forma de a gente fazer a transição agroecológica no estado com a certificação participativa”.
Paula acrescenta que também será um momento de desmitificar o discurso de que o produto orgânico é um produto caro. “Os visitantes vão ver que os produtos têm um preço justo. Como a gente sempre diz: justo para quem produz e justo para quem compra. Não é o certificado que determina que aquele produto é mais caro e sim o controle social que a gente faz, a forma agroecológica de se fazer com os princípios agroecológicos mais determinados”.
OUTRAS NOVIDADES
A Tenda Brasil é outra novidade da 14ª Feira. Em uma área de 528 metros quadrados os visitantes irão poder conhecer e adquirir produtos de empreendimentos da agricultura familiar e economia solidária de 24 estados brasileiros. A iniciativa é resultado de uma parceria entre o Governo do Estado e o Ministério de Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA).
Os visitantes podem conferir ainda os 27 Armazéns Territoriais com a comercialização de mais de três mil produtos de diversas regiões do estado. As comunidades quilombolas e os povos indígenas terão espaços dedicados para compartilhar suas culturas e tradições. Tem ainda Praça Gastronômica, shows gratuitos, coleta seletiva, ponto de arrecadação de alimentos para o Programa estadual Bahia sem Fome e muito mais.
O evento é realizado pelo Governo do Estado da Bahia, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR) e da Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR), em parceria com a União das Cooperativas da Agricultura Familiar e Economia Solidária (Unicafes-Bahia), com o apoio do MDA e da Fundação Luís Eduardo Magalhães (Flem).
SERVIÇO
O quê: 14ª Feira Baiana da Agricultura Familiar e Economia Solidária
Onde: Parque Costa Azul, Salvador – Bahia
Quando: de 13 a 17 de dezembro de 2023
FUNCIONAMENTO
13/12 – 17h às 22h
14/12 – 12h às 22h
15 a 17/12 – 10h às 22h
Entrada Gratuita!
Curtas do Poder
Pérolas do Dia
Jaques Wagner
"Recebi notícias de que Alcolumbre estava chateado comigo ou rompido comigo. Confesso que não sei o motivo. Sempre tentei colaborar com ele. Nesse episódio agora do Messias, houve uma chateação, mas foi uma escolha do presidente [Lula]. Eu nunca faltei com a verdade nem com o Rodrigo Pacheco, nem com Davi".
Disse o senador Jaques Wagner (PT) ao comentar sua relação com o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União). Em entrevista à GloboNews, Wagner afirmou que soube que o senador estaria “chateado” com ele, mas disse desconhecer as razões.