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Contratado pelo Bahia em 2024, após o fim do vínculo com o Flamengo, Everton Ribeiro poderia ter tido outro destino no futebol brasileiro. Em entrevista ao programa Fechamento, do SporTV, no último domingo (7), o ex-volante Felipe Melo revelou que tentou convencer o presidente Mário Bittencourt a contratar o meia para o Fluminense.
“O Fluminense queria. Eu ficava enchendo o saco do presidente e falei: ‘traz, traz, traz pra cá. Tem que vir, tem que vir’. Eu sempre achei que seria quase impossível por ser ídolo no Flamengo, que é o rival do Fluminense, mas eu fui um dos caras que encheu o saco do presidente. Infelizmente não foi, e foi para o Bahia”, contou Felipe.
Vale lembrar que em entrevista ao TNT Sports Brasil, em 2024, Ribeiro havia revelado que chegou a recusar uma proposta do Flu, alegando ter respeito à história construinda no Flamengo.
"Eu agradeço ao presidente do Fluminense pelo carinho, mas por tudo que eu vivi no Flamengo, eu não me sentiria bem de sair e ir para um rival", contou.
????????? NEGOU RIVAL! Everton Ribeiro revela em entrevista que recusou proposta do Fluminense por respeito à história construída no Flamengo:
— Flamengo | Coluna do Fla (@ColunadoFla) January 13, 2024
"Eu agradeço ao presidente do Fluminense pelo carinho, mas por tudo que eu vivi no Flamengo, eu não me sentiria bem de sair e ir para um… pic.twitter.com/M1FjjuJEMy
A saída de Everton Ribeiro do Flamengo, em 2024, foi marcada por uma grande novela. Ídolo e ex-capitão rubro-negro, o meia conquistou 11 títulos pelo clube, incluindo duas Libertadores e dois Campeonatos Brasileiros. O clube ofereceu apenas mais um ano de contrato, enquanto o jogador buscava maior segurança. Sem acordo, optou por encerrar sua passagem após sete temporadas no Rio.
No Bahia, o camisa 10 rapidamente encontrou espaço. Sob o comando de Rogério Ceni, se tornou peça-chave e um dos líderes técnicos da equipe. No último sábado (8), foi protagonista na conquista da Copa do Nordeste, título que consolidou ainda mais sua identificação com a torcida tricolor.
Em entrevista ao Bahia Notícias, após o título, Everton projetou novos passos para o clube: "O Bahia precisa estar nas maiores competições, disputando, que consequentemente a equipe vai melhorando, vai ganhando mais casca e vai estar brigando. Uma hora vai vencer e a gente espera estar aqui ainda quando isso acontecer. Então vamos com os pés no chão sempre, mas trabalhando muito e pensando em deixar o Bahia sempre disputando os títulos.", destacou.
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Pelo Tricolor de Aço, já são 107 partidas, com nove gols e 14 assistências. Mais do que os números, porém, sua função é de articulador e organizador, iniciando a maioria das jogadas ofensivas da equipe.
No dia 16 de setembro foi anunciado pelo Banco Itaú o encerramento da parceria da instituição financeira com o Cine Glauber Rocha, pegando de surpresa todos os apaixonados pela cultura e arte cinematográfica de Salvador. O espaço tem mais de 100 anos e leva o nome de um dos principais cineastas da Bahia. Parte da encruzilhada cultural do centro de Salvador, que abriga a Praça Castro Alves, o Teatro Gregório de Matos e o Espaço Cultural da Barroquinha ao seu redor, o cinema tem hoje como sócios administrativos os empresários Adhemar Oliveira e Cláudio Marques. Ao Bahia Notícias, Cláudio conta sobre o impacto que a notícia do fechamento do espaço causou e as expectativas para a nova reabertura (confira a entrevista completa na coluna Cultura).
A secretária de Cultura da Bahia, Arany Santana, se reuniu com Cláudio Marques, gestor do Cine Glauber Rocha, nesta sexta-feira (17), após o governador Rui Costa determinar o trabalho conjunto entre diversas pastas em prol de alternativas para salvar o equipamento (saiba mais).
“A partir da determinação do governador Rui Costa teremos uma articulação entre as secretarias da Educação, Administração, Fazenda e Cultura na busca de uma solução que viabilize o funcionamento do Cine Glauber Rocha, espaço cultural que pertence ao Estado e é administrado em sistema de concessão”, informou Arany, em publicação em sua conta oficial no Instagram.
“Estamos buscando outros apoios, de forma a oxigenar o Cineteatro Glauber Rocha, até a total retomada das atividades no espaço. A mobilização envolve a busca de apoio também da iniciativa privada e de outros parceiros para que a Bahia não perca esse importante equipamento que leva o nome do principal expoente do Cinema Novo no Brasil”, acrescentou.
A mobilização se dá após o banco Itaú anunciar que, a partir da última quinta-feira (17), fecharia as quatro salas operadas pela instituição no Cine Glauber (relembre). Em nota, na sexta (18) os empresários Adhemar Oliveira e Claudio Marques, atuais sócios do equipamento cultural, informaram que darão continuidade à operação do espaço depois de retirar o nome do Itaú da comunicação visual. Eles também buscam apoiadores para o projeto (clique aqui).
A administração municipal também se manifestou após o anúncio do fechamento. O prefeito Bruno Reis citou a lucratividade e criticou o banco pela decisão (clique aqui). "Nós protestamos, foi uma decisão infeliz e nós pedimos ao banco que possa rever a posição. Sabemos os resultados que os bancos tiveram com a pandemia, a lucratividade, não é nenhum esforço dar esse apoio ao Cine Glauber Rocha”, disse.
O banco Itaú, que há mais de uma década mantinha o Espaço Itaú de Cinema - Glauber Rocha, anunciou que irá desativar as quatro salas da unidade localizada na capital baiana, a partir desta quinta-feira (16).
“Caros espectadores e cinéfilos de Salvador, o Espaço Itaú de Cinema comunica o fechamento de suas salas a partir de quinta-feira, 16 de setembro. Foram quase 13 anos de atividade, oferecendo uma programação que sempre incluiu títulos de várias partes do mundo, além de mostras, festivais, pré-estreias e projetos, como o Clube do Professor”, informou a instituição, que estendeu a medida também às unidades de Curitiba e Porto Alegre.
O banco justificou que as unidades operadas na Bahia, Paraná e Rio Grande do Sul “vinham operando com taxa de ocupação inferior a 20% desde 2019” e atribuiu as mudanças à reorganização de “sua estratégia de difusão de audiovisual no país”, que prevê "redução da operação física" e investimento no formato online.
“Agradecemos a presença de todos que puderam estar conosco e vivenciar a experiência de assistir filmes da nossa programação em nossas confortáveis salas. Estamos em tempos de adaptação a novos formatos de exibição e o Espaço Itaú de Cinema vai ampliar, para todo o país, o acesso gratuito a filmes e Mostras, através da plataforma Itaú Cultural Play, onde todos poderão acompanhar um pouco do nosso trabalho”, diz comunicado do Espaço Itaú de Cinemas.
Queridos cinéfilos,
— Espaço Itaú de Cinema (@itaucinemas) September 16, 2021
Em tempos de adaptação aos novos formatos de exibição e com o objetivo de ampliarmos e complementarmos o acesso a uma programação diversa de filmes para espectadores de todo o país, temos algumas mudanças para comunicar a vocês. pic.twitter.com/bDGm5zJ355
Também por meio de nota, o gestor do Cine Glauber, Cláudio Marques, agradeceu os anos de apoio, lembrou que o prédio funciona como cinema desde 1919 e prometeu buscar alternativas para que o equipamento cultural possa ter sobrevida.
“Pelo meu lado, e do meu sócio Adhemar Oliveira, nós continuamos a acreditar nas salas de exibição e no Centro Histórico de Salvador. O Cine Glauber vai renascer depois dessa pandemia, desse momento terrível, ainda com mais força. Espero realmente poder contar com o apoio de toda a nossa sociedade. Precisamos de novos parceiros e vamos atrás. Temos pouco tempo para poder viabilizar uma nova equação, mas nós estamos confiantes que esse não será o ponto final dessa bela história”, declarou.
Martin Scorsese, diretor de filmes como "Taxi Driver", "O Lobo de Wall Street" e "O Irlandês", cobrou uma postura do governo do presidente Jair Bolsonaro em defesa da Cinemateca Brasileira. A instituição é responsável pela preservação e difusão da produção audiovisual no país e detentora do maior acervo da América do Sul e está fechada desde agosto (veja aqui).
A mensagem do cineasta estadunidense foi passada pelo brasileiro Walter Salles em coluna publicada na Folha. “Escrevo para manifestar minha preocupação com a Cinemateca Brasileira. Preocupação não é a palavra adequada. Trata-se de angústia e absoluta incredulidade”, escreveu Scorsese. “A possibilidade de que a maior coleção audiovisual da América Latina tenha sua verba suspensa em meio a uma pandemia é totalmente inconcebível”.
“As artes não são um luxo —são uma necessidade, como bem o demonstra o papel incontestável na história da humanidade. E a preservação das artes, especialmente de uma tão frágil quanto o cinema, é um trabalho difícil, mas essencial”, continuou o diretor. “Esta não é minha opinião. É um fato. Espero sinceramente que as autoridades federais do Brasil abandonem qualquer ideia de retirada do financiamento e façam o que precisa ser feito para proteger o acervo e a dedicada equipe da Cinemateca”.
Conforme publicou o site da revista Rolling Stone, o arcevo da Cinemateca é formado por cerca de 250 mil rolos de filmes e mais de um milhão de documentos relacionados ao cinema, entre fotos, roteiros, cartazes e livros, entre outros importantes registros históricos do Brasil.
As unidades da Biblioteca Nacional vão seguir sem acesso presencial ao público e visitantes. Os equipamentos estão fechados desde 18 de março do ano passado e devem prosseguir nessa situação até, pelo menos, 13 de outubro.
Segundo o blog do Lauro Jardim em O Globo, a decisão de prorrogar a suspensão das atividades se deve a pandemia do novo coronavírus (Covid-19). Conforme publicou o veículo, o "acentuado registro de casos confirmados e de óbitos por Covid-19 no estado do Rio de Janeiro" reforça a justificativa da medida.
O contexto de crise sanitária no estado do Rio já dura, como afirmou a portaria responsável por estender o fechamento, mais de seis meses.
A Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano de Salvador (Sedur) notificou, na tarde desta quarta-feira (12), o evento "Sunset Mirante", anunciado para este domingo (16), na área externa da boate Mirante dos Aflitos. De acordo com o órgão, festas e outras atividades similares estão proibidas em todo o município.
No entendimento do titular da Sedur, Sérgio Guanabara, o "Sunset" é um evento e, como tal, não está autorizado a ser realizado. Conforme explicou Guanabara, caso haja a realização, o álvará de funcionamento poderá ser cassado pela prefeitura: "Se abrir, será fechado definitivamente".
O empresário responsável pela festa, Rodrigo Bouzon, nega que se trate de um evento, mas sim a abertura de um bar - estes últimos podem funcionar desde que respeitem regras de distanciamento entre clientes e outras medidas que evitem o contágio pela Covid-19.
"Não anunciamos um evento, anunciamos a abertura de um bar que vai funcionar este domingo com 15 mesas, cada mesa com 6 pessoas", disse Bouzon ao ser contatado pela reportagem do Bahia Notícias. Segundo ele, todas as regras e normas estipuladas pela prefeitura foram seguidas pela organização do espaço para que o "Sunset" pudesse ser realizado.
A justificativa do produtor seria a de que o local, apesar de ser uma casa noturna, foi convertido em um salão com mesas. "O bar já existe, só vamos colocar mesas ao invés de funcionar como boate", alegou.
"Como sou produtor de eventos, as pessoas atrelaram meu post ao acontecimento de um evento sem ao menos buscar a informação correta. O que esgotaram foram as reservas de mesas", reforça Rodrigo Bouzon, se referindo a uma postagem que anuncia que as entradas para o local estariam esgotadas.
A versão dada pelo empresário não condiz com a de uma outra postagem em que ele divulga o "Sunset Mirante", um vídeo em que ele mesmo chama a atividade de "evento". No registro, ele pede que os frequentadores tenham respeito ao próximo e promete, no domingo, uma "sonzeira", uma "experiência massa", num "climão massa".
Com o sucesso da festa, Bouzon chegou a anunciar em suas redes sociais uma edição dupla para a próxima semana, no sábado (21) e no domingo (22).
Em vídeo publicado nas redes sociais, produtor pede que frequentadores tenham respeito ao próximo e promete "sonzeira". pic.twitter.com/p7ZkY5zYQ9
— Bahia Notícias (@BahiaNoticias) August 12, 2020
O Groove Bar, casa de shows voltada para o rock baiano, anunciou nesta segunda-feira (3) que vai fechar as portas. Localizado na Barra, o estabelecimento fez o anúncio através do Instagram, salientando que agora o canal vais servir como um espaço de divulgação do cenário do rock baiano.
A casa de shows ficou em funcionamento durante 11 anos. No comunicado oficial os responsáveis salientaram que "tudo tem seu fim" e que o encerramento "mistura sentimentos".
Leia o comunicado do Groove Bar na íntegra:
“Tudo tem um fim… Depois de onze anos de rock n’ roll, shows do pop rock ao metal, muitas noites e eventos memoráveis, anunciamos, com o coração pequenininho, que o Groove Bar Salvador encerra as suas atividades. É um encerramento que mistura sentimentos. Dentre eles, sobressai o orgulho de engajar o rock soteropolitano, noite após noite.
É esse sentimento que nos motiva a continuar, mas de uma forma diferente.
Uma nova equipe vai dedicar este espaço virtual para difundir o rock da nossa cidade, dando espaço aos artistas e bandas que passaram pelo Groove Bar, além de bandas novas, para que possam divulgar seus trabalhos, agendas e novidades. Esse espaço é para você, fã de rock. É para que fique antenado com o que está acontecendo na cidade, das novidades e eventos. Esse é o seu mais novo canal de comunicação sobre o rock n’ roll soteropolitano. Então aperta essa correia, mãos firmes nas baquetas. O rock jamais irá morrer. Fica por aqui! Vai ter muito rock n’ roll”.

Após as ameaças de fechamento, a classe artística soteropolitana divulgou uma série de mensagens de repúdio e se reuniu, também na terça-feira, para juntar os depoimentos e lançar uma campanha contra o fechamento do teatro. Em apoio, a cantora Daniela Mercury fará um ensaio aberto do seu novo show "Pelada" - que será apresentado em São Paulo de 6 a 9 de agosto - no Teatro Jorge Amado, no dia 29 de julho, às 20h30. O valor dos ingressos custa R$40 (inteira) e R$20 (meia). Até o dia 28 de julho, quem levar 1kg de alimento não perecível pagará R$20, mesmo não sendo beneficiário da meia-entrada. A renda do show custeará as dispensas para realização do evento.
A ameaça de fechamento do teatro é antiga. Em junho de 2010, o imóvel foi tomado de garantia por recuperação de crédito. “Na ocasião, um movimento que envolveu imprensa, artistas, produtores e público, foi bastante forte para sensibilizar a Secretaria de Cultura do Estado, o governador Jaques Wagner e a direção da Desenbahia, de modo que foi assegurado ao Teatro Jorge Amado a funcionalidade necessária para cumprir suas pautas comprometidas até dezembro daquele ano”, lembra a gestora.
Por ser um espaço cultural privado, o teatro não com patrocínio nem governamental nem empresarial. Embora conte com inúmeros apoios que sempre foram importantíssimos para sua sobrevivência. “O resultado comercial de suas pautas foi capaz de mantê-lo em atividade nestes dois anos e meio, não obstante incapaz de proporcionar melhorias mais significativas, como a substituição de poltronas, carpetes e equipamentos. Mas, mais do que resultados comerciais favoráveis à sobrevivência sem patrocínios, o que mais parece significativo é a dimensão que tomou aquele equipamento cultural após a turbulência pela qual passou em 2010 e cujos números apresento agora”, escreveu. Ao citar o texto da placa de bronze descerrada na inauguração do estabelecimento – “Que nesta Casa se faça Cultura!" –, Fernanda Tourinho lembra que o Teatro Jorge Amado não foi o “teatro do UEC”. “Foi e continua sendo um espaço cultural da Cidade de Salvador da Bahia, e espero sinceramente, a despeito da minha permanência em sua gestão, que este pertencimento lhe dê justiça de sua continuidade. E que os nossos governantes sejam sensíveis em aliar-se a esta luta!”, finalizou.
Curtas do Poder
Pérolas do Dia
Jerônimo Rodrigues
"As facções também investem, e muito, em inteligência. Eles montam uma indústria de armas. No último fim de semana vimos que muitas dessas peças são montadas aqui mesmo, não vêm todas de fora".
Disse o governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT) ao comentar que não há negacionismo na política de segurança pública do estado e destacou que o enfrentamento ao crime hoje exige novas estratégias, diante da evolução tecnológica das facções criminosas.
