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esquizofrenia
Um estudo da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) investiga possíveis distúrbios no sistema nervoso decorrentes do uso dos cigarros eletrônicos (vapes). De acordo com a bióloga e coordenadora da pesquisa, professora Yael de Abreu Villaça, os primeiros resultados dos testes iniciais, realizados em camundongos, mostraram sintomas da doença durante a simulação do uso dos cigarros eletrônicos.
Segundo a cientista, via Agência Brasil, tanto a esquizofrenia como a nicotina têm ocasionam alterações nas mesmas regiões do cérebro, como o desajuste de comportamento, a redução da capacidade de memória e aprendizado e da sociabilidade.
Esses comportamentos são observados tanto em pessoas com dependência de drogas e nicotina, como naquelas com esquizofrenia.
Villaça se mostrou otimista com a pesquisa, porém afirmou que ainda não há expectativa para os testes em humanos. Nos Estados Unidos, outros quatro artigos foram compartilhados em publicações científicas.
Mais um capítulo foi escrito na história do influenciador Gabriel Randal na última semana. Dessa vez, um capítulo que põe fim à parceria comercial entre ele e o blogueiro Dum Ice, sua dupla há anos na produção de conteúdo para redes sociais. Em um vídeo na companhia dos pais de Randal, Dum informou que não se responsabilizaria mais pelos acordos comerciais do amigo após sofrer uma série de acusações.
Durante o pronunciamento oficial do influenciador, o pai de Randal explicou melhor aos seguidores sobre a condição mental de seu filho. Gabriel foi diagnosticado com esquizofrenia e chegou a passar um breve período no Hospital Psiquiátrico Juliano Moreira.
Segundo o Doutor Lucas Alves Pereira, psiquiatra e professor na Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública e na ZARNS, os indivíduos que sofrem do transtorno devem ter uma suscetibilidade genética e pode começar com um fator estressante, muitas vezes químico.
“A esquizofrenia é uma doença que até hoje não temos marcadores biológicos, um exame de sangue e nem algo que a detecte. Então, para o diagnóstico é importante a observação do comportamento e de alguns sintomas. Os sintomas centrais são os delírios e as alucinações”, explicou o doutor.
Ao Bahia Notícias, o especialista esclareceu que a alucinação é uma situação em que um indivíduo percebe estímulos externos que não existem, como vozes ou imagens, e essa percepção causa alterações em seu comportamento. A doença neuroprogressiva é comum em jovens entre 15 e 25 anos e o diagnóstico é dado após os sintomas persistirem por cerca de seis meses.
O tratamento da esquizofrenia é por antipsicóticos, um grupo de remédios utilizados para outros tratamentos além do transtorno, que possuem mecanismos de ação através de modulação de alguns neurotransmissores cerebrais. A principal ação desse grupo é o bloqueio de receptores tipo 2, ou D2, de dopamina, no cérebro.
“Os antipsicótico são medicamentos que controlam sintomas e diminuem a mortalidade de maneira geral, mas o tratamento é multifatorial, precisa de equipe multiprofissional, psicólogos, terapeutas ocupacionais. Uma equipe multifatorial”, acrescentou o psiquiatra.
Sem o tratamento, os indivíduos tendem ao isolamento e à perda de interesse pelas coisas, sintomas negativos do transtorno e um dos principais motivos para a esquizofrenia ser uma grande causa de afastamento definitivo do trabalho. Entretanto, o médico alerta que cada tratamento deve ser indicado para cada indivíduo com base nas características de suas crises.
Ao site, o doutor explicou o que pode ocorrer caso a pessoa diagnosticada interrompa seu tratamento, como é o caso do influenciador Gabriel Randal, de acordo com Dum Ice. “O indivíduo que para de tomar o remédio, que está instável, pode ter uma nova crise, ele pode tentar suicídio, ele pode muitas vezes até cometer homicídios”, alertou o especialista.
O médico alertou ainda sobre o comportamento violento não dever ser associado a uma pessoa com transtorno mentais. Conforme o médico, na esquizofrenia apenas 0,5% a 1% da população tem tendências agressivas. “Não podemos associar a violência ao transtorno mental, mas alguns deles, um grupo de indivíduos, podem ter comportamento violento no contexto de uma alucinação. Por exemplo, ele ouve uma pessoa xingando, interpreta que é alguém na rua e pode agredi-lo. Não quer dizer que aquela pessoa é ruim, ele tá doente”, reforçou.
BRIGA PÚBLICA
Os problemas de Randal começaram a vir a público no início do ano, quando, através das redes sociais, o influenciador iniciou uma live afirmando ser perseguido por vizinhos após uma briga com a família. Desde então, Dum Ice vinha sendo o intermediador entre o amigo e o público, tranquilizando os fãs de seus conteúdos humorístico.
Após um período longe das redes sociais, quando Randal chegou a ser visto supostamente pedindo comida na Rodoviária de Salvador e em outros pontos da cidade, o influenciador reapareceu junto ao colega Dum Ice em setembro deste ano. No retorno, foi revelado que Randal estava internado para tratar e problemas familiares e com drogas.
Na época, Dum informou que o amigo estava recebendo auxílio profissional através de psicólogos, nutricionistas e médicos especializados. Entretanto, no final de outubro, Randal voltou a preocupar os seguidores com um desabafo nas redes onde exigia suas “coisas” de volta. “Se não me der as desgraças das minhas coisas, vai rolar onda. Se não me der minhas paradas, me dá a chave da minha casa, vai rolar onda, eu quero as minhas porr* e sai da minha vida. Tudo uma desgraça de mentira”, declarou.
Na última segunda-feira (28), Dum Ice, acompanhado dos pai e da irmã de Randal, afirmou não ser mais responsável pelo amigo, que estaria em um estado de surto psicótico após parar o tratamento e voltar a beber e a fumar.
"Estou passando esta responsabilidade para a família. Até porque tiveram outras conversas, e estou passando para eles, para que fiquem por dentro de tudo [...] Quando a família dele resolver o que fará com ele, vai ser decisão da família, não vou mais decidir, porque um tempo atrás, peguei um dinheiro e dei todo para ele e foi gasto", afirmou o comediante.
O laudo do Instituto de Medicina Social e de Criminologia de São Paulo (Imesc) apontou que o procurador da Prefeitura de Registro, no interior de São Paulo, Demétrius Oliveira Macedo, de 35 anos, que agrediu a chefe durante o trabalho, além de ter quadro de esquizofrenia, apresenta episódios psicóticos de frangofilia, impulso ao estraçalhamento de roupas, vestes, travesseiros, colchões, móveis
Ao g1, o médico psiquiatra Fellipe Miranda Leal disse que, embora ações como quebrar ou estraçalhar objetos, sobretudo roupas, travesseiros ou colchões possam ser consideradas frangofilia, "não é uma doença, tampouco é uma apresentação específica de algum diagnóstico". "Trata-se apenas da descrição de uma manifestação que, em geral, reflete um importante descontrole emocional", acrescentou.
Demétrius, no dia 15 de novembro de 2022, pegou o lastro da cama e bateu contra a porta da cela, quebrando o vidro usado para a vigilância, conforme informou a Secretaria de Administração Penitenciária de São Paulo. Quando estava na cela de isolamento na Penitenciária de Tremembé, no dia seguinte, quebrou a pia e o prato de alimentação.
Para o psiquiatra, é comum observar esse comportamento em quem tem a impulsividade acentuada. "Nestes casos, de transtornos de personalidade, além de frangofilia também é possível que ocorram episódios de autoagressividade e heteroagressividade [conduta agressiva ao mundo externo, contra outras pessoas ou elementos]".
Leal ainda pontuou que a frangofilia pode ser notada em outros transtornos. "Mas cabe sublinhar que comportamento tipo frangofílico não é específico da esquizofrenia, ao contrário, é mais comum ser observado em outros transtornos", afirmou.
RELEMBRE
No dia 21 de junho de 2022, a procuradora Gabriela Samadello Monteiro de Barros, de 39 anos, foi agredida pelo também procurador Demétrius Oliveira Macedo, de 34 anos, na cidade de Registro, no estado de São Paulo. Por não aceitar um processo administrativo aberto contra ele, Demétrius deu uma série de socos quando a mulher estava caída.
Curtas do Poder
Pérolas do Dia
Luiz Inácio Lula da Silva
"Tivemos que descer, com medo que pegasse fogo".
Disse o presidente Lula ao relatar que o avião da Força Aérea Brasileira (FAB), em que ele estava, apresentou um problema durante viagem ao Pará. Durante entrevista a TV Liberal nesta sexta-feira (3), o presidente revelou que passou pelo problema e pelo imprevisto antes da viagem para o Pará. Ele está no estado desde quinta para entregar obras relacionadas à COP 30.